Tema: acróstico
Por Rosana Tibúrcio
Rio, às vezes, quando ouço o povo falando sobre empatia em
tempos de coronavírus, ou em qualquer tempo, sem saber o que isso, de fato,
representa. Empatia não é dar conselho, não é sentir pena, não é contar o seu
sofrimento para quem veio desabafar com você.
Olha só, meu caro e minha cara, para de ser idiota, para um
minuto ou vários minutos e ouça quem te procurou para desaguar sofrimento,
angustia e ansiedade. Abra um sorriso acolhedor!!!
Saia dessa bolha!! Nem sonhe em dizer que o sofrimento
alheio é mínimo diante do que a vizinha do primo do cunhado da irmã da colega
da puta que pariu está passando. Não é hora de medir sofrimento. Empatia passa
longe dessa atitude. Não julgue!!! Empatia está distante do julgamento como
distantes estamos do sol.
Abra seu coração, sorriso, olhos - use lupa, se necessário -
abra seu ouvido e ouça, perceba, sinta o que o outro está sentindo, se coloque
no lugar do outro como se fosse com você todo aquele sentimento.
Nessa hora é preciso que você tenha paciência, tenha amor,
tenha aquele amor que você acha bonito em vídeos que provocam lágrimas, em
frases de autoajuda ou motivacional se você curtir esse estilo. Isso, é hora de
colocar em prática o que você automaticamente repassa e que, quase nunca, lê,
apreende.
Ahhhhh minhas gentes, empatia não é algo simples, empatia é
ouvir, é abrir o coração, é ter paciência, é focar no desabafo do outro, é não
desviar o olhar, é tomar a dor do outro como a coisa mais importante da sua
vida, naquele momento, como se a dor do outro fosse sua; é você dizer, se tiver
oportunidade: te entendo, consigo imaginar sua dor e consigo perceber que,
agora, é apenas isso que você consegue fazer; te entendo e me coloco no seu
lugar e sei que está muito difícil para você; sei que sua dor é legítima. Sim,
eu me identifico com sua dor!!! Sim, eu te entendo!!!
Uma linda quinta-feira para todos vocês, minhas gentes, pois
nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma sugestão para que
sejamos verdadeiramente empáticos com quem precisa de nós, sobretudo nesse
tempo de isolamento social. Bora???
(Tô pra te falar que li esse título apenas, por enquanto, e já tô com receio dessa discussão.
ResponderExcluirNa última semana ouvi os episódios sobre esse assunto do podcast "Estamos bem?" e tenho a mesma dificuldade da Bárbara de absorver o sentido de tal termo...
E com esses estudos que tenho feito sobre Comunicação Não Violenta o assunto tem se aflorado mais e, nossa nossa...
Enfim... Vamos à leitura!!)
Laurinha, chocada que ontem eu vi o 1º episódio deles e quase a metade do 2º e me deu uma gastura, uma vontade de ir lá e explicar pra eles o que era empatia. Aquele lanche de quem é bolsominion, de direita escrota, por exemplo, nada a ver com empatia. Quem pensa e age diferente de nossos princípios não pede empatia e nós não precisamos ser empáticos com eles. Somos e devemos ser empáticos com quem nos pede ajuda ou com quem nos comove quando relata um sofrimento, porque aí podemos acolher, ouvir, oferecer abraço e conforto. Gente escrota é gente escrota e foda-se!!!
ExcluirEu tô em choque e amei muito essa descrição tão assertiva e tranquila de entender. Que lindo, mãe!
ResponderExcluirCom certeza vou reler esse post muitas outras vezes pro termo e sua aplicação entrarem direitinho na minha mente e eu saber aplicá-los quando houver necessidade.
Obrigada por me ensinar mais isso <3
Oww. que linda você. Obrigada eu por me incentivar mais ainda...
Excluir"é hora de colocar em prática o que você automaticamente repassa e que, quase nunca, lê, apreende"
ResponderExcluirMELHOREM, HUMANOS