terça-feira, 31 de maio de 2011

Compensações

Tema: sobre minha profissão
Por Rafael Freitas


Não, não é mais uma labirintite textual. É dificuldade de desenvolver o tema mesmo.Isso porque toda a minha crise existencial está relacionada a estas questões profissionais: carreira, salário, realização.

De
ve ser porque estou perto dos trinta. Uma amiga costuma dizer que até os trinta a gente pode dar quantas cabeçadas forem necessárias. Algumas podem ser até bem divertidas! Mas, depois dos trinta... Sua vida tem que estar encaminhada. Tenho mais três anos pra dar cabeçadas. Dá pra calejar. rs

Sou formado em Publicidade e Propaganda, mas não, não trabalho na área. Quando comecei a trabalhar neste escritório de uma empresa de massas foi como estagiário de marketing. Um título muito bonito, concordo. Mas aí a empresa não andava bem das pernas, acabei migrando para o comercial/administrativo/financeiro. Pois é. É tudo junto e misturado aqui. Trabalho com vendas e pedidos, com contas a pagar e a
receber, notas fiscais, alíquotas, ICMS, substituição tributária... E o chefe ainda quer que eu desenvolva embalagens, catálogos para os vendedores, adesivos para os caminhões, um site. Vale considerar que formei há 6 anos, período este em que tive mais contato com questões de administração e finanças que publicidade! Não sei nem por onde começar certas coisas. E tempo para fazer tudo isso? Esta é a explicação de tanta correria e sumiços da minha parte. Sem contar, claro, nas enrolações da empresa, de coisas que desmotivam qualquer um.

Mas aí vem a contrapartida. Por que então eu continuo neste escritório?

Porque ele me permite viver, mesmo que por breves, porém inesquecíveis momentos, o que amo de fato: música, teatro, arte. Por exemplo: sexta-feira fui com o Le Bizarre para São João Del Rei, no encontro de conservatórios de Minas Gerais. Fizemos uma das melhores apresentações do grupo (a Carol_Nina deve aparecer aqui e confirmar isso!)! Ainda pude conhecer Tiradentes e andar por aquelas ruas e igrejas que eu pensava só existir nos livros de história, de tão bonitas. Quem me liberaria numa sexta-feira às 8h para po
der viver isto?

Sendo assim, eu vou levando. Acordar às 6h da manhã pra tirar notas fiscais não faz ninguém feliz. Mas ver aquele teatro lotado interagindo com o Le Bizarre, se emocionando, gritando, aplaudindo sem parar, ah... Isso me faz MUITO feliz!


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Foda-se

Tema: sobre a  minha profissão


Sâo quase quatro anos de faculdade. Quase três anos de estágio/trabalho e muita, muita coisa é interessante nessa profissão de publicitário. Inclusive a verdade na essência da palavra que usam para substituir: pobrecitário.

Mas o que realmente veio a minha mente para compartilhar com vocês foi o fato de que depois de entrar na faculdade e começar a trabalhar, além de conhecer o conceito algumas palavras diferentes como brainstorm, job, PDV, target e o caralho a quatro eu aprendi a usar palavrões nas situações mais corriqueiras como essa aí de cima.

É comum e quase vírgula usar essas coisas, até mesmo (ou inclusive) no ambiente de trabalho. Então você tem que se controlar pra não soltar um exemplar dessa espécie, principalmente em ambientes familiares.
Enfim, to boa pra dissertar hoje não e se alguém reclamar... Foda-se.

sábado, 28 de maio de 2011

Sou sim. E daí?

Tema: música brega que eu gosto
Convidada: Helô

Com a minha idade já não dá mais pra mudar. Sou, fui e sempre serei brega.
Acho que a única breguice que eu não gosto é carro de som na porta de casa ou do trabalho. O resto...
Cartões melosos, declarações de amor de fazer a gente perder o fôlego (isso é brega?), música romântica... de tudo eu gosto.
E quando a música brega tá tocando e alguém diz: "- lembro de você quando ouço essa canção". Tem coisa mais deliciosa e mais brega? Tem não.
Pra algumas pessoas o cantor escolhido tem letras previsíveis, rimas pobres e tal e coisa.
Mas gente! Gosto, mulher e futebol não se discute, certo? E homem também não. E música idem.
Quando essa música toca, consigo até sentir o cheiro do lugar em que eu estava quando a ouvi pela primeira vez.
Ela me faz lembrar da minha adolescência no início dos anos 70. Dor de cotovelo. Paixão não correspondida.
Aproveitem!!
O tempo vai apagar
Composição: Paulo César Barros - Getúlio Cortes
Sempre quando eu venho aqui, só escuto de você
Frases tão vazias que pretendem dizer
Que já não preciso mais, seu carinho procurar
Que não adiantará pedir, nem ficar

Se assim for seu desejo,
Não vejo motivo pra contestar
Não sofrerei pois bem sei que isso passa
E o tempo vai apagar.

Só, só levo comigo, a certeza que você
Muito mais que eu terá que esperar pra esquecer.

Mais uma vez é um prazer estar com vocês.
Beijão,
Helô

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Diva absoluta

Tema: música brega que eu gosto
Por Taffa


Porque em frente ao portão ela esperou, ela esperou e ele não veio.
Agora ela vai mostrar que não é mulher, que não é mulher de esperar.
Porque ela é linda, absoluta, ela é Stefhany.



E o que ela sente por ele, amor, já tomou conta dela.
E ele precisa dizer logo o que sente também.
Pois, pra ela, é impossível viver assim.



É pra se apaixonar.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Undererê, não, não, não, não, não


Tema: música brega que eu gosto
Por: Rosana Tibúrcio


Bom, pra começo de assunto eu quase coloquei em votação, nos comentários do post de Marina, as possibilidades que encontrei para o título do meu texto de hoje. Mas como todos eram lindos e criativos, resolvi deixá-los aqui pra vocês tomarem conhecimento do meu drama.
Seriam dez, os títulos a serem votados - aí, pra não haver uma confusão com meu TOC criei o "onzimu" e usei.
Eis os ex-candidatos:
1. Undererê, como dói a solidão
2. Acabe com essa droga de uma vez, Erasmo
3. Fábio Junior, nesse instante* cê bem podia me virar de ponta-cabeça
4. Undererê, cerquei seu coração
5. Vem me pedir perdão, Caco Barcelos **
6. Vem derramar sua emoção aqui nimim, Daniel
7. Undererê, perdoa paixão
8. Pode me abraçar sem medo, Caetano, seu lindo
9. Vem cá preu medir seu amor antes do prazer, Alexandre Pires
10. Undererê, estou ardendo de paixão


Ocorre que eu não caibo aqui neste post de tão brega que sou.
Analisando cientificamente o que este tema provocou em meu ser, quase inanimado, cheguei à seguinte conclusão: papo inteligente, carne com pimenta e cebola, sorvete, café, música brega e uma boa pegada, tudo assim, reunidinho numa mesa só, são afrodisíacos pra mim e resultariam num undererê pra mais de dez horas. É encontrar um bem a fim e ou, ou, ou, ou, ou (fragmento da música "desejo de amar", a que tem undererê...hahahahahahsauhaus)
E pra provar que a breguice tá enraizada em mim, criei esse lindo "poema", em meio aos títulos das canções, cujos "versos" estão entre um vídeo e outro. Facim de entender.
Não, não, não, não, não?
SIM, e escolhi cinco canções porque uma só é pouco pra mim. Não aceito reclamações, a propósito!!

Vou te dizer, undererê, 

Que não sei bem o que fazer, undererê, com


Se você, undererê, nunca teve

Que atire a primeira camisinha, undererê


Mas se atirar, 
 você não terá um 
final feliz e verá
undererê como dói a solidão,
 não, não, não, não, não ...


É isso, moçadinha, euzinha aqui sou brega mesmo e isso pode também ser constatado no post que fiz no Outras trilhas, quando da série 55. O post, que dei o nome de Cinquenta e cinco canções: a minha trilha sonora, encerrou essa série e registrou meu amor pelas canções. E... quando pensei no post a primeira música que me veio à cabeça foi "Desejo de amar", muito por isso é que undererê dominou o texto de hoje, sacumé?

* Essa coçadinha do Fábio Junior, sei não, sei não... me segura!!!!!
**Observem Caco Barcelos no programa do Serginho, no vídeo 3, aos 0:47, 0:48, 0:49 segundos da canção... hauahaushuas


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há  breguice das boas, hoje vim só pra derramar toda minha emoção undererê...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não sei colocar vídeo nessa muzenga

Tema: música brega que eu gosto
Por Nina Reis
Há indicações que o Rafa é brega, porém as pesquisas apontam que Nina Reis é um dos seres humanos mais bregas do Planeta Terra.

Sempre gostei de músicas melosas, cartões coloridos, com ou sem musiquinhas, bilhetinhos apaixonados e até de fazer voz de boba quando estou num relacionamento sério, aliás, o que é isto? faz tempo ... nem me lembro.
Bom,
gosto de samba, pagode, mpb, sertanejo e mais alguns estilos musicais, mas preciso confessar que muitas vezes a melodia me envolve de uma tal maneira que nem presto atenção na letra e quando vejo ... ai ai ai me deparo com letras assim rsrsr há quem goste, no caso desta ou dessa (alguém corrige aí) amo muito.



Esperando Aviões
Vander Lee


Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito

Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões

Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões

Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações

terça-feira, 24 de maio de 2011

Chora, Marcela!*

Tema: música brega que eu gosto
Por Rafael Freitas


Tudo indica que eu sou um cara brega.

E nem é por fazer parte do elenco de um Show Brega, cantando Menudos. Tampouco por usar aquele tênis verde e amarelo.

O fato é que eu sou muito meloso, admito. Não perco a oportunidade de fazer uma declaraçãozinha de amor, um elogio ou um agrado com frases exageradas. Mas eu tento reinventar. Ser menos previsível, com uma pitada de criatividade, graça e poesia. Não que eu consiga. E não que eu veja problemas com a breguice. Mas ser o brega de todo mundo, clichê, batido, aí também não quero.

E o tanto que gosto de músicas assim, no maior estilo Coletânea Toque Popular, da Som Livre???

Gente, eu me divirto tanto! Aquelas letras de amor exagerado, amor pra vida inteira, beijos de mel, fazer amor e ir pro céu [#euquero]! Músicas com aquelas frases de cartão de dia dos namorados, bregas que só, com desenho de um buquê de roas vermelhas com contornos dourados: Você é o sol da minha vida! Se amar é viver, vivo porque te amo!

É tudo tão ridículo! (Mas o problema maior é que a gente sempre se encaixa em uma dessas canções; sempre fez alguma coisa parecida por um amor ou, se não fez, vai fazer! Porque ser brega é parte integrante do pacote "Amar e ser amado".)

E mesmo com tantas músicas bregas que eu gosto (Ai de mim, ai! Ui, Blau Blau!), fico com uma mais recente, tema da Marcela, personagem de Ísis Valverde na novela Tititi, e todo seu sofrimento por amor, na dúvida entre Edgar e Renato.

Com vocês: Sei lá, Ricky Vallen.







*"Chora, Marcela" é o que um colega do escritório dizia sempre que eu ouvia essa música. Este mesmo colega me pediu outro dia uma roupa emprestada parair a um baile brega. Pode???

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E aí, coração?

Tema: música brega que eu gosto

Por Laura Reis



'Coração, diz pra mim porque é que eu fico sempre desse jeito. Coração, não faz assim.. Você se apaixona e a dor é no meu peito.
Pra quê que você foi se entregar? Se na verdade eu só queria uma aventura. Porque você não para de sonhar? É um desejo e nada mais.
E agora o que é que eu faço pra esquecer tanta doçura? Isso ainda vai virar loucura!
Não é justo entrar na minha vida, não é certo não deixar saída, não é não.
Agora aguenta coração, já que inventou essa paixão. Eu te falei que eu tinha medo, amar não é nenhum brinquedo.
Agora agüenta coração, você não tem mais salvação: você apronta, esquece que você sou eu.'


Tenho o direito de não dizer mais nada né?
Obrigada, coração.

Ps.: atenção para 3:36 no vídeo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Escrevente portátil 1.0

Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito
Por Taffa

we♥it

Queria ter inventado um editor de textos com as mesmas funcionalidades de um Microsoft Office Word, mas com o diferencial de conseguir traduzir em escritos todas aquelas ideias desordenadas que ocupavam sua cabeça.

Perceptivelmente, ainda não obteve sucesso. Mas, assim que conseguir, disponibilizará o download do utilitário para todos aqueles que também dispõem de tal fatalidade.

At.te
Eu, o guaranete light.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A necessidade é a mãe da invenção

Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito
Por: Rosana Tibúrcio
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Chega de nhen-nhen-nhens – tô boa não, como diz Laurinha. Eu quero é praticidade!!
Afinal, já fiz duas filhas lindas, aula de desenho por um ano e desenhos absurdos (não conto o nível desse absurdo), escrevo posts maravilhosos... enfim.
Como dizia Platão: a necessidade é a mãe da invenção. Bate aqui, Pla!!
E, exatamente por pensar como Pla é que queria ter inventado, quero ainda, um controle tudoquenãopossoperdereperco.
Esse controle teria os seguintes dispositivos.
1. Uma base fixa
2. Uma base portátil
3. O controle, propriamente dito
4. Mil chips
5. Manual pros menos dotados de inteligência

1. A base fixa – como o próprio nome já diz, é fixa. Nela há um dispositivo que você aperta e indica onde o controle tudoquenãopossoperdereperco se encontra, porque você pode perder o controle sim, por que não? Apertou o botãozinho lá, pronto: cê acha o controle. E esse botão só serve para os descontrolados.

2. A base portátil – como o próprio nome já diz, é portátil. Ela é bem menor que a fixa e nela você só pode armazenar, no máximo, cinco itens. Sugiro:  a chave da casa (aliás, a chave de sua casa tem que ser armazenada nessa base, pois sua base fixa e seu controle tudoquenãopossoperdereperco estão em casa, certo?);  o controle da porta do carro, se você tiver carro; a aliança de casado; o celular; a bolsa... Essa base portátil é pequena e cabe no bolso, no sutiã, na cueca, na meia e detrás da orelha, se sua orelha for grande como a de alguns guaranetes (hauahaushuas).

3. O controle – nele há mil números para você cadastrar os mil chips. E sua escolha deve ser pensada com bastante critério. Sugestões: controle da TV, do DVD e similares; lapiseira de trabalho; vibrador; chinelo preferido; canetas; diademas; lixas pra unha; alicates; chaves de todas as portas; cadeados; remédio pra pressão; celulares; óculos; carteira de identidade e todas as outras carteiras; faturas do cartão de crédito; aliança; mamadeiras; pendrives; pacotes de camisinha; creme nivea; caixa de trident; marido; amante; filho. Você decide!!!

4. Mil chips – são mil (dãnnn) e eles podem ser usados por quinze vezes. Ou seja, a lapiseira atual pifou? Não se desespere, compre outra e faça o recadastramento.

5. O manual - nele há todos os detalhes, com letras grandes, possíveis de serem lidas por quem tenha perdido os óculos. Nele você deve colocar o primeiro dos chips. O aparelho é super fácil de utilizar, mas vai que você é burro e, como não há inteligência alguma perdida por aí nesse mundo de meu Deus, você vai precisar desse manual. Porque inteligência é assim: não se perde, ou você tem ou não tem (mas isso é tema pra outro post).


Tanto a base fixa, como o controle tudoquenãopossoperdereperco emitem uma palavra cadastrada para cada objeto e, essa palavra é dita por quinze vezes.
Na versão tudoquenãopossoperdereperco para surdos, (arrá, acharam que eu ia esquecer do meu futuro bem próximo?) a base fixa emite sinais indicando a localização do trem perdido.
Ao encontrar o objeto, você deve apertar o pequeno dispositivo que há nele.
Detalhe importantíssimo: o objeto só pode ser perdido por apenas mil vezes. Ao atingir esse tanto de perdas, duas coisas ocorrerão: aquele número correspondente ao chip-objeto fica inutilizado; você será declarado oficialmente, por algum membro de sua família, como um inútil.
Enfim, isso é que eu queria ter inventado: o controle tudoquenãopossoperdereperco. E quem há de dizer que meu desejo de quinta é inferior aos de segunda, terça e quarta? Afinal, a necessidade é sim, a mãe de invenção e esse trem de música isso, música aquilo; lua, assim, sol assado; eu de novo e nhen-nhen-nhens é para os fracos.

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há, pela segunda quinta-feira consecutiva, a constatação de que perdi, espero que temporariamente, a minha criatividade.
Cadê meu controle tudoquenãopossoperdereperco? Tão vendo?
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ahhh como eu gostaria

Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito
Por Nina Reis




Queria ter viajado o Havaí, Pequi ou Istambul e imaginar uma gaivota com um pingo de tinta caído num pedacinho de papel e logo ter feito uma música chamada Aquarela.

Queria digitalizar tudo que escrevo e enviar pra alguém em qualquer lugar do mundo, assim é claro queria ter inventado o fax ou o scanner.

Sem dor de cotovelo, sem mágoa, sem rancor queria muito ter inventado o tal do amor.

Agora o que eu queria mesmo de verdade verdadeira é inventar um teletransporte e poder num passe de mágica estar agora ao seu lado, dizer que te amo, te dar um abraço e desejar pra você toda felicidade do mundo seguido de um PARABÉNS PRA VOCÊ NESTA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES MUITOS ANOS DE VIDA. VIVA A LAURA, VIVAAAAAAAAA

terça-feira, 17 de maio de 2011

Por que é que eu não pensei nisso antes?

Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito
Por Rafael Freitas


Eu sempre me pergunto como é que o avião para lá em cima sendo tão pesado. O que fazem para o navio não afundar. Qual a mágica do telefone? Telefone não é um das coisas mais interessantes do mundo?

Tento, por um momento, tentar entender como essas coisas funcionam. E toda essa modernidade que vemos na tevê, nas vitrines, nos supermercados. O povo não tem mais o que inventar!

Mas elas não me comovem... Fico admirado, mas não me despertam inveja pelo seu criador.

Eu tenho inveja é de quem sabe escrever cartas de amor, ridículas. Todas as cartas de amor.

Queria ter escrito os poemas mais sentimentais; os de Drummond e Cecília Meirelles; os haicais de Leminski.

Queria ter criado o roteiro de todas as comédias românticas do mundo!

E tantas músicas seriam minhas!
Porque "certas canções que ouço cabem tão dentro em mim que perguntar carece: como não fui eu que fiz?" Começo por aí, parafraseando Milton Nascimento. Dói que eu não tenha escrito "Cais": "Para quem quem se soltar, invento o cais/ Invento mais que a solidão me dá/ Invento lua nova a clarear/ Invento o amor e sei a dor de me lançar..."

Eu queria ter inventado palavras. E todas as suas combinações bonitas! Frases cheias de imagens e sentidos inusitados e bonitos, retiradas dos livros de romances, de histórias fabulosas de castelos e batalhas, de personagens fictícios ou reais! Se dependesse de mim, o mundo só teria palavras bonitas, frases bonitas! Os muros pixados seriam bonitos! Todas as rodoviárias teriam um Profeta Gentileza! Eu teria inventado a palavra Amizade.


E queria ter feito a lua. Só para ter algum poder sobre ela. E todas as noites seriam claras como esta. E ela ficaria ali, colada na sua janela.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu e eu mesma.

Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito/etc tal coisa.
Por Laura Reis

we♥it


Na verdade eu queria ter feito eu mesma. Não que meus pais tenham feito qualquer coisa errada, mas talvez eu saberia melhor o que fazer de mim. Talvez.

Desse modo, me colocaria no mundo no mesmo mês e no mesmo dia em que nasci, porém chegaria por volta das 21 horas. Teria me feito com um pouco menos de pelos pelo corpo e com um pouco mais de força física.
Alguns gigas a mais de memória e facilidade em apreender coisas também estariam no meu pacote. Tudo isso junto de alguma capacidade artística como falar bem em público. Sim, isso é arte. Devido a isso, retiraria de mim aquela aquarela vermelha que toma conta do meu rosto em momentos de timidez. Seria tímida, ainda, mas sem esse plus.
Internamente meus órgãos estariam todos no mesmo lugar, claro, mas meu coração seria menos comandante e o cérebro é quem enviaria as ordens ao corpo todo.
Em relação ao modo de agir, diminuiria um pouco meu receio do novo e da mudança, colocaria uma gota do pote de pessoas aventureiras e acrescentaria à minha poção. Os medos dariam lugar ao impulso de me sentir viva. Parece tão bonito isso.
Teria também certa facilidade gastronômica, tanto em relação ao preparo quanto em relação a experimentação de coisas novas e diferentes. Também teria o poder de transformar minha preguiça ou vontade de dormir em dinheiro.  
Por fim, teria feito com que meus aniversários, de alguma forma mágica, nunca caíssem em dias de semana, muito menos no meio delas, quando preciso pensar em quaisquer outras coisas que não em mim mesma.

Que depois de amanhã eu tenha um bom dia!
Tá bom, vocês também.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Serendipidade

Tema: Eu me enganei
Por Taffa

we♥it

Desde o primeiro toque com o pé direito sobre o chão frio, despertou naquele dia pensando na sorte. O ritual do banho era simples, xampu e sete esfregadas de cada lado do couro cabeludo. Aproveitou para gargarejar no chuveiro enquanto escovava os dentes, só para economizar água e tempo, pois assim mataria dois coelhos com uma só cajadada. Aliás, coelhos eram seus animais favoritos. Sempre davam a ele um bocado de sorte e havia comprado uma daquelas patas de material sintético só para usar num dos molhos de chaves que tinha.

Olhou o calendário e surpreendeu-se: era treze de maio e seu aniversário seria dali a um mês. Inferno astral, sim senhor, seu temor e aflição. Pensou tanto a respeito daquilo que esbarrou no arranjo da mesa e derrubou os lírios de plástico que havia comprado de um ambulante na praça.

Já dentro do carro, tentou dar a partida. Uma, duas, inúmeras vezes, mas em nenhuma obteve sucesso. Bateria arriada, claro. Só podia ser o azar que estava a caminho. No seu caminho também viu um gato que, acredite, era preto. Tentou dar a volta por ele, mas o bichano foi mais veloz e terminou de cruzar a rua em menos de um segundo.

Resolveu pegar um ônibus e, enquanto escutava funk no celular de algum cretino que não tinha fones de ouvido, percebeu seu aparelho vibrando. Era a secretária, gripada, falando com uma voz tão fanhosa que parecia noutra língua. Decifrou as palavras “reunião” e “cancelada” e apertou o sinal para descer no próximo ponto.

Ali perto, numa padaria, entrou e pediu um café enquanto procurava um lugar para sentar-se. Pegou um jornal e deparou-se com a manchete “sexta-feira treze” em letras garrafais. Riu sozinho e abaixou a cabeça, erguendo-a apenas quando o café chegou, nas mãos de um rapaz uniformizado e de cabelo ainda úmido, cheirando banho recém-tomado.

Seus olhos se encontraram por mais tempo do que o normal e o café ganhou um gosto novo, de uma possível descoberta. Na hora de pagar, pediu para usar a máquina de cartão de crédito e assim que o rapaz destacou a via que ia para o cliente, a pegou e anotou no verso o telefone, entregando-a com um pequeno sorriso.

- Eu me enganei. – Disse, quando já estava na calçada. – Talvez sextas-feiras treze não sejam tão ruins assim.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Eu me enganei... e paguei

Tema: eu me enganei
Por: Rosana Tibúrcio
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E eis que alguém cita, na hora certa, pra situação certa, o fragmento de uma blogueira. Quem é, quem é? Tem twitter? Vou seguir. Tem blog? Vou seguir também. Tem livro é? Tem livro? Quero comprar. Pô, esgotado.

Nova remessa de livros à venda. Pedido feito, pagamento feito: bem feito!!

As primeiras frases do twitter, mais ou menos; as segundas, meio ruins; as terceiras chatas; as quartas, reclamonas; as quintas, de quinta.

No blog? Os primeiros posts que li, mais ou menos – vai ver o sucesso subiu à cabeça e perdeu-se a criatividade; os segundos, mil assuntos num título só; os terceiros, chatos; os quartos, reclamões, brigões; os quintos de quinta.
Diagramação? Não existe, naquele espaço. Citação de fonte de imagem? Nenhuma. Publicitária. Enfim...
O livro chegou, não sei se numa quinta-feira, mas ó, bem de quinta.

E a pinça da “obra” deve ter sido usada por quem citou a autora na hora certa, pra situação certa, porque... do resto? Do resto eu me enganei, e o que é pior, paguei pelo meu engano. Culpa única e exclusivamente minha. Bem feito, afinal, nem tudo que se “vê” na TV é pra crer.


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há uma liçãozinha básica: o engano é culpa de quem se engana. O outro tá lá: pronto. Nossos olhos e sentidos é que querem mais e, muitas vezes, pagamos por querer o que não existe...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Eu já e você?

Tema: Eu me enganei
Por Nina Reis


Já me enganei por várias e várias vezes, durante muitos e muitos anos. Você não? Dúvido!!
Quando pensava que seria a única e eterna namorada do papai. Quando descobri que além do branco existem mais cores de cavalos e que meu príncipe pode vir a pé e não montado em um deles.
Que fruta quando cai do pé pode não estar madura e que muitas vezes mordida não é pra machucar.
Que muitas pessoas podem não ser o que parecem e o que parece pode, muitas vezes, não ser o que imaginamos.
Que ligação de madrugada pode não ser coisa boa e quando o céu está lindo pode não ser lua cheia. Que roupa de marca nem sempre é a melhor e que muitos importados podem não dar defeitos. Que cor de cabelo não dura pra sempre e que vitamina nem sempre sustenta.

Por isso e muito mais já me enganei e fui enganada.
Algumas vezes me decepcionei, dei gargalhadas ou achei melhor passar em branco.
Quem se lembra dos braços estendidos que me pediam ajuda pra se levantar e eu, sem entender o que ele dizia, imaginei que queria um abraço? Esse foi o meu pior engano.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ai, desculpa!

Tema: Eu me enganei
Por Rafael Freitas



_ Nossa, eu nem sabia que você tinha vitiligo...
_ Mas é mancha de limão.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Nossa, o que aconteceu? Machucou a perna?
_ Não, eu manco desde pequena.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Você tá grávida?
_ Não, tô gorda mesmo...
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Você é gay, né?
_ Não. Sou seminarista.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Que diferente! Musse de pepino!
_ Não, é de manga.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Eu adoro meninas com esse corte de cabelo!
_ O nome dele é Lucas.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Cara, que gostosa essa sua namorada nova!
_ Não é minha namorada; é minha mãe.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ Que linda sua tatuagem! O Dunga também é meu anãozinho preferido!
_ É uma fada.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ ♪ É tão bom, bom bom bom! Quem quer pão, pão pão pão! Adorei sua fantasia de paquito!
_ Mas é de soldadinho de chumbo.
_ Ai, desculpa! Eu me enganei!

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_ A Bombom tem uma voz linda, né?!
_ Você tá querendo falar da Marrom?
_ Ah, verdade! Eu me enganei! A Bombom é aquela da música, né: Marrom bombom, marrom bombom!

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_ ♪ Tô fazendo amoooorrrr com OITO pessoas! Mas meu coração vai ser pra sempre seeeuuu!
_ É OUTRA pessoa, colega!
_ Ai, desculpa! Eu me enganei! [E, na verdade nem são oito... são sete!]

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_ Você é gay, né?!
_ Não. Sou casado e tenho cinco filhos.
_ Ai, desculpa! MAS VOCÊ NÃO ME ENGANA!


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PS.: Como eu sou um cara politicamente correto, quero deixar claro que não tenho a intenção de ofender ninguém! Na verdade, grande parte das piadinhas aí em cima aconteceram mesmo comigo. Juro! rs Tentem adivinhar quais! O post também teve a colaboração do Arrocha, nosso convidete mais sumido (na verdade, a ideia foi dele)!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Era uma vez um castelo..

Tema: Eu me enganei

we♥it


Sempre soube que quando encontramos alguém em quem não vemos muito futuro, devemos deixar isso bem claro e, principalmente, desenhar (sem traços concretos) onde está o limite pra uma futura relação. Então você me questiona sobre o porquê disso. Digo sinceramente: pessoas nos conquistam. Seja por meio de ações, reações, convivência, carência. Entre várias outras coisas, é claro.
E então você não necessariamente decide, mas deixa acontecer. Vai conhecendo, descobrindo, se encantando, deixando o tempo passar e fazer você ir percebendo que estava enganada e que, veja bem, de repente pode ser interessante incrementar a relação, até deixar-se rotular, quem sabe. O controle perde a pilha.
Daí pra criar expectativas, baseadas no que já se passou, viu e sentiu é um pulo pequeno. E então se espera somente coisas boas ou ainda, normais, como já aconteceram. E, claro, como qualquer ser humano, esquece que há decepção, desencontro, desilusão e pimba! é aí, quando você perdeu as armaduras, as máscaras, decidiu pegar de volta a inocência e a vontade de ver e fazer parte de finais felizes, que alguém ou alguma coisa puxa a carta da base e  desarma todo o castelo que parecia intocável.
E então você repete pra si mesma: Eu me enganei. Estava certa desde o início.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

(Sem) Sentido!

Tema: profissão em que jamais atuaria
Por Taffa


Eu não tenho a capacidade de me aquietar por muito tempo, não consigo ficar imóvel por períodos razoáveis e, quando criança, sempre perdia nas brincadeiras de estátua.

Sou inquieto demais e jamais conseguiria ser um guarda da rainha da Inglaterra. É absurdo e inimaginável, pois você simplesmente não pode se mover. Não é permitido espirrar, nem tossir, nem piscar. Não se pode fazer nada a não ser ficar ali, parado, com aquele chapéu ridículo – uma espécie de texugo empalado na cabeça.

A parte boa: você trabalha em Londres. Mas aposto que essa animação toda dura apenas uma semana e depois tudo fica ruim.
A parte ruim: deve ser muito chato ver Londres toda lynda ali te chamando e você não poder sair para passear, dar uma volta, sei lá.
Pesadelo apocalíptico: caso apareça uma mocinha ou mocinho super delícia com fetiche em homens de uniforme e comece a insinuar e te dar aquele super mole, sabe o que você pode fazer? Nada.

Agora você sabe o que é um emprego cruel.

R7

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sentença condenatória

Tema: profissão que jamais atuaria
Por: Rosana Tibúrcio
lauradeponte


E numa segunda-feira qualquer – sentada na mesma cadeira; atrás do mesmo balcão; em frente a um grupo basicamente homogêneo; com o mesmo estilo de agenda que usa há décadas, ganhada de vendedores; com uniforme cafona igual ao das colegas de clínica; atendendo ao telefone já velhinho – Juliana inicia um novo diálogo muito parecido com os demais que teve, ali naquele lugar, desde sempre.
- Consultório do Dr. Arthur, boa-tarde.
- Quero marcar um horário amanhã com o Dr. Arthur, tem como?
- Tem sim, há vaga às 10 e às 16 horas, senhora.
- Às 16h pra mim está bom.
- A Sra. poderia me informar nome e telefone?
- Sou a Felisbina Camargo Mariano Salve Salve, fone 5555.5555.

Na terça-feira da outra semana chega Salve Salve no local.
-Boa-tarde, Juliana
- Pois não, senhora.
- Marquei uma consulta pra hoje às 16h, sou a Salve Salve.
- É sua primeira consulta com o Dr., Dona Salve Salve?
- Não, Juliana, vim aqui no ano passado, você não se lembra de mim? Eu me lembro de você [?!?!]
- Desculpa minha senhora, mas não me recordo, é que eu atendo muitas pessoas por dia.
- Mas deveria porque eu sou a Fulana blablablá Salve Salve.
Juliana engole seco, respira fundo, mas não responde à provocação da Salve. Ela apenas pede que a mulher aguarde mais um pouco para encaminhá-la ao consultório. E assim faz.

Enquanto no consultório o Dr. Arthur apalpa Dona Salve Salve de cá e de lá, Juliana continua sua saga junto à agenda, telefone e pacientes impacientes.
O Dr. pede que a Sra Salve se dirija à Secretária (cadê o nome de Juliana, Dr.?) pra um retorno em sete dias.
- Para daqui sete dias? Nossa, agenda lotada!
- Quero nem saber mocinha, (Alzheimer atacou Salve salve, pois esqueceu o nome de Juliana) o Dr. pediu pra eu voltar e vou voltar.
- Claro, minha senhora, faz assim: volte no horário que for melhor para a senhora, nem precisa me ligar marcando. Quando chegar aqui, encaixo a senhora entre um e outro paciente.

Passado os sete dias volta a Dona Salve Salve e fala: moça, (ex-juliana e ex-mocinha) tenho um retorno com o Dr. Arthur e você pediu pra que eu viesse qualquer hora.
- Qual o nome da senhora mesmo, por favor?
- Como assim você não lembra meu nome, de novo? Você é burra por acaso?
- Desculpe minha senhora, mas são tantas pessoas que atendo e sempre tão rápido que, às vezes, não me recordo do nome e preciso dele pra pegar a ficha da senhora.
- Meu nome é Salve, salve... diz a madame resmungando: “vai morrer atrás de um balcão, é burra demais...”
FIM!

Francamente? Trabalhar para um chefe que não fala meu nome pros pacientes; vestir uniforme cafona; sentar na mesma cadeira, atrás do mesmo balcão; lidar com pessoas que se acham, como a Salve Salve; receber pragas de todo tipo; e, ainda por cima, viver de encaixar gente entre um e outro paciente? Tô fora! Comigo não!!!!

Ser secretária, sobretudo, de médico, jamais povoou meus sonhos infantis, nem adultos. Que Deus me livre e guarde, mas ser gari, adestradora de animais, ajudante de pedreiro, irmã de caridade, doméstica, puta, agente funerário ou penitenciário, aeromoça, enfermeira, cobradora de ônibus – outras profissionais que nunca desejei ter – estão, pra mim, bem acima da secretária, que considero a profissional mais sem criatividade e sem quase nenhuma possibilidade de novos aprendizados no dia-a-dia. É isso!


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, porque nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma revelação bombástica: secretária de médico não é profissão, é uma sentença condenatória.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nem ganhando, nem de graça

Tema: profissão em que jamais atuaria
Por Nina Reis

Já pensei em ser arquiteta.
Desejei ser cozinheira.
Até sonhei em ser cantora.

Agora se tem algo que me tira o tesão, me deixa irritada e me faz ranger os dentes é ver aquele vendedor(a) de filmadora tekpix. Pelo amor de Deus, o que a pessoa fez na vida passada, no presente e irá fazer na vida futura pra merecer ficar na frente das câmeras e tentar enganar o telespectador com aquela fala decorada e vender aquela geringonça? (nem se ela fosse boa)
Então eu jamais seria vendedora de tekpix.

Por isso não tenho mais nada a declarar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coisas de gente grande

Tema: profissão em que jamais atuaria
Por Rafael Freitas



Com nove anos, eu ia ao dentista sozinho. Nunca tive medo de brocas e afins. E queria ser dentista! É minha primeira lembrança de uma profissão que queria seguir. Mas essa vontade não durou muito tempo.

Na quinta série, queria ser biólogo. Eu sou do tipo que adora o Globo Reporter, confesso (mesmo sabendo que só existem dois episódios alternados: sobre a Patagônia e aquele sobre os Dragões-de-komodo, na Indonésia). Meus álbuns de Ciências eram caprichados, cheios de desenhos e figuras. Adorava estudar as plantas e numa certa fase fiquei obcecado por cogumelos, líquens e afins. Saía pela rua analisando essas coisas em árvores e nas beiradas das casas. Sou fascinado pelo fundo do mar e não quero e não posso morrer sem antes ter mergulhado em Fernando de Noronha.

Também quis ser artista plástico. Sempre gostei de desenhos, lápis de cor, giz, tinta guache. Até hoje fico perdido em uma papelaria, babando! As aulas de Educação Artística eram as mais esperadas da semana. Nessa época, eu fazia embalagens e cartões de natal e outras datas comemorativas para amigos e amores. Era uma fase boa.

Nunca passou pela minha cabeça ser médico. Nem advogado, juiz ou promotor. Nem arquiteto. Nem engenheiro. Nem escritor. Nem cartunista. Nem pedreiro. E nem publicitário frustrado, como é o meu caso.

Mas já pensei, repensei, refleti e descobri que nunca poderia ser professor de matemática, de física, contador, garoto de programa ou coveiro. Há que se ter facilidade com números, ser frio e calculista para todas elas. O que não é o caso deste pequeno sonhador.

No fim das contas (vale ressaltar: matemática não é o meu forte), a resposta da pergunta fatídica é simples: o que eu quero ser quando crescer? Feliz, que é o que toda gente grande deveria ser.

Mas aí entram os números... Eu sempre esqueço que eles também servem para contar o salário, pagar a conta de luz, o aluguel, a conta de água, o telefone, o supermercado, a pizza do fim de semana, a última calça jeans, o presente do afilhado... Argh!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Decidam por mim.

Tema: profissão em que jamais atuaria

weheartit


Eu, honestamente, ainda não sei qual a minha profissão. Muito menos a que terei daqui alguns dias, anos ou décadas. Ou, mais grave ainda, a que eu quero ter.
Sei do básico: não curto história, matemática, física e química. Geografia é quase piada pra mim. A partir daí exclui-se mais da metade das profissões para minha cartela de escolha. Biologia também podemos descartar, tenho medo de lagartixa.
Algumas coisas mais populares, como ajudante de pedreiro, frentista e cabeleireira também estão descartados, assim, de cara. Outros não me lembro, por hora, ou estou só cansada pra isso.
Por fim, e rapidamente, considerando toda a minha confusão mental profissional, aliás, não apenas profissional, mas em relação à grande maioria das coisas em minha vida e, também, da vida alheia e, também, devido ao meu comportamento compreensivo e,  por não ser uma daquelas pessoas que tomam partido e escolhem um lado pelo qual lutar, concluo que estaria fora de minhas responsabilidades o grandíssimo desafio de ser juíza, portanto.
É isso.