sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dureza

Tema proposto: dia do oposto
Por Taffa

Acordaria às sete horas da manhã e me vestiria para o trabalho. Chegaria ao meu emprego, pegaria o expresso na máquina e me sentaria na cadeira de sempre.

Passaria quatro horas em frente ao computador trabalhando com programação orientada a objetos e fazendo análise de sistemas.

Sairia para o almoço.

Voltaria meia hora depois para estudar os módulos da pós-graduação. Nesse meio tempo, também aproveitaria para me atualizar com os blogs e sites mais interessantes do momento.

Daí recomeçaria mais um turno de programação em frente ao computador e sairia apenas para fazer reuniões de escopo e análise de projeto. Apresentaria os resultados dos desenvolvimentos e faria alterações relativas ao que foi decidido em tais reuniões.

Faria a manutenção de todos os serviços disponibilizados pela empresa e estaria disponível para atender aos servidores até o horário limite de dezoito horas, pois após este horário eu retornaria para casa, trocaria de roupa e daria um pulo na academia, onde suaria bastante e voltaria algumas horas depois, para tomar um banho e finalmente me aquietar.

Já em casa novamente, faria o jantar, assistiria algo desinteressante na TV e passaria algum tempo online até a hora de dormir. Repetiria o processo durante toda a semana útil e aproveitaria o final dela para descansar dessa inevitável correria.

Meu dia do oposto seria digno de muita pressa e trabalho, imagino, mas é uma coisa que não faço atualmente porque estou de férias. Um beijo para o proletariado, diretamente da rede em que estou deitado num rancho paradisíaco aqui no interior de SP. Muah!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Aposentada, "ryca", gostosa e bem-amada

Tema proposto: dia do oposto
Por: Rosana Tibúrcio
Levanto cedo porque acordar tarde, nos dias de semana, me lembra depressão, e isso passa longe do meu dia ideal.
Ganho um beijo na boca e um pedido. Atendo, volto pra cama. Afinal como resistir àquela barba por fazer e a boca cheirando gostoso? Gostoso porque o bofe, claro, já escovou os dentes.

La ri lá ri lá... levanto de novo, levantamos melhor dizendo, e a mesa já está arrumadinha pro café da manhã, porque EU TENHO empregada doméstica mensal. Eu sou ryca, tal qual a Narcisa...
Porém, mesmo ryca e lynda tenho princípios e não aposentei minhas manias: faço o café, porque o meu, além de ser o melhor, toda mulher precisa, se não mais tão nova, ser pelo menos bonita e carinhosa, pra “fazer um homem gemer sem sentir dor...” opps, isso é pra mais tarde, ou pra de manhã... Enfim.

Enquanto ele lê o jornal eu ligo meu computador só pra checar meus e-mails, ver meus contatos no facebook (orkut é passado) e responder aos questionamentos de alguns orientandos. Trabalho, de vez em quando, com produções acadêmicas só por hobby, nem cobro muito por isso. Escolho, a dedo, um ou dois alunos, e faço de tudo pra eles.
Meu bofe vai pro trabalho – ele inda tá na ativa (ui), só eu sou aposentada - pego o carro e vou até à Lagoa Grande fazer uma caminhada. Paro, depois, num daqueles bancos e fico apreciando as pessoas e imaginando se uma delas tem vida interessante como a minha.

Volto pra casa, não sem antes parar na Catedral de Santo Antônio e agradecer a Deus, a vida boa que levo. Paro num terminal do banco pra pegar dinheiro - cheque e cartão são para os fracos. Vou ao sacolão para comprar frutas e verduras. Minha alimentação é super saudável. Não abro mão disso!!!!!!!!!!!!!!

Chego em casa vou pro computador e, religiosamente, abro o site do banco e confiro meu saldo. Adoro ver tantos zeros e tudo tão azulzinho. Fruto do meu trabalho, uma vida financeira correta e sem grandes percalços, a propósito. Além do quê, tenho duas filhas rycas que me dão, também, uma grana pra minhas futilidades. As duas ganham muito bem!!!!!!!!!!!!!!!

Gosto de almoçar por volta de uma hora e, depois do almoço, não abro mão de um cochilo, ao som de meus cantores favoritos. Atualmente eu estou muito Amy Winehouse, por que né? Sem comentários!!!

Na parte da tarde eu vou à Faculdade aqui pertinho, porque faço um curso de línguas. Adoro. Tenho cada colega lindo. E professor, também. Foi lá que conheci meu bofe, ele é um dos nossos professores, é i love you pra cá e je t'aime pra lá. Línguas é com a gente mesmo (hihihi). 

Chego em casa, preparo meu café da tarde, recebo a massagista ou a manicure pra cuidar de mim. Dos cabelos eu mesma cuido. Odeio secadores. Dispenso.

Em seguida, ou eu vou às compras, ou visito o orfanato onde sou voluntária, tudo com muita tranquilidade porque eu não preciso me preocupar com as coisas de minha casa, eu sou ryca e TENHO empregada doméstica (com carteira assinada, 13º salário, férias e tudo. Sou correta... hauashauhs).

De novo em casa eu curto uma de minhas horas mais gostosas: de pernas pro ar, numa poltrona super confortável, leio o livro do momento. AdoUUUro!!!

À noite encontro meu amado e ficamos em casa, curtinho uma novelinha, jogando cartas com amigos ou conversando, conversando, conversando... até pegar no sono.
Sei que meu dia é corrido, que faço mil coisas, mas tudo, tudo que eu gosto e mereço. Sou uma mulher feliz, mesmo corrida (hahushaushushaus).

Ah, não posso esquecer de contar: nas quintas, em vez de consultar meu saldo no site eu posto, antes de qualquer coisa, no Guaraná com Canudinho, porque esse oposto, quero não seujão...

Uma linda quinta-feira pra todos vocês minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há uma ligeira divagação do que eu gostaria de ser, nessa idade que tenho: bela de uma aposentada.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quem sabe um dia

Tema: Dia do oposto
Por Nina Reis

Manhã de silêncio.
Sem música, sem televisão e sem celular.
Dinheiro na conta. Almoço farto.

Tarde de calmaria.
Sem problemas, sem contas pra pagar e sem visitas.
Dinheiro na conta. Lanche farto.

Noite de descanso.
Sem telefonemas, sem interfone e sem agenda.
Dinheiro na conta. Sexo farto.


terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma nova rotina

Tema: Dia do oposto
Por Rafael Freitas

Depois de arrumar a cama: café da manhã com misto quente, café preto, iogurte natural, mamão papaya e um bocado de calma.

Depois, ler um site de notícias, abrir a caixa de emails e assistir tevê até o almoço. Arroz, feijão, bife com batatas fritas e salada de alface com tomate. Suco natural. Salada de frutas. E calma.

Cochilar na sesta. Trabalhar um pouco no computador, adiantar outras coisas pelo celular. Assistir mais tevê ou ter um bom lugar pra ler um livro. Com calma.

Sair pra correr, perder e ganhar na academia, tomar um banho relaxante e vestir um pijama. Assistir e sofrer com quantas novelas puder neste período de calma.

Tomar um lanche, arrumar uma coisa ou outra no quarto, ouvir aquelas músicas que um amigo indicou. Calmo.

Durante todo o dia, ver da janela ou a caminho do supermercado, os amigos mais queridos e trocar um abraço. Todos os amigos, como se fosse possível que morassem na mesma cidade, bem perto. Acalma.

E durante todo o dia, um amor pra acelerar um pouco. Já quis calma o dia todo, pra amar seria pedir demais.

Um dia esse dia chega. Enquanto isso, sonho com ele nos oito minutos do modo soneca do meu celular-despertador.

sábado, 23 de julho de 2011

EXTRA! EXTRA! Primeiras fotos das bodas de Edgar e Paula!

Tema: IV CAGC e Casamento da Paulinha
Por Rafael Freitas


Casal reúne convidados para comemoração requintada no Espaço Santa Rita, em Muzambinho


No sábado passado, 16 de Julho de 2011, os noivos Edgar Carmo Oliveira e Paula Daciolo Miranda casaram-se na presença de familiares e amigos mais próximos. Ela delicadíssima com vestido de renda com detalhes no decote e na cintura e ele com sua elegância peculiar. A cerimônia foi presidida por Maria Ignês, amiga da família da noiva. Rafael Freitas, melhor amigo da noiva, e João Paulo Silva foram os responsáveis pelas músicas escolhidas a dedo pelo casal. O blog Guaraná com Canudinho estava muito bem representado por Marina Reis e Rafael Freitas. Decoração, iluminação, aparelhagem de som e cardápio impecáveis, sob o olhar da cerimonialista Yvina.

Durante a festa, os convidados se divertiram entre drinques, coquetéis e as pick ups espertas do DJ Bolinha. Tudo perfeito e de inegável bom gosto. Destaque para a mesa de doces: mini trufas, doces de damasco e cereja e camafeus. Na despedida, os tradicionais bem-casados reafirmando o que acontecera na noite: noivos cercados de amor, carinho e admiração. Muito bem casados.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Diário de Bordo(a)

Tema: CAGC
Por: Nina Reis

Cheguei em Bordinha da Mata no dia 15 de julho às 15:30h depois de 20 horas de viagem, toda animada, podem acreditar, pois estava ansiosa para reencontrar todos.
A recepção foi maravilhosa (sabia que não seria diferente)
Rafa me levou para o quarto e deixou claro que eu poderia ficar a vontade. Será que ele está arrependido? Olhem só, todos agora tem certeza que esse quarto é meu.



A noite Rafa me avisou que precisava ensaiar as músicas para os dois casamentos de sábado, foi então que chegaram João Paulo e Simony. (no seu fantástico, do balão mágico)
Adivinhem onde aconteceu o ensaio? No meu quarto. Tá bom, no começo me senti invadida, mas depois relaxei (hahaha brincadeirinha), me diverti do início ao fim.
Logo mais chega Samuel, grande amigo do Rafa e meu também é claro. Conheci o famoso Sássis quando estive aqui pela primeira vez em 2008. Depois Isabela, amiga do Rafa, chega com a filha e o genro.
Fomos para praça assistir aos shows. Foi maravilhoso.
Sábado de manhã, depois de ter ido dormir bem tarde, levantei às 6h pois precisavamos ir cedinho para Muzambinho.
Pegamos a estrada (Tio Carlos, João Paulo, Sássis e eu) e seguimos.
Estava ansiosa para conhecer o restante da família do Rafa. Sem entrar em muitos detalhes, posso dizer que me apaixonei por todos. A recepção, a estadia, o almoço e as pequenas conversas, foram simplesmente inesquecíveis.
Às 17h fomos pra igreja, era casamento do irmão da Viviane (cunhada do Rafa), em seguida, voltamos para casa onde estavamos hospedados. Começamos a nos preparar para o casamento da Paulinha (sim sim é verdade, nossa Paulinha maluquete “se casou-se”).
Às 20:30h chegamos no local onde aconteceu o casamento e a festa. Estava tudo muito lindo, muito harmonioso e ela, nossa Paulinha estava irradiante, ops, eles estavam, ela e o Edgar.
Chegou a hora, querem me bater? Não tirei NENHUMA FOTO. Nem vou me explicar porque as fotos não irão aparecer depois disso, mas assim que o vídeo do casamento dela estiver disponivel no site, envio pra todos. Detalhe: O video de casamento mais legal que já vi.
No domingo acordamos cedo e voltamos para Bordinha da Mata. Logo a noite nos arrumamos (Rafa, Isabela, filha, genro da Isa e eu) e fomos para o show na praça aproveitar o último dia de festa na cidade.
Minhas férias estão sendo maravilhosas, graças a ausência do Rafa estou conseguindo descansar. (hahah não resisti)
Obs1.: Rafa sempre dorme enquanto falo.
Obs2.: Troquei fazer almoço todos os dias, por uniformes costurados pela Tia Edna.
Obs3.: Já fiz doce de chocolate com morango, bolinho de arroz e ... bom, melhor não passar vontade em ninguém.
Obs4.: Rafa sempre dorme enquanto está ao meu lado também.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Das mais diversas fontes

Tema: cicatrizes
Por Taffa


Dor de queda, de cabeça, de perda, de amor.
Tudo dói, nunca vi. Ser humano é um bicho fadado ao sofrimento, acredito. E isso vai desde o nascimento até quando morre, ou além, pois alguns dizem que espíritos padecem no outro plano enquanto choramos pela perda deles do lado de cá.

Enfim, sempre me machuco. Para fazer jus ao meu título de humano, mas não somente, porque erro. Quedas marcaram a minha infância, pois eu tinha baterias aparentemente inesgotáveis, mas hoje não caio tanto, talvez porque não corra com a mesma pressa ou tenha aprendido que o melhor se consegue a seu devido tempo e com doses homeopáticas de paciência.

Só que, embora não me esfole, ocorrem quedas não tão literais. Cai o humor, e não somente, despenca. Tomba-se a cabeça, o semblante e o brilho dos olhos. Quer queda pior? Não conheço. São baques pesados e imprevisíveis que muitas vezes doem bem mais do que o tombo após um tropeção.

Saudades de quando merthiolate curava tudo em troca de um instante de ardor. Agora o que queima é mais penoso: garganta, neurônios, coração. Vale insistir naquilo que machuca pensando que em dado momento a bonança chegará? Não sei, sinceramente. Já me feri tanto do lado de dentro que mal saberia expor porque teimo em perseverar. Mas, mesmo assim, continuo.

Persistência: uma palavra bonita. Na teoria ela me serve bem e, aliás, a todo mundo. Difícil mesmo é suportar dissabores e infelicidades na prática e, acredito eu que, muitas vezes, desistimos porque a dor passa a nos consumir.

Mas, não se assuste. No futuro vamos olhar pra trás e rir de todos os problemas, imagino. Na verdade, tantos já me disseram isso que passei a acreditar. Assumo que gargalhar lembrando de certas dores eu ainda não consigo, porque as cicatrizes que carrego continuam visíveis feito marca em brasa, porém escondê-las e estampar um meio sorriso é algo que consigo (e teimo em) sempre fazer.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

As do corpo e as da alma

Tema: cicatrizes
Por: Rosana Tibúrcio
Imagem
Ela nasceu com uma cicatriz pré-definida, talvez definitiva: na alma.
Abandonada pela mãe, Estela foi localizada, como tem acontecido atualmente, num lixo; mas o lixo dela era de um hospital. Em meio a agulhas, seringas, vidros de soro e remédios, por pouco não se cortou, resultando cicatrizes pelo corpo.

Sua vida era mesclada de pouca sorte e alguns azares. Sorte teve com o nome que recebeu: Estela, que significa estrela e fugia da mesmice de tantas Vitórias abandonadas, encontradas e salvas, assim como ela.
Outra sorte foi que, no início da vida, recebia carinho e atenção de todos. Manchete nas TVs e jornais, mistério a ser investigado devido ao local onde foi encontrada. Se no lixo do hospital, só poderia ter vindo dali, pensavam. A própria mãe a jogara fora? Um médico, um possível sequestrador? Mas ninguém a reclamara. A mãe, por certo era a malfeitora. Concluíram.

Depois daqueles dias de zum zum zum, foi pra um abrigo e lá não recebia mais tanto carinho e atenção como antes, pois havia muitas crianças, de todas as idades e com cicatrizes iguais a dela. Sorte ou azar?

Com o passar do tempo, Estela foi perdendo o brilho e ficando, a cada dia, mais amuada. Percebeu que as crianças que caiam e se machucavam eram as que mais recebiam atenção. Os cortes feios na pele, sangue jorrando, dente quebrado, detalhes que deixariam marcas externas, pediam e recebiam atenção.

Muitas vezes, antes de adormecer, sonhava acordada que estava no hospital, cheia de pontos, fios, gentes e carinhos. Tudo ali, só dela e pra ela. Ela se imaginava com cortes grandes, muito esparadrapo, gesso, caixas e caixas de remédios e, depois, de bombons. Adormecia cheia de dor sabendo, mesmo sem entender direito, que a cicatriz na alma, aparentemente invisível, aumentava a cada dia.

Tomou uma decisão: pular do muro e cair em cima daquelas garrafas. Depois da dor, ela tinha certeza, teria a atenção das outras crianças, das enfermeiras e do doutor que era um moço tão bonito. Teria afeto exclusivo e daria os bombons pras coleguinhas. Queria apenas os abraços, os sorrisos e o tempo deles... e, depois, teria as cicatrizes pra mostrar, contar e relembrar um tempo de cuidados só com ela.

Quando abriu os olhos viu o doutor, a enfermeira, as tias do abrigo... o padre. O padre? Percebeu que perdia, ali mesmo onde adquiriu, a cicatriz da alma e, mesmo sem ver as do corpo, sorriu e fechou os olhos: feliz..


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo no ar e hoje há um projeto de história inventada por Rosana Tibúrcio, com direito a breguice, drama, exagero e blablablás...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Um link

Tema: cicatrizes
Por Laura Reis


Aliás, por Cabral. Porque, depois de ler isso, antes de tentar começar a escrever alguma coisa, eu tive certeza que nada que eu tentasse contar seria tão.. marcante?
Então, em vez de um relato, uma história, um desabafo ou uma completa labirintite textual, trago um link pra vocês: É para o alto que se deve cair.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Alzheimer, a gente vê por aqui

Tema: algo marcante em 2000
Por Taffa

Ford Focus*

Olá pessoas, tudo bem com vocês?
Espero que sim, pois comigo está tudo lyndo. Aliás, estava, porque faz uma semana que eu tenho cansado a minha beleza.

Venho por meio deste assumir que desde segunda-feira tenho pensado em algo para ilustrar o meu post, mas não saí com nada. Acreditem, não faço a mínima ideia do que aconteceu de marcante em 2000.

Sinceramente? Não sou obrigado, Brasil. Eu nem sequer me lembro do nome completo do meu ex-namorado e vou me lembrar do que aconteceu há onze anos? Gente, mentalizem comigo e me respondam: vou continuar a gastar meus neurônios pensando nisso pra quê?

Então, como sou muitíssimo educado e participativo, fiz uma pesquisa complicadíssima no Google e descobri um site da Folha Online que possui uma retrospectiva inteira do ano de 2000! Olhem só que lyndo!

Neste endereço vocês podem entrar, ler e se lambuzar com as notícias que aconteceram há mais de dez anos e todos ficaremos felizes e com sentimento de dever cumprido. Sou prático, né? Eu sei.

Então, fiquem todos lyndos e com a retrospectiva 2000 que eu vou ali planejar as minhas férias de 2011, que acontecerão no mês que vem e, acreditem, neste futuro eu estou muito mais interessado.

*O Ford Focus chegou ao Brasil em 2000, tentando alcançar o mesmo sucesso que o antecessor (o Escort) havia tido.
**Eu só sei disso porque eu li na Wikipédia.
***Eu não tinha nenhuma outra imagem pra colocar, rs, NÃO ME JULGUEM.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

De Quintana, às vacas no pasto e ao sapo

Tema: algo marcante em 2000
Por: Rosana Tibúrcio
 Laurinha escreveu numa das últimas páginas da minha agenda. 

Comecei o ano de 2000 com tudo pra dar certo: no terceiro ano de Direito, com o corpo razoavelmente em forma, carro na garagem, franquia de livros fluíndo bem, dindim na poupança e, o melhor: “mente quieta, espinha ereta e o coração tranquilo”, assim, como Walter Franco diz na canção, pois, definitivamente, livre das amarras que me prendiam ao ex-marido, até então, com idas e vindas e mil “dormidas” depois da separação.

Pra anotar detalhes, usei a "Agenda poética - Mario Quintana", a mais linda que já tive; ganhei de meu irmão Caio, da Lena, minha cunhada e dos meus sobrinhos. Nela, anotei poucas coisas, por dois motivos: normalmente, um ano leve quase não pede anotações, já perceberam isso?
Segundo motivo foi que, no final desse ano, anotações seriam como um convite ao crime: havia espião sapo rondando minhas coisas. Sapo que acabou com meu sossego e liberdade. Era um tal de fuçar e cobrar um tempo que nem “era dele.” Se é que ele foi dono de algum tempo meu. Enfim, a minha sorte é que o engodo, proveniente do meu dedo podre pra escolher “amores”, fez parte de minha vida, nesse ano de 2000, por um tempo pequeno: dois meses apenas. O resto do tempo com sapo (sim, falo desse jeito, porque sou imbecil e tenho comportamento feio, também) ficou pra 2001 (e isso não é papo pra nenhum outro post. Eu me recuso!).

Voltando aos aspectos mais pitorescos de 2000, contar que nadei de braçada na internet. Conheci gente bacana. Conheci gente feia e chata, também, confesso.
Fui a um dos encontros da internet, em BH, de uma salinha de bate-papo que eu frequentava. E olha, nunca vi tanta gente feia e "me passa a mão pelo amor de Deus" reunida num mesmo lugar. E eu que quase tenho fama de assanhada fui uma das poucas que não quis “ficar” com ninguém. Cadê respeito, né? Tinha um, inclusive, que até me agradou um pouquinho, mas li algo que ele escreveu pra mim, lá na hora (quase um projeto de poema), que tinha um "haver" em vez de “a ver”. Desprezo define. Vai estudar jacu. Sai de mim.

Na volta dessa viagem, no mês de julho, vim com umas dores nas costas e uma “ruindade” no estômago. Cof cof cof tomou conta de mim; febre, tosse, muita tosse, até que finalmente a grandona tomou tenência e resolveu, depois de uma noite inteira de tosse, tomar providências e arrumar alguém (no caso, o pai dela, meu eterno salvador, bom reforçar porque nem sou ingrata...) pra me levar ao hospital: pneumonia. Das bravas, daquelas que começam suave - se é que pneumonia pode ser suave - e vai piorando, piorando até que a pessoa tem alucinações interessantes e fala sem saber exatamente o quê. Me contaram que, além deu pedir pra não morrer na UTI,  vi uma porrada de vaca pastando e era muita, mas muita vaca no pasto... Muhhhh!!!
Nesse hospital cheguei no sábado e na quarta-feira eu bem estava pra “morrer” quando veio médico entendido das questões pneumonísticas e, basicamente, me curou. Saí do hospital no domingo e ó, desde 2000 não presto mais, viu? O cof cof nunca mais me abandonou. A propósito ele está aqui presente, enquanto relembro coisas que ocorreram há dez, onze anos...

O ano de 2000, tirando todo o perrengue da pneumonia e do meu encontro com o sapo é um ano bacana de lembrar, ele me reporta aos poemas de Mario Quintana e, também, aos que um carinha, muito cuti cuti, lia e fazia pra mim; às canções do Almir Sater; à minha amiga-irmã Luziá, aqui em casa, louca de pedra gritando, esmurrando a parede e “fingindo” que batíamos nela; às minhas filhas numa convivência alegre, já que Marina saía daquele perrengue que ela mesma contou ontem.
Aliás, o 2000 foi o ano que eu inaugurei a minha fama de melhor cafezeira de Patos, quiçá do Universo, pois era só amigo chegar, a qualquer hora, que o cafezinho tá ali, pronto pra ser servido, em meio às expectativas de uma vida feliz e promissora. Não vingaram de todas, essas expectativas de vida feliz e promissora, mas a intenção foi palpável, tava ali, nas minhas mãos, juro procês. Eu só não soube segurar...


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há uma saudade boa da maior parte do ano de 2000, um ano que, pra mim, mesmo não tendo encerrado como eu desejaria e merecia, chegou com cores, cheiros e sabores; todos, muito bons; todos que encontro, ainda hoje, nas canções de Almir Sater, nos poemas de Mario Quintana, no café com os amigos e no carinho de minhas filhas... 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Renascimento


Tema: algo marcante em 2000
Por Nina Reis

Provavelmente teve ter sido o fim pra muita gente, quando anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar.
Pra mim não, pra mim foi um ano de total renascimento, certamente um dos anos mais importantes de toda minha vida. (é, tenho certeza)

Deixa eu contar:
Infelizmente a síndrome do pânico me afastou por cinco anos do colégio e, graças ao grande incentivo do meu primeiro namorado, a ajuda da minha madrinha, o apoio da minha mãe e o companheirismo da minha irmã, consegui voltar a estudar e terminar o Ensino Fundamental. Dando sequencia no ano seguinte ao Ensino Médio, quando também vivi grandes e fortes momentos em minha vida (mas isso fica para um próximo post). Foi muito difícil, pensei até em desistir, mas felizmente isso não aconteceu e desde então, muita coisa mudou, pra melhor é claro.
Outro acontecimento que naquela época foi muito marcante é que depois de terminar com o primeiro namorado, comecei a me relacionar com um rapaz na internet. Conversávamos horas a fio e foi então que decidimos nos conhecer. Namoramos, noivamos e ficamos juntos por quatro anos.
Ahhh antes de conhecer esse mocinho citado logo acima, aconteceu o baile de formatura do meu pai. Bom, isso foi só um detalhe, porque nem foi tão importante assim. (se ele tivesse ganhado bastante dinheiro pós formatura e tivesse me ajudado, haha, provavelmente teria sido muito importante) (sim sim sou interesseira)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Anunciaram e garantiram

Tema: algo marcante em 2000.
Por Rafael Freitas

Contrariando todas as previsões, superstições, lendas, mães-dinás, astrólogos, horóscopos e charlatões desta alçada, o mundo não se acabou!

O que poderia ser mais importante na vida de alguém no ano 2000?

Tivemos seus 365 dias inteirinhos! Choveu, ventou, mas não acabou. Estamos aqui vivinhos da silva!

E o que a gente faria se o mundo fosse acabar?
Rezava? Fazia uma festa e se embebedava? Rendia-se à gula? Saía do armário? Gastava com ligações de saudade? Distribuía declarações de amor?

Ora, ora. O mundo não precisa acabar pra gente se permitir.


QUE VENHA 2012!



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Infelizmente.

Tema: algo marcante em 2000.
Por Laura Reis



Sempre anotei tudo. Depois eu parava e nunca mais escrevia nada.
Isso é com agendas e diários.
Diários estão comigo desde 1997, acho, quando eu tinha lá meus 8 anos.
A partir daí qualquer coisa era motivo pra ir parar nas folhas rosas com desenhos coloridos. Depois vinham as apenas rosas ou apenas com desenhos. Depois as sem pauta e, em seguida, branca com pauta preta, simples.
Escrevia se tinha acordado cedo ou tarde, se tinha aula boa ou ruim, se o cara de quem gostava tinha me cumprimentado ou, que pena!, faltado a aula.
Tudo, tudo mesmo ali, anotadinho.
E então surge esse tema e eu me encho de vontade e de delícia em ir atrás dos meus escritos. Pego a agenda do colégio, a do outro colégio, o diário com a Minnie na capa, o outro que tem um smile gigante, mexo, remexo, abro algumas páginas e rio bastante, ora da letra ora do assunto.
Quando termino de mexer em tudo me lembro o que me levou até aquele monte de poeira: algo marcante de 2000. Peraí, cadê qualquer coisa desse ano?
É isso: em 2000, aparentemente eu não tive nenhum diário, caderno ou agenda cheio de rabisco. E isso é, sim, de extrema importância. Infelizmente da importância triste. Infelizmente.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sem amarelar

Tema: cor combina com
Por Taffa

Google

O amarelo é a cor mais expansiva dentre todos os tons e matizes. É a vertente que mais atrai os olhos, sendo inclusive utilizada em estudos de segurança pessoal, onde é possível observá-la em placas, sinalizações, cones e faixas de trânsito.

Era a cor-símbolo do imperador da China e, por consequência, da monarquia chinesa. É o tom do curso de medicina e, em muitos países, utilizado para representar os táxis, além de usada nas páginas amarelas das listas telefônicas.

Pra mim o amarelo significa um estado feliz de espírito. Remete à alegria, sorrisos, boas conversas e companhias. Tem um status de riqueza, não só pelo ouro, mas também pela solidez e força da cor. Em roupas, não gosto tanto, mas fazem um contraste magnífico quando usadas por pessoas de pele mais morena ou negra.

Na verdade, o amarelo me lembra um semáforo. Apenas a lâmpada do meio, pra ser mais exato. A luz acesa nos atenta ao que estamos fazendo e ao que devemos decidir: de supetão. Se estivermos a poucos metros do cruzamento, podemos (e devemos) continuar. O amarelo diz que o tempo está se esgotando, então é o momento para optar se seguimos ou não. Caso estejamos um tanto distantes, devemos reduzir e aguardar, pois tentar correr agora e avançar uma distância grande num espaço curto pode causar transtornos, erros grandiosos e até mesmo fatais.

O amarelo começa com A de atenção, então carrego comigo a mesma filosofia. Sempre seguindo, caminhando ou dirigindo, porém atento aos sinais, decisões e oportunidades que podem surgir no meu caminho. Só não vale amarelar.