quinta-feira, 30 de junho de 2016

Porque sim

Tema: do meu jeito
Por: Rosana Tibúrcio

Pra começar, não sou resumida. Post ficou grande? Desculpaêê... é o que tem pra hoje. Mááá, por outro lado, sou muito boUUUa pra resumos da senzala intelectual.  Ahhhh, eu sou!!!

Só vale deixar na pia antes de dormir, sem lavar, a caneca de chá e, juro, não quis rimar. Não sei deitar pra dormir, só vou porque deu sono. Durmo sempre de lado com o ouvido surdinho pra cima porque não sou obrigada a nada. Não durmo nem acordo sem olhar as horas. No meio da noite se acordo pra ir ao banheiro, olho as horas, escovo os dentes, passo creme nas mãos e protetor labial. Não acordo dando bom dia para o sol, nem tampouco de mau humor.

As frutas que vou comer na volta do dia, depois de cortadinhas, coloco em ordem na geladeira, da esquerda para a direita: melão, mamão, laranja; se houver outras, elas ficam depois da laranja.

Tenho pratos mais finos e mais grossos, do mesmo “estilo e cor”, quase do mesmo tamanho e só vale guardar na ordem; reorganizo quando não sou eu que guardo e só depois pego o que quero usar: sempre o mais fino. Os usados no dia são sempre guardados no final da pilha.

Quase nunca consigo fazer uma só coisa. Converso ao telefone andando, desenhando uma casinha no papel ou jogando diamond dash. Almoço vendo tv ou snap. Leio no banheiro. Trabalho ouvindo música. Converso arrancando cabelo, batendo os dedos na mesa ou balançando os pés, mas tudo bem discretinho hahaha ou não.

Lavo as mãos antes e depois de ir ao banheiro e nos banheiros públicos o depois sempre é depois de abrir a porta porque não sou obrigada. Lavo as mãos depois que cumprimento certos homens porque tenho nojo de mão de homem que não conheço. Não consigo tomar banho sem escovar os dentes e, muito menos, com os pés no chão. 

Recomeço meu trabalho salvando o documento do dia anterior com a data do dia atual e no final do expediente mando a última atualização para um e-mail dossiê que, se brincar, nem eu mais sei a senha; mas me sinto segura. Quando escrevo num papel é sempre rascunho e se tento passar a limpo vira rascunho do rascunho e pronto, desisto... tá bom com tá.

Tenho olhar seletivo para o português: não reparo e não me incomoda encontrar algo escrito erradinho em redes sociais ou vindo de quem tem pouco estudo, mas meu olho tem imã para o que gente metida a besta, dotô disso ou aquilo, escreve errado. 

Não procuro nada na minha bolsa porque sei, exatamente, onde cada coisa está e não consigo entender quem tem bolsa puteiro de galinha. Tenho ordem pra livros, lápis, objetos, roupas, arquivos, tudo. Eu não perco coisas!!!!!


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje tem textão sim, e se reclamar vai ter mais porqueeeee porque sim!!!


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Do meu jeitin

Tema: Do meu jeito
Por: Nina Reis



Sinceramente, viveria num mundo sem regras, sem exigências.


Nada de ordem de mãe, de pai. Nada de cumprir com as obrigações.
Hora pra isso, hora pra aquilo, aff, nada disso. O bom mesmo seria deixar livre.


PERAÍ

PARA TUDO


Nada de sair do box com os pés molhados. Prato com comida na pia, jamais. Milhares de formas de gelo, cheias é claro. Pipoca na dispensa sempre, nutella também. Toalha molhada em cima da cama, não pode. Som alto quando for tomar banho, música é sempre bom.
Comida quentinha de queimar a língua. Coca bem gelada. Panela na geladeira, nem pensar. Acordar mau humorada, não mesmo. Celular em modo avião, quando for necessário.


Sinceramente, viveria num mundo sem regras, sem exigências, DOS OUTROS, é claro.


Tudo seria do meu jeito, aliás, do meu jeitin.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Até que nem tanto esotérico assim*

Tema: Do meu jeito
Por Rafael Freitas

Começo a cortar as unhas pela do dedo médio da mão esquerda. Depois anelar, mínimo, polegar e, por último, o indicador. Passo para a direita, na mesma ordem. Gosto de cortá-las nas quintas-feiras, sempre depois do banho. Enquanto corto, vou depositando a parte cortada em cima da cama, ou da toalha, de modo que nenhuma se perca eu possa conferir se estão ali os dez pedacinhos.

Vivo organizando as coisas quando, na verdade, seria melhor mantê-las organizadas. Mas sei onde guardo cada objeto, mesmo que não seja de uso diário. Não misturo roupas "de sair" com roupas "de trabalhar". Incluindo sapatos. Guardo os sapatos "de sair" nas suas respectivas caixas. Penduro camisas em cabides iguais, transparentes. Calças em cabides de metal. Todos com o "gancho" voltados para o fundo do guarda-roupa, claro.

Costumo ouvir os áudios que gravo no Whatsapp. Gosto de ouvir músicas na ordem em que foram gravadas no CD, nunca no aleatório. Quando me deito, vejo as últimas atualizações do Instagram e depois ouço "a música da vez" (sempre tem alguma que ficou na minha cabeça por aqueles dias ou simplesmente algumas preferidas para esse momento).

Dou o dinheiro trocado no circular. Gosto de sentar do lado direito, pode ser ônibus ou carro. Sempre tenho um livro na mochila. Fecho as cortinas do quarto quando vou assistir séries. Penso sempre em como fazer trocadilhos, frases bonitas e poéticas em conversas, comentários e legendas.

Isso é só o começo. Muita coisa poderia ser dita, ainda, até chegarmos no perfeccionismo e nas procrastinações. Pelo perfeccionismo, culpo meu signo: virginiano. Pelas procrastinações... Deve ser culpa do ascendente!



* Da canção "Esotérico", de Gilberto Gil.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Código de Postura Pessoal

Tema: Do meu jeito
Por Laura Reis

Lavar primeiro os copos, depois pratos, talheres e panelas. Não confundir pano de prato com pano de mão. Começar o banho ensaboando o braço esquerdo e nunca secar o rosto completamente. Ver o feed do Instagram até a última foto vista anteriormente. Tomar banho antes de dormir. Colocar primeiro o arroz, depois o feijão. Não misturar frutas no meio da comida salgada. Ter todos os itens do prato em cada garfada. Toda segunda-feira passar um pano seco para tirar o excesso de poeira e depois pano com álcool em gel para limpar a mesa do trabalho. Mesclar fotos de pessoas, paisagens, coisas, cores ou menos cores no Instagram. Jogar fora as embalagens que possam levar outras pessoas a acreditar que ali ainda tem algum conteúdo. Não adicionar ninguém do trabalho no Facebook, mas não recusar quando te adicionam. Tentar argumentar quando os outros fazem algo de maneira diferente, tentando convencê-los de que o meu jeito é o certo, como se de fato houvesse um jeito certo de fazer tudo na vida.

Esse é o meu clube. Essas são (algumas d) as minhas regras.