quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fragmentos de uma labirintite alheia

Tema livre/imposto
Por: Rosana Tibúrcio


Eu quero contar tudim procês, desde o primeiro dia de vida.

Eu tenho uma boa memória, sabcumé?

Eu gostaria de ter publicado um livro sobre a temática.

Eu acho que posso ainda fazer isso.

Eu odeio quando aparece alguém para atrapalhar.

Eu faço, nessas horas, meio de conta que não tô vendo nada, saca?

Eu escuto, na verdade, a voz do coração (hihihi)

Eu pergunto-me: "Será QUE fiz tudo certo e o melhor?"

Eu arrependo-me porque muitas vezes fui ausente.

Eu amo... e né pouco não, minhas gentes.

Eu sinto saudades, mas fazer o quê?

Eu acredito sempre no sucesso.

Eu canto, inclusive, “Adeus, cinco letras” [a Canção], “Na estrada” , "Sá Marina" e até um pagodinho, se for pra fazer a pessoa dar risadinhas e me chamar de rEdícula.

Eu escrevo, muitas vezes, aqui e no “
Outras Trilhas” sobre essa temática.

Eu perco a paciência se alguém ofende ou magoa.

Eu estou sempre a disposição mesmo quando pareço não estar.

Eu sou muito boUUUa, neste aspecto, bom ressaltar.

Eu fico feliz em ser mãe.

Eu tenho esperança de que tudo vai dar certo.

Eu deveria dizer mais vezes que amo.

Eu creio mesmo que ela sempre vai brilhar.

Eu deixo aqui meus parabéns e votos de felicidades à minha filha grandona, aniversariante de amanhã, e digo que ela é sim: louca, rEdícula, risonha, conversadeira, maluquinha, linda e insubstituível.


Uma linda quinta-feira a todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar... e hoje, em especial, há o fato de ser o último dia do ano e o início das comemorações do Ano Novo e do aniversário da mais maluquete do Guaraná.
Vamos a um brinde? Tim tim, Marininha!!!
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Musicalmente falando.

Tema Livre
Por Rafael Freitas



Eu quero tudo no próximo hotel.

Eu tenho andado distraído.

Eu gostaria de ter bunda de mulata, muque de peão.

Eu gostaria de não ter o teu café pequeno.

Eu acho que fazer samba não é brinquedo.

Eu odeio quando eu levo a sério, mas você disfarça.

Eu faço caras e bocas.

Eu fiz e não faria de novo: tomei cachaça e fumei como maria-fumaça.

Eu fazia e deixei de fazer: dançar tão devagar pra te acompanhar.

Eu escuto passos na escada, vejo a porta abrir.

Eu pergunto-me "Você tem sede de quê?"

Eu arrependo-me porque não pude segurar a mentira que pulou da minha boca [em você].

Eu amo, amo tanto o seu olhar [andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar]

Eu sinto saudades quando falta abraço [e dou defeito].

Eu sinto dor se você disser que eu desafino, amor.

Eu sinto falta, não posso esperar tanto tempo assim .

Eu sempre quero mais que ontem.

Eu não fico na sala de jantar. Essas pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer.

Eu acredito que sonhos não envelhecem.

Eu danço o xote de Dom Quixote ou o can-can que a França dança.

Eu canto forte que é pra todo mundo saber que a noite é criança, que o samba é menino, que a dor é tão velha que pode morrer...

Eu choro indo, o choro vindo.

Eu falho ao tentar ficar amigos sem rancor.

Eu luto pra ver a banda passar cantando coisas de amor.

Eu escrevo versos, rosas e incenso para perfumar.

Eu ganho no jogo da vida... O que acontece gira em torno dos pontos que você me deu...

Eu perco as chaves de casa, eu perco o freio.

Eu nunca sonhei com você, nunca fui ao cinema.

Eu estou a dois passos do paraíso.

Eu sou só um bicho carente de carinho.

Eu fico feliz quando ela dorme em minha casa.

Eu tenho esperança que a justiça reine em meu país.

Eu deveria pegar carona nessa cauda de cometa.

Eu deixo a vida me levar, vida leva eu.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Oi labirintite!

Tema livre

imagem do MDIG


Eu quero um bom ano.

Eu tenho uma família incrível.

Eu gostaria de ter uma boa oratória.

Eu gostaria de não ter tanta indecisão.

Eu acho válido.

Eu odeio gostar de quem não gosta de mim.

Eu faço samba e amor até mais tarde?

Eu fiz e não faria de novo ser controlada.

Eu fazia e deixei de fazer diário.

Eu escuto muito mal.

Eu pergunto-me será?

Eu arrependo-me quando me lembro do último SMS que enviei.

Eu amo na medida certa.

Eu sinto saudades da sensação de estar apaixonada e ser recíproco.

Eu sinto dor aguda, ao bater o mindinho do pé.

Eu sinto falta do que sonho em ter.

Eu sempre acordo com vontade de dormir mais.

Eu não fico rodeando para contar casos.

Eu acredito em minha mãe.

Eu danço muito bem [internamente].

Eu canto melhor ainda [mentalmente].

Eu choro olhando pro espelho.

Eu falho quando não acentuo ou pontuo palavras e frases.

Eu luto [SÓ] se achar que é preciso.

Eu escrevo quando sinto.

Eu ganho histórias, com o passar dos anos.

Eu perco a paciência muito fácil.

Eu nunca uso palavras fortes e definitivas, como nunca.

Eu estou a fim.

Eu sou muito flexível.

Eu fico feliz em ver quem gosto feliz, quiçá quem não.. gosto?

Eu tenho esperança de ganhar na Sena.

Eu deveria estar fazendo algo útil.

Eu deixo um adeus, cinco letras que choram.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Com gosto de saudade

Tema: uma foto, um conto
Por Rosana Tibúrcio

Ela dizia a todos que seu café era o melhor do mundo, quiçá do Universo.
Tolinhos!!!
A intenção sempre foi – naquele seu convencimento – não se desprender da saudade que sentia do melhor beijo do mundo: aquele, com gosto de café.
..
Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há uma viagem: com gosto de saudade e café.
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Registrando

Tema: Uma foto, um conto
Por Nina



Faça chuva ou faça sol é nesse local que ela espera seu ônibus para ir trabalhar. E aproveita quando pode pra registrar as imagens que ela considera as mais lindas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Breve conto de Natal

Tema: Uma foto, um conto
Por Rafael Freitas_


Na sala, a árvore de natal mais bonita e iluminada que já vira.
Na calçada, o garoto mais triste que já vira.

_ Papai Noel deveria trocar o trenó por um avião. Aí caberiam todos os presentes.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um par?

Tema: Uma foto, um conto.
Por LauraReis


Mesmo que sendo um de direita, outro de esquerda, se identificavam.
Um às vezes mais na frente, outro ficando pra trás [não que quisessem].
Enfim, eram um par, mas obrigado a sempre se separar.

foto wes2it


sábado, 19 de dezembro de 2009

15* coisas pra se fazer antes de morrer

Tema livre
Por Clara Moría**



1) Viver o suficiente pra poder se ter coisas a fazer antes de morrer.
2) Ler todos os livros da Laurinha!
3) Ir escrevendo minhas melhores memórias e quando estiver bem velhinha, publicá-las.
4) Ganhar na Mega-Sena.
5) Ter uns 9 filhos.
6) Ter na minha casa uma biblioteca enorme com uma lareira e um piano de cauda.
7) Ser seqüestrada pela Laurinha e pela Rosaninha pra poder passar mais tempo com elas (!)
8) Encontrar nesse mundo um cara que me ame e que não me largue em pouco tempo.
9) Conhecer alguns dos meus ídolos.
10) Voltar pra casa às 10h da manhã e não ter que dar explicação pra ninguém.
11) Morar sozinha. Ou melhor, com um gato preto. Ou branco.
12) Pular de pára-quedas.
13) Fazer minhas tatuagens.
14) Sobreviver a 2012.
15) Censurado [pela Rosana] Fazer sexo selvagem em todos os lugares possíveis e impossíveis.


*Não consegui compactar. hehe
**garota, 15 anos que insiste em ter um Coração Vagabundo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dez* coisas pra fazer antes de morrer

Tema: livre/imposto
Por Rosana Tibúrcio

imagem


1. Viver numa boa, com saúde, sem precisar trabalhar

2. Ler todos os livros de Laura Reis [3]

3.
Assistir e aplaudir um espetáculo do Rafa

4.
Ir à clínica de estética de Marina Reis e ter um dia de princesa

5.
Visitar o Colégio Delta de Paulinha e dar pitacos na organização da biblioteca

6.
Fazer um curso de pós-graduação na área de pesquisa científica

7. Mudar desta casa ou reformá-la

8.
Na nova casa ter um lugar todo bonito pra colocar meus DVDs, CDs e livros em ordem, mas em ordem meeeesmo

9.
Viajar pra Parati, Curitiba, Recife e tirar muiiitas fotos

10. Estudar Português, História e Filosofia


* Eu me recuso a fazer uma lista de oito coisas porque não acho oito um número digno de listas de coisas. Tenho dito!

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje é dia de prosseguir no sonho desses malucos guaranetes. Vem??

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Oito coisas para fazer antes de morrer [3]

Tema livre
Por Nina

imagem da mulher despirocada aqui
1) Participar do Improvável.
2) Conhecer Nova Iorque e Madri.
3) Ler todos os livros de Laura Reis (!)².
4) Ter uma [fantástica] fábrica de chocolate.
5) Ter um resort só para festas, eventos e convenções do Guaraná com Canudinho.
6) Aprender a tocar piano e violão.
7) Raspar todo o cabelo.
8) Ter ideias melhores, censuráveis ou não, para meus posts.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Oito coisas para fazer antes de morrer [2]

Tema Livre
Por Rafael Freitas_


1) Trabalhar na Globo.

2) Morar e estudar em Portugal (e conhecer boa parte da Europa, de quebra).

3) Ler todos os livros de Laura Reis (!).

4) Ter um aquário.

5) Morar numa casa com jardim na entrada.

6) Aprender a tocar piano e flauta transversal.

7) Fazer uma tatuagem de uma flor-de-lis.

8) Fazer amor na chuva. [e mais algumas coisinhas censuráveis]

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Oito coisas para fazer antes de morrer

Tema livre
Por LauraReis

imagem daqui


1) Trabalhar na Editora Abril.

2) Fazer uma viagem exteriorizada.

3) Publicar um livro. Nem que seja com meus tweets.

4) Completar um ano de namoro.

5) Plantar a minha árvore.

6) Aprender a tocar violino.

7) Cortar o cabelo na altura do ombro.

8) [censurado]

sábado, 12 de dezembro de 2009

D.R.'s: só de pensar empipoco de raiva

Tema: D.R.'s
Por Jéssica Milena


“Amor, vamos discutir nossa relação???” Pronto... estava tudo bem, mas a partir desta frase você já sente aquele frio na espinha e a certeza de que o “ser” que te fez esta proposta vai falar e falar e falar e cobrar até a exaustão.

Confesso que só de pensar numa típica DR eu já empipoco de raiva, mas também admito que já tive as minhas... e quem é que não teve não é? Eu aprendi rápido, logo no segundo namoro (preciso explicar porque acabou o primeiro???) quando meu namorado me mostrou que o melhor caminho para perdê-lo seria continuar com aquelas cobranças inúteis e sem fundamento que eu tinha iniciado. Eu cobrava que ele atrasou 5 minutos (sabendo que ele estava no trabalho), que ele não me ligou, que eu tinha ciúme da balconista, que ele isso, que ele aquilo... Com amor, me ensinou a diferença entre conversar sobre um problema e discutir inutilmente uma relação. Eu aprendi.

Cobrar é um ruim, é triste, é fraco. Você fica chato, egoísta, mal humorado e doente. E o outro lado? O outro lado fica coagido, aborrecido, sufocado, e no meu caso: BEM LONGE.

O casal está com algum problema? Alguma divergência de ideia? Alguma coisa que o outro fez e chateou? Ok... vamos conversar? Ouvir um ao outro, entender os motivos e ficar tudo bem? Claro que nem sempre é suave assim, e sai uma briga ou outra, mas na tentativa de acertar, consertar. Acho que esse tipo de DR é válida, principalmente quando ela acaba na cama. rsrsrs MAS NUNCA, JAMAIS discutir na frente dos outros... porque lavar roupa suja na frente dos outros é o fim!

Agora, todo dia um(a) sujeitinho(a) às 8:30 no MSN antes do primeiro “bom dia” já questionando: "Tá tudo bem? Você esta estranha comigo! O que houve?" Ou pior... você entra no banho o celular toca... quando você sai do banho já são 12 chamadas perdidas, 5 torpedos te caçando e uma desconfiança infinita de “você estava no banho mesmo?” E aí... essa doença se entende para todos os lados... carona de amigo: DR; janta com amigos: DR; almoço com a família: DR; não posso te ver hoje, preciso estudar: DR. Só de ler irrita, percebe???

Eu, basta me sentir pressionada que escorrego e sumo!

Não é cobrando nem discutindo constantemente que se tem amor, fidelidade, confiança, respeito, muito menos felicidade. É deixando o outro ser livre pra se dar, pra te amar, pra querer estar do teu lado. Relação que precisa ser discutida frequentemente, é porque já acabou.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Dê cá uma D.R., doutor...

Tema: D.R.'s
Por Rosana Tibúrcio


As D.Rs são multifacetadas* e quem há de negar? Elas me remetem à mentira, à esperança e à desculpa.
Tentar explicar...
Mente, afinal, quem diz que não provoca, que nunca inicia uma D.R. Qualé owww do engodo. Se há relacionamento, há D.R.’s. Impossível não haver, pensem comigo. Pode acontecer que essa “discussão”, iniciada por você, não seja um barraco. Bo-ni-to: parabéns!!! Fez mais que a obrigação, aliás. Coisa mais feia é barraco, tá doido...
Eu poderia escrever um livro de autoajuda (hahaha adoUUUro brincar que quero ser bobinha) só sobre essa temática. Porque, não sei se vocês sabem, os escritores de autoajuda, na sua maioria, têm receita certa pro outro, mas são incapazes de fazer igual pra vida deles. Ou então, assim como eu, dizem: “nó, se eu tivesse outra oportunidade faria desse e desse jeito.” Passou, fiota, já era!!
Todo mundo (leia-se, guaranetes, convidetes e visitetes) sabe que sou muito boUUUa, né? E humilde.
Então, sugiro que vocês tentem seguir algumas dicas da pessoa aqui e, assim, fazer da D.R. um meio pra fortalecer o amor que você e seu amado têm. Olha só:
- Jamais discuta na cama. A não ser que você queira fazer um fuc fuc dos deuses (porque a irritação, às vezes, provoca tesão) e depois ficar com a sensação de que foi usada pra ficar em silêncio. Só que, bobinha: dá um vaaaaaazioooooooo que não cabe em lugar nenhum.
- Deixe a raiva passar. Seja grande, respire fundo e quando as coisas se acalmarem chame o sujeito pra dar uma voltinha, ir num lugar neutro e, de preferência, público e lá sim, aparar as arestas.
- Não deixe acumular reclamações. Saiba distinguir uma besteirinha de um assunto mais sério. Besteirinha a gente resolve no dia-a-dia, na hora: “porra, me deixe ler sossegada”, por exemplo. Agora, ajuntar isso e mais o fato dele ter esquecido a colher fora da pia e, num belo dia, toda séria, dizer data e hora de quando isso tudo aconteceu, nem Devanir Arantes** dá conta de você, perua....
Bom, eu poderia enumerar ene coisas aqui, mas sem paciência...
Aliás, se você tiver sem paciência não use a D.R como desculpa pra descarregar sua raiva no amado, porque se fizer isso, cê tem mais é que ficar sozinha, baby.
As D.R.’s são assim: como sintoma de que o amor existe e merece ser cuidado, há cura neste caso; como uma doença terminal e indica que o amor já morreu; basta ter coragem e enterrá-lo.

Um lindo restinho de quinta-feira pra vocês, meus amores, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje houve e há por aqui um tempo corrido, mas deu pra eu expor um pouco de minha labirintite textual.

*amanheci com essa palavra na cabeça e achei de usá-la aqui... hauhaushsus
** que me perdoem os leitores da pessoa, mas nem sei quem é; cliquei no google e foi o primeiro que me apareceu...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O verbo é amar

Tema: D.R.´s
Por Nina

Casal que se ama
e faz juramento ao pé do altar
tem que ter consciência
e saber se comportar

Carinho, paixão, fervor
amor de perder o ar
ter ciúmes até que é bom
só não pode exagerar

Ter dúvidas no amor
discutir a relação
quem nunca fez isso
pode levantar a mão

Todo mundo quer saber
questionar, bisbilhotar
só precisa ter cuidado
pro outro não sufocar

As D.R.´s fazem parte
de qualquer relacionamento
mas tem hora pra discutir
não é em qualquer momento

Saber falar, ouvir
e muitas vezes silenciar
nos faz um ser humano
capaz de amar e amar

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quero ver sangue rolar no copo-de-leite da noiva.


Tema D.R.'s
Por Rafael Freitas_


A cerimônia estava para começar. A igreja fora ricamente decorada com flores brancas. Copos de leite. Ou eram rosas e margaridas? Isso não era importante.

O vestido branco todo bordado. Os cachos cor de mel da dama de honra. As lágrimas da mãe do noivo. A ausência do pai falecido. As músicas escolhidas com tanto cuidado.
Nada era importante.

Aquele era o momento e ela não poderia esperar mais. Muitas coisas mal resolvidas já haviam ficado para trás e ela não poderia cometer o mesmo erro. Agraciada com toda solenidade, com o perfume de amor, das promessas e sonhos, nem esperou que o padre anunciasse o tão famoso “que fale agora ou cale-se para sempre”. Ela sabia que isso era coisa de novela. Foi então que a mulher de vestido vinho brilhante, cabelos loiros presos atrás, acompanhada pelo rapaz de terno cinza e cara sem graça começou. Olhos furiosos e frases ríspidas roubando a cena. Incomodando.

Discutiam a cena de ciúmes da noite passada. O atraso dele ao ir buscá-la no cabeleireiro. A cor da gravata que não combinava com seu vestido. A última vez que foram a um bom restaurante. A falta de interesse dele pela família dela. Ele, por sua vez, reclamava da prisão que o amor havia se transformado. Das peladas que não pode curtir com os amigos. Do vexame dela na porta do bar. Do tempo que estavam sem fazer amor.

Ali no altar, na presença de todos os convidados. Eles que eram testemunhas do casal que deveria ser o mais importante da festa. Agora eu era testemunha de tamanha grosseria e falta de consideração: estava sentado atrás dos tais padrinhos [ridículos].

Sempre acreditei que discutir a relação era necessário. Talvez seja quando os amantes estão abertos para ouvir e compreender o outro; quando os argumentos estão baseados no respeito e se a discussão se parece mais com um papo de amigos que com uma briga de pai e mãe.
Não era o caso. Cobranças e alfinetadas não fazem um amor melhorar. Nem reacender. Só machucam mais. Desgastam.

A prova dos nove: o namoro dos padrinhos desagradáveis acabou.
O casamento de que foram testemunhas não.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Preta pretinha

Tema: D.R.'s
Por LauraReis


Esse tema é engraçado porque eu quem o escolhi e fiz isso porque na época tinha acabado de colocar isso aqui no Click! [mentira.. aposto que foi bem depois...].
E, há três ou quatro dias, eu já não tinha ideia do que dizer. Mas eis que ontem esse livro chega até mim e bom... ele resume tanto o que eu penso a respeito de discussões de relação.
Todo mundo sabe que nunca fui muito de conversar. Expor meus sentimentos e discutir relações, até mesmo porque eu nunca tive muitas relações pra discutir (graças a Deus?). Mas certo dia um ser até então desconhecido me apareceu e, praticamente, me obrigou a ser do (meu) contra e passar a discutir a nossa relação que, por sinal, também foi quase uma imposição, mas bem.. A questão é que isso me fez perceber, mais nitidamente, o porquê de eu não fazê-lo sempre: sou desequilibrada.
É verdade, a partir do momento que tenho uma verdade e a outra pessoa tem outra que desafia a minha, eu me desespero e choro. Isso mesmo, eu viro emoção e choro. Não sabia disso, mas agora sei.
Só que pensar nesse relacionamento me faz lembrar de um outro que, também, me fez readmitir outros conceitos que eu já havia esboçado em minha lista como certos: não sou mesmo para compromissos que sejam sinônimo de cobrança. Pois neste segundo aí esse detalhe não existia e tudo parecia ser tão melhor.

Em suma: quando a gente gosta de alguém e alguém [supostamente] gosta da gente não há motivo pra discussões. Considerando que quando elas acontecem só fazem você perder seu tempo, sua paciência e, muitas vezes, a própria razão.
É isso.

“Cobrança é o início de uma discussão e o fim de um relacionamento”
Laura Reis, aquela que sabe das coisas.




Resuminho do livro:
Um casal que viveu junto por anos se separa e depois de outros anos se reencontram e discutem até cobrar explicações, até contar mil verdades, até ficar alucinado e começar a viajar um no outro e ambos no ambiente e nos próprios sentimentos e começam a pensar e falar tudo o que vem à cabeça pra que, no fim... bom, leia o livro.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Meu perfil numa canção...

Tema: música
Por Rosana Tibúrcio

imagem

Música: Amor de índio de Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Creio: tudo que move é sagrado e remove as montanhas
Encontro ideal: com todo o cuidado, meu amor
Paixões: enquanto a chama arder
Vícios: todo dia te ver passar; tudo viver a teu lado
Par perfeito: com o arco da promessa do azul pintado, pra durar
Me atrai: abelha fazendo o mel
Ser feliz: vale o tempo que não voou
Fiz um pedido quando: a estrela caiu do céu
Que se realize: o pedido que se pensou
Com outros aprendi: o destino que se cumpriu
Saudades: de sentir seu calor e ser todo
Para o futuro: todo dia hei de viver para ser o que for e...
O que mais gosto em mim: ser tudo
O tempo diz: sim, todo amor é sagrado e...
O que mais chama atenção em mim: o fruto do trabalho
Sexo: é mais que sagrado, meu amor
Na cozinha: a massa que faz o pão vale a luz do teu suor
Pra aquietar: lembra que o sono é sagrado e...
Saudade: alimenta de horizontes o tempo acordado, de viver
Preciso taanto: no inverno te proteger, no verão sair pra pescar
Quero muiiiito: no outono te conhecer, primavera poder gostar
Desejo e não é pouco: no estio me derreter
Vem meu amor: pra na chuva dançar e andar junto
Então...: o destino que se cumpriu...

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje, apesar de tudo tão correndinho, há um tempo pra sonhar. Venhaaaa, dançar na chuva e andar junto, pois todo amor é sagrado...

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A música e eu

Tema: Música
Por NinaReis

A música que me embala
desperta emoções
a música que me freia
não traz boas recordações

Todo mundo tem sua trilha
e seu gosto musical
uns se agitam no silêncio
outros preferem carnaval

Gosto muito de samba
de forró e sertanejo
mas se me levarem pra ópera
me deixarão com bocejo

Sempre gostei de tudo
de mpb, rock e pop
mas se tem algo que não curto
é o tal do hip hop

O rap me entusiasma
e me lembra o Pensador
mas o funk e o axé
pra mim é o mais animador

Seja por onde for
seja em qualquer biboca
vocês podem ter certeza
que eu pulo feito pipoca

Preciso agora confessar
preciso dizer a verdade
o dançar coladinho
é o que tenho mais saudade

Minha vida sem música
não consigo imaginar
para cada momento
uma tem o seu lugar

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Assinado eu.

Oi, gente.

A música é essa, mas o contexto vou ter que contar depois. Um post provisório. Feio, eu sei. Vergonha, né?! Também sei.
Mas logo que puder eu volto.

Assinado: Eu.

Assinado eu.
Tiê
Composição: Tiê

Já faz um tempo que eu queria te escrever um som
Passado o passado, acho que eu mesma esqueci o tom
Mas sinto que eu te devo sempre alguma explicação.
Parece inaceitável a minha decisão. Eu sei.

Da primeira vez quem sugeriu eu sei, eu sei, fui eu.
Da segunda quem fingiu que não estava ali também fui eu.

Mas em toda a história é nossa obrigação saber seguir em frente, seja lá qual direção.
Eu sei.
Tanta afinidade assim, eu sei que só pode ser bom.

Mas se é contrário, é ruim, pesado, e eu não acho bom.
Eu fico esperando o dia que você me aceite como amiga, ainda vou te convencer.
Eu sei.

E te peço, me perdoa,
Me desculpa que eu não fui sua namorada pois fiquei atordoada,
Faltou o ar,Faltou o ar.

Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá.