sábado, 29 de junho de 2013

Delícia Delícia

Tema Livre
Por: Nina Reis


Hoje é sábado, dia de tema livre e dia de descontração.

Que tal preparar uma receitinha simples.

Gosta de doce de leite e chocolate? 
Então com certeza gostará de alfajor.
Conhece alfajor? Não. Então táqui um resuminho procês:
Alfajor é doce tradicional da Espanha, Argentina, Chile, Peru, Uruguai e outros países ibero-americanos, O nome vem do árabe al hasu e significa recheado.
Composto de duas ou três camadas de massa, que após assadas devem ser levemente crocantes e macias, quase esfarelando, mas firmes, e com recheio de doce de leite, coberto com chocolate derretido ou polvilhado com açúcar de confeiteiro.


imagem tirada do wikpédia


Pronto agora que já conhecem ficará mais fácil. (ou não)
Por isso para não complicar, porque a receita do alfajor tradicional é bem complicada para preparar. Então para facilitar descobri a receita do alfajor liquido. Um sucesso engordativo e saborosíssimo.

Ingredientes
- 400g de doce de leite cremoso
- 250 ml de creme de leite fresco
- 1 pacote de biscoito de leite
- 100g de chocolate meio amargo ralado

Modo de fazer
- Coloque o creme de leite e o doce de leite em uma panela e leve ao fogo, mexendo sempre, até que o doce esteja totalmente derretido e incorporado ao creme. Deixe esfriar antes de fazer a montagem. - Enquanto isso,  leve a bolacha ao liquidificador até ficar bem triturada.
- Rale a barra de chocolate.
- Agora é só montar: coloque o biscoito por baixo, o creme por cima, mais uma camada fina de biscoito, e em seguida coloque o chocolate.
- Leve à geladeira e sirva quando estiver bem geladinho.
Imagem tirada daqui


APROVEITEM!
SUCESSO!!!
Dica: fica mais bonito quando servido em taça individual


sexta-feira, 28 de junho de 2013

O mártir

Tema livre
Por: Vanderley José Pereira

Veja o mártir recém adquirido para minha casinha, e que baseou esse texto.
  
   O tapete na soleira é, se não o maior, o mais representativo símbolo de um lar. Ali, os anfitriões propõem o que a casa quer passar aos seus convidados. Uma espécie de prefácio: ora escrito de cordão, ora escrito de retalhos de pano.

   Ao ler cada tapete, é fácil fazer uma interpretação dos habitantes que ali residem. Um coloca em sua soleira um retalho de toalha: sinal de simplicidade, caso a toalha for trocada, ou mesmo lavada, com frequência; ou descaso caso a mesma estiver toda suja e jogada sem esmero. Outros colocam tapetes de time de futebol. Previsíveis, esses têm o egocentrismo baseado unicamente em seus times. Certamente se tratam de homens, ou em raras vezes mulheres que em sua maioria são independentes. Há aqueles que prefiram um tapete de crochê ou de retalhos feitos à mão, típico de senhoras – mães e avós –, ou de pessoas que buscam passar a imagem que sua casa tem um quê de interior, um ar acolhedor. Algumas soleiras maltratadas ficam ao Deus dará, no frio, ao relento; essas seriam a escória das soleiras, não teriam direito nem ao menos a um capachão. Seus donos são pessoas cuja prioridade de nada tem a ver com o lar, arrisco em dizer que são pessoas solitárias, frias e com baixo amor-próprio. 

   Tudo que um tapete quer é ser pisado e usado. Masoquista? Jamais, ele é servil. Oferta-se a limpar os pés de todos, independente de cor, raça ou religião. Atitude digna de um mártir. Numa postura quase que simbólica de purificação daquele indivíduo, retirando toda e qualquer impureza que ele tenha – ignorando os caminhos, por mais torpes que aqueles pés tenham passado – e, assim, permitindo entrar no paraíso, no caso em questão, adentrar em um lar.

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Oi! Desculpe a demora em dar notícias, mas tenho um bom motivo: estava viajando a trabalho. 
CHI - QUÉR- RI- MO,  diz que não? Mas voltando ao assunto, eu preparei esse texto dias antes para publicar nesta quarta, porém devido a correria, nem deu tempo, então vim na sexta mesmo. Antes tarde que nunca! Boa leitura, beijos, enfim bom fim de semana. 

Limão.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vêm curar meus TOCs, vêm...

Tema livre
Por: Rosana Tibúrcio

E nessa de manifestação disso, manifestação daquilo, vi pouca coisa com consistência... tanto no que se refere aos manifestantes quanto no que se refere às manifestações. Como eu sempre disse, no que fui lindamente corroborada por, nada mais, nada menos que Sílvio Santos: quem pede tudo, não pede nada!! "Ah, mas o protesto é sobre tudo. Então não é sobre nada  (SANTOS, 23 jun. 2013).
Enfim... esse não é meu caso, sei bem o que pedir.

E em meio às soluções apresentadas por Dilminha gostei bem dessa: importar médicos. Já quero os meus!!
Afinal, dizem que TOC é uma doença... e toda doença precisa ser curada.

Fazendo ainda jus a um dos meus TOCs quero cinco doutores. Todos lindos e, aparentemente, gostosos. E  todos vindos do meu mundo em série.
Peço, ainda, à Dilminha que, em suas importações, não traga a Cristina Yang, aquela japinha safada que já pegou dois dos meus lindões: o Burke e o Owen. Te odeio, japinha!!!

Os doutores mais gostosos e safados experientes que quero pra mim
Os doutores gostosos irão trabalhar comigo, cada um deles, por quinze dias. Haverá cinco retornos na mesma ordem e caso eu não seja curada eles viverão comigo para sempre. Vamos trabalhar e conversar muito, prevejo!!! 

1. Jackson Avery (acima, à esquerda, diretamente de Grey's Anatomy) – por ser mais novinho não teve ainda condições de criar uma técnica comprovadamente eficaz. Na verdade, vamos fazer uma experiência. Vai trabalhar comigo na cozinha e desarrumar todos os pratos, deixar os copos fora de ordem na bandeja e determinar que os panos de prato sejam usados para eu enxugar o corpo dele todinho e para ele enxugar o meu enxugar as nossas mãos e as toalhas para enxugar os pratos. Por medo deu não fazer nada direito, ficará por trás de mim na desordenação dos utensílios e, quando necessário, segurará meus braços e mãos e faremos tudo juntinho, como se fôssemos siameses.

2. Preston Burke (abaixo, à esquerda, de Grey's Anatomy) – vai desorganizar todos os CDs e arquivos de músicas do computador. Para não me deixar muito traumatizada, dançará comigo de hora em hora. Nada de dança soltinha, é juntinho mesmo porque ele precisará acalmar meu choro e tremedeira. Beijos quentes, sensuais em minzinha todinha respeitosos na testa e afagos na cabeça serão utilizados na cura desse TOC.  

3. Owen Hunt (acima, à direita, de Grey's Anatomy) – considerado por mim como um dos doutores mais gostosos, tesudos e deliciosos experientes e generosos das séries, Owen cuidará dessa minha mania de usar creme nivea na boca e, de uns tempos pra cá, no corpo todo. Ele sabe que o uso do creme é automático: usou na boca, usou no corpo. A tarefa dele vai ser me beijar muiiiito até que o creme passe todinho praquela boca gostosa usar paninhos finos de algodão embebecido em água filtrada e passar sobre minha boca. Owen sabe que TOC é uma doença séria e que não se cura assim só com uns beijinhos oppps uns paninhos na boca. Por isso é que ele fará uma inspeção mais aguçada, em outras áreas do corpo, cinco vezes ao dia.   

4. Tyler Wilson (abaixo, à direita, de Monday Morning) , trabalhará comigo toda segunda-feira de manhã hahaha e cuidará do meu TOC "roupas no varal x prendedores". Por ser ainda novo na área de TOC ele virá com uma técnica experimental: a cada prendedor colocado de forma combinada com a roupa ele se postará atrás de mim e, também, no estilo siamês, fará com que eu tire o prendedor e coloque outro no lugar. Como ele é muito alto utilizarei, só porque sou safada, carente e tô na seca, a fim de dificultar o trabalho do doutor, os varais mais altos da casa sem usar banquinho nem nada e ele me pegará por baixo dos braços cás mão grande pegando meus peito sungará quando a coisa se complicar.

5. Dr House (ao centro - dispensa apresentações)  – por causa da bengalinha dele e dificuldade de andar para lá e para cá, coube ao mais gostosão, tesudo, traumatizado que só curará o trauma com muito amor, safadeza e sexo comigo experiente e conhecido médico desse meu mundo em série, a inspeção de minhas roupas íntimas. 
Nas gavetas? alguém perguntará. Que inspeção “nas gavetA” o quê?
House entende que não adianta deixar as peças bagunçadas e trocadas nas gavetas, pois sabe que eu sou safadinha esse é o meu TOC mais antigo e decidiu que fará uma conferência in loco. De meia em meia hora, ou por um tempo menor ele me obrigará a tirar a roupa íntima e conferirá peça por peça. Como grande conhecedor de peças íntimas femininas, House sabe que há muitas bastante similares. Por isso House precisará não só usar os olhos bem de perto, como as mãos para conferir a textura das peças. Com a bengala ele tirará calcinha e sutiã se forem iguais, mas... arrependido da postura agressiva tomada, me ajudará, com suas mãos bobas, calorosos, safadas, experientes e inquietas compassivas a me vestir peças trocadas.  

Enfim, esse foi meu pedido, esses serão os médicos e essas serão as técnicas planejadas em busca da cura de, pelo menos, cinco dos meus 5555 mil tocs. 
Obrigada de novo, Dilminha!!!



Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um desejo verdadeiro de que todos os cidadãos brasileiros possam contar com médicos lindos, gostosos, deliciosos, competentes para as curas de todos os males: do corpo e da alma. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Em primeiro lugar, conforto. Depois, amor.

Tema livre
Por Laura Reis

Acabo de chegar no hotel. O passeio de barco foi complicado e eu não pensava que ia conseguir ficar ali, naquele pedaço de madeira em cima do mar. Vocês sabem, eu morro de medo de água (estilo Cascão, mas sem a parte de cascão). É que nós ganhamos esse passeio. Diziam que era romântico durante o tal sorteio, mas de romântico tinha só um paninho vermelho estendido lá.. Sou muito de sorte mesmo, né? Não basta ter um cara que me leva pra conhecer o mar, ele ainda é capaz de escolher um restaurante que está realizando um sorteio. Ou seja: nós vamos ganhar. Afinal, falamos de mim aí.
E ganhamos. Ganhamos um passeio de barco, enjoativo e curto; um buquê de flores que vão secar até nosso casamento e uns bombons que ele devorou enquanto eu me arrumava pra conhecer o mar (juro!). Foi tão bom saber que não estava perdendo tanto assim, durante toda a vida. Acho que é isso mesmo que sempre pensei: coisas que pessoas veneram e eu prefiro por fotos ou vídeos, como: festival, zoológico e, agora... o mar. Me desculpem. São coisas lindas, mas prefiro assistir do conforto de uma cama.



Ps.: fatos não tão verídicos assim – ainda não conheço.

sábado, 22 de junho de 2013

Amar, amar e amar

Tema: Amar é

Por: Nina Reis


Alimentar o coração de esperança a cada dia

Manifestar o sentimento sem pudor

Aproveitar a labirintite textual e fazer uma brincadeirinha com acróstico

Reivindicar a ausência de alguém que tanto amamos


É isso. Amar é amar amar e amar 


0bs.: Amar é me perdoar pela falta de criatividade.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

AMARÉSIMPLES

Tema: Amar é...
Por Taffa (com uma ajudinha da Marisa Monte)


Amar alguém só pode fazer bem
Não há como fazer mal a ninguém
Mesmo quando existe um outro alguém
Mesmo quando isso não convém

Amar alguém e outro alguém também
É coisa que acontece sem razão
Embora soma cause divisão
Amar alguém só pode fazer bem

Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém

Amar alguém não tem explicação
Não há como conter o furacão
Amores vão embora
Amores vêm
Não se decide amar e nem a quem
Amar alguém só pode fazer bem
Seja uma só pessoa ou um harém
Se não existe algoz e nem refém
Amar alguém e outro alguém também

Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém só pode fazer bem
Amar alguém

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pra depois das paixões

Tema: amar é
Por: Rosana Tibúrcio


"Amar é dizer sim. Sem paixão." Esse foi meu último comentário no post do Limão. É no que EU acredito.

Acredito que qualquer tipo de amor e suas demonstrações são reconhecidos e identificados – quando dimensionados – sem resquício algum de paixão. Nenhum tipo de paixão ou sentimento tão intenso e avassalador quanto. O amor verdadeiro sobrevive à pequenez da raiva, da mágoa, da falta de gentileza ocasional.

O amor verdadeiro ultrapassa o tempo desses sentimentos ruins que quase acabam com nossas forças e que só não acabam porque o amor tá lá: firmão e regando as relações. 

Quem ama sente raiva, mágoa e até trata, ocasionalmente, sem gentileza, aqueles a quem ama. E quando esses sentimentos ruins passam, o amor está ali apontando e sugerindo um pedido de perdão ou desculpas. E o amor verdadeiro pede perdão e perdoa.

O amor verdadeiro ultrapassa, inclusive, a sua não mais existência no campo do palpável, em se tratando de amor romântico/sensual. Os outros dois tipos de amor nunca terminam.  Já o amor romântico sobrevive ao término... nas memórias, na saudade, na pesagem. Só quem amou de verdade é capaz de reconhecer esse amor nas sobras do que existiu um dia e alimentou um casal. E essa sobra tem que ser boa. Como reconhecer se um amor que não mais existe era verdadeiro? É não visualizar nessa “sobra” a vergonha.

Amar é constatar que a pesagem do amor resulta sempre positiva. Amar é nunca sentir vergonha: nem do amor nem do objeto do amor.


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há o amor. O amor verdadeiro. Sem paixões.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O fim foi o princípio!

Tema: Amar e...
Por Vanderley José Pereira

Fotos do casamento, minha mãe disse que ninguém tem, mas pelos detalhes dados, o casal era bem parecido com esse aqui. Mamãe até achou que de fato era foto do casório de sua irmã. Se você conhece o casal retratado nesta foto, clique aqui.
   Sempre me pergunto o que é o amor. A resposta sempre me gera mais dúvidas. Tudo é relativo. Depende do momento, depende da pessoa a qual pergunto e por aí vai...

   Há pouco tempo conheci um casal em que o amor salta aos olhos. Acho que eles são a essência do que é amar! Achei a simplicidade do amor deles linda e, por isso, quis descobrir como aquele amor começou. Comecei a investigação com minha mamãe, famosa Dona Jerônima, ou Dona Roma, apelido de infância. Em meio a “Willian, me deixe em paz!”; “Essa parte eu não lembro”; “Isso foi há muito tempo, Willian” descobri a mais bela historia de amor.

   Eu que já estava maravilhado com o casal e até fiz um filme intitulado “O mutirão da Chica”, tamanha minha admiração pela historia deles, fiquei ainda mais encantado ao descobrir como tudo iniciou. 

   Foi no enterro do senhor Sabiá que tudo aconteceu. Sabiá era um homem simples, um jeca, andava descalço, tinha aroma de fumo de corda. Tinha esse apelido devido a duas características: Cantava como um passarinho e chamava-se Sebastião Biá. Era contador de causos e tinha o titulo de melhor animador de velórios da região. Sim! Animador de velório, por que não? Mas aquele velório ele não animaria. Era o seu. 

   Jerônima, sabendo da tradição do seu pai em fazer do momento de tristeza, pura alegria, tratou de procurar outro animador, enquanto convidava todos para a despedida final. Na venda da região todos recomendaram Zé, homem de poucas palavras. Vindo do agreste nordestino, ele estava ali fazia algum tempo, mas ainda assim não era um cumpadi da região. Jerônima informou o triste ocorrido e Zé se prontificou a ir. No velório, tudo pronto: senhoras rezando o terço, crianças brincando, comida na mesa e o morto ao centro. 

   Em um canto da sala, uma moça se destacava: com vestido de chita, sandália de dedo e cabelos soltos e assanhados, ela mais parecia um anjo. Chorava, chorava. Estava inconsolável. Em meio à lágrimas, pais-nossos, soluços e ave-marias a beleza era nítida. 

   Zé, que conhecia bem Sabiá, nem pestanejou e começou a fazer as “brincadeiras” que Sabiá sempre fazia. Contava um causo e intercalava com uma piada, e aos poucos o clima pesado ficou ameno e a moça até abriu um sorriso, que já se apresentava com uma falha nos dentes. No enterro, todos deram o último adeus e voltaram para a fazenda jantar.
   
   Zé não tardou em conversar com a moça. Ela, que era pura e imaculada, ficou sem jeito, desconfiada, mas queria tanto quanto ele conversar. Afinal aquele homem era nobre e a ajudou naquele momento. Entre uma conversa e um suspiro com um balançar de cabeça, hora confirmando e hora negando, Zé descobriu o nome da moça, Francisca, tratada como Chica. Além disto, descobriu que ela era de uma órfã de mãe e acabará de perder o pai, o velho Sabiá, restando somente sua irmã que morava a léguas dali. 

  Aquele homem compadeceu sobre a triste vida da guria e se viu completamente apaixonado. Rapidamente, aproveitando que a família já estava reunida e sem nem ao menos conversar com Chica, pediu a palavra:

  – Oia, eu num sô bom com as palavras e num tenho muito a oferecer, mais sou trabaiador e tô quereno me casá com a Chica.

  – Então, Chica – voltou o olhar para a moça, que estava assustada com o que acabará de ouvir –, sei que seu pai se foi e essa num é a mio hora de fala essas coisa, mais cê qué casá cumigo?

  A jovem, com os olhos arregalados, ficou sem palavras e quando inflou o peito, num nítido sinal de que iria responder, Jerônima levantou e disse:

  – Cê é doido, é? Minha irmã nem te cunhece, ela é moça de famia. Só vai casar se tiver a bença do meu falecido pai.

   Neste momento, uma revoada de sabiás adentrou a sala. Todos os presentes ficaram mudos e ao fundo o som dos pássaros ecoou. O silêncio só foi quebrado pela voz delicada de Chica:

   – Mana, essa é a bença do pai. Vou casar com o Zé porque é o que quero – falava ela com o ímpeto de quem estava certa – e vamos ter uma vida a dois.

   Do pedido até o casório, menos de três meses se passaram. Tempo necessário para fazer as carnes de lata, os doces e organizar a cerimônia. 

   Em meio à tragédia o amor aconteceu. Dizem que o amor dói e que é uma “dor boa”, talvez essa seja a essência para aquele casal, pois em meio à dor da perda o amor foi semeado e ainda hoje é cultivado a duras penas, sobrevivendo a todas as intempéries. Mas isso já e outra história. 


Pela descrição dada pela mamãe a capela que eles se casaram  é igual a essa,
 localizada próximo ao povoado dos Bálsamos, veja detalhes aqui.


___________________
Amar é... 

...Piuuu uu u u   u     u      u. 
(ter códigos que só o seu amado/amor/companheiro/amante/amigo/cúmplice  entende)

Te amo, Taffarel.

Limão

terça-feira, 18 de junho de 2013

E é mesmo.

Tema: Amar é...
Por Rafael Freitas











[A coleção de figurinhas do casal peladinho é a primeira coisa que me vem à cabeça quando ouço a frase Amar é. (Tem a música do Roupa Nova também, mas fico com as figurinhas... rs) O casalzinho simpático foi criado pelos americanos Robert e Kim Casali, que começaram a despejar suas mensagens açucaradas no jornal Los Angeles Times, na década de 70. Logo se tornaram uma febre. Além de álbuns repletos, já houve quem as colasse no guarda-roupa e até promoções com prêmios caros para quem fizesse a melhor frase explicando o verbo mais complicado, porém mais doce, da nossa língua. As mensagens ilustravam situações típicas de paixonite aguda ou traziam dicas e frases melosas e clichês. Tudo muito romântico. Do jeito que eu gosto. rs]



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Não diga que não.

Tema: Amar é...
Por Laura Reis


... Mesmo estando com saudade do tempo que eu era luxenta e ficava no seu colo, e com a garantia de que depois de anos dormiria na sua cama de novo, me contar que a lagartixa, que era o medo de dormir no meu quarto, estava agora no seu.
Também te amo, mai.


Ps.: amar também é corrigir as vírgulas. Se virem, Rosana e Rafael.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Gosto de pressão não...

Tema: pressão
Por: Rosana Tibúrcio

Viver sob pressão envolve, para MIM, uma série de sentimentos ruins que determinam meu estado de espírito quando pressionada: não sou feliz, não tenho equilíbrio nenhum nessas situações; sobretudo com pressões relacionadas ao tempo de concluir determinada tarefa a que me propus ou me propuseram fazer. 

Há quem diga que a pressão é estimuladora, motivadora e que dá, à vida, um saber especial. Para mim, sabor especial minha vida tem quando estou feliz ou em completo bem-estar. E pressão não me oferece essas duas sensações.

Por muitos anos, cerca de vinte, trabalhei fora de casa, e nunca sob pressão, nunca fiz nada a toque de caixa. Mas é nunca mesmo. Sempre entreguei tudo a tempo e a hora. A primeira vez que vivi sob pressão no trabalho, perdi meu emprego, sai do Banco. O tal famigerado Programa de Demissão Voluntária (PDV), mas isso é papo pra outro post e pro resto da vida. Infelizmente.

Agora que minha senzala é em casa, a primeira vez que trabalhei sob pressão e que não consegui terminar meu trabalho, me deu uma crise de choro e... francamente? Pra nunca mais!!! É por isso que não gosto de pegar nada em cima da hora para fazer. Eu me recuso a vivenciar aquilo novamente.

Quando realizo um trabalho no tempo certo eu sou duma felicidade, minhas gentes, que não sei medir. Mas nem sempre conto só comigo, porque aluno é bicho estranho e enrolado. Mas não é disso que eu quero falar...

Afora essas questões senzalísticas, não sei lidar com pressão amorosa, mas não sei mesmo. A mim não interessa o tipo de emoção ruim que uma dúvida traz, não interessa o coração acelerado que “um quase pegar no pulo” me fornece. Quero mais é a emoção boa do contato e coração acelerado de felicidade. Na possibilidade de viver esse lado feliz não consigo entender o lado “bom”  que uma pressão emocional carrega.

Prefiro aparentar uma vivência insossa a uma pressão emocional. O que parece monótono aos olhos alheios para mim é felicidade, sossego, alegria.

Abaixo a pressão. Inclusive da panela.

Aliás, já contei para vocês que tenho medo de barulho de panela de pressão?
Então, quando a panela tá na pressão e faz aquele zinzzzii quero mais é sumir e voltar só depois do meu prato prontinho, ali no meu lugar à mesa.

É isso, minhas gentes. Pressão pra mim é ruindade, infelicidade, agonia, angústia, mal-estar e tudo que é merda. Se pressionada, meu estado de espírito beira à depressão. Depressão gosto não!!

Mas ó... admiro quem acha estimulante essas sensações que a pressão desencadeia no ser humano. De verdade!! Má cumigo não, violão!!!



Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um pouco mais da intimidade psicodramática da Rosaninha Tibúrcio. Beijos...   

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Na pressão!

Tema: Pressão
Por: Vanderley José Pereira

   Quarta feira, 12 de Junho, dia dos namorados e nada programado. Pensou em levá-la para um buffet de massas, mas ele estava desempregado; pensou em comprar rosas, mas ela era alérgica; pensou em chegar de surpresa na casa dela na madrugada e dizer “te amo”, mas ela tinha irmã pequena e seria desumano acordar um bebê.

   A pressão já estava a mil. O que fazer? Mil ideias e nada de execução. Foi ao shopping e perambulou em meio às lojas, crianças com sorvetes pingando e maridos desesperados, mas nada comprou. Entrava em uma loja e, cabisbaixo, rapidamente saía; entrava em outra e tudo se repetia. Hora por não ter nada do agrado dela - que possuía um gosto um tanto quanto refinado -, hora por seus recursos - que  eram abaixo do necessário para a compra pretendida. 

   A noite chegou e o farol de Morfeu já estava no posicionamento central. Ela estava a caminho para o encontro do amado. Certo que ela ficaria brava por sua indiferença quanto a data, ele já esperava pelo pior. Ainda assim, sabia que ao chegar ela estaria faminta. Resolveu fazer sua especialidade, ou melhor a única: macarrão de panela de pressão.

   Separou os ingredientes:


  • 1 cebola média;
  • 4 dentes de alho;
  • 500g de macarrão;
  • 1 sachê de molho pronto;
  • 1 lata de creme de leite;
  • 200g de presunto;
  • 200g de queijo muçarela;
  • 150g de linguiça calabresa;
  • 150g de bacon;
  • 1 pimenta dedo de moça;
  • folhas frescas de manjericão;
  • folhas de alecrim;
  • 1 tablete de caldo de bacon;
  • molho de soja a gosto.


   Fritou o bacon, agregou a linguiça e quando estavam quase torrados colocou a cebola picadinha e o alho para dourarem. Posteriormente colocou todos os demais ingredientes, reservando somente o queijo, na panela de pressão e cobriu com água. Fechou a panela e marcou 20 minutos após a mesma ter pegado pressão. Decorrido esse período colocou tudo em um refratário e misturou o queijo. Neste exato momento, eis que ela abre a porta e com cara de assustada por ver o cuidado dele com o jantar diz: “Amor, não precisava. Te amo”. 

   Comeram e ficaram à mesa se entreolhando, ao som daquela música que embalava o casal. É... o amor é bobo. Tudo que é feito com amor, basta. E é como diz o velho ditado: melhor amar vestindo roupas  surradas, que limpar lágrimas com casaco de pele. Neste caso, melhor comer um macarrão de panela de pressão simples feito com amor do que ter/comer/usar/usufruir algo luxuoso sem calor e sem sentimento.



P.s.: a música que embala o casal e essa. O melhor é a animação!
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Feliz dia dos namorados a quem tem e uma boa quarta para quem não tem.

Limão

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tipo..

Tema: pressão
Por Laura Reis

Sou do tipo que reclama “não sei fazer as coisas sob pressão”, apenas por um fato muito básico sobre minha pessoa: gostar de reclamar. Não importa se falta muito tempo pra fazer tal coisa ou se você me passa pra eu terminar dali a 15 minutinhos, vou pensar isso. 
Acontece que com o passar dos anos fui percebendo que meu perfil, além de reclamão, é muito mais relacionado ao fazer as coisas de última hora. Que minha mãe não leia isso, mas é mesmo verdade. Quisera eu ter feito todos os trabalhos de faculdade assim que os professores passaram. Quisera eu ter feito aquela pergunta essencial no início de uma conversa. Vou deixando. E quando sinto que tá quaaaaase estourando a tal da pressão é que abro os documentos do word pro trabalho passado há 30 dias da faculdade ou pergunto a tal dúvida bem no “tchau, até..peraí, deixa eu te perguntar uma coisa que lembrei agora”.

Bom, mas isso e o que tô dizendo agora, apenas porque faltam 3 horas pra eu postar. Afinal, não sei o que escreveria de fato se tivesse começado a escrever quando já tinha esse tema programado, há 6 meses.

domingo, 9 de junho de 2013

A pior das piores

Tema: uma piada que sei contar
Por Taffa


"Você sabia que existe uma espécie de antílope capaz de saltar mais alto que uma casa? Isso acontece por causa das suas poderosas patas traseiras e também pelo fato de uma casa não conseguir saltar."

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Piada é uma piada

Tema: Uma piada que sei contar
Por Vanderley José  Pereiraa

   A piada que vou contar é de um gordinho, loiro, que usa óculos e é desastrado. Eu! Essa é a piada. 

   Rááááááááá pegadinha do Malandro: hié, hiééé...

   Falar de piadas para mim deveria ser fácil, uma vez que sou praticamente uma piada ambulante, mas creio que justamente por isso tenho tanta dificuldade. Toda vez que me arrisco a contar uma piada vejo que os presentes começam a dispersar – isso quando não me interrompem falando “ei, você pulou uma parte”. O mais constrangedor é quando você chega ao fim da piada e todos te olham esperando o grand finale, o que sempre não vem. Aí tenho de dizer que acabou com um sorriso amarelo estampado no rosto.  

   Ouvir piadas e tão triste quanto. Nunca entendo a graça/sentido da “coisa” e fico parado, ali, estático, olhando todas as reações da plateia para fazer igual. Não que eu seja Maria-vai-com-as-outras, muito pelo contrário, mas também não sou um pé-no-saco. Se um ri eu também rio. Se outro gargalha, eu penso “que exagerado”, porém gargalho também. Fazer o quê?

   Sei que vou ser tachado, ou que outros vão dizer isso ou aquilo, mas não me importo. Piada para mim é querer chamar a atenção. Isso é ruim?! Sim é! E, não, porque nem sempre. Compliquei, eu sei. Explico: Sim, porque ao contar piada, sempre você tira com a cara de alguém (já viu alguma piada sem contexto?), ou você abusa da inteligência de uns ou outros como eu (juro, sou um pessoa maliciosa por natureza, mas tem coisa que não é possível entender); e, não, pois tem pessoas que se destacam por se destacar somente. A exemplo de pessoas assim tem eu próprio, pois me destaco ao contar minhas histórias, meus causos, colocando a realidade de um modo ameno e engraçado. Prefiro assim a fazer uma piada sobre bêbado, papagaio e loira. Eca!

   Com o advento da internet tudo ficou mais fácil para mim e para eles, os piadistas, pseudo-humoristas. Tem pessoas que ficam por horas lendo piadas. O que é pior ainda, pois nem tem o palhaço interpretando. Esses sim me fazem rir. Mazzaropi com seu jeito; Costinha com suas caras e bocas. Como não rir da interpretação, pois pouco importava o que estavam contando, só de vê-los o riso já era garantido. Mas os tempos são outros, e pela facilidade de descobrir piadas e com o pensamento mesquinho achando que todos são parte de um público a todo momento você se depara com uma piada e com um pseudo-humoristas. Como sou gente boa e possuo a política de boa vizinhança com a máxima “gosto é igual #@%$: cada um tem o seu”, tenho de respeitar e ser agradável. Por isso possuo um estoque de KKK, hehe, hahaha, srsrsr, porém sempre tenho vontade de escrever o meu preferido: Aff!

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Beijos a todos. São tanto afazeres que eu não vi que ontem era quinta, para mim era quarta. Só notei meu ato falho quando vi o texto da Rosaninha... Então o Guaranete de sexta me permitiu postar hoje. Fala sério, sou uma piada!

Limão

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Uma das duas únicas

Tema: uma piada que sei contar
Por: Rosana Tibúrcio

Meus amores, tudo bem? Quase chamei a Aninha hoje de novo, mas percebi que rolou uma intenção de me expulsar do blog e isso não teve NENHUMA GRAÇA, ok Limão???

Na verdade, eu só sei contar duas piadas fabricadas e antigas. Todas as outras piadas que conto são fatos reais decorrentes de minha doce vida doce e engraçada.

A primeira das piadas que sei envolve sexo, sacanagem, comida e é proibida para um blog família, mas se alguém estiver disposto a não rir de uma piada é só me pedir que conto.

A segunda delas é, atualmente, uma piada politicamente incorreta, mas como eu estou cagando para o que é politicamente incorreta, vamos lá.

Houve um incêndio num prédio de uma cidade qualquer. Tudo muito pobre, poucos recursos e tal. Eis que chega o corpo de bombeiros com toda aparelhagem disponível, incluindo um megafone bem fudidinho.

E o chefão lá dos homens começou a gritar para quem estava no terraço do prédio em chamas. Não havia crianças no local, preciso dizer.
"Homens e mulheres, por favor, prestem atenção: os homens ficam à direita e as mulheres à esquerda. Vamos pegar primeiro as mulheres porque é assim que tem que ser e, depois, meus colegas veados pegarão pegaremos os homens. Portanto, façam como eu mando: homens à direita, mulheres à esquerda. Todos se salvarão, tenham calma."

E, dessa forma, os homens foram ficando à direita (os que quiserem saber à direita de quem, eu mando à merda, ok?) e as mulheres à esquerda.

E o chefão lá embaixo, quase perdendo a voz e muito irritadA, porque nunca tinha visto tanta gente burra na vida: era homem pra direita e pra esquerda, mulher pra cima e pra baixo. E ele continuava a dar as ordens: homens à direita, mulheres à esquerda. Rápido, gente... E tudo se acalmou. Havia dois grupos distintos: um à direita, outro à esquerda.

Mas... eis que surge um sujeito lá no meio da sacada, com um megafone (que ninguém sabe onde ele arrumou), levanta os pezinhos e grita: homens à direita e mulheres à esquerda, né? E a Joana D'arc aqui, vai virar churrasquinho?
FIM!!
haushaushaushahushaus


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma aparente tranquilidade, pois não achei dificuldade nenhuma em postar. Afinal, eu SEI contar uma piada. Uma não, duas. O problema é alguém achar graça... mas isso é tema para outro post...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Sem graça

Tema: Uma piada que eu sei contar
Por Rafael Freitas

Temos aqui um pequeno problema: eu não sei contar piadas. Juro. Sempre esqueço o final ou rio antes da hora. Nem gosto muito delas, mas admiro quem tem este dom, digamos assim.

Um bom piadista tem que saber interpretar aquilo que está contando, convencido de que é realmente engraçado. O que é uma faca de dois gumes, já que se forçar a barra demais, se for engraçadinho demais, estraga tudo. Não consigo.

Mas eu gosto muito de rir e fazer rir. E uso como acervo de piadas coisas que acontecem comigo em casa, no trabalho, na rua. Ou seja, vira e mexe tem piada nova. rs Como por exemplo o dia em que minha avó fez respiração boca a boca no meu pai. Podem rir, gente, que eu tô rindo só de lembrar!

Sem contar que, às vezes, rio muito de alguma coisa que nem foi tão engraçada assim. É por isso que deixo com vocês o que foi a piadinha mais sem graça, mas que eu mais ri nos últimos tempos. Estou arriscando a perder toda a credibilidade, quiçá o respeito de vocês. Valorizem isto, pelo menos. rs  



E, por favor, não me julguem. Apenas me aceitem como eu sou: uma pessoa que não sabe contar piadas. Mas quem precisa delas quando tem uma avó que faz respiração boca a boca no próprio genro???

Beijos, COM graça!



sábado, 1 de junho de 2013

Te aguardando

Tema: as belezas do Acre
Por: Nina Reis


Houve um tempo em que pensava que o Acre nem existia. (não brigue comigo Aninha)
É que na verdade nunca me imaginei viajando para o Norte do país e muito menos para o Acre. Interessante é que esse estado fica pertinho do Peru e olha que .... bom, melhor não falar nada não, afinal de contas a pequena lê os nossos posts. 

Então, confesso que depois que essa menininha inteligente, atrevida, hilária e despachada passou a fazer parte constante da minha vida, minha curiosidade ficou aguçada. Claro que tem duas cidades específicas que jamais deixaria de conhecer, Acrelândia e Epitaciolândia. Já imagino o nome dos moradores, dos mercados, lojas e pizzarias, certeza que deve ser bem divertido. Se não for como penso, invento. (eu posso criar meu mundinho Acriano sim).


Agora, cá estou aguardando o convite da Aninha para passear no Acre. Quero sim comer a coxinha do Tio Marcelinho, ir ao Clube Sol de Praia, admirar as flores e quem sabe conhecer também Elequisandra Araruna. a amiga mais legal do nosso Limão.


Acre me aguarde. Peru te aguardando.


Ahushahuahah não resisti (do tipo, falta da rima a última estrofe).