sexta-feira, 28 de junho de 2013

O mártir

Tema livre
Por: Vanderley José Pereira

Veja o mártir recém adquirido para minha casinha, e que baseou esse texto.
  
   O tapete na soleira é, se não o maior, o mais representativo símbolo de um lar. Ali, os anfitriões propõem o que a casa quer passar aos seus convidados. Uma espécie de prefácio: ora escrito de cordão, ora escrito de retalhos de pano.

   Ao ler cada tapete, é fácil fazer uma interpretação dos habitantes que ali residem. Um coloca em sua soleira um retalho de toalha: sinal de simplicidade, caso a toalha for trocada, ou mesmo lavada, com frequência; ou descaso caso a mesma estiver toda suja e jogada sem esmero. Outros colocam tapetes de time de futebol. Previsíveis, esses têm o egocentrismo baseado unicamente em seus times. Certamente se tratam de homens, ou em raras vezes mulheres que em sua maioria são independentes. Há aqueles que prefiram um tapete de crochê ou de retalhos feitos à mão, típico de senhoras – mães e avós –, ou de pessoas que buscam passar a imagem que sua casa tem um quê de interior, um ar acolhedor. Algumas soleiras maltratadas ficam ao Deus dará, no frio, ao relento; essas seriam a escória das soleiras, não teriam direito nem ao menos a um capachão. Seus donos são pessoas cuja prioridade de nada tem a ver com o lar, arrisco em dizer que são pessoas solitárias, frias e com baixo amor-próprio. 

   Tudo que um tapete quer é ser pisado e usado. Masoquista? Jamais, ele é servil. Oferta-se a limpar os pés de todos, independente de cor, raça ou religião. Atitude digna de um mártir. Numa postura quase que simbólica de purificação daquele indivíduo, retirando toda e qualquer impureza que ele tenha – ignorando os caminhos, por mais torpes que aqueles pés tenham passado – e, assim, permitindo entrar no paraíso, no caso em questão, adentrar em um lar.

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Oi! Desculpe a demora em dar notícias, mas tenho um bom motivo: estava viajando a trabalho. 
CHI - QUÉR- RI- MO,  diz que não? Mas voltando ao assunto, eu preparei esse texto dias antes para publicar nesta quarta, porém devido a correria, nem deu tempo, então vim na sexta mesmo. Antes tarde que nunca! Boa leitura, beijos, enfim bom fim de semana. 

Limão.

17 comentários:

  1. O tapete na soleira é, se não o maior, o mais representativo símbolo de um lar.

    Eu acho que falei algo similar no texto: o mistério da cebolinha.

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  2. Achei tão doce e tão linda a analogia entre o dono da casa e seu tapete...

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  3. obrigado doce como Limão... Que bom que gostaram, foi feito com amor, muito amor!

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  4. Que fofo do post sobre a casa dos meninos.

    Gostei que começou assim, pela soleira da porta.

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  5. Quero posts sobre as cozinhas, panelas, comidinhas e afins.

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  6. Daqui uns anos conto minha história com tapetes em casa, ok?

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  7. gracinha LIMÃO.

    Então ...nunca gostei de tapetes ..
    mas Ó confesso que passei a gostar depois que fui presenteada assim que comecei a morar sozinha.
    Lembra Taffa? ..
    tão lindo, tão fofo ..
    logo depois passei a gostar de tapete, .. mas assim, fora de casa, só na porta.
    Dentro da casa não .. não gosto .. tenho alergia, atchim ...

    ...

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  8. Quero conhecer seu tapete, sua casinha, sua cama hahahahah
    ..
    saudades

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  9. ainda não sei o que penso dos tapetes.

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  10. cresci quase não sabendo que existiam e vivi bem com isso. aqui em udi trouxe uns e uso e sinto falta se não tem, mas nunca parei pra lavar um e por esse motivo acho que gosto. deve dar um trabalho chato cuidar deles.
    #madame

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  11. sem contar que tapete me lembra a pior tarefa de limpar casa: passar pano no chão.

    ces curtem?

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  12. e, sim: viajar a trabalho e muito chiique

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  13. Nina eu tb não gostava de tapete, nem os via. E laura assim como vc, so depois de ter a necessidade que dei o devido valor neles.

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  14. Todos os guaranetes estão me devendo visitas (e presentes, é claro).

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