segunda-feira, 30 de junho de 2008

Vontades (crises?) pessoais.

Post da Série Crises Livres, do Fael.
Tem dias que, além de falta de criatividade (!), a gente tem umas vontades estranhas.
Hoje acordei assim, querendo ser outra coisa que não eu.

Hoje eu queria ser um post da Paula, doido, parecendo desconexo, mas causador de gargalhadas no escritório.

Queria ser uma letra do Chico ou uma canção do Milton.

Queria ser o coração do meu irmão para evitar qualquer dorzinha chata ou incerteza pronta para entristecer.

Queria ser psicólogo, psiquiatra ou qualquer coisa assim (desde que fosse possível a auto-cura).

Um carrinho do Gu.

Uma tirinha do Horácio.

Uma comédia romântica.

Uma imagem abstrata ou uma foto no porta-retrato mais bonito da estante.

Um vaso de tulipas.

Talvez um trevo de quatro folhas (mas só pra morar perto na mesma rua que a Dona Sorte e vê-la despenteada às seis da manhã!).

Por que não um jogo (des)montável?!


Sei que essas vontades brotam dos pensamentos e sentimentos que perambulam aqui dentro. Como sei que as coisas vão permanecer onde estão, imutáveis, tanto as possíveis quanto as impossíveis.
O que muda é a postura, o olhar, a atenção que dedico a cada uma delas.

Mas já aviso: hoje não dou ibope pra novela mexicana!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Por não estarem distraídos - de Clarice


Eu gosto. Não só porque o texto é lindo, mas também porque eu concordo com essa historia de "não estarem distraídos..." Mas apesar de acreditar e defender, ainda assim esqueço de me distrair quando o assunto é encontrar alguém.
Com isso o que era para ser natural se torna superficial, a espontaneidade fica forjada e o momento que seria mágico perde todo o encanto por ser forçado. E tudo isso por causa da busca incessante em achar a pessoa perfeita, e pela espera exagerada em querer que tudo aconteça como nos contos de fada. Isso acaba consumindo tudo o que o momento poderia trazer, eu sei. E é por isso que eu sempre volto pra ler esse texto, pra ver se eu me apego nessa distração e deixo o mundo e as pessoas me surpreenderem.

Nayara Abreu

Por não estarem distraídos
[Clarice Lispector]

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Para aquietar o espírito

Por Rosana Tibúrcio

Há textos que são tão lindos e, sobretudo, inteligentes que eu fico pensando: não foram "costurados" por gente.
Sinto que esses autores não têm a mesma essência que nós, não foram feitos do mesmo material que nossos pais nos fizeram.
É a "sopinha de letrinhas" do Drumond, os heterônimos de Pessoa, as intenções de Clarice, o encanto de Guimarães Rosa, a sutileza de Mario Quintana e por aí vai.

E na música? Jesus!!! Um absurdo...
É Caetano Veloso que me fascina, com sua "Língua": "Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões/ Gosto de ser e de estar/ E quero me dedicar a criar confusões de prosódia/ E uma profusão de paródias/ Que encurtem dores/ E furtem cores como camaleões/ Gosto do Pessoa na pessoa/ Da rosa no Rosa/ E sei que a poesia está para a prosa/ Assim como o amor está para a amizade/ E quem há de negar que esta lhe é superior?..."

É Chico que diz o que nós mulheres gostaríamos de dizer aos nossos homens: "Mal sei como ele se chama mas entendo o que ele quer/ Se deitou na minha cama e me chama de mulher/ Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não/ Se instalou feito posseiro, dentro do meu coração..."

É Djavan, é Zélia Duncan, é Beto Guedes, é Oswaldo Montenegro, dentre milhares.
E por eu andar tão Oswaldo Montenegro nos últimos tempos ilustro o meu post com um dos textos mais primorosos que há neste mundo de meu Deus.
Quem não gostaria de ter dito o que ele diz? Que fosse a metade, um terço ou um miléssimo apenas...

METADE

E que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.



Um linda quinta-feira pra todos, pois nas quintas é dia de ler textos belíssimos e sonhar, sonhar...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Desejo a vocês!!!


Desejo a você…
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Crônica de Rubem Braga
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Uma tarde amena
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade

Outro dia eu tava pensando nas coisas mais ridículas do mundo. Mentira. Eu tava pensando nisso agora mesmo. Nesse segundo. É que começar textos com “outro dia eu tava pensando...” é uma mania preguiçosa e ridícula que eu tenho. Essas coisas ridículas dizem respeito ao meu gosto pelo o que não é convencional. Eu gosto de muitos textos, uma infinidade deles, até perder de vista e que para mim seria muito difícil escolher um. Mas, eu optei por aquele que eu tinha certeza da autoria.
Eu gosto muito de um que dizem ser de William Shakespeare e ficou bem famoso na Internet “Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma”. Esse tipo de texto não tem a cara de Will, primeiro pelo século que o escritor viveu, e a construção textual não parece com a dele!
Então entre ficar com o certo e o duvidoso e isso encaixa aquele outro texto que eu amo, que dizem ser do Quintana ou do Oscar Wilde “Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila”. Resolvi ficar com Drummond, não a estátua que fica em Ipanema nem o relógio, e sim o mineirinho.
Tem um outro texto que eu tive a confirmação que não era de Jorge Luis Borges, mas, infelizmente já era tarde demais para isso. “Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros… Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres..”
Viu?? Como eu consegui burlar a regra mais uma vez e escrevi os textos que sempre recorro quando eu quero ficar pensando na vida.

Paula Critica, estrelando Pantanal.
Eu queria falar da novela Pantanal, então ao invés de criticar eu vou elogiar. Pantanal foi a única novela que não foi feita pela Globo e teve mais de 40 pontos de audiência, e ela estreiou em 1990, eu tinha 5 aninhos e era uma criança linda. Dizem, que eu não podia assistir a novela, e hoje eu sei porque, todo mundo pelado, adouroooooooo!!!

Beijão pessoas

Ótima Quarta-feira
Paulinha

terça-feira, 24 de junho de 2008

Coisas do coração

Oi GUARANETES, aqui estou.

Antes de falar sobre o texto, que por sinal é meu, quero dizer que a retardada aqui, trocou todas as datas e estava elaborando um lindo texto com as qualidades que mais gosto em mim. Até que... sei lá o que aconteceu, resolvi ler todos os temas de novo e suas datas CERTAS e aff, dei de cara com o erro. Mas tudo bem, tudo certo. Estou agora aqui, na correria pra postar pra vocês, meus queridos.
Agora vamos para o texto: o meu texto.

DOIS AMIGOS, UMA HISTÓRIA

Menos de 2 anos de amizade, mas a sensação de uma vida inteira.

Ela muda para cidade dele.
Ele a recebe com um grande sorriso.
Ela começa a fazer parte do seu grupo de amigos.
Ele sempre muito receptivo.
Eles numa identificação fora do normal.

Encontros nos finais de semana.
Telefonemas quando necessário.
E uma energia fantástica.

Ela cria uma paixão platônica.
Ele a considera uma grande amiga.
Ela se declara.
Ele fica profundamente agradecido.
Ela percebe que não tem chance.
Ele sempre muito amigo.

A amizade entre eles cresce cada dia mais.
Telefonemas, encontros e inúmeras confidências.

Ela lhe pede um beijo.
Ele nega.
Ela aceita.
Ele a beija.
Ela é a mulher mais feliz do mundo.
Eles chegam a conclusão que a amizade é muito mais importante, mesmo não falando diretamente sobre isso, nunca.

Hoje, melhores amigos.
Ela extremamente consciente e feliz.
Ele completamente entregue a tamanha amizade.

Muito mais confidências.
Troca de carinho.
Silêncio e muito respeito.
Por que coloquei esse texto?
Confesso que depois que criei meu blog (menos de um mês) é que estou aprendendo a ler. Sério, nunca gostei. Sendo assim, infelizmente não tenho como citar textos tão lindos e conhecidos, como será citado, nesta semana, por vocês.
Mas “chá cumigo” que eu aprendo.

Esse texto é uma história mais que real. Iniciada em 2006 e sem data pra acabar.
Confesso que é um grande aprendizado em minha vida.
Quase um doutorado em “coisas do coração”.
Espero que gostem.

Beijocas!!!

Nina Reis

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sentimental - Carlos Drummond de Andrade

Da série Temas Propostos, do Fael.

Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.

Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!

- Estás sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências, um cartaz amarelo:
"Nesse país é proibido sonhar."

________________________________________

Um trabalho difícil essa escolha de um texto preferido.
São tantos escritores que conseguem nos inquietar, como se arrancassem nossa alma do lugar com suas peculiaridades nas construções do texto e dos sentidos!

Caso não tivesse escolhido este do Drummond, com certeza o outro seria Quintana, Cecília Meirelles ou Leminski.
Mas este sempre me inquietou desse jeito, como se "chacoalhasse" tudo aqui dentro. Já o conheço há um bom tempo e a primeira vez que o li foi quando folheava um livro velho de Português para a Quinta–serie, o Sargentim, na casa de um primo-irmão.
Gosto de imaginar a cena, de me perder nesse romantismo. Tenho certeza – pretensão de imaginação fértil – que o Drummond teria escrito pra mim este texto, se me conhecesse. rs
Sou eu o garoto que escolhe as letras porque é mais importante pensar em quem se ama que provar daquela sopa quente.

Não vejo nele pessimismo. Vejo realismo. Vejo as pessoas que estão ao nosso lado em dois grupos distintos: aquelas que nos apóiam em tudo e outras sempre com um balde de água fria na mão.
Meus sonhos passam todos pela minha imaginação e sinto que é preciso buscá-los, com ânsia, rasgando todos os cartazes amarelos que surgirem pela frente.
E fico feliz!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Silêncio no afeto


Por Rosana Tibúrcio

Ando tão Oswaldo Montenegro atualmente e só não aborreço mais aqui em casa porque minha pititinha segue o meu caminho, ou eu sigo o caminho dela? Vai saber...
Atualmente ela tem colocado aqui na nossa “biblioteca do média player”, algumas músicas do gatão pra gente ouvir; e essas canções têm me acompanhado nos trabalhos que faço.
Ontem de madrugada eu “senti” a canção “Silêncio no afeto” de Dinho (só porque virei amiga de infância dele). É um blues, lindo de morrer. Pena eu não encontrá-la no site de midi que usamos aqui, mas quem tiver oportunidade, ouça ou leia a letra que vou deixar escritinha logo a seguir.
Apesar de se tratar de uma canção de amor e paixão, creio; num momento ela assim diz:
“Você que foi minha amiga/ E hoje nem lembra de mim/ Nosso segredo não diga/ São o que sobra no fim”
E isso de “guardar” segredo para mim é algo tão ético, valoroso e sério que aqueles com quem não mais convivo – porque não nos gostamos mais ou por outras circunstâncias – não precisam temer uma possível revelação daquilo que me foi contado.
E em relação a mim, neste aspecto sou assim: entrego pra Deus. Se contei, tá contado, não teimo mais nada. A vantagem é que não tenho nem tantos segredos cabeludos assim, ou tenho? Vai saber...
E de outras relações não amigáveis, daquelas digamos assim, amorosas-sexuais, quando findadas também meio que corre um receio de que o outro fale algo sobre nós, para as outras.
Na verdade, eu me irrito profundamente quando convivo com uma pessoa que fala de ex; que conta detalhes, sejam intímos ou não. Certamente esses falarão de mim. Não tem como mudar. Se pudesse, só me entregaria àqueles mais silenciosos; àqueles que têm passado, certamente, mas que dele eu não preciso saber, com detalhes que envolvem as outras. E se a paixão ou o amor for inevitável, aí também é entregar pra Deus tomar conta, se um dia a história terminar.
Mas o ideal seria mesmo o tal silêncio no afeto, sobretudo, depois dele.
É isso, moçada!!

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas é dia de intensificar todos os afetos
.


Você que amei mas não amo
Saiba que a vida é assim
Já te chamei, e hoje chamo
Tudo o que passa por mim
De louco passado ou engano
Seja o que for é normal
Tá tudo certo, silêncio no afeto
O poeta canta o final
Você que foi minha amiga
E hoje nem lembra de mim
Nosso segredo não diga
São o que sobra no fim
Não sobra o que foi ciúme
Não sobra o que foi paixão
Tá tudo certo, silêncio no afeto
São pausas da nossa canção
Entrega pra outra pessoa
O amor que eu lhe dei (ele é seu)
Entrega que a vida ainda é boa
E nada que passa morreu
Desenha em alguém a pessoa
Que eu desenhei em você
Desenha e não jura
Paixão nunca dura
Valeu amiga, a gente se vê

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A culpa é do morango!!!

Olá crianças!! Sabe o que a titia aqui descobriu? Que no dia 15 de Junho é comemorado o dia internacional dos Comentaristas de Blog. Como eu fui eleita a melhor comentarista de blog de todos os comentaristas de Blog eu tenho que comemorar essa data em grande estilo. Eu sei o motivo porque foi escolhido justamente esse dia, mas eu não vou transformar esse post em jornalismo, puro e simples. Adoro muito mais um suspense!!
Eu não vou falar sobre datas hoje. Como eu voltei a fazer terapia 3 vezes por semana, acho que eu posso falar de tudo, certo?
Eu andava tão irritada e triste, que comecei a fazer coisas não muito convencionais. Como entrar em brigas de trânsito, xingar o galo da vizinha e depois denunciar o mesmo na prefeitura, desmontar o computador 5 vezes até achar de onde vinha o maldito barulho. Perguntar na loja mais fashion da cidade se tinha roupa para gente bonita, e claro criticar o novo batom da Avon que promete te deixar com a boca da Angelina Jolie. Eu acho que a união de terminar um curso que eu simplesmente odeio, detesto, abomino, com a junção de um quase-emprego, que não deu certo, por conta de problemas pessoas do empregador com a minha pessoa, e com o meu namorado que simplesmente desaparece, pois é extremamente ocupado. Une-se a isso tudo o fato de que Edgar com suas opções nada convencionais de presentes e sadismo no dia dos namorados me deixou cínica e extremamente nervosa. Sabe, tipo Rock Balboa que apanha o filme todo e no final ele está realmente muito, muito, muito bravo!!
Era assim que eu estava nessa última semana. A gripe era uma reação psicossomática de todo esse stress traumático, que se resume a uma única coisa: as coisas não estão saindo como eu planejei.
Eu tenho 22, quase 23. Sou formada em Pedagogia, mas odeio sala de aula. Faço trabalhos acadêmicos, mas também não é algo que me deixa feliz, muito pelo contrário.
Não durmo mais a noite. E não quero ser aborrecida, mas simplesmente tudo me aborrece!!
Eu sou critica, eu me critico, eu tento melhorar, mas quando uma pessoa faz as coisas com descaso para mim, ou por fazer no sentido de obrigação, isso me deixa um bicho enjaulado.
Eu pensei tanto no sentido da vida, das minhas relações pessoais e me senti em uma música do Wando.
E cheguei a uma conclusão, eu vou ser ativista do PETA. Olha como eles são super parecidos comigo:
São radicais, respeitam todas as criaturas vivas, não gostam de presentes repetidos no natal e no dia dos namorados, são umas pestes, inconvenientes, são leoninos com ascendentes em todos os signos do zodíaco e simplesmente são engraçados, sarcásticos e adoram deixar as pessoas sem palavras. Eu sou do PETA, e não comam carne vermelha e nada de usarem roupas com pele de animaizinhos, eles são bonzinhos.
O guaraná com canudinho me faz mais bem do que meu terapeuta caríssimo!!

Paula critica:
Como a lista de celebridades mais importantes da Forbes pode levar em conta o número de capas de revista que uma pessoa aparece, se a Oprah tem uma revista com o próprio nome e onde ela aparece na capa TODO MÊS!?!?!?!?!?!?!?!?!
Meio óbvio ela ficar em primeiro lugar, não acham???
Os brasileiros e as várias temperaturas:
Dizem que Deus criou o homem e depois aperfeiçôo e criou os gaúchos.
Com 30º
Os baianos vão para a praia, dançam, cantam e comem acarajé.
Os cariocas vão para a praia e jogam futebol.
Todos os paulistas estão em Santos e pegam duas horas de filas nos supermercados e nas padarias.
Os mineiros estão na sombra comento um queijim.
Os gaúchos esgotam o estoque de protetor solar.
Com 25º
Os baianos não deixam os filhos saírem no vento depois das 5 da tarde.
Os cariocas vão a praia, mas não entram na água, porque acham muito frio.
Os mineiros comem feijão tropeiro.
Os paulistas fazem churrasco na casa em santos e não vão até a praia.
Os gaúchos reclamam do calor e não faz esforço devido ao esgotamento físico.
Com 20º
A baianada muda o chuveiro para a posição inverno.
Os cariocas vestem um moletom.
Os mineiros começam a beber pinga perto do fogão a lenha.
Os paulistas resolvem vim embora de Santos e fica aquele inferno o trânsito.
E a gauchada vai para a redenção tomar um solzinho!!
Com 15º
Os baianos começam a tremer de frio.
Os cariocas se reúnem para comer founde.
Os mineiros seguem bebendo pinga perto do fogão a lenha.
A paulistada ainda está presa no congestionamento de volta de Santos.
E os gaúchos começam a dirigir com o vidro abaixado. Já ta dando um fresquinho.
Com 10º
É decretado Estado de Calamidade Pública na Bahia.
A cariocada coloca o sobretudo, cueca de lã, luva e cachecol e touca.
Os mineiros seguem bebendo a pinga e colocam mais lenha no fogão.
Os paulistas já chegaram de Santos e vão tudo para a mesma pizzaria e para o mesmo shopping Center, engarrafa a cidade.
Já a gauchada começa a cogitar a possibilidade de colocar uma camiseta de manga complida.
Com 5º
A Bahia decreta o Armagedon!
O César Maia lança a candidatura do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de Inverno.
Os mineiros seguem lá bebendo a pinga e agora reforçam com quentão do lado do fogão a lenha.
Os paulistas lotam os hospitais, por causa das doenças causadas pela inversão térmica.
A gauchada da uma fechada nas persianas.
Com 0º
Extingue-se a vida na Bahia.
No Rio o César Maia veste 7 casacos e lança o snowboard..
A minerada já entrou em coma alcoólico, então não faz diferença.
Já os paulistas não saem de casa e a audiência da Luciana Gimenez vai ao pico!
Os gaúchos preparam-se para fazer um churrasco no pátio antes que esfrie.
Ótima Quarta-Feira
Beijocas
Paulinha

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Engenheiros do Hawai, o Quarteto Fantástico e Amigos.

Da Série Meus Queridos Amigos, do Fael.
Que eu sou grude com meus amigos, vocês já sabem.
E que adoro ir a shows, festas, bailes na companhia deles, já contei?
Além de curtir o evento, ainda tem as coisas engraçadas, ou chatas, que sempre acontecem e que vão render bons comentários depois!
E são elas que nos permitem viver aprendendo, viver vivendo, viver curtindo!

Sábado fui ao Show do Engenheiros do Hawai com o pessoal do Conservatório. Desde que soubemos a data, combinamos de ir juntos. Além de gostarmos da banda, uma das músicas é tema do Quarteto Fantástico!
Eu explico: Rafael, Adriana, Marçal e Miller não se largavam no Conserva! Aí, André atribuiu o título aos amigos!
Pena Marçal não ter ido, mas lembramos dele e o carinho é tanto que a gente sabe que ele estava ali de alguma forma, nem se for no meu grito por seu nome quando ouvíamos, aos pulos, "Cento e dez, cento e vinte, cento e sessenta... Só pra ver até quando o motor agüenta...".

Éramos, então: Adriana e Zé, André e Luana, Thiago (mais conhecido por dizer que ainda vai desenrolar os cinqüenta centímetros pra uma menina... haha), Miller e Jéssica com uma amiga e eu. Ficamos atrás do camarote o tempo todo.

Ju e Juca também me convidaram pra ir com eles. Como fui com a turma do Conserva, combinamos de nos encontrar no Ginásio assim que chegasse. Eles ficaram lá na frente, na cara da banda! E era impossível falar ao celular por conta da música alta do DJ que precedeu a banda. Foi aí que vi, bem lá na frente, na lateral da estrutura de metal que separava o camarote do povão, certa careca. Não restavam dúvidas! Era o Juca falando comigo, enquanto eu gritava: "_Olha pra trás! Olha pra trás!". rs
Acabei não indo até lá. Muita gente, eu seria massacrado!

Mas isso já lá dentro do Ginásio! O pior foi conseguir entrar!
A entrada foi pelo fundo do Clube e não existia a possibilidade de subir o morro existente de carro! Fomos a pé enquanto Zé e André foram guardar o carro e, quando chegamos lá em cima, visualizamos uma fila gigantesca, que descia um outro morro, em sentido contrário ao já mencionado!!! Fomos para o fim da fila, tristes e amedrontados. No ritmo em que estavam as cosias, só chegaríamos depois que a banda já tivesse começado!
Não caberia aquela quantidade de gente no tal ginásio!!!

E fomos lá! Subindo, subindo! Até que Zé chegou e – jeitinho brasileiro que corre na veia – nos levou até o começo da fila, evitando assim algumas horas de atraso. Depois da fila, atravessamos uma cerca, tipo um "mata-burro", de arames assassinos de tricôs e outras peculiaridades da estação gelada, e caímos no terreno de grama molhada e terra úmida, destruidores de qualquer produção fashionista para o evento, incluindo meu All Star xadrez. (Vale comentar do sapato roxo de cetim e salto fino metalizado, com bordado de paetês multicolor, feio de doer, se agarrando à terra enquanto sua dona andava???)

Depois da tal fila gigante, andando tortos por ser um terreno levemente abarrancado, passamos pelo primeiro portão e depois disso foi tudo tranqüilo.

Ah!
Sessão acontecimentos chatos: na tal estrutura que separava camaroteiros de indivíduos menos prestigiados socialmente, pessoas sentavam, ficando mais altas, impedindo nossa visão. Seguranças tentaram tirar os inconvenientes dali, sem grande sucesso. Rezei por eles, como a Irmã Selma faria, mas ninguém caiu.
Na mesma estrutura (na qual se poderia dançar "Cada um no seu quadrado", por suas várias divisões), cervejeiros deixavam seus copos enquanto conversavam ou faziam outra coisa menos importante. De repente, alguém vinha – espírito de porco que manifesta sua chatice ininterruptamente – e derrubava os copos, molhando os mais próximos da parte final da estrutura, neste caso, o Quarteto e seus acompanhantes.

A banda demorou pra começar, mas assim que abriram a cortina, um cenário lindo, com mandalas e outras estruturas, cheio de efeitos de iluminação, mais a presença dos ídolos esperados, desfez qualquer chateação ao mesmo tempo em que arrancou gritos, palmas e criou os motivos para se ter a noite lembrada por muito tempo.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Nina: complexamente completa



Nome: Marina Silva Reis
Data de nascimento: 01/01/1981
Local de nascimento: Patos de Minas - MG
Cidade onde moro: Brasília – DF
Pais: José Rubens e Rosana Tibúrcio
Irmãos: Laura, Ana Clara e Heitor

Um bom começo, não acham?
Nãããoooo!! Sei que zilhares de pessoas disseram isso. Uaaauuu, quanta pretensão!!!
Mas vamos lá, iniciarei um “textinho sobre minha vida”. Claro que um resumo, caso contrário ficaria aqui por três meses, nas sextas-feiras.

Dia primeiro de janeiro, dei a maior alegria do mundo aos meus pais: NASCI. hehehe
Completado o 1º ano de vida, fomos morar em Nova Venécia – ES. Com 7 anos e meio, voltamos para Patos de Minas. Nessa idade, descobrimos que eu estava com problemas nos olhos, logo comecei a usar óculos ahh, e tampão também.
Comecei a estudar nos Maristas, o tampão não me atrapalhava a convivência com os meus coleguinhas.
Ahhh, antes de tudo, preciso ressaltar que comecei a falar com oito meses de idade. Sempre fui apaixonada com música. Meu pai adorava fazer gravações minhas cantando. Principalmente as do Balão Mágico e Trem da Alegria.
Bom, brinquei e aproveitei muito minha infância, criando laços de amizade que, com o tempo, alguns nós foram desfeitos e outros fortalecidos.
Na segunda série senti meu coração bater mais forte. Foi quando descobri minha primeira paixão: Bruno. Essa paixão, intensamente platônica, durou até a oitava série, período em que parei de estudar porque começou uma nova fase da minha vida, estava com síndrome do pânico.
Em 1999 voltei a estudar e comecei a trabalhar também. Dei um grande salto em minha vida. Agradeço muito a Tiago, meu primeiro namorado.
Em 2005, comecei a trabalhar com estética e dedicava parte do meu tempo estudando e aperfeiçoando meu conhecimento.
Cansada de muita coisa, em 2006 decidi que precisaria mudar, só não sabia se seria de cidade ou de profissão. Foi quando meus tios fizeram um convite para eu vir morar em Brasília com eles. Logo me matriculei no curso técnico de estética do SENAC. Tive oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e isso me permitiu entender claramente a palavra amizade.
Confesso que tenho saudades de Patos, mas não tenho pretensão nenhuma de voltar.
Concluí o curso técnico e estou trabalhando em uma clínica muito qualificada em Brasília: a Sculp Estética Avançada. O ambiente de trabalho não poderia ser melhor, bem como as colegas e as clientes.
....
Marininha criança: “muleca”; levada; divertida; luxenta.
....
Marina mulher: vaidosa; charmosa; sedutora; tímida.
....
Marina Reis profissional: responsável; dedicada; guerreira.
...
Nina amiga: confidente; fiel; leal.
...
Acredito que deu pra conhecer um pouquinho de “euzinha”.

Obrigada pela oportunidade!
Obrigada ao Rafa (irmão postiço), à Paulinha (louquinha do Guaraná
) e à minha mamita querida.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Do meio sorriso e da vontade inteira


Por Rosana Tibúrcio

Dizer quem sou e como sou é um tanto paradoxal, pois isso é ao mesmo tempo simples – já que me conheço bem – e complexo - pois há tanto pra falar. E trago em mim, pelo menos um meio sorriso, mas sempre, uma vontade inteira. .

Sou cheia de manias, mil jeitos de sentir e agir e, ainda por cima, tenho mais de meio século de vida. Né brincadeira não!
Há, entre mim e Paulinha, 30 anos de vida e mais uma estação: ela nasceu no inverno e eu na primavera de 1955.
Nasci às 23h30min do dia 16 de novembro e fui registrada com o número 27161, no livro 22, fl. 108/955, de um tal Cartório daqui de Patos de Minas. Quem quiser use esses números, eles podem dar sorte.
Não, não teimam... não farei desse perfil um amontoado de algarismos e datas, é só uma brincadeirinha... rs
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Como boa escorpiana que sou, aprecio a cor vermelha, sou passional, um tanto perspicaz, intuitiva, inteligente "modesta" e bastante chegada num “rala e rola”. Sexo é o melhor assunto popular e mais alguma coisa que há neste mundo de meu Deus.
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Falando em Deus eu o agradeço sempre pelas vitórias que conquistei, pela vida, filhas, amigos, família e coisas que tenho; peço ajuda a Ele também, não vou negar... Quando faço algo considerado mais erradinho imagino logo, na minha esperteza, que Ele nem terá tempo de perceber, já que bastante ocupado é.
Só que, em seguida, percebo que quem me olha, observa e, às vezes, me castiga é minha própria consciência.
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E conscientemente afirmo que sou muito rigorosa e chata; pouco simpática e sem paciência; e, por fim, uma preciosidade com as pessoas, dependendo bem mais do que fazem, se comportam ou dizem do que quem elas são, realmente.
E se são displicentes com horários e outros compromisso; mentirosas; desorganizadas ou “sem noção”, desce em mim uma militar de carteirinha e uma chata de galocha. Eu não me suporto nessas horas, dirá meus desafetos. Cobro compromisso sem dó, e reclamo até cansar.
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Pouco simpática eu sou e quase sem paciência alguma em relação àquelas pessoas que usam dois pesos e duas medidas. Por favor, não subam no salto nem abram a boca pra dizer que detestam quem julga os outros, ou quem aponta diferenças se, quando estão assim no alto, fazem exatamente igual. Sabem as pessoas que enrolam o rabo e sentam em cima? É por elas eu nutro pouca simpatia e nenhuma paciência. Admiro aqueles que assumem que têm dificuldades em lidar com a diversidade e que julgam sim, os seus pares. Eu assumo. É bonito? Não! Porém, mais feio é dizer que não aceita isso e fazer tal qual.
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E o que me faz ficar uma preciosidade em pessoa é lidar com o belo e o saboroso. E digo belo no geral mesmo: um belo papo; uma bela canção; um lindo dia; uma comida saborosa; um silêncio caloroso; coisas originais*; um abraço de amor; e gentes...
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Adoro gentes. As inteligentes então! Sim, aprecio aquelas que se expressam com clareza, as que têm um bom português e são bem articuladas. Mas não é só disso que falo. Digo mesmo de gente inteligente. Conheço várias gentes, sem ou com pouco estudo, que são assim, como aponto. Digo de gente que se comporta como num bom vôlei: um levanta, outro corta.
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E das gentes eu gosto também de saber suas histórias, seus jeitos de pensar e agir, suas manias, suas raivas, suas expectativas e seus sonhos.
E como gente que sou, tenho cá também uma porrada de sonhos pra essa minha vida: estabilidade financeira; trabalho constante; amizades verdadeiras; e quiçá um novo amor que me traga um amor novo (dos dolorosos e camuflados já estou farta).
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E fartos vocês devem estar, por ler tanta babaquice.
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Agora vou falar mais a sério.
Vocês se recordam do ano que nasci?
Então, foi em 1955. Ocorre que, com dois dias de vida eu...
Em 57...
Já em 1958...
hihi
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*Frase de quinta: “Todo cuidado é pouco. Até macacos caem do galho” [Millôr]
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Uma linda quinta-feira macacada do meu coração, pois nas quintas é dia sim, de falar de mim para vocês: as minhas gentes...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Inverno de 1985.... Foi quando tudo começou!!


Já dizia o filósofo que a arte de narrar histórias não teria lugar nesse tal mundo moderno. Com isso, perde-se um pouco a magia do “Era Uma vez” e “Num país distante”.
Esse texto de hoje, nada mais é, do que uma narrativa, e como tal ela está no limiar entre a fantasia e a substância. O que é real e o que é imaginário sobre a vida da narradora.
Tentem descobrir o que é real e o que é fantasia da mente da narradora.

Descobri desde muito cedo que eu gostava muito de histórias, principalmente aquelas não relatadas nos livros didáticos. O mundo seria muito melhor se fosse ao contrário. Não de cabeça para baixo, pois, não gosto de nada muito desorganizado. Nem nada tão organizado.
Não gosto de música alta. E música alta sempre me liga ao fato de gritar para ser ouvido, que leva a carência de ser notado. E para uma pop star como eu, seria um soco bem no meio do ego!
Ser egocêntrica, às vezes, não é algo tão ruim. Narciso acha feio tudo aquilo que não é espelho, mesmo se o espelho é feio. Construção da auto-imagem, impossível descrever. Caleidoscópio de sentimentos e emoções.
As crises só nascem quando deixamos elas entrarem e se instalarem. Eu só deixo no máximo por um dia, para se ter um colo, ou para ler um e-mail amigo.
Também sei que não existe uma profissão para o meu talento, e que minha realização profissional não está ligada no salário e sim a trabalhar naquilo que me traz felicidade. Que até o momento eu não sei ao certo o que é, mas, estou tentando. Não sou prática, e deixo esses pormenores para as pessoas a minha volta. Isso pode ser irresponsabilidade? Não é não, sou altamente responsável e de brinde vem junto, toda a sorte de problemas como o fato de me preocupar muito com os outros e deixar meus sentimentos em segundo plano.
Acho que só tentar resolver as coisas, não está dando certo, mas é um problema ser muito cômoda com as situações ou pessoas que me desagradam. Com isso nasce a irritação. E quando fico irritada, me transformo em uma rabugenta. E quando rabugenta consigo me tornar irritante até aos olhos de quem me gosta muito. Os estágios são progressivos e altamente contagiosos.
Nem um pouco pé no chão, quer coisa melhor do que viajar em pensamentos, nada convencionais, arquitetar planos mirabolantes que não deixam frustrações, quando não dão certo.
Já disse várias vezes, que o jeito certo de fazer as cosias é o meu jeito. E com, isso acabo ficando um pouco intransigente, mas também confiável. Portanto, não discutam comigo quando eu tenho certeza que estou certa. Mas, não sou em absoluto uma pessoa previsível. Odeio ser previsível. Tento ser natural, mas, perto de pessoas que amo começo a ser clichê e totalmente sem noção de espaço.
Adoro abraçar, beijar, dizer que amo. Até sentir saudades eu me permito sentir, por pouco tempo, na verdade não é bom ser sadomasoquista.
Converso de tudo, não deve existir tabu. Adoro a liberdade de ir e vir, mas morro de ciúmes das festinhas freqüentadas por meu namorado.
Sou um Grand Canyon de emoções e não sinto vergonha disso.
Morro de medo do escuro, e achei que com os anos de terapia isso tinha melhorado, acho que me enganei, já faz umas noites que mina irmã não dorme no quarto comigo, por causa da luz alta no rosto, para mim não serve abajur, o negócio é a luz do quarto mesmo.

Conseguiram adivinhar, quem é a Paula de verdade e a Paula que só está dentro da cabeça da Paula. Dica: só existe uma Paula.


No quadro “Paula Critica”, estou com um problema sério. Não consigo ficar tempo suficiente vendo excentricidades, por assim dizer, para fazer uma coluna sobre isso. Eu poderia criticar personalidades da minha cidade, mas vocês não vão conhecer. Então eu vou elogiar. O novo layout do Blog, que está simplesmente MARA!!!!!

Coluna: Não Utilidade Pública.
Manual Prático para se ler jornal nos dias de hoje.
1 - Leia os quadrinhos.2 - Leia as notícias do seu clube; se houver notícias da seleção brasileira (só de futebol), fique à vontade.3 - Nem todo mundo gosta de astrologia; se for o seu caso, pode ler o horóscopo.4 - Pode fechar o jornal e degustar o café - da - manhã sem pressa.

Frase do Dia:
“Eu erro e você ainda quer que eu corrija?”

Lembrem-se sempre minhas crianças, quarta-feira é dia de adivinhações!!
Beijocas
Paulinha

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O garçom atrapalhado!

Da série "Temas Propostos" do Fael.

Ninguém sabe, mas eu sou o gato da Alice. Aquele que quase se esconde atrás do próprio sorriso.
E eu gosto de rir, sorrir, gargalhar.
Não gosto do som nem do jeito do meu riso, mas gosto da alegria que faz a vida parar naqueles segundos.
Do tipo bem humorado, eu diria.

Baseado em experiências anteriores e analisando experiências alheias, criei um código, uma apostila bem exemplificada e ilustrada, cheia de clichês e frases simples, pra me orientar nos meus objetivos: viver bem e ser feliz.

Eu disse que eram frases simples, bem como situações e exemplos simples.
Mas, por quê?
Porque tudo é muito simples. A vida é simples. Ser feliz é simples.
Felicidade é abraço de mãe, implicância de pai, cumplicidade de irmãos, primeiras palavras do sobrinho. É beijo no rosto, mensagem carinhosa, colo e cafuné, músicas e fotos. É o nervosismo antes da apresentação, os aplausos e o companheirismo que vai além do palco. É ter amigos.

Muitos capítulos da tal apostilinha falam sobre meus amigos. Já tentei inúmeras formas, metáforas e verbetes para falar de sua presença e importância, mas nada consegui que se aproximasse do que realmente são: partes de mim.

Além de gostar de rir e de ser feliz com as coisas simples, gosto de papo com os amigos, música boa do tipo popular brasileira, teatro, fantasias, dança, fotos, bichos de pelúcia, carrinhos e torta de limão. Gosto de filmes e livros, mas, mais ainda, de falar sobre aqueles que assisti e li.

Meloso e dramático, mas com surtos de praticidade nos relacionamento, às vezes (rs!).
Não coleciono mágoas passadas e sempre faço faxinas interiores, com direito a trocar os móveis de lugar e mudar a cor da parede.
Sincero e sério, porque nem tudo na vida é brincadeira. Pode-se resolver com riso até, mas com respeito.

Elucubrado, tenho muitas crises pra resolver, que vão desde processos interiores até aceitação física e visual, passando pelas crises profissionais de um publicitário.
Choro com certa facilidade e algumas dores me parecem bem maiores que são. Mas, quando muito triste (o que é notável por qualquer um do meu convívio, independente da intimidade), me sinto chato, recorro a tal apostila e a todos os mecanismos de defesa do meu ego pra cair fora!

Além das coisas ditas e de algumas que devo ter esquecido, sou garçom no Guaraná com Canudinho, e com muito orgulho!
Este projeto é, pra mim, uma forma de me exercitar textualmente, uma diversão e um forte apoio, já que a casa é de amigos e convidados_amigos.

Estale os dedos e aguarde um minutinho que já vou!
Você vai me reconhecer loguinho! Estarei assoviando, ou cantarolando, alguma coisa do Chico.
Mas nem adianta tentar me reconhecer por alguma crise que nâo rola: não tem espaço pra crises aqui dentro!
Abraço!!!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quando a sombra é companheira


Por Rosana Tibúrcio
Por algumas vezes, não muitas, desde os tempos lá do Deixa, eu fico sem saber sobre o que falar...
Hoje tá pior, parece que estou sem querer falar.
Dá vontade de ser como a Paulinha "lôca" e dividir meu post em vários itens: pensamento do dia*, quiz e pararásss, todos eles muito engraçados e instigantes. Mas não tenho a criatividade dela. Quisera!!
Dá vontade falar de uma ou outra “crisezinha” daquele jeito todo lindo que o Rafa tem de relatar as dele e nos envolver. Também não sou como ele. Quisera!!!
Até tentei dizer sobre o caso que me ocorreu ontem no terminal do Banco que fica ali na faculdade. Foi um babadinho engraçado em que me vi “matando” um atendente do terceiro 0800 que eu ligava por conta de uma situação (meu cartão ficou preso no terminal). Como não podia matar eu chamei o imbecil de “burro e máquina”, dentre outras palavrinhas impublicáveis num blog família...rs
Até rascunhei o casinho, mas ficou chato e sem graça. E olha que voltei pra casa dando risadas (intimamente).
Aí resolvi não dizer nada (lá lá lá - como se já não tivesse dito algo), postar a foto que tirei ontem, na volta pra casa, de minha sombra (alguém viu será?) e o textinho que coloquei lá no meu
“outras trilhas”.

"Quando caminho só pelas ruas, troco idéias com minha sombra.
Ora ela é imbecil, ora é estimulante.
Hoje rimos, uma da outra."

*Pensamento do dia: "nada como uma boa noite de sexo para acabar um tal vício de sorvete de creme com ovomaltine."

"Seja qual for o tema o que te importa é sexo
Seja alegria, angústia, choro, encanto ou dor
Seja de ausência, sonho, tara ou por complexo
Seja na cama, palco, escada, elevador (...)"
[Oswaldo Montenegro]

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas é dia também de dizer quase nada.
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Cães são dóceis, sonhos são doces e a Paula é humana!!


As pessoas escrevem por vários motivos: por dinheiro, para aparecer, para ser polêmico, para desabafar ou simplesmente porque gostam de escrever!!
Eu escrevo porque vocês me deram um espaço e também para desopilar meu fígado e mostrar toda a minha caipirice.
Essa semana eu escutei uma música do Chico Buarque que tem como tema o perdão. Eu acredito principalmente no perdão próprio. Hoje eu me perdôo, e com toda a razão.
A vida inteira eu estava em um comercial de cerveja, de um lado o diabinho sexy e do outro o anjinho mala. E lógico que eu sempre escutei o diabinho, é mais forte do que eu, não tem como resistir, por isso eu já parei de tentar faz tempo. Ele é bem mais divertido e atraente e não necessariamente politicamente incorreto.
Vocês devem estar pensando que eu to enrolando vocês com esse papinho mais ou menos, para esconder algo temeroso que eu tenha feito. Vocês acertaram, se bem que eu estava com a razão durante toda a história.
Eu acredito em ideais, mesmo que eu não sabia quais eles são na realidade. Mas, se você está em uma linha continue nela. Por que, se houver debandada vai parecer coisa de gente que trai.
Não acredito que roupas, corte de cabelo, barzinhos da moda mude quem realmente você é. Não adianta comprar roupas caras, ir no melhor salão de beleza da cidade, gastar um absurdo em energéticos sábado a noite, se a sua essência não corresponde ao glamour de tudo isso. Eu acredito que tudo representa uma atitude, algo que é inerente a nossa personalidade e comportamento. E essa semana eu me vi em um embate antológico sobre isso tudo. Eu fico em casa sábado a noite, na maioria deles só! Mas, isso é tema para outro post. Às vezes eu tenho um bom livro para me acompanhar, ou um dvd. Às vezes, eu só tenho como companhia a televisão. E é realmente assustador e você acaba por ver Zorra Total. E tem uma personagem que representa bem a classe dos alpinistas sociais: os novos ricos brasileiros. A Kate Kelly uma ex-prostituta que se deu bem na vida e agora é Lady Kate. Como ela mesmo diz: ”Eu tenho o dinheiro só me falta o glamour”. Ou o famoso “Tô pagano”.
Mas, não é sobre ela que eu quero falar. É sobre uma pessoa que eu tenho que conviver, pois, meu pai namora com ela e de tabela com os filhos da mesma.
Não há revanchismo da minha parte em relação a eles. Eles lá e eu aqui, é como diz o ditado, antes só do que mal acompanhada. Mas, infelizmente meu pai não tem a mesma concepção e acaba colocando a mim e minha irmã em situações embaraçosas. A namorada dele resolveu que agora que ela é chique deve freqüentar o salão mais caro da cidade, onde vai toda a sociedade descolada muzambinhense. O hight society.
O que as pessoas as vezes não entende, é que mesmo os cabeleireiros mais caros podem errar e muito. E foi isso que aconteceu, não que eu me divirta com a desgraça alheia, mas, que ficou muito feio, isso com certeza ficou. Não pareceu corte de cabelo moderno a la Maria Paula, pareceu um ninho de avestruz.Até esse ponto, tudo bem, eu me comportei não disse nada, educadíssima. O ponto alto foi no almoço beneficente domingo. Feijoadona, tô lá na fila esperando como todas as pessoas de bom senso devem fazer, quando aquela louca desvairada entra e passa na minha frente sem pedir licença. Eu retruquei brincando, não vai passar na frente não, ela disse eu vou sim, e continuou, e eu retruquei, não vai não, ela disse que vou sim e passou na frente da filha dela que estava na minha frente. Bem, e ainda disse, que ela ensinou a filha dela a ter respeito pelos mais velhos e deixar eles passarem na frente. Aquilo foi a gota d’água. Se alguém viu vermelho naquele dia, esse alguém fui eu. Como eu não posso contar com o apoio de meu pai, resolvi fazer justiça com as próprias mãos. Comecei a soltar toda a sorte de temas polêmicos na mesa, uma hora uma delas (o inimigo) iria cair. Como são altamente preconceituosas e se acham as ladys maravilhosas de muzambinho, elas se trairiam fácil e rápido. Pois é, lancei a isca e não é que ela foi mordida. Tema: a Levi’s e suas calças. Vou resumir, ela falou que as pessoas que freqüentam o salão que elas vão só usam roupas de marca e citou uma mulher daqui da cidade. Eu disse, ela pode usar Levi’s, mas mesmo assim ela não deixa de ser brega. A filha responde: quem usa Levi’s é brega, eu queria ser brega também. Essa foi a minha deixa. Virei para ela e falei: impossível você usar Levi’s titia, numeração muito baixa vai até o 40, você não conseguiria entrar em nenhuma.
Hauahauahuahauahau diabinho sentiu orgulho de mim!!!
Isso tudo já passou da graça. Eu não fui criada assim, eu acredito que existam as pessoas que usam marca como forma de comportamento e atitude, como o Rafa não porque a sociedade idiota proclamou que isso é chique.
Tudo é licito, mas nem tudo lhe convém, é assim que dizem.
E principalmente eu perdôo elas por se traírem. Mas, não por ter feito essa bobeira na minha frente, pois sou implacável.
Agora a campanha é termina o namoro papai!
Eu tenho meus princípios e entre eles está a não discriminação de pessoas, seja por raça, sexo, opção sexual ou nível social. Você não é melhor nem pior que ninguém por usar determinada roupa, por freqüentar aquele ou outro lugar. Você é gente, como eu, como o vizinho, como o colega de classe gabiru que tem as roupas sujas. Todo mundo é gente.
Todo mundo fala que eu deveria fazer um programa para fazer de comportamento, quem sabe um dia!!
Boa Quarta-feira a todos!!

Paulinha

domingo, 1 de junho de 2008

"Minhão! Minhão! Minhão!"

Da série: Memórias de um tio babão.

Faz tempo que não falo do meu gatinho!
Não! Não deixei de ser o tio mais babão de todos! Mas tenho visto o sobrinhão tão pouco...
Ele tem vindo pouco pra cá. Nem fiquei muito tempo com ele neste fim-de-semana...

Ele tá enorme!
A coisa mais linda, com um cabelo lisinho, bochecha “coradinha” e ainda mais esperto: não para um segundo, corre por todos os lados, chama a mãe, o pai, a vó, pede bola e adora carrinhos e caminhões.

Ele nem liga pros bichos de pelúcia que ficam aqui no meu quarto.
A bola que ficava no berço sumiu e minha vó, louca como sempre, amarrou umas roupas, umas meias, pra brincar com mo menino! Deve ser por isso que ele gosta tanto dela: ela faz de tudo, vira uma criança como ele, pra agradá-lo! E eu morro de ciúme!!! haha

Agora, preciso providenciar uns carrinhos pra ele. Já que ele nem olha pro Juca (o cãozinho que toca musiquinha se apertar a barriga), pra Paula Matilda (a coruja igual que Paulinha tem uma igual), pra Joana (a joaninha dorminhoca) nem pra nenhum dos habitantes do seu berço quando ele não está, o que posso fazer é transformar sua caminha numa pista, numa estrada cheia de veículos coloridos, grandes, pequenos, fuscas, caminhõezinhos com caçambas, tratores!

Ele quase fala meu nome! Hugo ele já fala direitinho. Rafa ele fala “...afÁ”, sem pronunciar o “R” e com o segundo “A” mais forte.
Eu quero deixar bem claro que não me incomodo com isso. Nem ligo se o Hugo, meu irmão mais novo, mora na mesma casa que ele, vê o gatinho todos os dias, brinca, abraça, beija, morde, joga pra cima, ensina o menino a dizer seu nome e o convence que é o melhor tio do mundo enquanto eu vejo o garoto uma vez por mês e ainda divido a atenção dele com a família toda aqui.

Nem ligo!
Não mesmo.
Nadinha....
...

Buuuáááááááá!!!

Eu tenho que dar um jeito nessa situação! Não quero ser um tio chato, com todas as crises, com ciuminhos familiares e que cobra atenção do garoto.
Até pra ser um bom tio eu pretendo me cuidar, ser um cara bacana. Eu já falei dessas coisas várias vezes! É que essa certeza não muda: quero ser uma pessoa melhor pra que ele tenha alguém melhor por perto, sempre e em qualquer situação.

Pode ser que ele brigue comigo algum dia...
Principalmente se ele for como o tio, “levemente” possessivo com suas coisas!
É...
Porque eu não vou resistir a tantos carrinhos ali, tão perto!
E vai que ele chega justo na hora que eu estiver trabalhando com seu “minhão” preferido???

Crianças, minha gente...
CRIANÇAS!
rs