quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Parece, má num é...

Tema: pra mim é fácil
Por: Rosana Tibúrcio

Fácil pra mim é identificar uma crase indevida num texto grande e digitar um texto grande sem olhar: letras, número e sinais. Não, sinais não, sinais eu olho. Achei fácil mentir essa, mas mais (oi filhote do post de terça!) fácil foi dizer a verdade: contar que menti.

E dizer a verdade sempre foi fácil pra mim porque não preciso ser muito inteligente para tal. O mentiroso é inteligente... e eu, que gosto muito de gente inteligente, penso que não é tão fácil achar um que não mente.

Falando em mente, acho tão fácil viajar por ela; pelos livros, novelas, séries e casos, também. Os casos contados por amigos são os mais fáceis de ouvir, os bem contados e instigantes então... É tranquilo demais ouvir esses casos e descrição de afetos de pessoas por quem o outro tem afeto.

O afeto pra mim é mais fácil de identificar do que a repulsa, e falando em identificar, não tenho dificuldade em me identificar com problemas de quem eu quero bem. Querer bem é muito de boa, mas acho muiiito mais fácil não esquecer que fui criança, adolescente, jovem, adulta, mesmo agora sendo quase anciã. Isso pra mim é mais que querer bem.

Desliza de facilidade eu inventar uma piadinha em meio a qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo. Má, por outro lado, nunca foi fácil pra mim saber e aceitar que a vida toda fui movida pelos vícios. Fácil foi me viciar: em chocolate, sorvete, amores, amigos, novelas, filmes, livros e agora, as séries.

Já que falei em série, tenho uma série de hábitos que achei tão fácil adquirir. De hábitos e vícios. Dos vícios já falei, não quero ser tão repetitiva, mesmo sabendo que tô sendo. Dos hábitos, entre tantos que possuo, tem aquele de inventar e, por vezes, me apropriar de palavras e expressões que considero como se fossem minhas. Facim... facim..., por exemplo, uso tão facilmente que seria o título deste meu post... mas o guaranete ou convidete sei lá, de ontem - achei difícil entender quem postou - usou e né? Ser copiona é tão, mas tão difícil pra mim que achei mais fácil criar outro título.


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um desejo de que o dia de vocês seja mais leve do que o meu, porque ó... tá fácil não, seujão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Facim, facim!

Tema:  Preu é facim
Por: Chica

   Faze quintanda é meu maiô dote; é facim, facim. Sou famosa pela quitandas que faço na minha região. Hoje vou ensinar voceis a faze uma maiô diliça: o pão-de-queijo. É esse vai fica bão, num vai se iguar aquele da Anamaria da TV não.

   Intão, primeiro passo e separar os igridientes: polvio, óio, leite, queijo curado e ralada, leite, água, sal e ovos.

   Eu uso uma chavina que ganhei em meu casamento como midida, mas ocê pode usá o que quisser. Em uma bacia, separe três medida de polvio e reserve. Em uma chaleira ferva uma medida de água, uma de leite (leite gordo, nada daquelas coisa da cidade), e uma media, menos um dedo , de óio e bote para ferver. Após ferver misture uma cuié de sal e escalde o polvio. Misture bem dismanchando os caroços de massa. 

   Vai levar uns trinta minutos até a massa esfriar, enquanto isso pode colocar a água para ferver, para fazer aquele cafezinho esperto.


   Quando a massa tiver dando para por a mão, comece amassar (esse é o segredo, quanto mais amassar, miô vai ficar o pão) acrescentando os ovos aos poucos. Num tem medida para ovo não, e até da o ponto. Quando a massa tiver quase no ponto, acrescente duas medidas de queijo (esse queijo e ralado finim, senão, num fica bão, não) e amasse, para acertar o ponto da massa. O ponto e a massa lisa e consistente, nem mole, nem dura. Ai se faz as bulinhas e bota para assar ate os pão ficar doradinho, ou como se feririr. É uma diliça.  


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Oi, gente! Hoje mais uma das desventuras da nossa guerreira do sertão, Chica! E hoje ela vem toda saborosa, nos ensinando como fazer o melhor pão-de-queijo que se tem notícias. Experimente! Beijos a todos e até semana que vem.

Limão


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Faça fácil

Tema: Pra mim é fácil
Por Rafael Freitas


Comer uma caixa de Bis inteira. Assistir O diabo veste Prada, Noivas em guerra ou O amor no tira férias. Preparar aula de algum assunto que eu goste. Mandar mensagens de sacanagem pra Pri*. Rir. Dormir enquanto tento ler um pouco. Dormir. Querer um sapato novo. Querer um perfume novo. Assistir How I met your mother. Resolver a vida alheia. Deixar pra última hora. Arrumar o guarda-roupa. Bagunçar o guarda-roupa. Fazer miojo. Criar fantasias. Passar raiva depois perdoar. Ficar admirado com uma letra do Chico Buarque. Acreditar em clichês. Colecionar clichês. Falar de filmes e livros. Falar de qualquer coisa. Digitar errado. Passar mal num rodízio de pizza. Abraçar. Diferenciar mas e mais. Escolher o sabor do sorvete. Memorizar detalhes e cores. Terminar um post de um jeito romântico. Pensar em amor quando a lua está bonita.





*Pri é um personagem criado por Rosana Tibúrcio; um heterônimo para que ela possa manifestar seus desejos mais ocultos e vulgares sem se sentir ameaçada pela hipocrisia da sociedade.




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sem título

Tema: Pra mim é fácil
Por Laura Reis

Dar palpite, criticar, elogiar.
Não dizer nada, dizer que tá tudo bem.
Começar Conto continuado.
Sugerir tema.
Fugir do tema.
Dormir mais um pouco.
Comer mais uma besteira.
Deixar um post sem título.

sábado, 26 de outubro de 2013

Meus Favoritos

Tema: Top 5
Por: Nina Reis



1 - Chá Matte da Rosaninha de manhã
- Se tem uma coisa que sinto falta é o chá mate que mamãe sempre fazia, principalmente nos dias de domingo. Não tinha nada melhor. Detalhe, sempre acompanhado do meu Sucrilhos, é claro.

2 - depois de muito meditar
resolvi editar
tudo o que o coração
me ditar
- Sim, eu disse que o melhor foi o número dois, porém, pra hoje, ahhhhhh, esse realmente encaixa perfeitamente.

3 - Corrigir trabalho
- Nesse caso especificamente, é reorganizar a casa. Do tipo, corrigir trabalho já feito e não feito perfeitamente.

4 - Betrayal – Série que assisto num piscar de olhos e torço por Sara Hadley (Hannah Ware) fotógrafa casada que trai o marido. Essa série me faz entender que todo mundo (inclusive a radical aqui - oi?) tem um lado “dois pesos, duas medidas”, algo que abomino. Sou contra traição, mas né? Acho bão que Sara traia o marido que se acha. Marido dela é daqueles que pouco importa com o que ela faz. Dá valor nenhum nela. Ela vai se anulando, anulando e pimba: conhece um cara e se apaixona.
- Gostei por demais. O comentário da Rosaninha foi excelente e me despertou a vontade de ver o chifre que o marido dela leva rsrsrsr


5 - MC Leozinho
- Se ela dança .... Pode ter certeza que eu danço também.
Essa é uma das únicas músicas nesse estilo musical que eu gosto de verdade. Tenho na minha playlist e acho sucesso J

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Quem mesmo?

Tema: Top 5
Por Taffa

Top 5 nomes capazes de provar que Anitta e Naldo serão esquecidos em pouco tempo:

1. MC Serginho


2. MC Créu


3. MC Perlla


4. MC Leozinho


10. Tati Quebra-Barraco

Adaptado de Lista10

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os pulinhos da viciada

Tema: top 5
Por: Rosana

Atualmente aguardo o retorno de dez séries*, assisto dez atuais e uma encerrada (House). 
Das atuais dou pulinhos, juro, quando tem novo episódio de cinco delas. Pulinhos na intensidade da ordem do TOP: saltito, danço com Grey’s, dou pulão com Homeland e chego aos pulinhos com Hart of Dixie. Coisas de gente solitária e viciada. 
E você que é feio? 

1. Grey's anatomy – melhor série da vida. Eu me apaixonei por Grey’s no primeiro episódio. O estranho é que a série tem ene coisas de que não gosto, incluindo a personagem principal que é sem sal até num acabar. Mas em compensação tem aqueles conflitos todos que me faz questionar sobre profissão, poder, amizade, amor, sexo, traição, compaixão. Cristina Yang (Sandra Oh), a japa da série, é daquelas atrizes que interpretam com o olhar. Quero matar aquela mulher pelo primor da interpretação e por ter pegado (é ter pegado mesmo, num é ter pego, como a gente vê/lê por ai, #ficaadica) os dois homens mais tesudos da série. Dizem que Cristina não voltará na próxima temporada. Pode ser que eu não dê mais pulinhos.    

2. Homeland – Peguei amô por Homeland na segunda temporada. Carrie Mathison – interpretada por Claire Danes –  é agente da Cia, bipolar, inteligentíssima e traída por todos. Sofre como o diabo, acredita e percebe coisas além do normal. Quase certeza que essa terceira temporada vai me deixar desesperada de tanto vê-la sofrer. Rola aqueles lances políticos e terroristas bem complicados de entender (no caso, deu entender), mas não ligo e pulo mesmo. Deixo para assistir Homeland quando imagino que não vou ser interrompida.  

3. Betrayal – Série que assisto num piscar de olhos e torço por Sara Hadley (Hannah Ware) fotógrafa casada que trai o marido. Essa série me faz entender que todo mundo (inclusive a radical aqui - oi?) tem um lado “dois pesos, duas medidas”, algo que abomino. Sou contra traição, mas né? Acho bão que Sara traia o marido que se acha. Marido dela é daqueles que pouco importa com o que ela faz. Dá valor nenhum nela. Ela vai se anulando, anulando e pimba: conhece um cara e se apaixona.

4. Master of sex – Culpa da Veja que tô assistindo essa série. Comecei semana passada. Só tem três episódios e estou amando. A série trata de um estudo sobre a sexualidade e se baseia na vida e nas pesquisas de William Howell Masters (Michael Sheen) e Virginia E. Johnson (Lizzy Caplan). Ele ginecologista e ela assistente dele, depois esposa. Esse casal estudou tudo sobre sexualidade, sobretudo, a feminina. E ó, foram eles que descobriram que há quatro fases de resposta sexual humana: fase de excitação (excitação inicial); fase de platô (a excitação completa, mas ainda não no orgasmo); orgasmo; fase de resolução (depois do orgasmo). Melhor agradecerem a eles se vocês atingem essas quatro fases ou lutam para...

5. Hart of Dixie – Ai, gente… adoUUUro. Uma série leve, engraçadinha, sem compromisso algum com nada, mas que “faz sorrir ou faz chorar, o coração é quem sabe”... opps, num é ‘lenda’; mas é bem isso mesmo: série leve para descontrair. Quando fui catar os nomes dos autores li que se trata de uma “comédia dramática”. E eu que sou boa pra definir esse trem e não sabia? A série é estrelada por Rachel Bilson – a doutora Zoe Hart. Eu pegaria o Wilson Bethel que faz o papel de Wade Kinsella, maior pegadô da cidadezinha para onde vai Zoe quando sai de Nova York. E sim, Zoe pegou Wade ou Wade pegou Zoe, não importa: eles se pegaram. 


Uma linda quinta-feira para todos vocês meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma dica de como preencher tempo livre sem sofrimento: assistam séries e sejam feliz.  



*Das dez que aguardo retorno, morro de amô por: Mistresses, Twisted, The Follwing, Ray Donovan e Orange. Nessa ordem. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quefazeres

Tema: top 5
Por Vanderley José Pereira

Meus tops para o dia de hoje:

1. Elaborar prova
2. Corrigir prova
3. Corrigir trabalho
4. Elaborar aula
5. Ministrar aula
6. postar no Guaraná
7. lavar roupa
...
100. dormir

_______________
Beijos; Hoje estou seguindo a cartilha do nosso amigo Rafael... Fui!

Limão

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Toda poesia

Tema: Top 5
Por Rafael Freitas

"A poesia de Paulo Leminski promove - com inteligência e sensibilidade - o encontro de muitos contrários: o rigor e a emoção, a erudição e a leveza, a vanguarda e o pop". Já dizia a contracapa do livro Toda poesia, edição que reúne pela primeira vez toda a poesia já publicada deste autor curitibano.

Gosto tanto! E aqui vão alguns dos meus preferidos:

1.
coração
PRA CIMA
escrito embaixo
FRÁGIL

 2.
acordei bemol
tudo estava sustenido

sol fazia
só não fazia sentido

3.
depois de muito meditar
resolvi editar
tudo o que o coração
me ditar

4.
amor, então
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

5. 
eu
tão isósceles
você
ângulo
hipóteses
sobre meu tesão

teses
sínteses
antíteses
vê bem onde pises
pode ser meu coração


(Este último sei de cor há muito tempo. Lembro de tê-lo visto pela primeira vez em uma agenda que tinha versos em todas as páginas.)



segunda-feira, 21 de outubro de 2013

No dia em que eu saí de casa

Tema: Top 5
Por Laura Reis

Algumas das coisas que mais me fazem falta são (não necessariamente nessa ordem nem necessariamente as maissssss mais):

1) Chá Matte da Rosaninha de manhã
2) Todas as minhas coisas por perto
3) A soma de colchão + edredom + travesseiros perfeitos
4) A organização e o lugar das coisas que são do mesmo jeito desde que me entendo por gente
5) Caronas dos tios e migos fofos (hihi)



Ps.: achei muito fácil o tema mas não sei, de fato, listar o que me faz falta. Eita. =/

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

E...

Tema: Monólogo
Por Taffa

...foi exatamente onze horas, dezesseis minutos e quarenta e dois segundos após ter acordado naquele dia, que ele se pôs diante da tela do notebook e abriu um já conhecido editor de textos. Depois de tantas horas que gastou pensando sobre a melhor maneira de reduzir diversas páginas de conteúdo para alguns parágrafos, redigir questões de provas de múltipla escolha, corrigir exercícios de alunos desatentos e enviar e-mails para quase um terço de sua lista de contatos, ele finalmente se encontrava ali: olhando para o cursor que piscava sobre uma página em branco.

A bateria do notebook já estava terminando e gritava por um carregador que estava dentro da mochila. Ao alcance dos olhos, uma cômoda tampava o buraco da tomada e era necessário empurrá-la para recarregar o equipamento ali. Na bancada em frente à mesa onde estava, um filtro azul meio cheio e meio vazio preenchia o silêncio com o som das gotas que passavam pela vela e caíam num recipiente embaixo.

Ele pensava sobre padrões e sobre o porquê dos números naturais elevados a zero não resultarem em zero, mas em um. Ria sozinho dos imãs passeando pela geladeira graças à força do vento que assoviava e se convencia que o frio do final da tarde era bem mais agradável que o calor do final da manhã. Enquanto conversava, ou melhor, pensava consigo mesmo, acabava lembrando de coisas que ele nem sabia que se lembrava. E ficava assim, refletindo a esmo, numa conversa interminável dentro da cabeça em que ele respondia ou ignorava aquilo que se questionava. Seu discurso não era enunciado e o seu pensamento não era compartilhado, mas ele permanecia ali, perdido, num transe, ou, como costuma chamar, preso num de seus pensólogos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bola de neve

Tema: monólogo
Por: Rosana Tibúrcio


- Chega de conversar comigo mesma, é bem hora de deixar tudo claro, chega.
- Mas nunca impedi que me falasse nada.
- Nunca disse, mas sinto esse olhar que reprime minhas palavras e faz com que eu as engula goela abaixo. Sem água.
- Diga então o que quer dizer, aproveite que estou calmo.
- Calmo, calmo, sei bem o que é calmo. Mas convenhamos eu não me casei com um carrasco, nem com um chefe e muito menos com um pai repressor... eu me casei...
- Tá tudo errado. Lá vem você de novo com essa ladainha. E depois quer que eu te escute. Sei essa fita de cor; de trás pra frente e salteada. Mude de fita, de disco, de dvd, de pendrive, mas mude, essa mesmice é que me faz perder a paciência e não querer ouvir suas lamúrias.
- Mas você sabe o que quero te dizer hoje? Aposto que não sabe.
- Posso não saber o início da conversa, mas o final escrevo, guardo no pote e te mostro depois.
- Mas há quanto tempo não temos uma DR e você pensando que vou dizer a mesma coisa. Nunca reparou meu silêncio nesses últimos, sei lá, cinco anos?
- Pensando bem...
Ela ouve o barulho do portão, da porta, ergue a cabeça a tempo de vê-lo tirando o paletó, jogando a pasta no chão e se esticando no sofá.
- Amor, o jantar estará na mesa em dez minutinhos.
Ergue a tampa da panela e pensa: amanhã crio coragem, digo para ele tudo que tá entalado aqui na goela, como uma bola de neve. Digo tudo, termino com tudo, mas com água que é pra regar o restinho dos minutos dessa vida seca que dividia com ele. E vou...


Uma linda quinta-feira para todos vocês meus amores, porque nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um conselhinho amoroso: não formem bolas de neves nos relacionamentos de vocês... porque o bolo começa na goela e para no estômago. E num é bão não!!!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Monólogo das mãos

Tema: Monólogo
Por Vanderley José Pereira

Palmas para ela, palmas!

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Gente, hoje uma convidada ilustre veio dar o ar da graça com uma brilhante apresentação. Sou fã dela. Beijos a todos e também a Bibi.

P.S.: não sei fazer um monólogo (em texto - ao vivo sempre faço. Meu diálogos são verdadeiros monólogos. Né não?) e não tive nenhuma ideia.

Limão



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Todo dia ela faz tudo sempre igual. (E ele nunca vai saber).

Tema: monólogo
Por Laura Reis

É, vou dizer isso pra ele. Não acho que esteja sendo exagerada. Tem pouco tempo que comecei a sentir isso, diferente de antes. Tudo bem, muito diferente. Olha só aquele senhor, parece tão triste. Mas voltando, vou falar hoje. Tento ligar no intervalo do almoço, ele deve estar em casa ainda, né? Se bem que nunca sei aqueles horários. E esse sinal que nunca abre pra gente e quando sim tem que correr porque fecha num segundo, não sei como nunca fui atropelada nessa cidade. E, sei lá, ele também se preocupa comigo, parece, sempre diz pra eu tomar cuidado, não tem porque eu achar que não será recíproco. Mas como será que eu faço, né? “Licença, moço”, ai esse povo que para no meio das passagens, que nervo. Hoje tenho tanta coisa pra fazer, vou anotar num post-it que tenho que ligar pra ele depois de bater ponto. Nossa, que tanto de gente na porta, devem ser os novos funcionários, minha caixa de e-mail deve estar daquele jeito.. Ai, ainda bem que já tô chegando, um pouco de água porque lá fora tá um inferno, “Oi gente, bom dia”, Detesto ter que ser simpática, mas é a vida, né? Ainda bem que deixei o computador ligado ontem, pra não ter que ficar quarenta minutos esperando ele acordar. Falando em ligar, tenho que lembrar de ligar pra ele! Ah lá, 35 e-mails, pior do que pensei. Vamos começar logo com isso!



E não ligou. Um dia a mais sem saber que ela também lhe amava. Coitado.

domingo, 13 de outubro de 2013

Confiança zero


Tema: conto continuado
Por: Nina Reis


Inesperadamente o celular de Joseph começa a tocar e interrompe Nanci:
 ~ I WILL SURVIVE, HEY HEEEEY ~

 Joseph atende. Do outro lado está Dr. Alberto, advogado dele desde a época da explosão da fábrica.

 - Joseph, preciso saber como está o trabalho voluntariado no Salão Lindinha na Rocinha?

 - Está excelente Dr. Alberto, mas confesso que até hoje não acredito que cumpro pena por um homicídio. Sendo assim, to aqui, lynda e phyna contribuindo para ajudar os necessitados por um cabelo e uma pele melhor, fazê o que né benhê?

 Joseph desliga o telefone e segue para o salão com sua amiga Nanci que o lembra. pela milésima vez, que ele precisa arrancar o maldito dente  siso.

Ele sem coragem de contar para amiga o real motivo de sua fuga apenas fecha os olhos e  relembra que no momento em que ele respirava fundo e estava com o alicate na mão, tinha apenas 5 segundos para cortar o bendito fio, eis que chega Nazaré, sua colega do almoxarifado que sempre estava tentando seduzi-lo, e, naquele momento mais inapropriado, não seria diferente pra ela, que chega juntinho, suspira em seu ouvido e joga o cabelo em seus olhos. Maldito cabelo que o fez cortar o fio errado ocasionando a explosão da fábrica e a morte de cinquenta e cinco pessoas, salvando somente Joseph e a maldita.

Maldita que o perturba em seus sonhos fazendo sempre o papel de sua esposa e mais maldita ainda por trabalhar como secretária auxiliar de Dra. Nanci, no consultório odontológico. Como confiar numa cirurgia dentária em que Nazaré segurará toda aparelhagem?

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Bafo

Tema: conto continuado
Por Taffa

Ou você cuida disso ou fica sem...

~ DING DONG ~ DING DONG ~

O barulho da campainha acordou Joseph num pulo. Enquanto esfregava os olhos, murmurou: “Não acredito que sonhei que era casado com uma mulher e tinha pesadelos com almoxarifado de novo”. Assim que ficou de pé, ouviu um berro vindo da porta:

- Joseph! Abra a porta! Sou eu!

Num pulo saiu do quarto e, assim que encontrou as chaves embaixo de uma almofada indiana, abriu a porta da sala e deparou-se com Nanci. Fitou por alguns segundos aqueles cachos pretos que acompanhavam os olhos de mesma cor e abriu os braços para acolher um conhecido sorriso que o olhava de volta. Tão logo entraram no apartamento, Nanci já berrou:

- Menina, anda depressa. Vamos logo porque se você não descer agora eu vou contar pro Thyago Spears que seu nome real não é Joseph, é JOSÉ...

- Meta a mão na boca e engula sua língua, ingrata. Se você se atrever a falar qualquer coisa, amanhã o Feice inteiro saberá das suas origens, Nanciorley Divino da Cruz.

- Pode parar que isso não me pertence faz anos. Hoje sou Nanci: universitária e futura dentista e mãe dos filhos do Neymar.

- Ah, tá. Se ilude mesmo, boneca. Acredita que eu tive de novo um daqueles sonhos dentro de outros sonhos? Enfim, sonhei que eu tava casada com uma mulher.

- Babado, amada. Cuidado, viu? Lembra da Ivonnety, né? Que parou de fazer carão, foi pra Assembleia de Jesus, virou Ivo e hoje tá casado com a filha do dono das Lojas Paraibanas.

- Ela quer é dar a elza naquela mulher, sua abestada. Catar todo o aqué dela, roubar o dinheiro. Ah, e abaixa o seu volume aí que uma pastora mudou-se pro apartamento logo ali e ela tá só caçando motivo pra vir aqui rezar pra euzinha.

- Misericórdia, este mundo tá perdido mesmo. Então troque de roupa logo que precisamos abrir o salão porque hoje vai bombar de boa freguesia e...

Inesperadamente o celular de Joseph começa a tocar e interrompe Nanci:  ~ I WILL SURVIVE, HEY HEEEEY ~

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O pesadelo...

Tema: conto continuado
Por: Rosana Tibúrcio


Respirou fundo; pegou o alicate posicionou-o rente ao fio escarlate e...

Sentiu a luz forte do abajur sobre seus olhos e o toque de alguém que balançava seus ombros e chamava por seu nome ansiosamente: "Joseph, Joseph, meu amor, acorda! Você acabou de ter outro daqueles pesadelos. É sempre assim, meu amor, sempre assim... você precisa cuidar disso. Fale com Dra. Nanci sobre esses pesadelos."

Com o pijama encharcado de suor, lágrimas nos olhos, Joseph olha para sua amada esposa e diz: "de novo, querida, de novo sonhei que trabalhava ainda no almoxarifado. Não consigo esquecer meu passado. Mas juro, amor, não foi culpa minha..."

"Sim, Joseph... isso é passado e você não teve culpa, mas precisa entender qual a relação desse almoxarifado com suas idas ao dentista. Ou você cuida disso ou fica sem..."



Uma linda quinta-feira para vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e agora, às 3 e tanto da manhã, há uma nuvem de ideias mirabolantes na minha cabeça. 


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sábia decisão

Tema: conto continuado
Por Vanderley José Pereira

 ... Como naquele seriado: 24 horas, em que todos os problemas são facilmente resolvidos por Jack Bauer. Ali, ele era o Jack Bauer!

   Joseph olhou para os lados - tinhas de vinte a trinta pessoas com olhar apreensivo sobre aquele jovem senhor - e pensou "O que foi que fizemos? Onde essa brincadeirinha vai terminar?".

   Sem muito tempo para pensar, tomou a decisão mais sensata para o momento: procurar um tutorial no Google. Pegou o celular e digitou como nunca antes havia digitado. Um olhar nos mecanismos da bomba e outro na tela do celular, acompanhando o tutorial. 

Respirou fundo; pegou o alicate posicionou-o rente a ao fio escarlate e...



terça-feira, 8 de outubro de 2013

A grande ideia

Tema: Conto continuado
Por Rafael Freitas

...quando Joseph gritou:

_ Onde está o Chuck Norris quando a gente mais precisa?

Joseph sempre fora metido a engraçado. Fazia piada com tudo, do cafezinho ao penteado da esposa do chefe, chegando, muitas vezes, bem perto de perder seu emprego.
Mas esta era sua grande chance. Precisava desarmar aquela bomba! Não devia ser difícil. Era apenas um auxiliar de almoxarifado, mas muitas vezes ouviu conversas pelos corredores sobre os mecanismos e fios coloridos que podiam, ou não, ser cortados. Seria promovido, seria um herói!


Tentou se lembrar dos filmes de ação que gostava de assistir com os filhos. Na tela, tudo parecia tão fácil! Como naquele...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O início

Tema: conto continuado
Por Laura Reis


O tempo estava acabando, faltavam apenas 10min pra que a bomba explodisse. Era o fim da indústria que produzia as dinamites e bomba-relógio, sentindo pela primeira (e única) vez o gosto de seu trabalho finalizado. Todos estavam em estado de choque, imóveis, quando Joseph gritou:

sábado, 5 de outubro de 2013

Deus me livre

Tema: Dele eu não me desfaço
Por: Nina Reis




Sinceramente poderia falar do meu travesseiro também, mas seria quase um plágio e não pegaria bem. Poderia também falar sobre meus desejos e sonhos, mas ficaria horas e horas escrevendo um post.

Também poderia listar várias coisas que não me desfaço de jeito nenhum, assim como, meus óculos, meu sorriso, meu celular, meu bom humor, meus chicletes importados, enfim,  N coisas poderia citar aqui, mas se tem algo que posso destacar e dele eu não me desfaço mesmo é do meu carregador, não desfaço, não largo, não sai da bolsa. 

Deus me livre de ficar sem bateria. Morro. 

Obs1.: mesmo que eu saia trocando meu carregador por aí, né Rosaninha?
Obs2.: preciso de um celular que carregue sem tomada, please.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Na senzala intelectual

Tema: dele não me desfaço
Por: Rosana Tibúrcio
Amo vocês, seus lindos!!!

O tema pede dele, mas no meu caso falo deles porque sou lyyynda e ryyyca.

Na minha senzala intelectual há alguns itens que não podem faltar. Sem eles, certamente, eu não poderia me considerar tão boUUUa.

Dicionário – quando estou na mesa da copa, esquematizando os trabalhos, uso esse de papel, no micro não vivo sem o Houaiss. Os motivos são óbvios, mas um deles é bom acentuar: nada mais chato, cansativo e pobre que repetição de palavras. Sinônimos, amo vocês.   

Livro de metodologia de pesquisa – trabalho acadêmico é ciência, e ciência tem método. Por isso sempre consulto um dos meus livros. O que mais utilizo é esse da foto. A cada consulta aprendo mais e mais e isso só enriquece minha senzala. 

Caderno de capa infantil – indispensável para as anotações de cada um dos trabalhos que reviso/formato/dou pitaco. Gosto de tudo ali, reunidinho. E preciso dessas anotações como guia. E prefiro um caderno infantil que é para anemizar tanta seriedade. E não jogo nenhum deles fora. Vai que preciso de algo um dia? 

Lapiseira vermelha – para usar no meu caderno. Não sei trabalhar com lápis nessa etapa caderno/roteiro, e gosto de ter minha lapiseira. Essa atual é linda, vermelha e ganhada das duas filhas.

Borracha... dãnnn – lembrando que minhas borrachas acabam, certo? Em mais de uma década de senzala essa é a segunda que uso. Ou seja: erro pouco. hahaha

Caneta azul – para anotações em partes de trabalho que imprimo ou em papéis que uso para marcar os capítulos dos livros a serem analisados/consultados.

Caneta vermelha – quando no final dos trabalhos uso essa danada para sinalizar, do lado esquerdo, as referências já elaboradas e impressas (claro que impressas dãnnn...). Sinalizo com "bolinha" todas as referências que foram utilizadas na versão final do trabalho e com "xis", as referências desprezadas.

Trident – ou uso esse trem ou como a toda hora, ou mordo os trabalhos malfeitos ou mordo o cliente. Melhor trident.

Creme nivea e água. Mágênte? Dá pra viver sem? Não só na senzala, mas na vida. Desses dois itens não me desfaço meeeesmo. Que seja na senzala, no lazer, na rua, na chuva, na fazenda... hihihihi 


Uma linda quinta-feira para todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um post chatinho, mas essencial àquele que for elaborar a biografia (pausa para risos) de Rosana Tibúrcio, aquela da senzala intelectual, lembram???  

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Detalhes

Tema: Dele eu não me desfaço
Por: Vanderley José Pereira

Sonho meu...

 Tem coisa que, mesmo não usando, eu não desfaço. É como se “isso ou aquilo” tivesse um sentido maior. Um elo, talvez. Esses objetos me remetem a lugares onde quero estar. E onde eu quero estar? Na história. Quero que meu nome seja maior que eu. Quero que me conheçam mesmo sem saber quem sou. Sim! Com aqueles objetos eu me autoafirmo em busca dos meus ideais.

  Tenho inúmeras versões impressas e digitais da minha dissertação. Tenho incontáveis cópias de um e de outro trabalho científico. É como se eu quisesse dizer ao mundo “Ei, eu não vim aqui de passagem, não! Tá aqui minha contribuição”. Confesso que tenho o maior orgulho de fazer (ou tentar) ciência (diferença).

   Então, eu digo e afirmo, deles eu não desfaço: dos meus sonhos e objetivos. Os papeis, e cia ltda., são detalhes.

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Só para constar, estou labutando pelo meu sonho: submeti vários trabalhos nas revista e fiz minha inscrição para o doutorado novamente. Me aguarde. Beijos a todos. Saudades de todos. 

Limão

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mau hábito

Tema: Dele não me desfaço
Por Rafael Freitas



O problema é esse terrível hábito de procrastinador. Sim, eu também odeio essa palavra. E eu juro que tento, me esforço, me proponho. Se não me desfaço, não é por falta de vontade. É ele quem disse que só vai largar do meu pé assim: de última hora!