quinta-feira, 7 de julho de 2011

De Quintana, às vacas no pasto e ao sapo

Tema: algo marcante em 2000
Por: Rosana Tibúrcio
 Laurinha escreveu numa das últimas páginas da minha agenda. 

Comecei o ano de 2000 com tudo pra dar certo: no terceiro ano de Direito, com o corpo razoavelmente em forma, carro na garagem, franquia de livros fluíndo bem, dindim na poupança e, o melhor: “mente quieta, espinha ereta e o coração tranquilo”, assim, como Walter Franco diz na canção, pois, definitivamente, livre das amarras que me prendiam ao ex-marido, até então, com idas e vindas e mil “dormidas” depois da separação.

Pra anotar detalhes, usei a "Agenda poética - Mario Quintana", a mais linda que já tive; ganhei de meu irmão Caio, da Lena, minha cunhada e dos meus sobrinhos. Nela, anotei poucas coisas, por dois motivos: normalmente, um ano leve quase não pede anotações, já perceberam isso?
Segundo motivo foi que, no final desse ano, anotações seriam como um convite ao crime: havia espião sapo rondando minhas coisas. Sapo que acabou com meu sossego e liberdade. Era um tal de fuçar e cobrar um tempo que nem “era dele.” Se é que ele foi dono de algum tempo meu. Enfim, a minha sorte é que o engodo, proveniente do meu dedo podre pra escolher “amores”, fez parte de minha vida, nesse ano de 2000, por um tempo pequeno: dois meses apenas. O resto do tempo com sapo (sim, falo desse jeito, porque sou imbecil e tenho comportamento feio, também) ficou pra 2001 (e isso não é papo pra nenhum outro post. Eu me recuso!).

Voltando aos aspectos mais pitorescos de 2000, contar que nadei de braçada na internet. Conheci gente bacana. Conheci gente feia e chata, também, confesso.
Fui a um dos encontros da internet, em BH, de uma salinha de bate-papo que eu frequentava. E olha, nunca vi tanta gente feia e "me passa a mão pelo amor de Deus" reunida num mesmo lugar. E eu que quase tenho fama de assanhada fui uma das poucas que não quis “ficar” com ninguém. Cadê respeito, né? Tinha um, inclusive, que até me agradou um pouquinho, mas li algo que ele escreveu pra mim, lá na hora (quase um projeto de poema), que tinha um "haver" em vez de “a ver”. Desprezo define. Vai estudar jacu. Sai de mim.

Na volta dessa viagem, no mês de julho, vim com umas dores nas costas e uma “ruindade” no estômago. Cof cof cof tomou conta de mim; febre, tosse, muita tosse, até que finalmente a grandona tomou tenência e resolveu, depois de uma noite inteira de tosse, tomar providências e arrumar alguém (no caso, o pai dela, meu eterno salvador, bom reforçar porque nem sou ingrata...) pra me levar ao hospital: pneumonia. Das bravas, daquelas que começam suave - se é que pneumonia pode ser suave - e vai piorando, piorando até que a pessoa tem alucinações interessantes e fala sem saber exatamente o quê. Me contaram que, além deu pedir pra não morrer na UTI,  vi uma porrada de vaca pastando e era muita, mas muita vaca no pasto... Muhhhh!!!
Nesse hospital cheguei no sábado e na quarta-feira eu bem estava pra “morrer” quando veio médico entendido das questões pneumonísticas e, basicamente, me curou. Saí do hospital no domingo e ó, desde 2000 não presto mais, viu? O cof cof nunca mais me abandonou. A propósito ele está aqui presente, enquanto relembro coisas que ocorreram há dez, onze anos...

O ano de 2000, tirando todo o perrengue da pneumonia e do meu encontro com o sapo é um ano bacana de lembrar, ele me reporta aos poemas de Mario Quintana e, também, aos que um carinha, muito cuti cuti, lia e fazia pra mim; às canções do Almir Sater; à minha amiga-irmã Luziá, aqui em casa, louca de pedra gritando, esmurrando a parede e “fingindo” que batíamos nela; às minhas filhas numa convivência alegre, já que Marina saía daquele perrengue que ela mesma contou ontem.
Aliás, o 2000 foi o ano que eu inaugurei a minha fama de melhor cafezeira de Patos, quiçá do Universo, pois era só amigo chegar, a qualquer hora, que o cafezinho tá ali, pronto pra ser servido, em meio às expectativas de uma vida feliz e promissora. Não vingaram de todas, essas expectativas de vida feliz e promissora, mas a intenção foi palpável, tava ali, nas minhas mãos, juro procês. Eu só não soube segurar...


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há uma saudade boa da maior parte do ano de 2000, um ano que, pra mim, mesmo não tendo encerrado como eu desejaria e merecia, chegou com cores, cheiros e sabores; todos, muito bons; todos que encontro, ainda hoje, nas canções de Almir Sater, nos poemas de Mario Quintana, no café com os amigos e no carinho de minhas filhas... 

27 comentários:

  1. 2000 foi o ano da inauguração do café quiçá!
    uauuu

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  2. Que linda a sua história Rosana! Por mais que o ano tenha sido terrível, sempre tem alguma história boa que fez valer a pena viver!

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  3. Gente! Voltei!
    Delícia poder e saber recordar coisas boas ou ruins. Já passou mesmo né!

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  4. Rosanita, deixa eu me desculpar com os guaranetes anteriores por não tê-los visitado? brigadão.

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  5. Achei que não tinha entrado meu comentário no post da Marina!!! (deu error)

    Tirei a blusa rosa, para homenagear o verão (saudades)!!! haha Mas to de roupa e com muita roupa (agora né)...

    Adoro vocês!!! Beijão

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  6. Marinete! esta mãe torta te entende, te apoia, te admira.

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  7. Oi pessoas queridas. Entrei só pra ajustar algumas coisas no texto. Pô, eu tava no terceiro ano e não no segundo, algumas vírgulas, palavras erradas, muita coisa pra corrigir. Um caos.

    E quem achar mais coisinhas, entre no guaraná, pegue o canudinho e retifique o que for necessário.
    Pode ser?

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  8. Como hoje é quinta e a quinta é minha eu digo: depois eu volto.
    Senzala, senzala, senzala...

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  9. Oi, Taffa, oi Karina, oi Helô, oi Rosana, sua linda!!!

    Oi e tchau, só pra fechar em dez comentários. Toc e tal...

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  10. Helo obrigada pelo apoio . . . Laurinha, voce realmente é muito linda. . . .

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  11. Por que isso apoio, só por que eu disse que a Marina tomou tenência???
    hahauahauahsushauahua

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  12. Nossa mãe, havia me.esquecido que que esse acontecimento tinha sido no ano 2000 . .. Lembro direitinho da vaca e da preocupação da tia Osana . . . .

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  13. Nossa mãe, havia me.esquecido que que esse acontecimento tinha sido no ano 2000 . .. Lembro direitinho da vaca e da preocupação da tia Osana . . . .

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  14. Eu tenencia? ashuashuashu . . Jamais.

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  15. Cadê o post do meu Taffa lyynndo?
    Tudo bem que ele inda nem era nascido, mas ó: minta!!!

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  16. Bom, cê pode também falar sobre o babado de que o mundo ia acabar em 2000. Aposto que ninguém aqui do guaraná pensou isso!!!

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  17. Aquele Carlos Rafael vagaba em vez de vir no Guaraná, ler meu post, fica horas e horas no celular conversando com gente que não presta e desligando o fone, de tempos em tempos.


    Um passarinho me contou sobre!!

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  18. Coisa complicada é ter toc. Preciso completar os vinte comentários. Aliás, em 2000 eu já tinha vários dos de hoje e todos lindos, necessários e com razão de ser.

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  19. Gente! Não é vale! Ela olhou na agenda de 2000 pra fazer o post!



    (Ela anota tudinho, gente. Morro de inveja!)

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  20. Eu sempre penso na sra quando leio alguma coisa do Quintana...

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  21. [pausanaleitura]gente que usa a palavra pirotesto [/pausanaleitura]

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  22. ai mãe, que fofo.
    então realmente eu não lembro quais nada desse ano.

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  23. Sim, em 2000 você me amava!!! rs

    Pensei que tinha escrito pitoresco errado...rs

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  24. NOSSA. eu escrevi pitoresco completamente errado e de novo agora, s[o que arrumei. pqp.

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