segunda-feira, 20 de julho de 2020

Boa noite

Minhas noias
Por Laura Reis 

Em homenagem à nossa querida escritora, roteirista e podcaster Camila Fremder, nessa semana vamos trazer ao público as nossas noias.
A regra é clara: sem julgamentos, só apoio moral, viu?

E pra já começar causando e sem querer levantar bandeira de terraplanista, mas já decepcionando todo mundo: eu não consigo realizar na minha mente que a terra é redonda se não existe uma super descida em algum momento. E não venha me falar sobre gravidade porque essa é outra coisa que não entra muito na minha cabeça.
Desculpa, mundo. Sou de humanas e talvez meio ignorante.

Agora um fato muito importante sobre mim é que eu não gosto de jeito nenhum de ser a última a falar alguma coisa na hora de dormir, quando tô dividindo o quarto com alguém.
Desde novinha, quando ia dormir na casa de amiga eu faço questão de falar bem rápido o “boa noite” que é pra pessoa responder e eu ficar tranquila sobre não ter tido a última palavra ali… é como se eu não quisesse ser ignorada em mais um momento do meu dia #drama.
Agora quando a pessoa me responde e emenda outro comentário travestido de pergunta, eu fico possessa e me esforço ao máximo pra construir um raciocínio ali, prestes a dormir, que obrigue o outro a me responder novamente.
Nem que seja repetindo o boa noite até funcionar.

Por outro lado, eu sempre quero ser a última pessoa a falar alguma coisa numa discussão por mensagem escrita - mesmo que isso signifique ser ignorada.
Como eu tenho receio de ficar sem explicar algum ponto do meu pensamento/sentimento, ser mal interpretada ou pior: esquecer tudo o que queria falar em dez minutos, se entro numa discussão eu preciso contextualizar tudo e usar todos os argumentos possíveis pra validar o meu lado naquela discussão.
Mesmo que dali a poucas horas eu já não faça mais ideia do motivo pelo qual aquilo começou ou se eu realmente concordo comigo mesma.

Pra terminar numa vibe ainda mais baixa... eu sempre acho que a minha fase já passou: aos 15 anos eu era muito caprichosa, seria uma excelente funcionária; aos 21 anos eu tinha um olhar muito único e poético, seria uma fotógrafa incrível.
Só que a agora eu tenho 31, né? As costas doem, as contas chegam e nem sempre deixo de julgar o outro. O resultado é ficar insegura com o julgamento alheio, sempre.

E vocês, me falem mais sobre vocês..

5 comentários:

  1. Ah, não. Essa de não ser a última a falar quando dorme com alguém me deixou agoniado!

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  2. amei. muito episódio do é noia minha. por que cê nunca mandou um áudio pra ela, Laurinha? queremos!!!

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    1. acho que nunca entendi sobre como que manda, sabia hahahha

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    2. por áudio, ela informa um número e posta antes no instagram

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