Tema: queria ter inventado/feito/desenhado/escrito
Por Rafael Freitas
Eu sempre me pergunto como é que o avião para lá em cima sendo tão pesado. O que fazem para o navio não afundar. Qual a mágica do telefone? Telefone não é um das coisas mais interessantes do mundo?
Tento, por um momento, tentar entender como essas coisas funcionam. E toda essa modernidade que vemos na tevê, nas vitrines, nos supermercados. O povo não tem mais o que inventar!
Mas elas não me comovem... Fico admirado, mas não me despertam inveja pelo seu criador.
Eu tenho inveja é de quem sabe escrever cartas de amor, ridículas. Todas as cartas de amor.
Queria ter escrito os poemas mais sentimentais; os de Drummond e Cecília Meirelles; os haicais de Leminski.
Queria ter criado o roteiro de todas as comédias românticas do mundo!
E tantas músicas seriam minhas!
Porque "certas canções que ouço cabem tão dentro em mim que perguntar carece: como não fui eu que fiz?" Começo por aí, parafraseando Milton Nascimento. Dói que eu não tenha escrito "Cais": "Para quem quem se soltar, invento o cais/ Invento mais que a solidão me dá/ Invento lua nova a clarear/ Invento o amor e sei a dor de me lançar..."
Eu queria ter inventado palavras. E todas as suas combinações bonitas! Frases cheias de imagens e sentidos inusitados e bonitos, retiradas dos livros de romances, de histórias fabulosas de castelos e batalhas, de personagens fictícios ou reais! Se dependesse de mim, o mundo só teria palavras bonitas, frases bonitas! Os muros pixados seriam bonitos! Todas as rodoviárias teriam um Profeta Gentileza! Eu teria inventado a palavra Amizade.
Tento, por um momento, tentar entender como essas coisas funcionam. E toda essa modernidade que vemos na tevê, nas vitrines, nos supermercados. O povo não tem mais o que inventar!
Mas elas não me comovem... Fico admirado, mas não me despertam inveja pelo seu criador.
Eu tenho inveja é de quem sabe escrever cartas de amor, ridículas. Todas as cartas de amor.
Queria ter escrito os poemas mais sentimentais; os de Drummond e Cecília Meirelles; os haicais de Leminski.
Queria ter criado o roteiro de todas as comédias românticas do mundo!
E tantas músicas seriam minhas!
Porque "certas canções que ouço cabem tão dentro em mim que perguntar carece: como não fui eu que fiz?" Começo por aí, parafraseando Milton Nascimento. Dói que eu não tenha escrito "Cais": "Para quem quem se soltar, invento o cais/ Invento mais que a solidão me dá/ Invento lua nova a clarear/ Invento o amor e sei a dor de me lançar..."
Eu queria ter inventado palavras. E todas as suas combinações bonitas! Frases cheias de imagens e sentidos inusitados e bonitos, retiradas dos livros de romances, de histórias fabulosas de castelos e batalhas, de personagens fictícios ou reais! Se dependesse de mim, o mundo só teria palavras bonitas, frases bonitas! Os muros pixados seriam bonitos! Todas as rodoviárias teriam um Profeta Gentileza! Eu teria inventado a palavra Amizade.
E queria ter feito a lua. Só para ter algum poder sobre ela. E todas as noites seriam claras como esta. E ela ficaria ali, colada na sua janela.
Palmas pra quem inventou a lua e vez antes de ontem eu ter a noite mais linda da minha vida.
ResponderExcluirOi, gente!
ResponderExcluirSe você tivesse inventando uma palavra, poderia ser "alegria". Sabe muito bem como e quando usá-la.
ResponderExcluirSe dependesse de mim ... o mundo teria somente frases, palavras e gente bonita, assim como nós dois.
ResponderExcluirné?
Os textos desta semana prometem....
ResponderExcluirA lua. Taí uma boa coisa para se ter controle sobre.
ResponderExcluirEu não tenho a sua sensibilidade para ouvir Milton, mas eu também morro de dores por não ter escrito algo aqui ou acolá.
ResponderExcluirPessoas românticas, posts cuti cuti
ResponderExcluirEle gosta tanto de palavras que não encontrou uma sequer pra titular o post de hoje.
ResponderExcluirMeu lado perversa aflorando desculpaêê, mas faz parte da minha personalidade.
ResponderExcluirO Milton Nascimento, pelo menos você tem uma inveja interessante por ele, porque aquele Márcio Borges, eu não engoli de jeito nenhum.
ResponderExcluirTerminei de ler o livro que o Rafa me meu: Os sonhos não acabam.
Amo mais ainda aquele Milton.
Amo pouco o Márcio, mas sou grata pelo serviço que ele me prestou.
As palavras de Cais devem ser de Ronaldo Bastos, pelo que entendi da vida musical de Milton.
ResponderExcluirParece que ele só fazia música, não?
Me corrige, filhote, eu deixo.
Eu teria inventado o telefone e rasgado mil poemas. Sou mais as crônicas. Ando irritada com poemas, mas não com Drummond, Cecília ou Paulinho...
ResponderExcluirE hoje de manhã, quando comecei a trabalhar, eu vi a lua, até achei ser o sol (abafa), tava linda, vi daqui da janela.
ResponderExcluirLer os posts daqui sem os comentários da Rosana não é a mesma coisa.
ResponderExcluir=P~
Que texto lindo, Sr. Bobo!! Queria tê-lo escrito - inevitável não fugir do tema aqui.
Tanta poesia nas entrelinhas da prosa...
(Tá, talvez eu pulasse a parte das comédias românticas, nem sempre elas me convencem, hehe).
O trecho de "Certas canções" sempre toca na minha cabeça também. Ela me acompanhou na primeira vez que ouvi "Casa da Lua Cheia", do Cláudio Nucci.
Como é verdade isso que o Milton diz!
"Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor"
Beijos, fui! Porque (pra variar) já falei demais!
=)
A Nina é minha fã, adoro isso!!
ResponderExcluirHoje é aniversário da Laurinha, vamos cantar??
Marina: eu deixei a palavra ALEGRIA pra você. Combina muito mais!
ResponderExcluirE nós dois formamos um par perfeito nesse contexto, né não?!
ResponderExcluirEu tinha tanta certeza de que a mainha ia me sacanear com a falta de título... (o pior é que eu não achei um bom ainda)
ResponderExcluirMainha, que legal que a sra terminou o livro!
ResponderExcluirHum, eu não lembro direito dessa questão do Milton, mas eu acho que ele escrevia letras tb...
E por falar no Clube da Esquina, eu não falei do Fernando Brant!
Olha a Nina (que eu chamo de Carol) puxando o saco da mainha!
ResponderExcluirhaha
[E eu tô me sentindo com o comentário dela... rs]
ResponderExcluirEu te emprestava a lua de vez em quando, Brant, se ela fosse minha. Juro!
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