quinta-feira, 16 de abril de 2020

Do que procrastino e, juro, darei um jeito depois da quarentena. Ou não!

Tema: Procrastinação
Por Rosana Tibúrcio

Foto ilustrativa. Prendedores são meus, sim. De brinquedinho.


Faz uns cinco anos – digo cinco porque tenho toc de cinco – que tenho intenção de procurar um psiquiatra. E não, não ironizo absolutamente nada. É sério isso!!!
Poderia fazer terapia, mas já fiz e as duas psicólogas que me atenderam foram, com o perdão da palavra, escrotas. Mas isso é papo para outro post.

Por causa dessa minha experiência, e por saber do que preciso, é que acredito, de fato, que apenas um bom psiquiatra poderá me ajudar. Mas né? Fico adiando e jogo culpa no “não tenho grana para tal, meu plano não cobre...” O nome correto disso é procrastinação!

Bom, depois dessa linda e sincera introdução, vamos ao relato de ontem que me fez entender, bem claramente, que já passou da hora de eu tomar uma atitude.

Diferentemente da maioria, pelo que percebo, só passei a primeira semana dessa quarentena mais à toa, lidando apenas com a casa, as séries, o susto, a ansiedade, a angústia e toda essa fedaputagem que uma pandemia traz para nos perturbar.

Porém, graças a Deus, agora estou com alguns jobs (manda mais, Senhor!!!) mas que, somados à arrumação da casa, fazedura de comida (fazedura existe, olhe no dicionário!), lavação de roupa e amamentação – opppps não, isso fiz pela última vez há uns trinta anos, quarentena me deixando louca – estão me deixando de cabelo em pé. Eis que ontem resolvi lavar os panos de cozinha, que não eram poucos, pois sou das que trocam pano de prato, de mão e de pia todos os dias, quiçá dois por dia. E né? Sem tempo para enxaguá-los na munheca como gosto, botei lá na máquina e voltei para o job da vez. Niqui cuidei que não, tinha anoitecido.

Pera, pera que chego no psiquiatra. 

Então fui lá fora estender os meus lindinhos no varal. Liguei a lâmpada lá da área e... nada! Queimada! Mas as outras ao redor acenderam e fui tateando para fazer o que precisava ser feito: colocar os panos no varal, na ordem – na MINHA ordem. E isso não é pouco. Foi fácil: começo com os paninhos de pia, vermelhinhos ou rosinhas, passo para os de mão, vou para os de prato – primeiro os com barra ou pinturas, depois os mais simples que amo mais. Beleza! Deu tudo certinho!!!

Mas aí fui pegar os prendedores. E agora, no escuro, como faço? Porque primeiro uso os vermelhinhos, depois escolho uma cor única e prendo o resto. Ahhhh, que louca!!! Para com isso, tá escuro, cê tá cansada, Rosana. Certinho, usei os que me vinham à mão. Quando cheguei no último pano, consegui visualizar umas cores dos prendedores. Obaaa! Eis que retirei prendedor por prendedor e fiz como gosto: tudo organizadinho.

Respirei aliviada, meio feliz. Minto: MUITO feliz. Missão dada, missão cumprida!!!

Resto de noite normal, sem maiores sobressaltos. Acordei hoje, me lembrei dessa proeza, dei uma risadinha e, no final da risada, falei comigo mesma: Rosaninha, sua linda, passando da hora de ir atrás daquele psiquiatra e cuidar da sua saúde mental. Pare de procrastinar!

Tá bom. Vou parar. Deixar só passar essa quarentena que e aí eu... tá bom???

Uma linda quinta-feira para todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma promessa para cumprir... num outro dia!





9 comentários:

  1. Chocada com a preocupação dos prendedores e mais chocada em perceber que cada dia que passa estou mais parecida com a senhora, não pelos prendedores, pelas mil e quinhentas outras coisas. Já vou organizar a grana para procurar o psiquiatra mais cedo. hehehehe desculpa, ri alto.

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  2. Aguarde Marina, você me alcançará hahaha

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  3. Gente, essas manias fazem parte da senhora, mainha, difícil te imaginar sem elas...rs Mas super apoio o psiquiatra, caso elas estejam te atrapalhando ou incomodando de alguma forma!

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  4. O maior problema é que todo mundo precisava ter um acompanhamento psicológico mesmo, né? E tamo aí, todo mundo procrastinando essa palhaçada

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    1. Verdade, todo mundo preciso de um cuidado profissional para se sentir mais seguro e menos infeliz.

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  5. Mas não sei se as manias são a causa mais importante para buscar um tratamento, viu? Se bem que, pode ser o que desencadeia alguma outra sensação, sentimento e necessidade sua (aquelas que começam a sessão sem nem ter conhecimento correto para tal

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    1. Verdade, pode não ser que as manias sejam o mais importante para esse tratamento, mas quando me pego pesando nelas eu faço essa ligação quase que imediata. Sei que há outros poréns mais importantes e urgentes que esse, mas aí procrastino até em falar sobre eles.

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