Tema: Procrastinação
Por Rosana Tibúrcio
Foto ilustrativa. Prendedores são meus, sim. De brinquedinho. |
Faz uns cinco anos – digo cinco
porque tenho toc de cinco – que tenho intenção de procurar um psiquiatra. E
não, não ironizo absolutamente nada. É sério isso!!!
Poderia fazer terapia, mas já
fiz e as duas psicólogas que me atenderam foram, com o perdão da palavra,
escrotas. Mas isso é papo para outro post.
Por causa dessa minha
experiência, e por saber do que preciso, é que acredito, de fato, que apenas um
bom psiquiatra poderá me ajudar. Mas né? Fico adiando e jogo culpa no
“não tenho grana para tal, meu plano não cobre...” O nome correto disso é
procrastinação!
Bom, depois dessa linda e
sincera introdução, vamos ao relato de ontem que me fez entender, bem
claramente, que já passou da hora de eu tomar uma atitude.
Diferentemente da maioria, pelo
que percebo, só passei a primeira semana dessa quarentena mais à toa, lidando
apenas com a casa, as séries, o susto, a ansiedade, a angústia e toda essa
fedaputagem que uma pandemia traz para nos perturbar.
Porém, graças a Deus, agora
estou com alguns jobs (manda mais, Senhor!!!) mas que, somados à arrumação da
casa, fazedura de comida (fazedura existe, olhe no dicionário!), lavação de
roupa e amamentação – opppps não, isso fiz pela última vez há uns trinta anos,
quarentena me deixando louca – estão me deixando de cabelo em pé. Eis que ontem
resolvi lavar os panos de cozinha, que não eram poucos, pois sou das que trocam
pano de prato, de mão e de pia todos os dias, quiçá dois por dia. E né? Sem
tempo para enxaguá-los na munheca como gosto, botei lá na máquina e voltei para
o job da vez. Niqui cuidei que não, tinha anoitecido.
Pera, pera que chego no
psiquiatra.
Então fui lá fora estender os
meus lindinhos no varal. Liguei a lâmpada lá da área e... nada! Queimada! Mas
as outras ao redor acenderam e fui tateando para fazer o que precisava ser
feito: colocar os panos no varal, na ordem – na MINHA ordem. E isso não é pouco.
Foi fácil: começo com os paninhos de pia, vermelhinhos ou rosinhas, passo para
os de mão, vou para os de prato – primeiro os com barra ou pinturas, depois os
mais simples que amo mais. Beleza! Deu tudo certinho!!!
Mas aí fui pegar os
prendedores. E agora, no escuro, como faço? Porque primeiro uso os
vermelhinhos, depois escolho uma cor única e prendo o resto. Ahhhh, que
louca!!! Para com isso, tá escuro, cê tá cansada, Rosana. Certinho, usei os que me
vinham à mão. Quando cheguei no último pano, consegui visualizar umas cores dos
prendedores. Obaaa! Eis que retirei prendedor por prendedor e fiz como gosto:
tudo organizadinho.
Respirei aliviada, meio feliz.
Minto: MUITO feliz. Missão dada, missão cumprida!!!
Resto de noite normal, sem
maiores sobressaltos. Acordei hoje, me lembrei dessa proeza, dei uma risadinha
e, no final da risada, falei comigo mesma: Rosaninha, sua linda, passando da
hora de ir atrás daquele psiquiatra e cuidar da sua saúde mental. Pare de
procrastinar!
Tá bom. Vou parar. Deixar só
passar essa quarentena que e aí eu... tá bom???
Uma linda quinta-feira para todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma promessa para cumprir... num outro dia!
Chocada com a preocupação dos prendedores e mais chocada em perceber que cada dia que passa estou mais parecida com a senhora, não pelos prendedores, pelas mil e quinhentas outras coisas. Já vou organizar a grana para procurar o psiquiatra mais cedo. hehehehe desculpa, ri alto.
ResponderExcluirhahahaa
ExcluirAguarde Marina, você me alcançará hahaha
ResponderExcluirPRAGA DE MÃE PEGA HAHAHAHA
ExcluirGente, essas manias fazem parte da senhora, mainha, difícil te imaginar sem elas...rs Mas super apoio o psiquiatra, caso elas estejam te atrapalhando ou incomodando de alguma forma!
ResponderExcluirO maior problema é que todo mundo precisava ter um acompanhamento psicológico mesmo, né? E tamo aí, todo mundo procrastinando essa palhaçada
ResponderExcluirVerdade, todo mundo preciso de um cuidado profissional para se sentir mais seguro e menos infeliz.
ExcluirMas não sei se as manias são a causa mais importante para buscar um tratamento, viu? Se bem que, pode ser o que desencadeia alguma outra sensação, sentimento e necessidade sua (aquelas que começam a sessão sem nem ter conhecimento correto para tal
ResponderExcluirVerdade, pode não ser que as manias sejam o mais importante para esse tratamento, mas quando me pego pesando nelas eu faço essa ligação quase que imediata. Sei que há outros poréns mais importantes e urgentes que esse, mas aí procrastino até em falar sobre eles.
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