Tema: meu lado Nina/Rita
Por: Rosana Tibúrcio
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E aquele pequeno grupo de adolescente se reuniu no corredor do dormitório do internato para mais uma sessão de: "bora furtar picolé para todas nós?"
Uma das poucas aventuras erradinhas que eu me permitia participar. Havia uma série de motivo para eu ser incorreta nessas sessões furto-sim-porque-é-bom-e-divertido: amava picolé, principalmente o de abacate; nunca tinha dinheiro suficiente para comprá-los do tanto que eu queria; era meu único ato de esperteza em meio àquelas meninas traquinas e eu, sempre muito medrosa e cagona; era magrinha e conseguia passar por debaixo da porta da sorveteria, me sentindo, então, uma heroína: peça necessária à infração juvenil.
E aí, como sempre, a mais corajosa da turma foi aos pés de Santo Antônio (oi???), que ficava na parte externa da capela, executar o primeiro pequeno furto da série: as chaves do cadeado do congelador. Sim, era um furto em série.
Só que, naquele dia, uma santa do pau oco cismou de contar para a irmã superiora nossa façanha. E tomamos um esporro do cão. Foi tenso, muito tenso. Eu jurei minha primeira vingança. E me vinguei. Uma vingança estilo Rita, bem infantil.
No furto posterior (vergonha? Não tínhamos), não satisfeita com meu erro infantil - pegar uns picolezim, que tem demais, né? - cismei de ferrar com a menina que dedurou nosso bando de delinquentes: eu coloquei dois ou três picolés, não me lembro bem, dentro do armário dela e me fiz de poste.
Virou uma lambança. Eu nunca contei para ninguém que fui eu que coloquei os picolés lá no armário da dedo-duro e ninguém nunca assumiu esse malfeito.
Só se via uma troca infinita de olhares curiosos como se perguntássemos umas às outras: quem foi? Só se ouvia uns risinhos contidos, inclusive os meus, e o choro de raiva da bostinha de cobra delatora de nosso furtinho. Ela praguejava enquanto limpava aquela sujeira e eu cruzava os dedos de pavor. Mas continuei me fazendo de poste...
Só se via uma troca infinita de olhares curiosos como se perguntássemos umas às outras: quem foi? Só se ouvia uns risinhos contidos, inclusive os meus, e o choro de raiva da bostinha de cobra delatora de nosso furtinho. Ela praguejava enquanto limpava aquela sujeira e eu cruzava os dedos de pavor. Mas continuei me fazendo de poste...
A burra aqui só contou para o padre, no confessionário, porque no fundo achava que havia pecado além do normal e precisava ser perdoada. E o merdinha do padre contou meu pecado, para todo mundo, no sermão da missa do mesmo dia. Nunca mais eu me confessei. Jurei me vingar dele. Só que nunca consegui, vejam vocês...
E foi assim que meu lado vingativo parou na Rita. Colocar picolé num armário foi o máximo que consegui me vingar até hoje. Não que eu seja santa, sou é burra mesmo para arquitetar planos mirabolantes. Vontade nunca me faltou.
Mas o meu lado Nina deixo por conta da vida... Que ela se encarregue de me vingar em todos que me fizeram e fazem mal. Confesso que gosto, acho muito do bem feito ver a vida dando rasteiras em que me sacaneou.
Mas né, quem nunca???
Mas né, quem nunca???
Uma linda quinta-feira para todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma boa lembrança de um tempo em que eu consegui me vingar de forma muito mais moleque do que má. Foi bom... rs
Vingancinha assim, às vezes faz bem.
ResponderExcluirMainha, passei a te amar mais ainda depois dessa!
ResponderExcluirhahaha
Conta o que imaginou pra se vingar do padre!
ResponderExcluirConta! Conta!!!
(Entrei no Guaraná, tá? rs)
ResponderExcluir"bora"
ResponderExcluirQUE MÃE (além da minha) usa essa expressão?
ResponderExcluirodeio colega dedo duro
e depois ela fica me julgando porque eu COGITO possibilidades furtíferas [?]
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ResponderExcluircom o perdão da palavra: QUE PADRE FDP. sério, ele não devia ser um padre.
Eu achei a traquinagem mais fofa desse mundo... rs
ResponderExcluirInternato deve ser um saco, ainda mais com um padre filho da puta linguarudo desses!
Roubei muitos pêssegos com uma vizinha quando morava no interior, escondíamos na blusa (discretamente, parecendo tumores) e depois ficávamos coçando muito por conta dos pelinhos que ele tem.
Anônimo é a Helô, viu minhas gentes???
ResponderExcluirFilhote entrou no guaraná, ou seja, fiz merda...
ResponderExcluirComo diz o povo do TDUD: fui eu quem coloquei; fui eu que coloquei "vamos todos morrer mesmo" hausahauhaushs
Vírgula separando sujeito de predicado ou não "vamos todos morrer mesmo" de novo haushaushaus
Brincadeirinha, filhote, obrigada por ser vigilante.
Quedizê, nem tanto, Laurinha achou outra vírgula errada.
Enfim... postei. Quero nem sabê!!! Não faço como certas pessoas que enrolam...
Padre fdp mesmo. Olha... que raiva dele viu?
ResponderExcluirFilhote, não me lembro o que desejei de mal pro padre, mas deve ter sido relacionado com a batina dele. hahahahahaha colocar um prego onde ele sentava pra batina rasgar na bunda, jogar óleo no chão pra ele cair e levantar a batina e a gente descobrir que a cueca dele era furada ou que ele não usava cueca. Algo assim, bem infantil.
ResponderExcluirAgora vou revisar meu texto pra ver se acho algo a mais errado. Erro de digitação não conta, viu gente??
ResponderExcluirAdoro quando a Jéss vem no Guaraná pra comentar meu post.
ResponderExcluirAdorei, que vingança fofa, gente.
ResponderExcluirhauuha
Só agora terminou a correria que estou desde quinta.
ResponderExcluirMe deu uma vontade de chupar picolé depois que vi a imagem.
ResponderExcluirfurtos em série com rosaninha tibúrcio.
ResponderExcluirhaahhaah
ResponderExcluirTaffaaaaaa, seu lindo!!
ResponderExcluirTambém quero picolé.
ResponderExcluirCadê Limão, cadê?????
ResponderExcluirLimão foi pra Itumbiara, deve voltar logo!
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