Tema: Do que me contaram
Por Laura Reis
Chegou o dia de ouvir alguma coisa que aquele cara tinha para me contar. E eu só pensava que, dali a alguns minutos, teria vontade de ter esses mesmos minutos de volta.
Ele começou já se afirmando diferente, pela idade e tipo de apresentação, arrancando risadas de todo mundo. Eu ainda pensando “legal cara, mas e daí?”.
Pois bem: foram 30 minutos que pareceram dois segundos durante os quais eu me mantive boquiaberta pelo menos metade deles. Entre risadas e olhos lacrimejados, eu finalmente me permiti entender um pouco de seu mundo e, por ter me permitido, tive a oportunidade de ouvir uma história incrível de alguém que, no fundo, só queria conhecer a própria história.
Quando menino, muito esperto e organizado, ele encontrou numa gaveta da casa um nome diferente daquele que costumava falar ao se referir à mãe. Alguns anos se passaram, nomes na lista telefônica percorridos; ele, já grande, decidiu prestar concurso para ter acesso à grandes bancos de dados. Passou em um, em dois, foi o melhor funcionário e ganhou confiança o suficiente para pedir ajuda a quem pudesse. Mais de 200 ligações depois, ele mesmo ouviu o primeiro “alô” da mãe biológica.
Conheceu, conviveu e aproveitou até o dia em que ela adoeceu e se foi. Ficaram os irmãos e a certeza de ter feito o que precisava para se sentir bem e, para agora, nos trazer para tão de perto essa história que era tão dele.
Em meio à comoção e multidão ao redor, obviamente agradeci e parabenizei (enquanto mentalmente pedia desculpas e fazia um carinho daqueles que qualquer um de nós precisa, sim).
A gente julga, né?!
ResponderExcluirowww
ExcluirQue história mais linda.
ResponderExcluirTão Lion, né?
#oscar2017
Lion? Sei qual??
ExcluirAquele do menino indiano que fica perdido quando criança, é adotado e quando jovem vai procurar a mãe!
Excluirahhhhhhhh, super lembro do filme todo que gostei, mas havia esquecido o nome. Péssima pra nome.
ExcluirAdoUUUro quem vasculha passado, história de vida, mas teria preguiça de vasculhar a minha, se necessário.
ResponderExcluir