quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pra sempre na lembrança

Tema: meu primeiro amor
Por: Rosana Tibúrcio
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Primeiro ato: diálogo entre mim e uma pessoa que não vem ao caso.
- Qual o tema do Guaraná, nesta semana, Rosana?
- “O meu primeiro amor” e tô ferrada, sei lá o que vou escrever. Tô mais pra “meu amor de anciã”
- Palhaça. Quando alguém conversa sobre o “primeiro amor” do que você se lembra, de imediato?
- Do meu primeiro amor, claro.
- Ué, escreva então sobre ele. Nada mais autêntico.
- ãhãnnn, Claudia, senta lá.

Segundo ato: fragmentos de uma história
Não sei quando vi pela primeira vez o meu primeiro amor.
Mas sei como me senti ao dizer pra mim mesma: é ele. Adorei a descoberta, apesar do medo, das expectativas todas e da vontade de ser logo a namorada dele. Casinho nunca foi meu forte.
Com ele eu vivi uma história. Nada de amor platônico, proibido ou impossível. Vivi.
Foi dele que recebi as primeiras cartas* de amor. Muitas. A primeira delas tinha algumas palavras que normalmente ele não usava. Ninguém normal usava, na verdade. Descobri num livro, muito tempo depois, a dita. Todinha ali, só que impressa. A minha não, a minha tinha a letra dele que pra mim, era letra linda. Nela havia palavras como: apraz e amplexo.
“Sei que muito me apraz receber uma carta sua” hein??? Apraz! Corri pro dicionário pra apreender o “apraz”. Sinônimos lindos, e com eles fiquei: sentir prazer, deleite. Eu já era uma safada e não sabia.
“Um amplexo” terminava a dita cuja... Não, não... depois do amplexo, havia um: “de seu”. E depois dessa primeira carta, amplexo, apraz e “de seu” passaram a ser as mais lindas palavras da minha vida.
Não sei como foi o meu primeiro beijo, mas sei de todos eles, dos roubados no pátio da escola, na casa da irmã dele, no caminho do lugar onde eu morava, os com gosto de café. Ahhhh, café. Há décadas café pra mim é vida. Tá explicado. Tá na saudade!!
Os cadernos trocados. “Não consegui copiar a matéria toda, me empresta seu caderno?” Tudo papo furado, só pra procurar, nas anotações, uma frase pequena que fosse, só pra mim e que terminava sempre com um “te amo” ou “I love you” (hauhauahsusha)
Não sei qual foi o primeiro presente que ganhei dele, mas sei que ganhei vários: bombons, estojos de maquiagem, perfumes, anel...
Não sei quando perdi o anel de fivelinha que ele me deu, mas sei que ela, a fivelinha, me uniu a ele pra sempre, me amarrou de vez. Eu nunca esqueci meu primeiro amor e espero um dia reencontrá-lo pra um abracinho que seja. Segura peão!!!!.

Terceiro ato: o presente
Encontrei virtualmente o meu primeiro amor há dois anos, creio. Uma amiga nossa, ex-colega de sala, e que mora ainda lá onde namorávamos, armou o "nosso encontro". Foi lindo! rs Conversamos pelo msn e – juro – ele recordava de quase tudo que passamos juntos: das músicas, da forma como eu assinava meu nome, do endereço onde eu morava, e mais, e mais... O meu primeiro amor sempre terá de mim os melhores pensamentos, E sei que ele também tem, nas suas lembranças, a Zaninha aqui, aquele nosso tempo de amor adolescente, mas verdadeiro.
O meu primeiro amor é atualmente casado, parece bem casado e fiel, mas ó, se não fosse, eu bem viveria com ele o meu primeiro e último amor de anciã... ahhhh, viveria!
Porque não tô morta nem nada e aqueles abraços dele prometiam, ahhh prometiam.

Quarto ato: conclusão.
Esse texto tá meio desconexo, tem início, meio, mas não tem fim. É que o primeiro amor não tem fim!!

Quinto ato: porque o TOC exige (eu Se divirto).
Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há saudade de um tempo em que eu era feliz e sabia.

* em 2009 eu escrevi uma carta pra ele aqui no Guaraná com Canudinho. É muito amor, Brasil!!!!

11 comentários:

  1. Vou lá na terça-feira, porque ainda não li o post do Rafa.

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  2. primeiro amor é um lance maluco.
    forte.
    diferente de muita coisa, inclusive dos outros amores.

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  3. "Não sei quando perdi o anel de fivelinha que ele me deu, mas sei que ela, a fivelinha, me uniu a ele pra sempre, me amarrou de vez."

    Adorei!

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  4. Agora, a sra usando "I love you" é difícil de imaginar!

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  5. Bom dia genteeee! (pq eu falo puxando o E mesmo)

    Não consigo entender essa história de amor platônico. Será que sou ET? rsrs

    Mas primeiro amor...essa a gente não esquece!

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  6. Rosana, sua história ainda não acabou. Quem sabe o quinto ato ainda muda. Tudo pode acontecer nessa vida, e espero estar com vocês aqui para saber. (Não to desejando mal para a "outra", mas né, sempre rola uma esperança)

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  7. que história mais fofa, também quero um primeiro amor asssim.

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  8. As minhas filhas desprezaram meus textos, elas pensam - penso - que vieram assim, do pensamento, só pode.
    Desprezam a vida amorosa-sexual-romântica da mãe.

    Mágoa, seu nome é Rosana!!

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