A língua é o chicote da bunda

Da Série Temas Propostos.

Eu gosto e me divirto muito com a sabedoria popular.
Esses ditados que as pessoas usam o tempo todo. Existe um ditado pra tudo, de motivação (Água mole em pedra dura... rs), para justificativas (Em casa de ferreiro o espeto é de?..) ou até para aconselhar (O que mesmo aconteceu com a andorinha que acompanhou o morcego?).
Já dizia o maior de todos, apelativo e pai dessa sabedoria: A voz do povo é a voz de Deus".
E como Deus escreve certo por linhas tortas, a voz de seu povo deve ser respeitada.

E do grito da massa, de seus ensinamentos, da sua experiência transformada em frases fáceis de se lembrar e propagar, existe uma que desde que ouvi, acrescentei-a em meu repertório e uso constantemente. Talvez por ser algo em que acredite.
Lá vai: A língua é o chicote da bunda.
Gosto desse jeito irreverente de dizer que a gente paga a língua e, às vezes, paga muito caro!

Pra que esse discurso todo?
Pra adiantar que, um dia, já disse que não faria muitas coisas que hoje são essenciais. Por exemplo: criticava relacionamentos virtuais e pensava que não me envolveria desta forma. E como negar que este nosso projeto não começou com uma reunião de amigos virtuais, nos tempos do Deixa_pra_lah?
Paguei a língua com gosto!

Sendo assim, vou lhes dizer o que hoje penso que nunca faria, mas considerem que as coisas mudam, as formas de pensar, as necessidades físicas e emocionais (drama de quem não quer ser chamado de incoerente um dia! hehe).

Roubar, matar e afins.
O que é meu é meu e o que é do outro é do outro. Nem pra roubar um beijo eu presto!
Não pego nem uma moeda de centavos que não seja minha!
E tirar a vida de alguém então?
Não me cabe tanta frieza ou sei lá o que passa pela cabeça de algum criminoso. Incluo aqui assaltos, pedofilia, estupro.

Exagerei e talvez nem precisasse citar tais situações. Mas é que, se não fosse assim, o que eu falaria??? (hahaha)

Também não faço o tipo "vilão de novelas", fofoqueiro, causador de intrigas, criando planos mirabolantes para destruir a felicidade alheia. O papel do mocinho combina mais comigo! rs
Não faria, profissionalmente falando, cursos de Matemática, Física e Direito.

Não faria sexo com mais de... DEZ pessoas! (hahaha)
Nem swing, troca de casais ou coisas parecidas.
Nem strip tease!

Eu nunca faria um strip tease!
Até pediria para que fizessem pra mim, já que assumo minha condição de voyer.
Mas não faria mesmo que de tal fantasia dependesse a estabilidade de uma relação! Poderia ter músculos definidíssimos, um membro avantajado ou ganhar muito dinheiro que não faria!
Não levo jeito pra coisa! Nem encarnando um personagem!
Estaria ridículo, nem um pouco auto-confiante, o que é extremamente necessário para garantir o tesão alheio!
E desataria a rir, ali, vestido de caubói (não faria, mas se fizesse, seria vestido de caubói ao som de Don’t tell me, Madonna!), segurando o chapéu entre as penas até cair com as bochechas rosadas em cima da cama, abraçando quem estaria assistindo, tentando amenizar a frustração.

Hum... Pensando bem, seria até interessante pagar a língua de um jeito assim, mais lascivo!

Urrruuuuulll tilááápiiaaa!!!

ÔÔÔÔooo lá em casa!