Nunca, jamais, em tempo algum...

Por Rosana Tibúrcio

"Nunca, jamais, em tempo algum" - eu falo muito isso, mas já paguei língua pra lá de mais duas encarnações - juro, só não conto pra vocês tudinho porque tenho medo de ser banida do Guaraná!!

Alguns coisas, entretanto, é possível que eu cumpra até o fim da vida, dentre elas, vejamos (vejamos é bem estilo trabalho científico, né?).

Em tempo algum serei capaz:
- de colocar silicone nos "peitiolas";
- pintar meus cabelos de loiros; e
- usar lente de contato verde.

Nunca:
- postei tão tarde no Guaraná;
- aprontei um escândalo amoroso-sexual-romântico na frente dos outros;
- deixei de ir a algum lugar para que as pessoas sentissem minha falta;
- traí alguém deliberadamente;

- vou esquecer aquele famoso 11 de setembro - 7 anos, completando hoje;

- deixaria de dar pro Oswaldo Montenegro, Caê e Chico Buarque, se eu tivesse oportunidade (dar um papelzinho pra eles deixarem um autógrafo pra mim); e
- surrei (tudo em nome do bom senso) umas três vacas que cruzaram o meu caminho e que bem mereciam um espancamento, de tal forma que suas caras ficassem transfiguradas . uhhh, desabafei!

Jamais:
- deixarei minhas manias de lado;
- tentaria o suicídio pulando num rio (vai que eu me arrependo e aí? Não sei nadar);
- frequentaria uma praia de nudismo, principalmente se for com um loiro, careca e gordo;
- faria sexo ao ar livre (se bem que um ventinho nas partes é até bom... hihi); e
- postei um texto tão imbecil como esse.

Pra compensar deixo o "poema quebrado" pra vocês se deliciarem enquanto ouvem a canção do bonitão.

Eu era apenas rio

Esperando que você navegasse

Poema quebrado no frio

Num salão vazio

Esperando que você recitasse

Eu era manhã cinzenta

Esperando de você a aurora

Um lobo de olhar em brasa

Te vendo em casa(e o lobo do lado de fora)

E eu era, quem diria

A melodia que jamais compusera

E eu, que jamais daria

Era o verbo dar

Dizendo assim: quem dera!

Então não vá embora

Agora que eu posso dizer

Eu já era o que sou agora

Mas agora gosto de ser

[Poema quebrado - Oswaldo Montenegro]

.

Bom resto de quinta-feira, moçada, pois nas quintas é assim:

"tarrdu,mais num farrrtuuu"