sexta-feira, 29 de outubro de 2010

R.I.P.T.*

Tema: Carta para quem não gosto tanto
Por Taffa

Você tomou uma grande fatia do meu tempo e causou transtornos na minha vida pessoal.
Fez com que eu discutisse com amigos que gosto muito e atrapalhou o meu rendimento no trabalho.
Contribuiu com fofocas, atraiu hostilidades e me fez perceber o quanto falo (ou, no caso, digito) sem pensar.
Além de ter uma parte considerável de culpa no eminente abandono do meu blog pessoal.

Porém, admito: você me trouxe coisas boas. Contigo descobri contatos interessantes e bastante informação. Vivemos momentos divertidos e reconheço que você foi importante enquanto estivemos juntos.

Obrigado pela paciência, Twitter, mas é hora do nosso relacionamento acabar.
Já chega de mentions, hashtags e trending topics pra mim. No final das contas, o nick @shutupTaffarel** fez jus ao seu significado.

* Rest In Peace Twitter.
** Em português, "cala a boca Taffarel".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ao Zé Mané Furreca

Tema: Missiva pra quem não gosto tanto
Por: Rosana Tibúrcio


Não sei o seu nome e não quero saber. Você é meu vizinho, mas nunca fui na sua casa nem quero ir. Inda bem que não é vizinho de frente nem das laterais, mas é vizinho o suficiente pra me torrar o saco quando liga aquela furreca velha e ridícula.
Juro, sonho com um dia em ir até à janela de sua furreca, quando você estiver lá dentro com o pé no acelerador e gritar bem alto: vai pra puta que te pariu, seu imbecil.
Sem mais, seu Zé Mané Furreca. Você já deu o que tinha que dar, aliás deu caldo azedo pra dois post meus: esse aqui e esse outro lá no Outras trilhas, feito há um ano e dois dias.
Recolha-se, portanto, à sua insignificância e passe muito mal!

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Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há em mim, vontade de mandar missiva pra esse meu desafeto, porque carta a gente manda pra quem ama.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sem definição

Tema: Carta para quem não gosto tanto
Por Nina Reis



Considerando que você me faz lembrar com carinho das pessoas que não estão aqui pertinho de mim, posso até gostar de ti um pouco.

Considerando que preciso de você para não enjoar daquela pessoa que tanto amo, posso até ser sua fã.

Mas considerando que por sua causa muitas vezes eu sinto uma dor gigantesca em meu peito. Bom, sinceramente, não gosto tanto assim de você.

Distância, você me compromete muito, a ponto de nunca conseguir definir se é boa ou se é ruim.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Carta para uma velha coroca

Tema: Carta para quem não gosto tanto
Por Rafael Freitas

Escute aqui, sua velha.


Você nunca me enganou. Imaginava um quê de arrogância no seu jeito de andar pela rua com aqueles óculos de sol antigos. Não é todo dia que se vê uma velha com óculos de sol. E com tantos casacos pavorosos.

Você parou no tempo. E não é só o seu guarda-roupa que demonstra isso. O seu grito ridículo hoje na rua também. E o pior: com ele, você expôs a maldade e a falta de respeito pelo próximo que ficam guardadas aí dentro. Eu sabia. Era mais que arrogância o que estava por trás daquelas lentes marrons...

Eu não me orgulho das coisas que você deve ter ouvido meus amigos falarem quando gritou com a gente na esquina. Mas isso não justifica seu surto. “Desse tipo eu não quero nem pra limpar minha bunda”, você disse. Ninguém ali estaria disposto a isso mesmo. Pode acreditar! Eu não poderia ter tido outra reação se não rir enquanto você virava a esquina resmungando.

Com tantas rugas e todos os cabelos brancos, você já deve ter aprendido muito com a vida. Eu que sou bem mais novo já passei por coisas assim! Deve ter sofrido, chorado. A vida ensina é assim mesmo. Mas parece que lhe falta ainda uma lição: que cada um cuida da sua vida como bem entender. Que a feiúra está nos preconceituosos como a senhora, não nos que sofrem com o preconceito. Isso eu já aprendi.

E mesmo depois dessa sua palhaçada, vou te dar um conselho. Pra você ver como eu sou legal. Esqueça aqueles óculos. Eles são horríveis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Por enquanto

Tema: Carta para quem não gosto tanto
Por Laura Reis



Durante esses quase três anos de relacionamento, confesso que foram poucas as coisas que você me trouxe de positivo. Isso é claro, analisando pelo ponto de vista de minhas expectativas construídas ao longo da vida sobre como seria ser parte de você.

Você já mexeu muito com meu coração, me trazendo euforia amorosa e desilusão também. Você já mexeu com minha ira a ponto de eu sentir por diversas vezes aquele arrepio de quando a gente tem certeza que pode matar uma pessoa. Você também já me fez corar de vergonha, dessas bobas que sempre sinto. E daquelas alheias também. E você também já não me fez falta nenhuma. O que é muito ruim.

Mas acontece que ultimamente você tem me dado algumas boas alegrias. Vejo que estamos mais unidos e que conseguimos festejar e nos organizar para levar adiante alguns planos antes só imaginários.

Claro que com a sua parte com a qual fico mais tempo* sempre tenho uma dorzinha de cabeça aqui, uma dorzinha acolá. Mas o fato é que, na grande maioria das vezes, também me dá um orgulho danado, de modo que quando olho pra trás esqueço as chateações e só faço sorrir. Demorei muito para compreender que é assim que vai ser sempre. Porque nada é perfeito, já dizia o poeta.

Dia desses até escrevi um texto desses cheios de desabafos que costumo escrever, despejando toda a minha falta de vontade de continuar contigo, por esses motivos citados nos primeiros parágrafos que só me causavam irritações, chateações ou indiferenças.

Pois bem, penso que ainda temos um tempo bom para mudar esse pouco de má impressão e satisfação que ainda me resta de você e de nós juntos, em mim. Confesso que, por enquanto,ainda não gosto tanto de você, como já gostei de outras turmas. Mas, é claro, temos esperanças. E muita força de vontade.


Sarau Criativo do 6º período de Publicidade do UNIPAM, 2010.


Esta carta é destinada a minha turma de faculdade que, atualmente tem feito o completo oposto do que fez durante os primeiros quatro períodos e meio: festas, ações integradas e todo esse tipo de coisa que uma turma de verdade tem que fazer.

*AgênciaDomQuixote, aquela linda.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A câmera que fotografa os dias*

Tema: fotografar ou ser fotografado?
Por 
Taffa

Imagino que todas as pessoas do mundo gostam de fotografias. Há aqueles que preferem tirá-las e outros que preferem ser retratados, como eu, mas todos possuem a mesma paixão pelos registros porque eles eternizam os nossos momentos de um jeito que nem mesmo as filmagens conseguem fazer.

Acontece que eu considero a fotografia de hoje um pouco menos formosa do que a de antigamente. Na época das máquinas de negativos, quando era necessário comprar rolos com poses limitadas e juntar toda a família para bater uma foto, os registros tinham muito mais sentimento. Tirar uma foto era um grande evento.

Com o advento das máquinas digitais, fotografar se tornou algo mais tátil. Qualquer pessoa em qualquer ocasião poderia tomar as rédeas da situação e registrar aquele instante. A fotografia perdeu a realeza porque o que a fazia tão harmoniosa se tornou algo previsível, onde muitos repetem as poses dezenas de vezes apenas para conseguir aquela foto desejada.

As mídias sociais também estragaram a fotografia. A nova modalidade de “fotos lindas que merecem ir para o álbum do Orkut” fez com que a singularidade delas se perdesse num infinito de imagens cheias de poses desconexas como: biquinhos, coraçõezinhos com as mãos e caretas estranhas (que eu juro que nunca vou entender o porquê).

Gosto de admirar belas fotos, mas não de tirá-las. Aprecio ver um profissional que ainda trabalha com máquinas analógicas, mas não tenho uma (pois também migrei para a era digital). Enfim, nesse intenso bate papo sobre fotos e registros, o meu quinhão eu prefiro deixar por aqui, só que diferente: por escrito.

*Título inspirado na música “A câmera que filma os dias”, composta por Ana Carolina e Totonho Villeroy. Uma das minhas favoritas da artista.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minhas impressões sobre fotos

Tema proposto: fotografar ou ser fotografada
Por: Rosana Tibúrcio

Sempre gostei de fotos. Gosto mais de fotos de gentes e situações do que de lugares e objetos, apesar de apreciá-las, também, quando de um porquê ou simplesmente por que belas.
Mas as fotos de gentes e situações nem precisam ser belas ou com porquês visíveis. Gosto e ponto.

Tenho birra de não possuir fotos do tempo de criança. As primeiras que tirei, assim, de minha memória recorrente, são as da Primeira Comunhão e de uma carteirinha de saúde... E apesar de me considerar - muito porque falaram isso pra mim, a vida toda - feia, eu me acho bem lindinha nelas. Sei lá... gosto.

Quando comecei a trabalhar, uma das primeiras coisas que adquiri foi uma máquina fotográfica. Não me recordo a marca dela, mas sei que as fotos eram reveladas em Manaus. Demorava anooossss pra elas chegarem, e quando chegavam eu fazia uma festa, organizava tudo direitinho e só depois deixava o povo ver.
Fotos pra mim tem que ter ordem: minhas ou não. Me dá uma agonia ver álbum com fotos desorganizadas, por tamanho ou data. E tanto faz se álbum virtual ou não. Sei lá... não gosto.

Adoro tirar fotos e tiraria de tudo, em qualquer lugar que eu fosse, mas sou basicamente reprimida por minhas filhas. Será por quê? hauhauahsu
Gosto, também, de ser fotografada nos lugares onde vou, porém, normalmente sou eu quem fica com a máquina e poucas fotos tiram de mim e do meu papo (porque meu papo tem vida própria e em fotos ele se destaca de uma forma absurda, reparem).
Gostaria de tirar fotos minhas e de minhas filhas todas as vezes que Marina viesse aqui, mas sempre tem uma ou outra que encasqueta (crianças, elas são ainda...) e já desisti desse querer...
Mas já pensaram que bacana? Várias fotos de nós três de vários dias diferentes para serem reveladas e colocadas em murais e porta-retratos. Aliás, tenho inveja dos porta-retratos de novelas. Por que são tão atuais? Mentira, né? Sabia.

Gosto mais de fotos que de filme. Me deem um álbum de casamento pra eu olhar, mas não me chamem pra ver um filme, porque eu mato ou morro de raiva.
E as fotos que mais gosto de tirar, fazer parte e ver são similares a essa que ilustra esse meu post estranho e tardio... ela só não é mais linda porque - de verdade- não tem Paulinha, Helô e outros visitetes queridos. Se não... tinha pra nenhum Sebastião Salgado...
É isso!!



Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e, hoje, há post tardio... mas sacumé? Senzala!!!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eis a questão

Tema: fotografar ou ser fotografado?
Por Nina Reis

Não tenho olhos azuis, nariz perfeitinho, corpo sarado, carinha de modelo e também nunca fui a mais fotogênica. Mesmo assim tenho o meu ângulo preferido, afinal, quem não tem? (tá aí, você parou para analisar qual é o seu, sabia).
Gosto de ser fotografada e melhor ainda, gosto de me fotografar. (pelo menos posso tirar a quantidade que quiser e apagar a maioria delas).
Faço caras e bocas (mais bocas que caras, eu sei), uso todo o recurso da máquina e do photoscape é claro e mesmo assim não me canso.
Mas como diz nossa amiga Luciana Gimenez, para para tudo ................. não é disso que mais gosto.
Já faz um bom tempo que admiro fotografias alheias e confesso, invejo a maioria (Laurinha, as suas fotos fazem parte desse seleto que tanto invejo).
Antes que chegue 2012 e o mundo acabe, quero poder mostrar minha arte pra muita gente e justamente por isso quero realizar um dos meus grandes sonhos, que é fazer um curso excelente de fotografia.
As fotografias que faço não são as melhores e eu tenho plena consciência disso, mas não dizem que temos que ser os primeiros a gostar do nosso trabalho? Pois bem, eu gosto demais da conta e mediante a minha "leiguice" estou muito feliz com o pouquinho (sem menosprezar) que ainda sei fazer.
Aqui estão algumas das fotos que mais gosto.


aniversário do Fernando César


aniversário do Bento


aniversário do Fernando César


aniversário do Bento


aleatória


aleatória 2


viagem Patos/Bsb


viagem Patos/Bsb

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um coração na escada

Tema: fotografar ou ser fotografado?
Por Rafael Freitas

Saiu correndo para buscar um refrigerante para o almoço. Atravessou a rua e começou a subir a escada suja e irregular que ficava entre as casas. Ainda não tivera a curiosidade de contar quantos degraus havia. Mas eram suficientes para deixá-lo cansado.

Mesmo com pressa, não deixou de reparar um pequeno coração de papel laminado vermelho que brilhava entre pedaços de cimento dos degraus desgastados, lixo e musgos.

_Eu tinha que ter uma câmera fotográfica pra registrar isso!

A imagem era, por si, um poema. Bastava-se. Ele que nem andava tão romântico assim.

Decidiu, naquela hora, comprar uma câmera. E sabia que seriam bons amigos. Entre o coração brilhante e a garrafa de refrigerante gelando no freezer da padaria da esquina, já teria registrado bem uns cinco poemas!

Sairía fotografando tudo por aí!

Crianças brincando, no colo dos pais, se lambuzando com sorvete ou algodão doce.

Orquídeas (Deus colocou no mundo alguma coisa mais bonita que as orquídeas?), botões de rosa, a copa das árvores escondendo o céu.

Senhorinhas com seus chales na fila do pão. Um rosto bonito na fila do banheiro.

Viagens. Paisagens. Pores-do-sol. Almoços de domingo.

Namorados. Noivas. Sobrinhos. Irmãos. Avós.

Colocaria todas num mural. Naquele da parede do seu quarto. Se não coubesse, quem precisa de mural? Cobriria a parede toda com elas! Fotos para lembrar como o mundo é bonito, mesmo entre pedaços de cimento e musgos.

Desceu a escada com o refrigerante que fora buscar, correndo, para o almoço.
O coração ainda estava lá.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ar ou ado.

Tema: fotografar ou ser fotografado?
Por Laura Reis



Houve uma época em minha vida na qual eu fugia de aparecer em fotos. Não que eu esteja sendo hiperbólica da forma como sou normalmente. Era literal mesmo: eu saia correndo quando via que uma câmera fotográfica se aproximava de mim ou do ambiente em que me encontrava.

Não fosse um episódio do qual me lembro perfeitamente de estar na casa dos meus tios e chorar muito porque não queria tirar foto e as pessoas monstras queriam me obrigar, eu só acreditaria nesse caso se me mostrassem uma foto que tem aqui em casa (que, infelizmente, não consegui encontrar), na qual é possível perceber minha irritação, usando todos os meus braços e mãos tampando meu rosto.

Vendo outras fotos minhas quando na mesma idade/fase, penso que eu tinha consciência de não ser um modelo de criança e, de certa forma, fazia um favor as pessoas não aparecendo tanto nos álbuns de família. Sério, eu não era uma criança bonita de se ver.

Outro episódio interessante de minha vida fotográfica foi quando, há quase três anos, tirei meu aparelho. Aprendi a sorrir daquele jeito exagerado que ainda há em mim. Juro, às vezes é sem querer, me acostumei. Mas é que era muita felicidade ter tirado aqueles ferrinhos que conviveram comigo por mais de uma década (e que, infelizmente e por culpa minha, voltarão a reinar).

Sobre tirar fotografias, não tenho um histórico daqueles bonitos do tipo que desde criança gostei de pegar a câmera e sair por aí tirando foto (assim com acontece com meu irmão atualmente). Talvez porque sempre fui insegura e com as máquinas analógicas, por exemplo, não podia existir muito erro, né? Mas isso é só uma hipótese.

Sei que tenho muito bom gosto (e sou modesta) e, deste modo, sempre apreciei o trabalho dos fotógrafos que não somente registram momentos, mas que o fazem com uma peculiaridade: o inusitado. As fotos de ângulos malucos, as espontâneas, sempre me atraíram mais. E, assim que comecei a pegar mesmo em câmeras fotográficas, percebi que é dessa maneira que também gosto de falar.

Confesso que, atualmente, é bastante equilibrado o meu gostar de tirar fotos e de aparecer em fotos. Tanto que tenho dois desejos:

- Ter uma câmera profissional e perder um pouco dessa minha timidez em ir lá na frente e tirar uma foto bacana. (É, existe esse tipo de timidez em mim).

- Fazer um ensaio fotográfico, como modelo. Não fiz aos quinze, nem aos dezoito. Quem sabe aos vinte e cinco, não é mesmo, minha gente?


Enfim, pra quem ainda não conhece, aqui tem meu Flickr e meu Click!, onde tem as fotos que eu tiro. E, as que apareço, sempre, são as dos meus álbuns do Orkut, onde pratico o narcisismo e só publico fotos que tem eu, oraa bolas!

Se é que alguém ainda não saiba dessas coisas (não que eu não aceite novos convidados, não é isso, juro! haha)

sábado, 16 de outubro de 2010

Um conto nada enfadonho

Tema: Conto de fadas
Por: 
Taffa
Imagine que você tem sete anos de idade e num dia ensolarado leva um belo capote: cai de cara no chão. A primeira coisa que faz depois disso é chorar, claro, o instinto do ser humano. Parece algo adorável mas, acredite, não é.

Então sua mãe aparece desesperada achando que você quebrou algum osso e se depara com um rio de sangue no chão. Sua boca, um primor: vermelha e destacada do resto, mas não por você ter lábios de Angelina Jolie e sim porque perdeu sei lá quantos dentes graças à colisão.

- Socorro, meu deus do céu. – Ela grita, enquanto vem ao seu encontro e abre a boca fraturada com a delicadeza de um pé-de-cabra. – Estão todos aqui, ufa!

Após o incidente, você percebe que um dente amoleceu. Ao contar para sua mãe, aquela mesma mulher de toque sutil, descobre que precisa se livrar dele, pois um ser feérico – vindo de uma terra onde existem muitos outros assim – aparecerá para levar o dente arrancado em troca de um maravilhoso presente.

Dor. Muita dor. Nisso resume o processo de extração do incisivo. Um sorriso banguela estampa sua face e você se prepara para dormir, numa noite que tem tudo para ser inesquecível. Antes de fechar os olhos, confere novamente o dente - que está debaixo do travesseiro - e, enquanto olha para o teto escuro, cai no sono sem perceber.

Dia novo. Animação. Uma moeda de um real aparece no lugar exato onde o dente estava. Você corre para contar aos seus pais que descobriu uma nova mina de ouro e eles vibram junto contigo.

- Pena que foi apenas um real. – Seu pai deixa escapar. – Essas fadas atuais andam muito muquiranas com relação aos presentes que deixam em troca dos dentes.

- Não faz mal, o importante é que funciona. – Você diz enquanto sorri sem o dente. – Ainda há muitos outros para poder trocar e, pensando bem, acho que vou fazer isso agora mesmo.

E sai correndo em direção à bicicleta, novinha, que você ainda não aprendeu a se equilibrar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Na realidade, a bruxa vence a princesa...

Tema proposto: conto de fadas
Por: Rosana Tibúrcio


Sinto desapontá-los, meus amores, mas há muito tempo deixei de acreditar em contos de fadas, príncipes, rainhas e sapos.
Sobrou a abóbora que adoro e gosto bastante com pimenta, cebola e frango com açafrão.
No mais a realidade dos contos vem retratada na história de Marta Salinas, casada há 28 anos com Yonny Barrios e que não pôde receber o marido, um dos 33 mineradores soterrados, desde 5 de agosto, que foram salvos ontem, 13 de outubro de 2010.
O safado e sua amante soterraram o sonho de Marta.
Tá certo que ela teve o apoio da primeira dama do Chile. Mas o que é uma primeira dama se comparada às fadas das historinhas que nos deixavam leves e crédulos no amor, quando crianças?
Quem vai cuidar da dor e humilhação dessa mulher? Por que só ela não teve a felicidade de abraçar o homem com quem viveu por quase três décadas?
E o safado convidou a amante pra recebê-lo. E ela foi, porque algumas amantes são como as bruxas feias e más que destroem os sonhos da princesa...
Feia, má e gananciosa, brigando pra guardar os cinco milhões de pesos que um empresário doou a cada um dos operários soterados. Brigou e com o dinheiro ficou.
E a princesa? Não quis nem ver o resgate pela TV e por mais que ela assista a filmes de fadas, príncipes e rainhas, jamais esquecerá essa humilhação. Daria um filme à parte, além dos já idealizados: a princesa vencida.
E depois dessa história vocês ainda acreditam em contos de fadas?
Vão plantar abóbora, minhas gentes... e regar com lágrimas da vida real!! (tá, exagerei... hauahuahsushaus)
,

Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar.. e hoje ficou rondando aqui, pela minha cabeça e coração, a história infeliz de Marta Salinas...


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um conto sem fadas

Tema: Conto de fadas
Por Rafael Freitas





_ Acorda, bela adormecida! Já está atrasada.

Com olhos teimosos, virou-se e olhou para o despertador. 7h45min! Dormira demais. Culpa daquele site de relacionamentos que promete lhe arranjar um príncipe. Ilusão: não passam de pinóquios mentirosos.

Passou correndo pelos anões que enfeitavam o jardim. Achara ridículo quando sua mãe comprara, mas já se acostumara com a presença deles. O Dunga era até que simpático. Reparou que a blusa que usava, azul royal, uma cor tão em alta, tinha as mangas bufantes. _Preciso me lembrar de nunca usá-la com uma saia amarela! Não quero parecer uma caricatura da Branca de Neve. Ainda mais sem um príncipe! Humpf.

Não morava longe do escritório. Assim, gostava de ir caminhando tranquila, reparando na vizinhança, nos jardins das casas bonitas, nas pessoas que passavam, no trânsito. Em que carro será seu amor apareceria? _É, porque cavalos brancos já estão em desuso! Ela gostava do próprio romantismo.

Mas estava atrasada. Hoje, qualquer coisa especial que pudesse aparecer, ela perderia. De carruagens a bruxas e maçãs envenenadas. Os olhos não acompanhavam a pressa das pernas. Todas as manhãs ela os pintava, brincando de “espelho, espelho meu, existe alguém no mundo mais romântica que eu”? Hoje, teria de pintá-los no trabalho, no espelho do banheiro feminino. E ele poderia ser mais sincero.

Chegou ao prédio, um antigo edifício comercial. Passou pela portaria, subiu o primeiro lance de escadas e deu um grito. Um sapo na porta do escritório! Não podia ser. Logo um sapo! Ela que sempre odiara aquela historinha de beijar sapo que vira príncipe! Um teste, só pode! _Eu sou romântica! Eu sou romântica! Eu acredito no amor! Mas sapo não! - gritava histérica. O bicho deu um salto em sua direção. Ela, um passo para trás e outro grito. Desequilibrou-se. Escorregou no degrau. O sapato deixou seu pé. Preferiu ir ter com o sapo. Que se aproximava.

Abriram a porta. Não a do escritório. A outra, em frente. Um rapaz alto, vestido de branco, muito perfumado se aproximou. Nem ligou para o sapo. No rosto, um sorriso de espanto e graça. Abaixou-se. Pegou o sapato. Desceu dois degraus. Levantou-a no colo. Demorou seus olhos naqueles outros, que ainda não estavam pintados. _Sempre pensei que teria mais trabalho para encontrar minha gata borralheira.

Não ouviram sinos. Só o coaxar do sapo.





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Decadência: no sentido literal

Tema proposto: Fobia
Por: Taffa


Medo. Substantivo masculino. Sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou imaginário, de ameaça; pavor, temor.

Sim, é assim que está no dicionário. Concordo com ele, mas, para mim o medo possui um sentido em especial: receio.
Eu não tenho medo de alturas, nem de animais domésticos. Não me importo com tempestades, raios ou trovões. Não me inquieto quando permaneço em elevadores, casas fechadas ou afins, pois, francamente, não me encaixo no grupo de pessoas que temem este tipo de coisa.

O meu medo vai mais além. É um eterno sentimento de apreensão, que sinto todas as vezes em que eu paro pra pensar no que já fiz da vida e no que almejo conquistar no futuro.
Eu tenho medo de ser um fracasso.

Eu não tenho preguiça de trabalhar e gosto muito de exercer funções que demandam organização e controle de pessoal. Não vejo problema algum em discursar na frente de um auditório ou fazer uma reunião de urgência para debater um assunto importante.

Porém, quero ter uma carreira sólida e, mesmo que soe avaro, sucesso profissional.
Não me assustaria mais com um personagem de filme de terror do que quando percebesse que havia chegado à idade que programei para estar com estabilidade, sem ter ainda atingido os meus objetivos.

Louco é assim, cada um com suas neuras.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A tal prisão...

Tema proposto: fobia
Por: Rosana Tibúrcio




Medo pra ela sempre fora uma prisão, antônimo meeesmo de liberdade.
E quando pensa em medo exagerado, nas tais fobias da vida, ela se volta a dois barulhos de sua perturbadora infância “fóbica”: avião e trovão. Era um avião no céu e ela achando ser trovão, era um trovão e ela pensando ser avião. E pros dois barulhos ela cagava, mas não o "cagava" que pra muitos significa não estar nem aí, era o cagava cagava mesmo: diarréia, das bravas.
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Muito prazer, “fobicazinha”, somos o trovão e o avião, nossa missão é, a partir de hoje, te assombrar e não te deixar em paz brunnhurrmurrrrrbpaaapuuubúúúúúúrrrrrrr
Nem o costumeiro “se cuide” falaram pra ela, quando vieram se apresentar. E, assim, ela se transformou numa menina super-hiper-mega-medrosa-cagona...
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Só que o trovão foi babaca. Com o tempo descobriu que o perigo, pra o que ele representava, vinha do relâmpago; esse sim, causador de tragédias possíveis.
Botou língua pro trovão e seguiu em frente. Talvez mais corajosa, por que conseguiu vislumbrar outra realidade. Tá, às vezes, ela ainda se assusta com o barulho do trovão. Aliás, ela tem medo de barulho. Mas convenhamos... nem fica bem contar isso... hoje ela já é uma mulher, quase uma anciã...
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De avião diminuiu o medo porque atualmente, na sua cidade, são bem menos os aviões que cruzam aquele céu. Mas se eles vêm em bando ela quase borra as calças: de novo. Esquadrilha da fumaça não é coisa de Deus, dá licença!!! Pânico, ela sente. Total.
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Não satisfeita com o medo das coisas que vinham do céu, descobriu que tinha medo de passar nas pontes: chorava, urrava e se imaginava caindo nos rios e riachos sem poder sair do carro e sem saber nadar. As pontes, por certo, sinalizavam, desde a sua infância, o medo de mudanças. A rotina é, pra ela, segurança, alicerce. O novo traz certo desconforto: pânico. Pontes = etapas. É, desse pânico, ela sabe o porquê...
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E desde sempre - num tempo que nunca soube precisar e, seguramente, anterior ao de aviões, trovões e pontes – a maior de todas as fobias vinha dos animais. Cachorro ganha sempre em disparada. Se bem que... já se imaginou enfrentando uns cinco no lugar de um só rato.
E a fobia a animais vem representada por toda a arca de Noel. Aliás, se ela houvesse sido convidada pra essa viagem daria um jeito de afogar todos os bichinhos e, de quebra, enforcava os peixes, tubarões e afins. Pulou, abanou o rabinho, latiu, avoou, fez miau e piu piu, ela se apavora.
De todos os animais a única que se salvou (ou que a salvou) foi a joaninha. De joaninha ela nunca teve fobia e quando, na infância, pegava uma fazia questão de mostrar aos amiguinhos toda a sua coragem.
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De gente ela tem pouca fobia. Lida bem com essa espécie e não perde tempo pensando que pode trombar com um ladrão enquanto caminha pela casa ou pelas ruas. A fobia que ela tem, relacionada às gentes é algo que vem dela mesma. Tem, muitas vezes, medo de rasgar a cara de algum imbecil que faz, da cara dela, um relógio. Não passa daí.
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E do que se refere a algo mais “chão”, ela se preocupa com os poços. De cair, teve medo; de não achar a saída tem fobia. A maior delas, pois o poço é fundo e há grades por todos os lados. A tal prisão...
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Uma linda quinta-feira pra vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há catarse.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TOP 3x7

Tema: Fobias
Por Nina Reis


Dos que tenho

Ablepsifobia - medo de ficar cego
Acrofobia - medo de altura
Batofobia - medo de alturas ou ficar fechado em edifícios alto
Claustrofobia - medo de espaços confinados ou lugares fechados, ou seja, o oposto da agorafobia
Clitrofobia ou cleitrofobia - medo de ficar fechado
Emetofobia - medo de vomitar
Fotofobia - medo de luz (na verdade não é medo, só não consigo ficar de olho aberto, mas se foi constatado que eu tenho, então, não nego)


Dos que já tive muito e hoje não tenho nada ou quase um pouco.

Acluofobia - medo ou horror exagerado à escuridão.
Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro
Cinofobia – medo de cães
Hipengiofobia ou hipegiafobia - medo de responsabilidade
Isolofobia - medo da solidão, de estar sozinho, o medo de ficar isolado (Autofobia, Monofobia)
Motefobia - medo de borboleta e mariposa
Somnifobia - medo de dormir

Dos que acho estranho (engraçado)

Afobia - medo da falta de fobias (complexo)
Anatidaefobia - medo de ser observado por patos (ou de ir pra Patos, será?)
Ataxofobia - medo de desordem (prefiro não comentar)
Catisofobia - medo de sentar-se ( se tiver com hemorróida, posso até concordar)
Cronomentrofobia - medo de relógios (provavelmente a pessoa não deve chegar na hora certa nunca)
Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida (rsrsr esse não tenho mesmo, já me observaram andando)
Tafofobia ou tafefobia - medo de ser enterrado vivo (quem não tem?)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

#Medo

Tema: Fobias
Por Rafael Freitas


_ Filho! Você vai sair com essa chuva?
_ Ô, mãe! Tenho medo de chuva, não. Não sou de açúcar!
_ Mas você pode pegar uma gripe. Aí vai ter que tomar remédio, injeção...
_ Ah, que nada! E se pegar, nunca tive medo de injeção! Nem de dentista!
_ Verdade... Lembro que com nove anos você ia sozinho ao dentista!
_ Pois é!
_ Então cuidado com a escada. O piso fica liso por causa da chuva.
_ Tudo bem, mãe...
_ Eu morro de medo de que alguma coisa aconteça com você, meu filho. Vai que você cai, machuca, quebra um braço...
_ Quanto pessimismo, mãe. Vai acontecer nada, não.
_ Certo... Ó! Fecha a porta! Seu pai saiu e eu morro de medo de ladrão.
_ Mãe, a senhora acha mesmo que vai entrar um ladrão aqui em casa sendo que nem anoiteceu? A rua aqui é movimentada!
_ Nunca se sabe, meu filho. E dá bobeira pra você ver: pode ser assaltado!
_ Aff... Não faltava mais nada...
_ Filho, eu tenho que falar! Mãe é assim mesmo, vive preocupada. Você não tem medo de nada, não???
_ Tenho, claro. De altura, da Maria Engomada, de fofoca, de ter depressão, de não ser realizado profissionalmente, de não conhecer Paraty, Jericoacoara, Fernando de Noronha e a Grécia, de filmes de terror...
_ Mas filme é só filme, oras!
_ Pois é. Mas medo é uma coisa que não se explica, né?!
_ Ah, mas a gente tem que ser forte e lutar contra o medo!
_ A senhora está certa, mas agora eu preciso ir.
_ Mas a chuva ainda não passou! E olha quanto trovão! Você não tem medo?
_ Não, mãe. Não tenho medo de chuva nem de trovão nem de nenhum outro fenômeno da natureza.
_ Nem de tsunami? Eu ouvi dizer que...
_ MÃE! Não apela.
_ Então vai lá, meu filho. Um beijo e se cuida.

...

_ Uai! Você não estava com tanta pressa? Por que voltou?
_ É que tem uma aranha lá embaixo, perto da porta.
_ E qual o problema?
_ É que... er... hum, eu tenho medo de aranha...
_ O quê? Mas até agora pouco você não tinha medo de nada, nem de injeção, nem de médico, nem de raios!
_ É. Mas de aranha eu tenho.
_ Ah, filho! Faça-me um favor! Olha o seu tamanho perto da aranha! Era uma caranguejeira?
_ Não... É uma dessas que fazem teia no canto da parede mesmo...
_ Então é só dar uma chinelada nela, pisar em cima, sei lá!
_ Mas eu tenho medo! Vai que ela pula e pica minha mão! Ou minha canela! Aai...
_ Filho! Você é um homem ou um saco de batatas?
_ Se a resposta estiver intimamente relacionada à aranha, pode-se dizer que...
_ Eu vou lá e mato a danada pra você. Mas eu não me conformo! Um homem deste tamanho com medo de aranhas! Ah, faça-me um favor. Se fosse um bicho muito bravo, vá lá. Mas uma aranha? Eu mato tudo! Até barata! É uma vergonha...

...

_ Matou?
_ O quê?
_ A aranha, mãe!
_ Ah... É... Não cheguei lá.
_ Mas por quê?
_ É que tem uma lagartixa no corredor!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tema: Fobias
Laura Reis



Penso que numa biografia minha, de 10 capítulos, com certeza, 1 seria facilmente dedicado aos meus medos.
É isso.







*pode não ter vontade de postar um dia né? só não pode não postar. prometo num dia inspirado falar tudo sobre meus medinhos, ok?

sábado, 2 de outubro de 2010

Bom estar com vocês, desabafar com vocês

Tema: ossos do ofício
Por: 
Taffa
Boa tarde a todos, é a primeira vez que venho ao encontro dos T.A. (Trabalhadores Anônimos) e eu gostaria de me apresentar:
Meu nome é Taffarel, tenho vinte e dois anos e trabalho como Analista de Sistemas Junior na Codiub, uma empresa que gerencia os serviços de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) para a Prefeitura de Uberaba e demais secretarias, departamentos e entidades públicas da cidade.

Na verdade, sou um iniciante nesse campo. Estou numa fase onde o escutar vale muito mais do que o dizer e o aprender está presente durante todo o desdobrar dos dias. Recém-formado, estou no meu primeiro emprego de nível superior e trabalho com análise e desenvolvimento de sistemas para Internet, objetivando melhorar a comunicação da prefeitura com as demais edificações e tornar os programas mais visuais e simples para que os usuários leigos não tenham problemas durante sua utilização.

Informática é algo cansativo, admito. Demanda comprometimento, paciência e vasto conhecimento na área. Como ainda não sou um expert, preciso de paciência em dobro, pois ainda me perco e, muitas vezes, preciso pedir ajuda aos demais que trabalham comigo. Nesse ponto só tenho a elogiar porque tenho profissionais extremamente capacitados na minha equipe e, embora ótimos no que fazem, são humildes e nunca deixam de auxiliar.

Pretendo continuar na empresa com o intuito de aprender mais, mas não almejo ficar lá para sempre. Assim como agora estou aprendendo e dando início a minha caminhada, no futuro pretendo me especializar e continuar até atingir os objetivos que desde já planejo. Além de trabalhar com informática, tenho vontade de lecionar para turmas de nível superior e sei que é algo que me deixaria realizado.

No mais, continuo com a minha jornada trabalhista e, caso tenham alguma curiosidade, basta me mandarem algum e-mail, porque esse lance de passar telefone já está defasado.
Muito obrigado a todos pela atenção e espero que eu continue a marcar presença aqui todos os sábados durantes as nossas reuniões, afinal, todos estamos aqui para desabafar um pouco a respeito das nossas (não tão) simples vidas.

*Palmas*

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Roendo!!!

Tema: ossos do ofício
Por:
Paulinha Miranda


O que mais existe no mundo são fulaninhos prepotentes. Quando me perguntam porque escolhi essa profissão, eu simplesmente faço meu melhor olhar blasé e respondo: Eu não escolhi essa profissão, ela que me escolheu!

De certa forma eu não sofro com aquilo que eu não posso mudar!

Não posso reclamar de bater cartão, de não poder ter uma falta, porque os alunos simplesmente não faltam e precisa de mim. De preencher diários enormes e enfadonhos.

De ouvir reclamação por causa de provas e notas. Eu sei que meu futuro é ficar corcunda de tanto corrigir trabalhos, cega de tentar enxergar as letras psicografadas dos alunos e com certeza com uma alergia por causa do giz. Eu conheço a história do pacote completo.

Eu até que me vejo fazendo outras coisas. Eu simplesmente não vou trocar o diabo que eu conheço por algo que eu não conheça. Dizem que é melhor confrontar aquilo que é intimo do que o desconhecido. Vai saber.

Beijocas
Paulinha Miranda