quarta-feira, 31 de março de 2010

Será que é tudo verdade?

Tema Livre
Por Nina Reis


1 - Amo todos os chocolates do mundo

2 - Sei dar estrelinha

3 - Adoro matemática

4 - Já fiz parte de uma banda

5 - Tenho medo de bichos com asa

6 - Sou hipocondríaca

7 - Sou louca por macarrão

8 - Já tive 2 namoradinhos ao mesmo tempo

9 - Adoro yacult

10 - Amo danoninho

terça-feira, 30 de março de 2010

Coloque V ou F


Tema livre
Por Rafael Freitas_



Oba! Laurinha salvando a semana de Tema livre com um meme!
A regra deste é: contar 10 coisas sobre mim, sendo 6 verdades e 4 mentiras.

1 – Sou chocólatra;

2 – Sei fazer malabarismo com três bolas;

3 - Não sei andar de bicicleta

4 – Não penso em escrever livros, mas em compor músicas;

5 – Já fiz parte de uma banda;

6 – Nunca fui bom em Física;

7 – Já depilei o peito com cera quente;

8 - A primeira vez que fiquei bêbado foi porque exagerei no vinho tinto;

9 – Já me fantasiei de Elvis;

10 – Mamma Mia foi o filme que mais gostei de assistir no cinema.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Verdades e mentiras

Tema livre
Por LauraReis

a imagem é daqui oh

Oba! Lembra dos memes? Então.

A regra deste é: contar 10 coisas sobre mim, sendo 6 verdades e 4 mentiras.
Vejamos..


1) Comeria uma lata de leite condensado puro, sozinha;

2) Sempre gostei de [dar] cambalhotas;

3) Não sei nadar devido a um trauma de infância;

4) Tenho um livro escrito, mas não penso em publicá-lo agora [motivo: o tema];

5) Já me convidaram para fazer parte de uma banda;

6) Eu tenho medo de lagartixa;

7) Fiz escova progressiva três vezes;

8) Bebi cerveja uma vez e passei mal, por isso não bebo nada;

9) Já passei mal de tanto comer

10) Quando estava na quinta série planejava morar sozinha.


Agora é com vocês..
sei lá que dia vou contar a real (quem lê pensa que é difícil).

quinta-feira, 25 de março de 2010

A saudade é uma estrada longa...


Tema: música
Por Rosana Tibúrcio



Para o Almir Sater e Paulo Simões a saudade não é boa nem é ruim, mas pra mim ela é mais boa que ruim, pois representa tempo bom, de crença nas pessoas e na vida.
Eu tenho saudade de músicas, de cheiros, de tempo (vento, sol, chuva, brisa, calor...) de toques e gostos.
Eu tenho saudade:
. de comer os sonhos de minha avó, as rabanadas de minha mãe e os suspiros de minha tia;
. do meu primeiro namorado e de como andávamos pelas calçadas da cidade onde eu morava;
. dos pilequinhos que tive no meu tempo de solteira;
. das "horas dançantes" – hoje denominadas “baladas”;
. do tempo em que fui feliz no casamento;
. das vezes que fiquei grávida;
. de amamentar as maluquinhas;
. das minhas filhas pequenas;
. da época em que eu trabalhava no Banco;
. da época em que eu tirava férias convencionais, tinha sábados, domingos e feriados de folga;
. da minha casa cheia das minhas gentes: guaranetes, convidetes e visitetes;
. do tempo em que eu acreditava em amores virtuais, ouvia esta música e ficava sonhando... sonhando...
E você, tem saudade de quê? Diz aí...
.
Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há saudade de tudo isso aí e das quintas em que, logo de manhã, meu post tava pronto e acabado.
.
A Saudade é uma Estrada Longa
Composição: Almir Sater / Paulo Simões
A saudade é uma estrada longa
Que começa e não tem mais fim
Suas léguas dão volta ao mundo
Mas não voltam por onde vim

A saudade é um estrada longa
Que começa e não tem mais fim
Cada dia tem mais distâncias
Afastando você de mim

Tantas foram as vezes
Que nos enganamos
Outras vezes nos desencontramos
Sem nem perceber
Mesmo sem razão eu quero lhe dizer
Sem intenção
Ver tudo se perder
Dói tanto, tanto

A saudade é uma estrada longa
Nem é boa e nem é ruim
Vou seguindo sempre adiante
Nunca volto,
Eu sou mesmo assim

A saudade é uma estrada longa
Que hoje passa dentro de mim
Me armei só de esperanças
Mas usei balas de festim

terça-feira, 23 de março de 2010

Como numa canção de amor.

Tema: Música
Por Rafael Freitas_



_ Caramba! O João conhece o Cláudio Nucci!

Já passara das duas e ele explodia de contentamento e ansiedade com o convite para o novo projeto. João - o Leitinho - era seu companheiro deste e de outros grupos musicais. Leitinho. Era assim que o Nucci lhe chamava. Engraçado.

Entre conversas de prazos, músicas e arranjos, a melodia lhe soou mais clara e significativa que para os outros. Sentiu um arrepio rápido que só fez denunciar sua emoção, aquela que ele sente diante de tudo o que é bonito. Era a voz do João: _ Ai, eu quero quero tanto...

Ele conhecia aquela canção. E agora aquele trecho não lhe saía da cabeça. Já não parecia mais tão importante o possível contato com o cantor. Até se esqueceu da ansiedade daquele projeto!

Assim como esqueceu-se dos planos para o fim-de-semana. Esqueceu-se das contas para pagar. Esqueceu-se de todas as suas dúvidas sobre o amor. Assim como das dores que já sentiu e das cicatrizes que carrega causadas por ele.

Era como se alguém o tivesse traduzido naqueles versos. Sim, porque embora não fosse assim tão claro, ele se sabia inibido, recatado e tímido na mesma proporção que arrebatado, atirado e rápido quando amava.

Não era paixão, embora quisesse.
Era o efeito que aquela canção de amor lhe causava.



domingo, 21 de março de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora.

Tema: Música
Por LauraReis



Reza a lenda que uma pessoa quando tinha doze anos dizia estar cansada e precisava dormir. Essa pessoa estudava de manhã e... só. Às vezes, tinha algumas provas, alguns trabalhos para fazer. Desses alguns eram em dupla; outros em grupo; outros só consigo mesma: os melhores!
[0]*

Um tempo se passou e essa mesma pessoa dizia estar cansada quando estava com seus dezesseis anos, quando começou sua vida social e saia à noite e tinha aulas de manhã e, poucas, à tarde; começava a se preocupar com problemas de relacionamentos amorosos e o futuro vestibular...
[4]

Outro tempo depois essa pessoa ingressou numa faculdade e começou um estágio voluntário durante a tarde, onde não havia muitos trabalhos. Os da faculdade já ocupavam bastante seu tempo, já que eram feitos em grupo de forma individual. Mas a manhã ainda era livre.
[6]

Eis que essa mesma pessoa, no seu momento atual, trabalha de manhã e de tarde, frequenta a faculdade no período noturno e utiliza de seus fins de semana para concluir trabalhos da mesma faculdade, que duram de sábado até domingo. Ou seja: que dó.
[8]

E, no último fim de semana, com o intuito de ouvir umas músicas bacanas e dar um tempinho nessa vida corrida, viajou com uma turma da faculdade às seis da manhã para Uberlândia; conheceu muitos veículos de comunicação num curto espaço de tempo; ficou por lá para ir ao melhor show do mundo inteiro; achou que ia perder a voz, mas na verdade perdeu um pedaço da rasteirinha; voltou pra casa às seis da manhã e, no dia seguinte, foi para uma festa que durou de cinco da tarde até duas da manhã; voltou de viagem para sua linda casa; recebeu uma, duas, três visitas, incluindo seus irmãos que são uns anjinhos e, ainda, resolveu ficar online e fazer quinze coisas ao mesmo tempo como: olhar twitter, baixar músicas, conversar no msn, organizar outra parte de seu livro, pensar no seu trabalho de faculdade para quinta-feira e escrever esse post.
[11]


Prazer, essa sou eu agora.
Beijosmedaumtempo?


*[0 a 10 na escala do cansaço]


Foto: aquisições (e perdas) do fim de semana – o texto da Fernanda Young na Playboy; opa, a rasteirinha; um daqueles setecentos mil papéis pratas que caem na gente durante a música Adeus do show do Móveis (aham, Cláudia, guardei); adesivo da TV Integração; cartão de visita da Imaginare filmes e a missão dos cupins durante a fila para o show.


Ps.: SIIIM!! Inovar é preciso e eu não coloquei a música em evidência, porque, veja bem... móveis é muito melhor e minha história de cansaço também. Para reclamações ligue 0800-123456789. Beijo.



ADENDO - Enquete
Qual deveria ser a ordem das observações?
1) *, Foto, Ps
2) *, Ps, Foto
3) Foto, Ps, *
4) Foto, *, Ps
5) Ps, *, Foto
6) Ps, Foto, *
7) IRRELEVANTE (que junto de não e sim formam o nome da próxima brincadeira do C.A.C.G.)

sábado, 20 de março de 2010

O cantinho da moça

Tema: descrição de um ambiente
Por Helô
Fotos: Taffa

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A porta se abre. Uma pequena sala, ainda não mobiliada, aparece e a dona do espaço explica em detalhes como o ambiente ficará depois de pronto, pra receber seus clientes.
À esquerda tem um corredor que dá espaço à cozinha, pequena mas muito prática, inda mais agora que a moradora mandou fazer os armários. Tem uma geladeira novinha, já com geléia de maracujá e mousse de limão, um fogão também novo e miles de coisas que uma cozinha tem que ter.
Depois da cozinha vem a suíte. Banheiro excelente com uma "senhora" bancada. Montes de cremes, perfumes, escovas de cabelo e... bem se vê que é um banheiro exclusivamente feminino.
E o quarto. Super claro, já que tem janelas quase até embaixo, em toda a parede externa. Tem uma cortina que foi instalada pelos amigos Valtinho e Dani. Quer dizer, a Dani deve ter dado só o apoio moral.
Acho que a moça torce pro Flamengo porque ela cobriu uma parte da janela com contact vermelho e preto. E aí, pra disfarçar, ela diz que é pras pessoas deixarem mensagens na parte vermelha. Mas ela não pediu pra eu deixar a minha SNIF SNIF. Sob a janela tem um nicho, com boa profundidade, onde será feito um armário com várias portas. Ótima essa ideia de aproveitar um espaço que poderia ser considerado inútil. Tem uma cama de casal que, pelo que eu soube, ainda não foi devidamente utilizada (a menina não tem pressa!). Tem também uma mesinha quadrada onde está a TV -super presente de uma amiga querida- e dois banquinhos ou cadeiras (não tenho certeza), mas sei que eles têm almofadinhas com estampa alegre e juvenil.
Perto da porta do banheiro ficará a máquina de lavar roupas. Todo o chão do quarto está decorado com caixas abertas, caixas fechadas, malas abertas, malas fechadas (tem uma só com as canecas da moça) e sacos de coisas que ainda não têm onde serem acomodadas. Mas tudo está caminhando bem. Os planos pra organizar os espaços estão definidos, e serão feitos um de cada vez. O que me parece muito legal, pois nada melhor do que curtir a arrumação pouco a pouco. Tomara ela se lembre de fotografar o espaço e sua evolução. Vi o penduricalho com tsuru que a Flavíssima deu pra ela já instalado, e a fronha mais linda que a Jéss lhe deu num travesseiro.
A moçadonadoespaço está muuuuuito feliz com sua independência. E muito consciente da necessidade de dar um passo de cada vez. Ela trabalha como louca e não se deixa abater.
Em minha viagem à Brasília, estive com ela pouco mais de 1 hora, tomei água de côco e ouvi essa menina linda, que poderia ser minha filha, falar de seus projetos com uma força e garra invejáveis.
Rosanita é sua mãezona de verdade, mas sei que ela não se importa quando eu digo que MARINA LINDA é um pouco minha filha também. Tenho tanto orgulho dessa menina!!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um lugar* quase indescritível

Tema: descrição de um ambiente
Por Rosana Tibúrcio

imagem

Na varanda que dava para a entrada da casa grande havia umas muretas suficientemente largas para que alguém pudesse se sentar ou deitar sobre elas. O chão era frio, um frio gostoso, que aconchegava, refletia calma e lugar bom de ficar. Havia duas grandes redes bastante disputadas.
A sala era imensa com poltronas escuras, mas não eram de um “escuro” triste; diria sério: pra gente grande ficar e conversar.
O chão de tábua corrida brilhava o resultado de momentos firmes em que alguém caprichoso, empunhando um escovão com uma flanela lisa por baixo, cuidava pra que ficasse como um espelho.
Não havia muitos enfeites naquele lugar, o espaço era livre, quebrado apenas por um tapete que cobria a largura da porta. Era obrigatório limpar os calçados, tirá-los se preciso, caso alguém viesse, da terra molhada, em dias de chuva.
Depois da sala havia um corredor imenso com várias portas de madeira que davam para inúmeros quartos da casa. As paredes desse corredor eram ocupadas por fotos de toda a família e amigos: sem nenhuma ordem específica.
No final do corredor ficava o cômodo mais disputado da casa; perdia, às vezes, para a varanda, mas só em noites de cantoria.
A cozinha, o melhor ambiente da casa, era imensa também. Um forno a lenha, uma mesa para perder de vista, além de outros móveis necessários para um lugar como aquele.
A melhor hora do dia era na parte da manhã em que se servia um café melhor que qualquer hotel cinco estrelas. Várias quitandas eram retiradas do forno a lenha: bolo de fubá, laranja, cenoura ou chocolate; biscoito de polvilho, cascudo ou de queijo; sonho; rabanada; pão de queijo; bolachinhas de nata ou leite. E para acompanhar havia o famoso café (não o quiçá, mas igualmente famoso... rs) além do leite quentinho, chocolate em pó, mel, queijo de minas, requeijão escuro, geléias de vários sabores e outras delícias.
Naquela cozinha a meninada não se alimentava só das comidas boas e caprichosas feitas pelas “tias”; era ali o espaço mais democrático da casa grande. Aquela frase, normalmente usada na sala de poltronas escuras: “a conversa não é pra criança”, jamais era dita naquela cozinha aconchegante e, quem fosse mais esperto, chegava mais cedo e saía por último.
Os causos contados, muitos deles pela enésima vez, tinham sempre o sabor do novo, pois um gesto, um “mas” ou um “porém” eram acrescentados, propositalmente, no meio do caminho. O fim já se conhecia, mas o percurso da história era quase sempre surpreendente.
E quando alguém resolvia tirar um som da colher batendo num copo de vidro? Uma orquestra se formava, terminando com risadas altas, livres e felizes.
Ali naquela cozinha da casa grande era o lugar mais feliz do mundo. Um lugar em que os utensílios, além do forno a lenha e da mesa grande nunca foram muito importantes pra se guardar na memória. Naquela cozinha os sabores, os gestos e as sensações eram e são a melhor lembrança, mas quase indescritíveis. Só vivendo!
..
Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um sonho bom de um lugar feliz.

*Um lugar em que já estive, por mais de uma vez, em sonho: juro!!

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terça-feira, 16 de março de 2010

A [sala da] Flauta Mágica*

Tema: descrição de um ambiente
Por Rafael Freitas_



Estou em uma sala de aula. A porta é cinza e as paredes são amareladas, num tom de bege. Tem duas janelas, uma lousa e ventiladores. Um armário de madeira lá no fundo, do lado esquerdo, sozinho, coitado, suportando muitas tranqueiras no lombo. As paredes são cheias de cartazes. Tem até um estandarte se passando por bandeira da Terra de Vera Cruz, imaginem! No canto direito, mais alguns objetos encostados na parede. Um deles é comprido, listrado de verde, amarelo e vermelho. Parece um pedaço de bambu adornado. Tem também um piano que deve ser muito antigo: não é lustroso e bonito como o outro do seu lado; é de uma madeira bruta, parece não ter sido devidamente acabado.

Parece uma sala muito chata.

Mas não é.
Não quando governada por Marialba, a Flautista. Dizem as más línguas que ela tem sangue verde das fadas da floresta. Outros afirmam que o Flautista de Hamelin era seu primo e foi ela quem lhe ensinou a encantar aqueles ratinhos. Pode ser, já que muita gente já foi fisgada pela sua música.

Nesta sala, a Flautista é regente de um grupo muito bizarro. Coisas estranhas acontecem sob seu comando. Tem homens e mulheres entre duendes e fadas. Um bobo da corte dança com uma odalisca; uma cigana lê a mão de um escravo sofrido. O armário surrado é apenas um disfarce: ele esconde o tesouro da Senhora: muitas flautas (uma evidência de seu parentesco com o moço famoso de Hamelin) e a caixa de máscaras.

O piano que parece velho é, na verdade, uma espineta (já ouvi dizer que é parente do cravo, que é tio-avô do piano). O piano bonitão fica até com ciúmes quando alguém a toca: ela combina mais com aquela bizarrice toda e com a proposta daquela trupe. Os objetos deixados ali perto e sobre o armário são percussivos; marcam ritmos, fazem graça, aceleram o coração da gente.

As cadeiras agora estão em círculo. Todos estão sentados. Parecem uma família. Ou amigos que se entendem muito bem, falando a mesma língua, vivendo o mesmo sonho e paixão. A flautista fala, brinca e ri. Todos falam, brincam, riem. E aprendem.

A mágica começa: soando juntos, flautas, violões, tambores, pandeiros e vozes transformam a sala numa máquina do tempo! Uma viagem incerta, porém prazerosa, por várias épocas, civilizações e culturas diferentes. Verdade! Há testemunhas! Eu mesmo já bebi vinho nas tabernas com cavaleiros que voltavam das Cruzadas e paravam pra descansar! Conheço gente que já dançou nos salões nobres de antigos reis e rainhas. Já vi quem tivesse conversado com escravos de Minas Gerais. O Zé disse que já bebeu uma pinguinha lá no México com a Señora Chichera!


Mágica.
É o que acontece a cada ensaio na sala 23.


* O título faz referência à obra A Flauta Mágica, de Mozart, ópera em dois atos que mostra e filosofia do Iluminismo. Algumas de suas árias são bastante conhecidas, como as da Rainha da Noite.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Daqui de dentro

Tema: descrição de um ambiente
Por LauraReis





Aqui onde eu moro é um pouco abafado e escuro, mas a gente acaba acostumando, né?
A moça que me colocou aqui dentro tinha um sorriso tão bonito no rosto na hora, parecia tão feliz, que eu nem me senti tão ruim quando ela fechou a porta.
Ou seria a janela? Não sei distinguir ainda as coisas da minha nova casa.
Sei que aqui tem muitos de nós, tão diferentes, morando juntos. E nos damos bem, porque parece que com todo mundo é assim: a última lembrança do lado de fora é o tal do sorriso da moça.
Às vezes também parece apertado, um fica em cima do outro por aqui, mas a gente se ajeita e convive bem.
Tem dias, assim, mais ou menos uma vez por mês, que a moça do sorriso bonito abre nossa casa e a gente pode tomar um ar. Mas ela parece sempre muito apressada, porque, apesar de todo aquele sorriso, é sempre tão rápido o tempo em que ela nos deixa dar um passeio.
E parece até não ser a mesma moça do sorriso bonito, considerando que ela coloca nossa casa de cabeça para baixo, nos espalha e depois junta tudo de novo, tudo muito rápido. Nesses momentos sempre sentimos a falta de um colega, mas aí passa um pouco, um dia ou dois e a moça sempre traz ele de volta pra casa. E quem sai daqui nunca conta o que fez lá fora, acho que ela pede segredo, não sei.
Tem dias que sinto vontade que ela me pegue, porque parece que é coisa importante, sabe? Mas às vezes eu tenho certo receio de que a felicidade que meus colegas ficam quando voltam pra casa seja só uma farsa.
Porque assim, antes eu não acreditava em farsas não, mas tem uns colegas aqui que possuem uns discursos tão pessimistas, tão sofridos, são tão cheios de histórias frustradas que, sabe... isso acaba influenciando, de uma forma ou de outra, nosso pensamento. Sei que me sinto feliz e estou quase sempre alegre, acho que em mim tem coisas felizes enraizadas, escritas pelo tempo, talvez. Voltando a falar da minha casa: aqui, apesar de sempre ficar fechada, como a gente acostuma e também porque às vezes a moça abre a porta (ou a janela?), dá pra saber que tem umas paredes que são todas brancas e outras que são coloridas. Como quando abre a gente fica bastante curioso, querendo ver lá fora e ver a gente e ver a casinha, eu não consegui ainda definir quais são as cores das paredes coloridas, mas sei que tem vermelho, e eu gosto tanto de vermelho. Na verdade, acho que gosto mesmo de morar aqui. Minha antiga moradia me obrigava a ficar tão paralisado, parecia tão etiqueta, era chato (literalmente?). E aqui, sabe, são tantos sentimentos juntos, num lugar tão pequeno, parece tão acolhedor. Me sinto bem. Sou feliz aqui. Obrigada, moça do sorriso.




Esse depoimento foi dado por um dos milhares de bilhetinhos e cartinhas que Laura guarda dentro de sua caixinha xadrez pequenininha.

domingo, 14 de março de 2010

Cheguei para o TOP 5

Tema: Top 5
Por: NinaReis

1 -
Oi!
Oi!
Prazer
Deixa que o prazer eu te proporciono.

2 -
Nossa senhora... acabei de ouvir uma aqui terrivel
Gatinha, você é o ovo que faltava na minha marmita.

3 -
Você trabalha no Mc´Donalds
Não.
Mas eu amo muito tudo isso.

4 -
Tá esperando o ônibus.
Não. Por quê?
Porque você está no ponto.
(aff, essa é terrível)

5 -
Se eu pudesse te ver nua, eu morreria feliz.
Resposta: Se eu pudesse te ver nu, eu morreria de rir.
.
Galera, desculpa pela correria .. tá F*** esses dias.
mas ANTES TARDE DO QUE NUNCA

quinta-feira, 11 de março de 2010

Do que me esquenta a cabeça na SI

Tema: top 5
Por Rosana Tibúrcio
Amo o meu trabalho, a minha senzala intelectual, a famosa SI. Porém, definitivamente, eu não sou uma pessoa de muita paciência.
Todos os anos, desde 2000, acontecem pelo menos quatro dos cinco itens que relaciono abaixo. Neste ano, por exemplo, e a menos de vinte dias, aconteceram todos, acreditam?
1. Pergunto: “e as normas específicas da Faculdade, você trouxe?” Cliente responde: “não tem normas específicas lá, é pra seguir as da ABNT.” Conclusão: depois de tudo pronto o sujeito aparece com as que eu solicitei e quer ajustes sem pagar por isso.
2. Quando me perguntam: “não dá pra fazer mais barato?” Às vezes, respondo só com um não; noutras eu acrescento que meu trabalho não segue o processo de um leilão; tudo depende do meu estado de humor – que nesses casos é sempre: estado mal-humorado.
3. O cliente diz: “nossa, vai ficar nisso tudo? É muito fácil o que precisa ser feito, você não deve levar nem meia hora.” Nesses casos eu sempre respondo: “ué, se é fácil, faça você, não justifica pagar para...”
4. “Eu posso passar aí no domingo? Na semana é muito complicado pra mim”, o cliente fala. Eu digo: a) domingo não, vamos marcar outro dia?; b) pois é, domingo, pra mim, é complicado; ou c) domiiinnngoooo?
5. Depois deu ter feito mil questionamentos – pela minha experiência já sei bem o que “vai pegar” - e de não ter recebido nenhum retorno adequado o sujeito cisma de “cobrar” exatamente aquilo que foi questionado. Claro que não leu nada do que escrevi; não ouviu nada do que perguntei e aí ousa me dizer: “não me preocupei porque me disseram que você era boa de serviço” eu respondo, na lata: “eu não sou boa de serviço, eu sou exceleeeeente, mas não tem como adivinhar determinadas questões, por isso fiz as perguntas e blablablásss
Definitivamente: mexer com gente é foda; é preciso muito pacença; pior que ouvir cantadas imbecis como as que Laurinha e Rafa colocaram aqui na segunda e terça-feira, não é mesmo minhas gentes??? (não segui o top de vocês, tô perdoada?? rs).
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Uma linda quinta-feira pra todos vocês, pois nas quintas há algo diferente no ar e nesta há, pra variar, top 5 catarse... porque desabafar é muitoooo bom...

terça-feira, 9 de março de 2010

Poetas para quê?

Tema: Top 5
Por Rafael Freitas_



Definitivamente, as PIORES cantadas.


1. A pior cantada recebida
_Qual é o seu nome?
_Rafael.
_Rafael é nome de anjo, né?!
_É.
_O meu é "L"*. Sabe o que isso significa?
_Não.
_"L" é nome de anjo também! E quando dois anjos se encontram, o que a gente faz?
_ ... (com cara de lâmpada) Nada!

2. A pior cantada óbvia
Você vem sempre aqui?

3. A pior cantada encontrada no Google
Todas essas curvas, e eu sem freio nenhum...

4. A pior cantada “inédita”
Meu nome é Arlindo. Mas pode me chamar de lindo, porque o ar eu perdi quando te vi.

5. A pior cantada “antenada”
Me chama de Iphone e touch me.



* Detalhe: "L" não era nome de anjo.

domingo, 7 de março de 2010

Sei que você fez os seus castelos..*

Tema: Top 5
Por Laura Reis





Top 5 – As melhores [melhores?] cantadas ou as que eu sei de cor

1) - Você tem um garfo aí?
- Não, por quê?
- Porque estou dando sopa
- Mas não é colher?
- Não, é que eu sou difícil.

2) Ei, você tem um lápis de cor aí... pra colorir nossa amizade?

3) - Hoje é seu aniversário?
- Não, por quê?
- Ce tá de parabéns!

4) - Você já fez aula de canto?
- Não
- Então vamos ali pro canto que eu te dou uma aula

5) - Me cola na parede, me chama de post-it.



EXTRAAAA! EXTRA!

- Me dá uma chance que eu faço você esquecer o Alex.
- Que Alex?
- Tá vendo, já esqueceu!



*mas, minha filha... príncipe só no conto de fadas e olhe lá!

sábado, 6 de março de 2010

Sudoeste, próximo aos 300

Tema: uma foto, um conto
Por: Taffa

- Eu me sinto mais adulta agora. – Ela deixou escapar.
- Por quê? – Questionei.
- Não sei. Deve ser porque consegui arranjar um cantinho pra mim. Agora eu moro sozinha e é tão bom ver que o meu esforço valeu a pena.
- É claro que valeu, florsh. Aliás, não só a pena, mas muito mais.
- Também acho. E sabe o que eu gosto mais? É que aqui tudo é tão pertinho, tão bonito. Você pode não acreditar, mas quando eu entrava no ônibus e vinha pro Sudoeste, eu já começava a sorrir e a prometer que, algum dia, eu ainda moraria aqui.
- Tá vendo só? Você conseguiu! E eu morro de orgulho da minha amiga Narainas por causa disso.
- Ownnn Brant... Eu fiquei tão feliz quando soube que você vinha. Aqui é tudo muito bom, sabe? Mas, às vezes, eu me sinto meio sozinha no meio de tanta gente e sem nenhum amigo constantemente por perto.
- É por isso que eu vim, Nina. Pra gente comemorar sua casinha e passear por aí. E você pode até se considerar adulta e tal, mas continua a ser o meu cuti-cuti, sabia? – Declarei.
E então sorrimos. Segundos antes de eu apertar suas bochechas e tirar a foto mais sexy do dia.
- Ficou gatíssima, Nina – eu disse enquanto ríamos - E cuidado aí porque com esses lábios de mel até eu te pegava - e pisquei com um olho.
- Então vai ficar na vontade, meu bem. Porque agora eu só me relaciono com pessoas da minha nova localização: Região Sudoeste, próximo aos 300*.
E fim.
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* Bem galera, preciso explicar algumas coisas... O Sudoeste é o local que possui o metro quadrado mais caro de Brasília, resumindo, a Nina tá com tudo. O único problema disso é que agora a mulher fica me menosprezando só porque eu moro no município de Patos de Minas em um bairro de classe média baixa. Eu mereço?
** Detalhe: ela fez questão de me relembrar desse pequeno detalhe pelo menos quarenta vezes enquanto estávamos em Brasília. E isso dói, gente. Meu coração chega a palpitar só de lembrar do quanto fui menosprezado.
*** No mais, ainda irei para Brasília e morarei no Sudoeste, próximo aos 300 e me tornarei o mais novo vizinho da Nina. Dessa forma, poderemos nos relacionar e viveremos felizes para sempre.
**** Bem... É isso. Desculpem pelo desabafo e obrigado pela atenção. Conto com a compreensão de todos. Até breve.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Maldita organização

Tema proposto: uma foto, um conto
Por Rosana Tibúrcio

Ela foi, é e procura ser uma mãe zelosa e organizada, ninguém há de negar.
Sempre buscou registrar, em fotos, os momentos mais lindos de suas filhas... e numa época em que as coisas não eram assim tão fáceis. Não havia essa parafernália interessante que há hoje em relação às maquinas fotográficas digitais, os jeitos todos de arquivar fotos e por aí...
Era meio que clicar poses das filhas, anotar as datas em que as fotos foram tiradas e rezar pra que elas ficassem nítidas.
Era uma festa quando dessas revelações, festa e momento de organizar tudo.
Fotos em ordem – mas em ordem messssmo: a mãe pegava o filme e ia registrando, de acordo com o que anotara numa agenda: foto a (dia x), foto a1(dia y), foto b (dia y, também) e assim por diante. As datas e os locais onde foram tiradas eram anotados atrás de cada uma delas e as melhores separadas para serem arquivadas nos álbuns.
Anexadas aos álbuns, a mãe anotava as datas na parte de cima onde colocadas e, na parte de baixo, fazia anotações importantes, com sua letra não muito bonita, mas fazia...
A filha mais velha foi a que teve mais desses álbuns.
Mas houve um outro tempo em que as duas meninas inventaram de tirar uma ou outra foto deles e isso provocou irritação naquela mãe que deixou esse negócio de organizar álbuns pra lá. As outras fotos estão todas ainda nesses albunzinhos comuns cedidos pelos laboratórios; guardadas numa gaveta qualquer da copa.
E mais cansada ainda dessa invasão nos álbuns que criara com tanto carinho essa mãe resolveu mudá-los de lugar para que o acesso a eles se tornasse mais difícil.
E assim... de cima de uma estante da sala de TV, a bendita mãe colocou todos os álbuns criados por ela na parte de baixo do armário de seu quarto. Pronto: proteção total ao trabalho feito com tanto zelo e organização.
Proteção? Nãnãninanão. Ledo engano!!! Pior que filhas “mexedeiras” de fotos, havia sob aquele armário, entre ele e os tacos, uma montanha de cupins...
E assim, a mãe zelosa perdeu cerca de seis álbuns de sua filha mais velha.
Por que só os da mais velha? Porque eles foram colocados em ordem cronológica, dos mais antigos aos mais novos, na parte de baixo daquele armário do quarto.
Maldita organização, malditos cupins...

Neste álbum não houve como recuperar nenhuma foto. Na tentativa de retirá-las, rasgavam

Nesta página uma foto foi salva (da babá da filha mais velha, como podem ler se conseguirem)

Uma linda quinta-feira pra todos vocês minhas gentes, porque nas quintas há algo diferente no ar e nesta há uma inquietação medonha na postante aqui: é bom mesmo ser organizada? Há um preço pra isso? #oremos rs

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meu amigo companheiro

Tema: Uma foto, um conto.
Por NinaReis

Deixa eu contar procês.
Desde sexta passada tem uma visita em minha casa. Uma visita muito especial.
Confesso que não estou querendo deixá-lo ir embora, mas realmente não posso segurá-lo mais. Mesmo porque ele precisa começar a mover os pauzinhos pra quem saber vir morar aqui na capital.
Ele é meu amigo, meu companheiro e o futuro morador de Brasília, porque se depender de mim, esse mocinho vem morar aqui logo logo.
Depois ele envia os zilhões de fotos que tiramos aqui e minha mãe anexa a melhor.
.
Meu conto é pequeno,
mas conto que o Taffarel é a melhor visita que já recebi.

obs.: até agora ele foi o único hahaha

terça-feira, 2 de março de 2010

Vó Kika.

Tema Proposto: Uma foto, um conto
Por Rafael Freitas_


_ Vó! "Vamo" tirar uma foto!
_ Ah não, filho.
_ "Vamo" sim! A gente não tem foto junto... Vem aqui.

Click!



_ Ah, vó! A senhora fechou o olho. "Vamo" mais uma.
_ Tá...

Click!
_ Vó, ri!
_ Não posso rir, filho. Eu não tenho dente. hihi


_ Então vamos fazer assim: tampa a boca com a mão e faz uma careta, que nem eu.
_ Não. Mas..
_ "Vamo", vó! Vai lá.

Click!


_ "Vamo" mais uma, vó. Mas eu vou tirar os óculos.
_ Tá. hihi
Click!

_ Ah... A senhora não riu. Mas ficou legal. Agora eu acho que a gente deveria aproveitar que todo mundo tá aí e tirar uma foto da senhora com os netos.

Da porta da cozinha, chamei meus primos e meus irmãos. A família aprovou a idéia. Numa questão de minutos, desceram as escadas da casa da tia e chegaram à cozinha da vó: Fernando com a filha Mariana, Marcelo com o filho Luiz Gustavo, João Paulo, Rafael, Leandro, Hugo e Lílian. Foi nessa ordem que ela os pegou no colo pela primeira vez, deu banho, pegou no colo e fez dormir.

Eles se espremeram ao lado daquela senhorinha baixa, magra, fraquinha, os lábios finos e murchos por não ter mais os dentes nem usar dentadura. Cabelos grisalhos, o cardigã de tricô listrado velho conhecido e as unhas com esmalte rosa claro, "Como o de nossa senhora", diria uma freira do colégio onde estudei.

Ela estava um pouco constrangida. Mas deveria estar orgulhosa.

Netos, bisnetos e Dona Francisca a postos, preparando o sorriso. O vaso de lírios brancos do lado, a geladeira e a parede azul de fundo. Minha cunhada, responsável pelo registro daquela preciosidade para qualquer álbum de família, enquadrou e tirou a foto, mas o click soou diferente: a bateria havia acabado.

O agrupamento de desfez entre risos e rostos frustrados. Mas eu não precisava de mais nada naquela noite. Já tinha a foto mais bonita.

segunda-feira, 1 de março de 2010

ai meu Deus..

Tema: uma foto, um conto.
Por LauraReis


E enquanto abria a janela pensou “Mas pra quê? Se o que realmente tem iluminado é ele?” Fotografou antes de fechar o vidro, olhou pra ele e pensou em como antes tudo era escuro e em como agora está claro e como ele havia lhe ensinado, sem querer, essas frases feitas bregas, mas sinceras.
Deu-lhe um beijo e disse “obrigada, meu Deus”.
Os dois riram da futura piadinha que ele, com certeza, faria.



[quaisquer dúvidas ou necessidade de esclarecimento, no CACG, ok?. Ou não. risos]