Tema:
Karaokê
Por
Rosana Tibúrcio
Por um grande período na minha
vida eu fui maravilhosa com letras de músicas, sabia todas que mais tocavam
àquela época: letra, autor, intérprete... e, lóóógico, a melodia. Sim, sei que
sou desafinada e né? Ouvi isso quando criança e no tempo em que meu ouvido era
bom.
Estava eu – contando a cena do
tempo de criança – brincando de um jogo musical em que alguém citava uma
palavra e a gente corria para o palco – pequena elevação feita de tijolos – subia
e cantava uma canção com aquela palavra. E eu cantava quase todas as palavras e
me achava o máximo, pois meio que campeã desse jogo da vida (ui!!!). Um dia
ouvi um amigo do meu pai, que estava com ele na calçada de casa, dizendo: “Rosana
sabe todas as músicas”. Meu coração cantou de alegria, era um elogio. Aí meu pai, crítico que só, e desnecessário, complementa: “mas é muito
desafinada” (oi???). Aí eu me pergunto: para que pessoas faziam isso e
continuam fazendo, né? Transformar uma brincadeira deliciosa, um elogio genuíno, em uma lembrança
não muito boa. Pais, adultos, melhorem!!!
Mas não é disso que quero falar.
Porém, talvez ainda. A partir desse dia eu – à época não entendia muito bem,
mas depois soube – melhorei mais ainda no quesito “sei todas as letras sim, ganho
todas ou quase todas desde que não tenha um adulto por perto para me julgar”.
Anos foram se passando, eu ainda
boa de letra – reforço esse quesito porque, na atualidade, piorei bastante –,
me deparo com o tal karaokê e, então, mesmo com muita de vontade de participar
de alguns... fugia. Afinal, só tinha adulto por ali, adulto normalmente é
crítico, e mais: o brinquedo atribui uma nota ao participante bem de acordo com
a afinação. Perderia todas se se levasse em conta o meu passado e minha
realidade: sim, ainda desafinada. Para que me chatear?
Até que um dia – JURO não me
recordo onde nem quando e... não foi sonho – participei de um karaokê com
apenas uma música que cantei – obrigada cervejinha e seus efeitos leves – tão
feliz: “Você deve acreditar no que é
lindo, pode ir fundo, isso é que é viver...” Música acaba e eis que surge
Rosaninha campeã da madrugada do karaokê: nota 100. Tal qual o moço campeão e
cantor – de fato e bom –, do post de terça-feira. Chupa mundo!!!
Nunca mais participei de um
karaokê, mas confesso um sonho de consumo: quero um trem desses para cantar, a
plenos pulmões, sem medo de ser feliz “vai sem medo, isso é que é viver...”
Afinal, nenhum karaokê que se preze pode ser bom sem “chuva de prata”. É nessa
canção que me apego em se tratando dessa delícia de passatempo, mesmo tendo participado apenas uma única vez.
Uma linda quinta-feira para todos
vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar... e hoje
há nostalgia, saudade e sonho...
Genteeeeee, vamos brincar de karaokê? eu quero um.
ResponderExcluirEu amo essa música!
ResponderExcluirMainha, vamo num karaokê!!!
(Tentando abstrair a parte dos adultos, afff)