quarta-feira, 13 de maio de 2020

Minha melhor versão


Tema: Nova fase*
Por: Nina Reis

Hoje, dia treze de maio de dois mil e vinte, dia de postar no blog eu me encontro mais perdida que cego em tiroteio. Eis que esses dois últimos dias foram massacrantes pra mim e repensei tanta coisa; ao mesmo tempo, não queria era pensar em nada. 
Senta e vem comigo nesse texto que pode ser bem desconexo, mas tenha paciência, pode ser libertador pra você também, caso se identifique.

Lá em dois mil e cinco, poucos meses antes de fazer minha primeira tatuagem, euzinha aqui simplesmente achava horrível quem optava por manchar toda pele e fazer desenhos que bem provavelmente, ficarão borrados com o tempo. Olhava com desdém, muitas vezes com desprezo e pensava: esse moleque não tem mãe, não tem amigo e não tem espelho. 

Ê mundinho que dá voltas meu “polvo”, hoje aqui estou, pinicando de vontade de fazer a minha décima, aliás, as próximas três tatuagens em meu corpinho e que, provavelmente, ficarão borradas com o tempo, mas e daí, isso é algo que não me preocupa mais e se te preocupa, esqueça disso e lembre-se, seu corpo, suas regras, meu corpo, minhas regras.

Teve um longo período da minha vida que simplesmente amava agradar os outros, principalmente as amigas. Eis que um dia disse meu primeiro NÃO e tudo mudou, senti uma liberdade gigantesca. Entendi que minha companhia era/é maravilhosa e que me obrigar a dizer sim para alguém, somente pra “manter” uma amizade, era/é passar por cima dos meus valores e hoje sei que o NÃO tem um valor imensurável pra mim. Se ainda não disse o seu primeiro NÃO, leia, releia e releia novamente esse texto, quem sabe não será libertador pra você também. 


Era uma criança/adolescente tão, mas tão implicante, que não sei como sobrevivi. Sério! Fui aprendendo a duras penas a tentar baixar a bola e compreender que no final das contas a pessoa que mais sofria era eu. Demorou, mas aprendi. Vez ou outra falho, porque assim, não sou perfeita né? Me deixa!


Era uma pessoa muito mais doce. Não, não fiquei amarga, nem ácida! Mas aprendi também que ficar neutra, ou muitas vezes discordar, me faz sentir muito mais doce que o doce da batata doce.


A vida não é um martírio e está longe de ser um mar de rosas. É importante aprendermos com os erros dos outros e, principalmente, com os nossos erros, pois acertar é uma delícia, mas saber enxergar nossas falhas e sermos capazes de mudar depois de errarmos é mais delicioso ainda.

A Nina de hoje é a minha melhor versão.

* Gostava/não gosto mais; era/não sou mais

5 comentários:

  1. tão bom reconhecer mudanças para melhor, né? Eu sou fã de um não, porque tem uns sins que aprisionam a gente. ninguém merece essa prisão .
    sobre ser implicante... olha. SIM!! era!!! hahah

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  2. Martírio!!! olha... essa palavra é do meu tempo hahah

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  3. Já dizia o Kid Abelha, gente: Dizer não é dizer sim/ saber o que é bom pra mim/ não é só dar um palpite/ é mostrar o meu limite.

    APRENDAMOS

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