Naquela procissão. Suas retinas filmavam tudo. Não podiam perder nada, nenhum milímetro sequer daquela paisagem, daquelas casas que só havia visto em livros de história e dos bordados a ouro das igrejas. Tão absorta estava que deixou-se caminhar seguida pelo fluxo e pelas vozes dos fiéis. Mas havia uma pedra no meio do caminho. Delicadamente colocada sob seus pés. Que foram ter com a pedra, derrubando sua dona.
_ Está tudo bem?
_ Ai, ai! Sim, tudo bem... Só esfolei o joelho.
_ Você devia olhar direito por onde anda!
_ Claro. É que estou encantada com esta cidade.
_ Entendo bem. Sempre morei aqui e é exatamente assim que em sinto: encantado.
_ Sério?
_ Juro. Vem, estamos ficando pra trás. Eu poderia te mostrar a cidade depois.
_ Eu adoraria.
Então ele pegou a sua mão e continuaram subindo a ladeira. Parece coisa de filme. E parecia perfeito, porque sempre gostara de cinema.
_ Devagar com o andor que o santo é de barro.
_ Oi?
_ Nada, me desculpe. Pensei alto.
O único andor que precisava de cuidados ali era o daquele padroeiro que já subia as escadas da sua igreja.
sábado, 3 de setembro de 2011
Paixão e fé
Postado por Rafael Freitas
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Antes tarde do que nunca!
ResponderExcluirrs
Olha, fiquei cAnfusa
ResponderExcluirDiga com quem tu andas que eu te direi se vou junto.hahaha
ResponderExcluirbjos rafa.
gente.. eu não entendi...
ResponderExcluirperaí vou ler de novo.
a pedra foi colocada delicadamente. e ela esfolouu o joelho...
ResponderExcluirque irmão mentiroso eu tenho. ou exagerado em alguma das partes..
e se alguém falasse pra eu olhar direito por onde ando depois de esfolar o joelho eu esfolava a cara do sujeito. ;)
ResponderExcluiro que ée andor?
ResponderExcluirmarido gay do andar? nossa foi pessima.
Ai, gente! Onde que eu errei que ninguém entendeu???
ResponderExcluirEu ia falar que a pedra foi colocada delicadamente pelo destino, sabe? Pra fazer ela cair e conhecer o rapaz. Mas ia ficar [mais] brega. rs
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