Tema: Criando um super-herói
Por Rafael Freitas
Conheci o super-herói há um
mês, na festa de aniversário dos meus sobrinhos.
Usava um macacão vermelho com bolas brancas e babados brancos debruados com fita de cetim, um gorro com uma peruca de fios de lã amarela e vermelha e botinas marrons. O rosto fora pintado nas bochechas, queixo, nariz e sobrancelhas com tinta vermelha, azul e branca.
Era o Palhaço João Doce chegando para animar a criançada. Que ficou só um pouquinho, tirou fotos e voltou a brincar lá dentro com os brinquedos novos. As piadas do palhaço acabaram ficando para os adultos. Piadas adultas, inclusive.
Enquanto fazia suas piadas, fui pescando algumas informações. Eu o conhecia apenas como o Seu João Doce caminhoneiro da empresa onde meu irmão trabalha. Descobri que ele carrega sua fantasia de palhaço “na boleia do caminhão”, como ele mesmo diz, e que sempre se veste e vai brincar com as pessoas na feira, nas filas enquanto espera seu carregamento, em qualquer cidade. Até seu caminhão traz, pintada na traseira, a sua identificação: Palhaço João Doce.
Comecei a me inquietar. Quanta disponibilidade, gente. Disponibilidade para levar alegria para qualquer pessoa, sem ter hora marcada ou alguma necessidade. E aumentou quando, ao se despedir, parou em frente à minha tia, que perdeu o filho num acidente de caminhão recente, e disse algo parecido com isto: "O que a senhora está passando não é fácil. O Leandro era um menino muito bom. Mas Deus não dá uma cruz que a gente não possa carregar".
Eu estava do lado. Falou baixinho, nem todos os convidados ouviram. Eu sim, e com os olhos marejados.
Aí fica a pergunta: nessa correria que anda a nossa vida, quem arruma um tempinho para levar um pouco de alegria, para sair do comodismo e olhar para o outro? A disponibilidade desse palhaço não será um exemplo de que é possível?
Não precisa muito: podemos começar com tolerância, educação, uma palavra de apoio. Exercícios diários. Não é para imitar o doce do Seu João. É só para descobrirmos quais são os nossos super poderes. Nada utópico: o que esse Super Palhaço faz é real!
Aí haverá uma Liga da Justiça que não está no gibi. Está na vida.
Usava um macacão vermelho com bolas brancas e babados brancos debruados com fita de cetim, um gorro com uma peruca de fios de lã amarela e vermelha e botinas marrons. O rosto fora pintado nas bochechas, queixo, nariz e sobrancelhas com tinta vermelha, azul e branca.
Era o Palhaço João Doce chegando para animar a criançada. Que ficou só um pouquinho, tirou fotos e voltou a brincar lá dentro com os brinquedos novos. As piadas do palhaço acabaram ficando para os adultos. Piadas adultas, inclusive.
Enquanto fazia suas piadas, fui pescando algumas informações. Eu o conhecia apenas como o Seu João Doce caminhoneiro da empresa onde meu irmão trabalha. Descobri que ele carrega sua fantasia de palhaço “na boleia do caminhão”, como ele mesmo diz, e que sempre se veste e vai brincar com as pessoas na feira, nas filas enquanto espera seu carregamento, em qualquer cidade. Até seu caminhão traz, pintada na traseira, a sua identificação: Palhaço João Doce.
Comecei a me inquietar. Quanta disponibilidade, gente. Disponibilidade para levar alegria para qualquer pessoa, sem ter hora marcada ou alguma necessidade. E aumentou quando, ao se despedir, parou em frente à minha tia, que perdeu o filho num acidente de caminhão recente, e disse algo parecido com isto: "O que a senhora está passando não é fácil. O Leandro era um menino muito bom. Mas Deus não dá uma cruz que a gente não possa carregar".
Eu estava do lado. Falou baixinho, nem todos os convidados ouviram. Eu sim, e com os olhos marejados.
Aí fica a pergunta: nessa correria que anda a nossa vida, quem arruma um tempinho para levar um pouco de alegria, para sair do comodismo e olhar para o outro? A disponibilidade desse palhaço não será um exemplo de que é possível?
Não precisa muito: podemos começar com tolerância, educação, uma palavra de apoio. Exercícios diários. Não é para imitar o doce do Seu João. É só para descobrirmos quais são os nossos super poderes. Nada utópico: o que esse Super Palhaço faz é real!
Aí haverá uma Liga da Justiça que não está no gibi. Está na vida.
Boa noite, meus queridos!
ResponderExcluirDesculpem se fugi um pouco do tema, mas desde que isso aconteceu que eu queria partilhar com vcs...
E pela milésima vez, desculpem pelo sumiço... rs
ResponderExcluirgostei
ResponderExcluirLimão no celular e sem sono
Agora entendo pq vc tem essa loucura por palhaços, Rafa.
ResponderExcluirOs que aparecem na sua vida são todos memoráveis e cativantes.
SUPER e DOCE no mesmo título
ResponderExcluir[SDDS]
quando acontece alguma situação ruim assim, com alguém próximo, a gente nunca sabe como agir né? no fim das contas é tão fácil..
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