Tema da semana: Livre
Ela foi com alguns medos na bagagem. Chegou à rodoviária, comprou passagem, esperou e embarcou. Chegando a tal cidade, ainda no seu estado, foi até o outro guichê e comprou a outra passagem, talvez dessa pra melhor, mas isso ela não sabia ainda, pois algumas dúvidas pairavam insistentemente. Ia pra longe, ônibus marcado para as 21h10min, mas o tal só chegou às 23h. Asseguro que essas duas horinhas de atraso elevaram suas inseguranças à quinta potência. Mas ela estava lá, e uma das únicas certezas é que chegaria ao destino que se propôs. Nesse tempo falou com pessoas que iriam pro mesmo lugar, trocou experiências do tipo ‘você mora lá?’, ‘o que vai fazer por lá?’. Trocou algumas risadas e até participou do lamento de uma jovem senhora que, aflita, esperava o mesmo veículo para ir ao velório de sua mãe. Enfim, nesses momentos ela costuma refletir sobre alguns valores, inclusive.
Entrou no ônibus e sabia que a noite toda estaria ali, de cidade em cidade, até chegar naquela, do outro estado, talvez o sólido, de abraços e sorrisos concretos.
Cochilou um pouco, ouviu muitas músicas da seleção que fizera especialmente para a viagem. Analisou a noite e algumas lágrimas foram inevitáveis por lembrar de situações vividas que passaram feito filme na sua cabeça, por nem saber direito em que cidade estava, junto com a ansiedade de chegar, enfim, um misto [literalmente] quente de coisas.
Nesse período ocorreu um vai e vem de mensagens no celular pra que ela se sentisse segura e pra que os que a esperavam ficassem despreocupados.
Por volta das 10h chegou à rodoviária estranha, com pessoas estranhas de sotaque diferente. Logo uma das pessoas que a esperavam apareceu e, num abraço terno, trouxe o alívio para participar da cena.
Tomaram um táxi e foram pra casa.
Finalmente chegaram!
Ela desceu as malas e foi entrando com a sensação que aquele lugar era familiar. A amiga, que nos e-mails sempre fora atenciosa e sincera, veio com um sorriso de mãe e ela largou as bagagens [físicas e aquelas de medo] e se entregou ao abraço, o primeiro de muitos que certamente seriam trocados nos dias que viriam.
Encontrou também aquele que já conhecia e que sabia que tinha o abraço do tamanho do coração [ou seja, enorme!].
Tinha uma outra pessoa por lá, que ela conhecia por nome, por trocar alguns scraps e comentários no dia-a-dia virtual. Essa menina/mulher tem um sorriso que desmonta qualquer um e um jeito frágil que abriga uma fortaleza de ideias, sonhos e anseios [é contraditório assim mesmo o ela que sentiu por essa pessoa!]
Logo chegou aquele outro, alto, sorridente e com os braços abertos para abraçá-la com todos os detalhes que já haviam prometido pelos idos da rede que os mantém conectados.
Daquele instante em diante ela esqueceu o relógio, sabia que teria momentos leves, descontraídos e se sentiu à vontade naquele contexto.
Sentou-se à mesa da copa junto com os demais [aquela que via nas fotos, mas que só acreditaria que existia se visse mesmo, de perto], compartilhou de um café famoso, o que ela ouvira falar muitas e muitas vezes e atestou que era realmente muito bom. Contou sobre a viagem e logo começou uma troca de presentes e lembranças. Um presente, em especial, foi motivo de muita alegria àquela que é a dona da casa. Foi só uma forma de agradecer pelo bem que a mesma faz a todos, sempre com sinceridade e cuidado.
Jogos foram feitos: com alfabeto, cartas, ampulhetas, tabuleiro, canetas, papéis, gestos e tinham como recompensa [do primeiro ao último lugar] muitas risadas, dessas de perder o ar e quase os sentidos.
Nessas brincadeiras outros apareceram e participaram com muita descontração de toda ‘jogatina’.
Uma dessas pessoas, uma moça muito simpática, chegou em meio a um momento de silêncio do jogo [uma das regras]. Achou meio estranho, mas depois entendeu e se entregou à diversão.
Algumas conversas aconteceram nesse tempo. Falou-se sobre música, profissões, preferências, passados [presentes e futuros], sobre coisas da vida, sobre impressões uns dos outros [daqueles que não se conheciam pessoalmente], e ai as surpresas foram para o bem, para coisas boas [ainda bem! rs].
Teve uma visita muito marcante, de uma pessoa que era falada no blog que é o ponto de encontro deles na rede. Ele chegou, todo simpático, de sorriso fácil, sentou-se, conversaram um bom tempo, até que, na despedida, ele olha nos olhos dela e diz: ‘conheço teu olhar de outros tempos’. Aquilo foi uma boa surpresa, que rendeu alguns segundos de silêncio entre eles, seguidos de abraços fortes. Ele se foi, mas deixou uma sensação boa nos que ficaram.
Tiveram uma outra visita muito carinhosa também, dela que é toda caprichosa nos artesanatos. Trouxe presente cheiroso e colorido, torta gostosa e muitos abraços também.
Dois pequenos apareceram, cheios de gracejos. Eles coloriram ainda mais aquela tarde com abraços e olhares tímidos para os que não tinham tanta intimidade.
Os almoços, cafés e lanches foram sessões à parte, comida caseira, toda caprichada e com tempero especial [bem coisa de casa de mãe, que ela não tem há tempos], café e chá, bisnaguinha com requeijão e essas coisas que só são [incrivelmente] boas na casa dos outros.
Enfim, os dias passaram recheados de coisas que ela tinha necessidade, de coisas que ela não sentia a muito tempo, de rir de qualquer bobeira, de falar sobre algumas coisas sérias e outras nem tanto, de sentir carinho [de verdade] de pessoas [de verdade], sem medo de ser mal interpretada, de ter abraço a qualquer hora do dia ou da noite, de tomar café na hora do almoço e almoçar na hora do jantar, de sair daquela rotina de tempo e obrigações.
Foi embora numa madrugada fria, junto com um dos amigos que estavam lá [aquele do abraço do tamanho do coração], numa despedida cheia de sensações: triste porque despedir de lugar e pessoas que gostamos nunca é bom, mas com um quê de alegria por ter passado por momentos especiais e inesquecíveis.
E ela veio. O espaço que o medo ocupava na bagagem no dia da chegada, foi tomado pela saudade e pela ânsia de voltar pra lá num janeiro próximo.
Chegou à sua cidade, foi pra sua casa e guardou na lembrança e em muitas fotos tudo o que viveu.
Confessou-me que às vezes acha que foi sonho ou apenas aventura, mas, independente do que realmente foi, valeu a pena!
Atesto que os olhos dela enfatizaram tudo o que falou em palavras e histórias.
[Ah, essa minha amiga é a Flávia Jorge e pediu para que eu relatasse a vocês, com muita gratidão aos que participaram desses momentos.]
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O bonde do dom
ResponderExcluirCom Marisa Monte
De: Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown/Marisa Monte
Novo dia
Sigo pensando em você
Fico tão leve que não levo padecer
Trabalho em samba e não posso reclamar
Vivo cantando só para te tocar
Todo dia
Vivo pensando em casar
Juntar as rimas como um pobre popular
Subir na vida com você em meu altar
Sigo tocando só para te cantar
É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti...
Flavíssimaaaaaaa, assim: A-DO-REI seu texto... e ri tantão desse medeo estranho seu.
ResponderExcluirGenteeeee, eu sou feia, tudo bemmm, mas eu não pego; sou fofinha, educadinha, carinhosinha, pititinha, toda inha...hahaha
Desculpe-me pelo "adiantar da hora", mas é que tô na S.I.
ResponderExcluirFiz um intervalinho pra postar procê, Flavíssima e volto mais tarde pra dar nomes aos bois... (e vaquinhas do texto) que é pra os visitetes saberem quem é quem...
Beijosssssssss e volto assim que terminar minha S.I. que tem dia fatal pra entregar: HOJE!!
ai, ADOREI a música.
ResponderExcluirPedi pra vc postar pois vim pra Andradas ontem e não sabia se a internet aqui da minha irmã já tinha voltado e voltou, ai deu pra eu vir comentar...
Obrigada por postar, querida.
Adorei os marcadores tb, todos combinaram direitinho...
ResponderExcluirAh, peço perdão aos leitores pelo tamanho do texto, mas eu precisava contar essa história assim com detalhes e do jeito que foi sentido aqui dentro...
ResponderExcluirPode das nome aos bois e as vacas sim, dona Rosana.
ResponderExcluirE dos meus medos já te expliquei né, todos. Mas asseguro que nenhunzinho deles existe mais...
Esse foi um dos textos mais lindos que li.
ResponderExcluir.
Amei.
Aguardo o nosso reencontro, é tudo que posso dizer nesse momento.
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beijo
Amanhã eu volto e conto TUDO. Opps, amanhã não, hoje... hora que eu acordar.
ResponderExcluirBeijossss guaranetes, convidetes e visitetes...
puuuuuuuutamerda.
ResponderExcluirque coia mais linda do mundo.
devo reafirmair que coisas que só são [incrivelmente] boas na casa dos outros é o tipo de verdade verdadeira;
ResponderExcluirBom, eu falei que voltaria pra comentar o babadinho aqui e dar nomes aos bois e vaquinhas e voltei. Sou uma mulher de palavra...
ResponderExcluirNão gosto de fofoca, mas isso de duas mocinhas chegarem aqui pra dizer que o texto é lindo e pronto, denota preguiça e num sei o que mais... t
Tenho dito!
Como diria o Jack: vamos por partes... rô rô rô rô
Algo me diz que rolou um humor negro com a história da mulher que tava lá com defunto esperando, tiiiiiiipoooooo assim: e se o ônibus chegar depois do velório da véia???
ResponderExcluirIsso de “passar filminho” em ônibus é interessante. Faço isso, vez em quando...
Como diria o Taffa, mensagens no celular em meio à viagem é TENDÊNCIA!
Ela achou a rodoviária daqui de Patos estranha. Explique, se senhora Dona-Flavíssima-cantora-Jorge-lavadoura-oficial-de-pratos-lêrêlêrê
ResponderExcluirA pessoa que tava na rodoviária esperando nossa convidete era a Marininha: buscadora-oficial-dos-convidados-à-convênção-ou-não
Eu tenho um sorriso de mãe??? Então tá, nem sabia, mas tudoo bem, é uma honra pra mim. Atenciosa e sincera sou eu, minhas gentes... iurúúúú
ResponderExcluirA pessoa do abraço do tamanho do coração é o Rafa: tá certa, eu vou concordar, ele abraça direitinho... hihihihi
ResponderExcluirA outra pessoa [que provoca contradições??] é a minha Laurinha pititinha: frágil-forte!!
O outro que chegou depois alto e sorridente é o Taffa... Ele é alto messsss e sorridente messssssss
A pessoa: Flavíssima-cantora-Jorge esqueceu o relógio mesmo. Inda bem, porque na casa onde ela foi os horários [?!?!?] de almojanta e outras coisitas mais eram todas de gente maluca.
ResponderExcluirA autora deste post quando chegou já tomou do meu Café Quiçá e ai dela se falasse que ele era ruim: não sobreviveria aqueles dias fatais/irreais.
E sim, eu ganhei um GT e quase enfartei. O povo pensa que estou assim preparada pra “tantas emoções”...
ResponderExcluirA moça simpática é a Ana Amélia que fez imitações pra Flavíssima de Roberto Carlos, Erasmo, Alcione... foram tantasssssss emoções bichooo...
ResponderExcluirA visita marcante foi a do Genis minhas gentes. Eu só convivo com gente boa, por isso eu sou muito boUUUaaa!!!
A pessoa caprichosa que veio com presente cheiroso e colorido é a Tia Denise, por sinal, minha irmã rô rô rô rô rô
Dois pequenos apareceram [Ana Clara e Heitor, os irmãos de Nina e Laurinha. A Flavíssima conheceu o Dedé, pai das pessoas... hehe
ResponderExcluirNão gosto de falar sobre aquilo de fica esperando ônibus lá naquela garagem. Eu fui dormir mais ou menos 5 horas da matina.
ResponderExcluirFlavíssima, janeiro é nois de novo no GT... pra jogar os jogos da vida, conversar (em janeiro marcarei horários pra conversas – sim, eu sou uma ditadora), lavar pratos (tadinha, ela lavava pratos e panelas, com maestria, diga-se de passagem.)
ResponderExcluirGente, a Flavíssima arrasa no jogo do alfabeto, é hilária, abusa de minha surdes, tudo bem, mas tenho que confessar: ela é boa pra soletrar, oooppsss albatetizar... opppss, alfabetar. Pronto.
ResponderExcluirGeeeeeenteeeee, na boa?
ResponderExcluirA Flavíssima é muito melhor eu esperava. É espirituosa, inteligente pra caramba. Adoro brincar/conversar com quem sabe cortar minhas levantadas.
Ela é excelente lavadoura de panelas e afins; faz uma salada de alface com tomate deliciosa (pensam que fazer saladas é fácil? Eu sou ótEma na cozinha e não sei fazer saladas...).
Eu sou humilde também, não veem? sei reconhecer minhas falhas e as virtudes alheias.
Enfim, adorei o post, adorei a visista de Flavíssima, as músicas que ela cantava em meio aos jogos e tudo mais. Das risadasssss lindas que ela tem. Ela ri muito, é muito bom... Do bom humor, do carinho, do papo bom. AMEI!!!
ResponderExcluirBeijossss Flavíssima, nossa casa é sua e tomara em janeiro nos encontrarmos de novo e quem sabe em novo lugar?
puuuuuuuutamerda.
ResponderExcluirque coia mais linda do mundo. [2]
Gente, eu sou o cara do abraço do tamanho do coração???
ResponderExcluiradoro!
terceirapessoaétendência.
ResponderExcluirÉ nóis em Janeiro!
ResponderExcluir[A mainha vai falar que eu tb tava com preguiça de comentar.]
ResponderExcluirnossa, que maravilha de comentários, principalmente os explicativos e nada preguiçosos da Rosana [ahuahuahua]
ResponderExcluirdos outros tb gostei, compareceram e deixaram palavrinhas e tal...
ResponderExcluirRafa, e vc não sabe que o teu abraço é o 'mais maior de grande' do mundo?
[ele sabe gente, só quer q a gente fique falando e tal, coisa de menino lindo carente... rsrsrs]
sobre a Laura, prefiro não comentarxxx... rs
ResponderExcluira mesma tem mostrado um humor cada dia mais duvidoso... ahuahuahuahua
[adoroaLaurinhacomsuaspiadinhasnomessiêni... rs]
até a Nina apareceu, olha que maravilha...
ResponderExcluirAliás, a Paula que mudou pra segunda?
Se for me avisem pra eu arrumar a ordem das fotos no layout...
bjo de segunda pra vcs todos...
bom dia meus povos.
ResponderExcluirpeople, eu não estava em padiminas, daí eu sumi.
ResponderExcluirum zilhão de desculpas.
sacumé, eu tava por aí, nos la-ra-rís la-ra-rás da vida.
ResponderExcluirounnnnn Flavíssima, eu achei supertendênciaabsoluta esse 'textículo' seu.
ResponderExcluireu sou o mais alto muaaa haa haa!
ResponderExcluireaí, como está o clima aí embaixo?
[momento O TROCO, pois já ouvi essa piadinha umas oitocentas mil vezes.. por aí.]
a Flávia é lindaaa demais.
ResponderExcluireu quase traí o movimento.
falomesmo.
eu não almocei naquele dia que vc chegou, viu dona Flavíssima.
ResponderExcluircorri pra Rosaninha e vortei pro trampo!
ehheauhha
mas eu tenho que comentar uma coisa.
ResponderExcluirO abraço de vocês NEEEEM se compara com a fusão megamasterhipereverprettyroxeverything do meu abraço com o abraço do ráfa.
vcs viram a situação.
]no commmments[
mas eu vou assumir uma coisa.
ResponderExcluirA FLÁVIA sussurrou no meu ouvido uma hora la..
eu quase traí o movimento²
e depois ela ainda dormiu do meu lado.
ResponderExcluir:O
EU QUASE TRAÍ O MOVIMENTO³
ah. um bom-dia novamente para vocês, pessoas.
ResponderExcluiradoro todo mundo.
mil beijos com sabor de sushi.
só acho que se tá tudo assim.. meio 'nublado'.. esse é o charme da coisa e não devemos revelar quem é quem, ora bolas.
ResponderExcluir#prontofalei
[oitwitter]
[mãe ainda te amo!]
[rafa.. você não. ahuihiuash mentira.]
então.. FIKDIK
ResponderExcluire assim, aposto quarenta e sete reais que, no fundo, todo mundo concorda comigo.
aposto.
como vc é do mal! rs
ResponderExcluir[mas ainda gosto só um tiquinho de vc... rs]
e pq quarenta e sete reais? não pode ser cinquenta? rs
ResponderExcluir[odeio números quebrados]
Fato!
ResponderExcluirEu sou carentão e adoro ouvir que meu abraço é bom!