Tema: Conto continuado
Por Taffa
A noite arrastou-se lentamente feito os caramujos que povoavam o quintal daquela casa. Não que estivessem lá por serem convidados especiais ou tivessem alguma ligação íntima com a garota, mas ela tomava conta com tanto esmero de suas flores que todos os dias recebia visitas de vários beija-flores e alguns moluscos. Assim seguia sua rotina sempre que acordava pela manhã e, havia decidido, mesmo depois de ter sido largada por um amor, não faria o mesmo com suas plantas e continuaria a tomar conta de cada uma delas.
Assim que o relógio despertou no dia seguinte, escancarou a janela do quarto e caminhou até a copa. Sobre a toalha estampada ainda havia migalhas dos pães doces que tinha comido no dia anterior e, enquanto relembrava o sabor, lambeu os beiços preparando uma mistura de água com açúcar para colocar nos bebedouros de pássaros que estavam espalhados pela área. Quando abriu a porta da cozinha, deparou-se com outro bilhete pregado no batente usando aquele mesmo tipo de papel de onde o último recado tinha vindo. Agarrou-o e, por um segundo, pensou em jogá-lo fora: não queria mais sofrer por amor.
Enquanto criava coragem e o desdobrava cautelosamente, a campainha tocou. Voltou a atenção para a janela do quarto que dava para a rua e conseguiu enxergar lá fora um rapaz com o uniforme do correio. “Mais notícias ruins, quer ver?” Queixou-se enquanto caminhava até a entrada ainda terminando de abrir o recado. A poucos passos do portão, parou. Começou a ler em voz alta aquelas palavras com letras tortas e liberava sorrisos e lágrimas a cada linha que decifrava:
Minha Flor, sei que durante algum tempo não te darei mais trabalho, então quero que se dedique ao que mais sente prazer em fazer. Também sei que gosta de cálculos, então aceite um presente meu, que ao todo serão muitos, para que se somem aos bons momentos que me causou. Por fim, sei que fará de tudo para tentar me esquecer, mas eu, pelo contrário, não vou conseguir te deixar de lado. Aceite então um agrado para cada hora do dia que eu fico a pensar em você...
O carteiro assobiou fazendo com que Estela voltasse a si e finalmente abrisse o portão. No chão da calçada havia seis vasos de flores e o rapaz entregou em mãos mais um para a garota. Já voltando para a área da cozinha, bateu os olhos no relógio de parede e viu que passava um pouco das sete da manhã. Arrumou os vasos lado a lado e percebeu que na fita que circulava cada um deles havia uma frase escrita:
Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo...
Ajoelhou-se, sorrindo, enquanto contemplava os detalhes dos vasos e só levantou-se quando a campainha tocou novamente. Eram oito da manhã e outro rapaz com mais um vaso de flores a aguardava na porta de casa. Recebeu o presente com um sorriso tão largo que o garoto da entrega quase achou que ela estava à base de entorpecentes. Voltando para o quintal, leu mais um “eu te amo” grafado com aquelas letras conhecidas, já nem tão tortas e já tão lindas, na fita com um laço certeiro no centro do vaso.
Naquele dia não foi para o trabalho, não queria saber de relatórios e nem de expressões pomposas. Queria apenas aquelas palavras simples que lia... E relia... Fechou os olhos, lembrou-se novamente do rapaz de sorriso gostoso no rosto e, pela primeira vez em muito tempo, relaxou. Não fazia ideia do que aconteceria daquele dia em diante mas, com toda certeza, queria ver onde tudo aquilo ia dar.
Eu tentei fazer o final triste ficar feliz, não sei se deu certo.
ResponderExcluirVocês que me digam aí.
Cadê minha história? Nenhuma referência ao cancelamento do celular?
ResponderExcluirOlha, já não se fazem mais contos como antigamente...
hehehehe
Tô 'ligada' na matemática.
ResponderExcluirConta esses vasos pra mim de novo? Seis ou sete? Genteeeeeeeeee
cAnfusa!!
ResponderExcluirEla recebeu um vaso de flores a cada hora do dia até o momento em que eles voltariam a se reencontrar. Só isso.
ResponderExcluirAchei que tinha ficado claro, sei lá.
ResponderExcluirSobre o cancelamento do celular, ela já tinha feito tudo no dia anterior, ué.
ResponderExcluirO que mais tinha pra ela fazer?
uhauhauha
Se arrepender uai hauahauahduahaudhauhs
ResponderExcluirCê jura que um vaso a cada hora?
ResponderExcluirBelo fim de romance, porque ó, eu terminaria quebrando um vaso na cara desse sujeito, juro.
Como assim, cuidar de 1.208 vasos?
Cê jura??? hahahahahaha
"Cabô" romance!!!
hahahahahhhah..
ResponderExcluirVejo uma briga boa entre pragmatismos e tatibitate do Taffa..
Adoro textos tatibitate!!
Cabe a música da Adele aqui???
ResponderExcluirDeu certo sim!
ResponderExcluirFinal feliz!
(Relendo pra entender o lance das flores.)
ResponderExcluirGente, a máfia das flores!
ResponderExcluirImaginem que trabalhão pra ele controlar essa entrega!
É muito amooorrr!!!
(Só pra constar: eu adoro a palavra tatibitate!)
ResponderExcluirEu ia escrever mais e ilustrar o dia do reencontro, quando todo o chão da área da casa dela havia se tornado um imenso jardim com todos os vasos de plantas que ela havia ganhado.
ResponderExcluirDaí ela tinha feito um caminho tortuoso até a entrada e eles se reencontrariam ao findar dos três meses.
Mas o post já estava grande demais, então achei melhor deixar subentendido.
ResponderExcluirAliás, deixei o lance das flores meio subentendido também porque isso daria mais encanto ao texto.
Já vi que não rolou, né? Tudo bem, da próxima eu explicito tudo.
Gente, a Paula disse que meu texto está em linguagem tatibitate (que eu não fazia ideia do que era até jogar no Google).
ResponderExcluirObrigado! Posso agradecer? Foi um elogio?
Não sei. hauahuahua.
Eu uso o tatibitate como significado de meigo. coisas fofurinhas!! Que isso fique bem claro!!!
ResponderExcluir...... Eu vi que em Greys anatomy a menina fez o desenho de uma casa com velas.. achei digno o caminho com os vasos de flores!!!
A Paulinha chamou o Taffa de tonto e ele tá feliz.
ResponderExcluirOlha, carência define!!!
Eu não tenho nada contra o final do Taffa, nada contra o texto do Taffa que nem acho tatibitate.
O babado foi a não continuidade. Vamos combinar...
Taffa, você destruiu minha parte, isso magoa a gente.
Pronto falei o que estava entalado na minha garganta.
ResponderExcluirO Taffa é lindo, ele vem na minha casa, ele me ama e vai voltar pra comer picadinho com cebola, mas muiiiiiita cebola.
ResponderExcluirPortanto, que fique bem claro que eu não sou contra o lyyndo de sexta.
Mas que eu quebrava todos esses vasos na cabeça do sujeito que desejou encher minha casa de trabalho... ou vocês não sabem que vaso de plantas precisam ser cuidados.
TOLINHOS!!!
Paulinha, adoro Grey's Anatomy tô baixando as três últimas séries da 8ª temporada.
ResponderExcluirAmo!!
Está aberta a sessão de debate
ResponderExcluirO babado foi a não continuidade. Vamos combinar...
ResponderExcluirEu acho que a única coisa que não segui do seu texto, boUUUa, foi o lance do celular. Sei lá, achei desconexo, nada a ver. Tô sentindo um clima de super proteção em cima deste detalhe, hein? Vamos combinar...
No mais, eu coloquei elementos de todos os textos da semana, pode conferir, justamente pra não correr o risco de descontinuar a história.
Taffa, você destruiu minha parte, isso magoa a gente.
ResponderExcluirEu não destruí sua parte, eu abordei o outro lado da moeda e ilustrei o plano que o namoradinho estava o tempo todo tentando fazer.
É tipo uma continuação, só que melhor ainda, sacou? HUauhahuahu
Tipo o filme Cartas de Iwo Jima, continuação de A Conquista da Honra. Ambos ilustram segunda guerra mundial, mas o primeiro do lado asiático e o segundo do lado norte-americano.
ResponderExcluirHãn hãn?
Paulinha, então era um elogio!!!
ResponderExcluirAdorei, viu!
Taffa, ia te chamar pro tatame, pra um duelo (oi??? em tatame??)
ResponderExcluirMas ficou tão fofo você explicando a minha superficialidade com o lance do celular que encerro o debate.
Você venceu, o final foi feliz.
hauhauashsush
boUUUa, relaxa que é sexta-feira.
ResponderExcluirsua lynda!
Agora, se já existia caramujo no quintal da casa, quero só ver no que vai dar depois de tanto vaso de flor.
ResponderExcluirTadinha da Estela, que trabalhão pra matar os caramujinhos.
Tadinho do W., Estela vai terminar com ele. Sinto dizer!
Que triste!!!
Taffa, aproveita que cê tá de boa (se é que tá) me mande um e-mail contando os babados que começou a contar por sms?
ResponderExcluirTô curiosa. Só não te ligo agora porque vou fechar tudo aqui.
beijosss seu lyyyyyyyndo romântico tatibitate
Celular, veja você hauahaus
HHAHAHAHAHA, a boUUUa não perdoa uma!
ResponderExcluirMando mail sim. Beijocas e bom fds!
ResponderExcluirO que está melhor? o texto ou os comentários? ...
ResponderExcluirTáffa adorei o lance das flores.
Lyndo.
Aaah, adorei o final lindinho para o conto! Apesar de não gostar muito de flores, achei ultra romântico! Como o Rafa disse: 'É muito amor!!'
ResponderExcluire eu jurava que cada um ia escrever pouquinhozinho mas vcs sao muito chatos?
ResponderExcluircontinuei sem saber o que é, por aqui, http://www.dicionarioinformal.com.br/sinonimos/tatibitate/ ?
ResponderExcluirtodas reclama
ResponderExcluiradorei as florzinhas de pano.rsrs
ResponderExcluireu, por exemplo, odeio quando não rolam comentários no meu post, nem visitas.
ResponderExcluirpercebam que existe um desprezo por parte dessas pessoas que comentam aqui ninguém vai no meu post.
aliás paulinha foi mas pra falar de outra coisa.
enfim.
rs
no mais, curto finais felizes.
ResponderExcluirobrigada taffa.
caramujo haha
ResponderExcluircerteza que ela ficou lá esperando e rolou porra nenhuma.... tadinha.
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