Porque é gostoso e necessário

Tema: se eu fosse um produto/serviço

Por: Rosana Tibúrcio

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Não, nem todos gostariam ou precisariam de mim, eu não seria uma unanimidade nesses dois aspectos: gostoso e necessário. Afinal, como disse o Nelsinho Rorô: “toda unanimidade é burra” e burrice eu não teria.

Vejam bem: eu disse não ser unânime em gostar ou precisar, porque unanimidade no geralzão haveria, o que não seria burrice, já que são dois aspectos distintos e blablablásss.

Eu seria completamente adepta à diversidade cultural, sociológica, econômica e racial: poderia ser de cor escura, meio escura ou branca; andaria em companhia de tudo que é “gente”; seria de casa ou de indústria; de sabor mais amargo ou doce; de valor irrisório ou exorbitante.

Combinaria com quase tudo que é de bom gosto: leite, amêndoas, caju, passas, morango e inúmeros outros alimentos.

Teria permissão para entrar em qualquer ambiente: nas cadeias, casas comuns, mansões ou palácios.

Andaria muito bem sozinha ou acompanhada. Faria a alegria de crianças, jovens e idosos. Uniria casais, e preencheria um ou outro vazio existencial.

E assim, todos me desejariam: para matar a fome, disfarçar a ansiedade, fazer alguém feliz me dando de presente, e, vejam vocês, para substituir o sexo, na falta dele. Aliás, há quem me prefira ao sexo. 

Eu seria nada mais nada menos que o mais insubstituível de todos os elementos da terra: o chocolate.

Alguém tá servido? Puro ou com...?

Uma linda quinta-feira pra todos vocês minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje um pedido de perdão pra esta minha casa querida porque eu “só quero chocolate. Não adianta vir com Guaraná, pra mim é chocolate, o que eu quero beber...”