João chegou tímido ao trabalho, lembrou da amável família, ficou demasiadamente feliz e, por fim, caiu tal qual o saco de cimento que havia jogado no chão, na manhã anterior.
Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público Morreu na contramão atrapalhando o tráfego Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico Ergueu no patamar quatro paredes flácidas Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir, Deus lhe pague Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair, Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague
Acontece que: a quinta já é território da Rosana. Logo, imaginei que algo tinha acontecido. Logo, perguntei. Logo, não queria causar transtorno. Logo, arrumei tudo num comentário só. Logo, eu sou discreto.
Construção
ResponderExcluirComposição: Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
Laura-Quinta?
ResponderExcluirmudança de Guaranetes?
Com licença, o que está havendo?
:)
Ele é doido, em vez de comentar o post da pequena achou estranho a quinta.
ResponderExcluirTaffa, nas quintas há algo no ar... hehehe
É que hoje eu estou enrolada demais e Laurinha postou no meu lugar.
Amanhã, se eu conseguir, apareço com algo.
Esta minha filha é um gênio!!
ResponderExcluirhehehe
O Guaraná é assim: louco, rEdículo e feliz...
ResponderExcluirMesmo com alguns plofts na cachola
Moçada, volto depois.
ResponderExcluirbeijossss
heh
ResponderExcluirop.. eu na quinta.
TÔMEACHANDO
Acontece que: a quinta já é território da Rosana.
ResponderExcluirLogo, imaginei que algo tinha acontecido.
Logo, perguntei.
Logo, não queria causar transtorno.
Logo, arrumei tudo num comentário só.
Logo, eu sou discreto.
Logo, a Laura ganhou a coroa da quinta!
ResponderExcluirOu seja, post magnyfiquïé.
[não me perguntem que língua é essa.]
Não me chamem de doido.
ResponderExcluirEu não sou. Juro.
Eu apenas me fantasio de doido para ir à festas.
/heh
[piada a ver com a festa que fui semana passada, sacou, han han?]
E aperfeiçoando a frase da Rosaníssima:
ResponderExcluirMais eu se divirto-me.
Beijos ardentes do José Mayer.
Um minuto de silêncio.
ResponderExcluir.
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adoro essa música;
passando rapidinho
ResponderExcluirtenho cliente agora ..
beijocas
geeeeeeente, que incrível!
ResponderExcluirsabiam que eu já fiz um curta metragem com base nessa música? qualquer dia eu mostro pra vcs!
[e eu tb achei estranho a laurinha no lugar da rosanati!]
Nas quintas existe uma coisa diferente no ar!
ResponderExcluirE o que há de diferente hj: ódio da Laura.
ResponderExcluirah, claro: fiquei com dó do João...
ResponderExcluirPedro pedreiro penseiro esperando o trem!
ResponderExcluirEu tô muito Chico essa semana.
Vale lembrar que adoro onomatopeias.
ResponderExcluirO Taffa é rEdículo... hehehe
ResponderExcluir"coroa de quinta" pra Laurinha.
Um minuto de silêncio
ResponderExcluirMarininha rEdícula 2.
O Thiago apareceu. Olha que chique: eu já fiz um curta metragem . Só tem amigos chique. O Thiago me chama de rosanati e eu acho muito cuti cuti.
ResponderExcluirO Filhote tem ódio da irmã dele, adoUUUro e ele tá todo Chico Buarque essa semana.
ResponderExcluiriurúúú
Eu não sou fraca não, minhas gentes. Cedo uma ou outra quinta pra ficar bem na fita, sacam?
ResponderExcluirhehe