Tenho o [terrível – para algumas almas impiedosas] costume de falar quando estou sozinha.
O que pode ser uma reação consequente do fato de eu não fazê-lo sempre, e bem, noutra companhia, senão a minha.
Uma das minhas pouquíssimas opiniões formadas é de que eu sou sim a melhor companhia para mim mesma. Ao menos em questão de conversa, ne? Hahaha
Eu sei que nem sempre formulo frases certas ou possuídas de algum sentido.
Mas, sinceramente? Não conheço pessoa tão engraçada, sarcástica, irônica, boba e feliz como eu quando estou comigo mesma. Não conheço.
É incrível, eu posso estar até bem triste, ter acabado de chorar rios que, qualquer pedrinha no meio da rua, passarinho que dá voo rasante, cachorro que late, vento que sopra mais forte ou, até e na grande maioria das vezes, meu próprio pensamento, é motivo para eu logo começar a me divertir comigo, a achar uma música idiota da época dos dinossauros pra cantar ou então elaborar todos aqueles diálogos que eu queria ter com as pessoas, mas que, ou porque o destino não conspira a meu favor ou eu sou uma trouxa [normalmente a causa é da segunda opção], eles são só diálogos de mim comigo.
No entanto, eu me sinto meio culpada às vezes, sabe? É estranho. Porque eu não vejo as pessoas fazendo o mesmo, daí eu me sinto quase que excluída, sei lá. Não me sinto no meu mundo. Sem contar que quando as pessoas olham a conversa fluindo e percebem que não tem um interlocutor elas esboçam uma cara de... sei lá.
Ontem mesmo (e outras duas vezes nessa mesma semana e tantas outras vezes durante minha incrível jornada de conversas), indo embora da faculdade e discutindo um assunto que agora não me lembro, percebi um moço sentado em sua moto esperando alguém e me observando. Ele tava numa cara de interrogação tão grande que eu preferi mudar minha opinião a respeito disso e ter certeza de que ele apenas conversava consigo mesmo e falou uma coisa tão absurda que ele teve que discordar de si. Ele, inclusive deve ser irmão daquela mulher com cara de ninguém-segura-esse-bebê que estava no carro parado na rua daqui de casa, sozinha e que eu só vi quando cheguei ao portão, depois de ter vindo desde a esquina num auto-bate-papo super gestual.
Às vezes fico meio encucada com essas coisas e até arrisco colocar o celular no silencioso e sair com ele na orelha que é para que ninguém me julgue mal, pensando que eu deveria estar me tratando, e ache apenas que mantenho relações por meio desse aparelho tão comum que é o telefone móvel, olha só.
Não sei porque as pessoas ficam tão espantadas. Acho supernormal falar sozinha.
Hoje eu ouvi uma moça andando de bicicleta, que estava vindo em minha direção, dizer assim ‘é metade’, daí eu abri aquele sorrisão pra ela do tipo conversamos com nós mesmas, podemos ser amigas, somos quase cúmplices, hein?, mas aí quando ela foi se aproximando eu ouvi um outro ‘metaaaaaade?’ todo empolgado da menininha, de cabelos lisos amarrados naquele rabo de cavalo alto, que se encontrava na garupa.
Nada de cúmplices para você, pequena Laura, apenas mãe e filha (imagino) conversando felizes. Continuei sorrindo, é claro, porque a tal metade que elas falaram foi um motivo e tanto pra menina soltar um daqueles sorrisos gigantes e empolgados de criança empolgada sorrindo, sabe como é?
Bom, essas coisas são a respeito de conversas comigo, quando estamos eu e eu andando pelas ruas ou num local mais solitário, porque tem também os comentários infames de meio de aula, diálogo de filme, trecho de livro e...
Bom... Aí já é outro tópico que eu vou discutir comigo se vale a pena escrever mais muitas linhas a respeito.
Um grande abraço de cada um dos meus eus pra vocês e uma linda sexta-feira 13!
O que pode ser uma reação consequente do fato de eu não fazê-lo sempre, e bem, noutra companhia, senão a minha.
Uma das minhas pouquíssimas opiniões formadas é de que eu sou sim a melhor companhia para mim mesma. Ao menos em questão de conversa, ne? Hahaha
Eu sei que nem sempre formulo frases certas ou possuídas de algum sentido.
Mas, sinceramente? Não conheço pessoa tão engraçada, sarcástica, irônica, boba e feliz como eu quando estou comigo mesma. Não conheço.
É incrível, eu posso estar até bem triste, ter acabado de chorar rios que, qualquer pedrinha no meio da rua, passarinho que dá voo rasante, cachorro que late, vento que sopra mais forte ou, até e na grande maioria das vezes, meu próprio pensamento, é motivo para eu logo começar a me divertir comigo, a achar uma música idiota da época dos dinossauros pra cantar ou então elaborar todos aqueles diálogos que eu queria ter com as pessoas, mas que, ou porque o destino não conspira a meu favor ou eu sou uma trouxa [normalmente a causa é da segunda opção], eles são só diálogos de mim comigo.
No entanto, eu me sinto meio culpada às vezes, sabe? É estranho. Porque eu não vejo as pessoas fazendo o mesmo, daí eu me sinto quase que excluída, sei lá. Não me sinto no meu mundo. Sem contar que quando as pessoas olham a conversa fluindo e percebem que não tem um interlocutor elas esboçam uma cara de... sei lá.
Ontem mesmo (e outras duas vezes nessa mesma semana e tantas outras vezes durante minha incrível jornada de conversas), indo embora da faculdade e discutindo um assunto que agora não me lembro, percebi um moço sentado em sua moto esperando alguém e me observando. Ele tava numa cara de interrogação tão grande que eu preferi mudar minha opinião a respeito disso e ter certeza de que ele apenas conversava consigo mesmo e falou uma coisa tão absurda que ele teve que discordar de si. Ele, inclusive deve ser irmão daquela mulher com cara de ninguém-segura-esse-bebê que estava no carro parado na rua daqui de casa, sozinha e que eu só vi quando cheguei ao portão, depois de ter vindo desde a esquina num auto-bate-papo super gestual.
Às vezes fico meio encucada com essas coisas e até arrisco colocar o celular no silencioso e sair com ele na orelha que é para que ninguém me julgue mal, pensando que eu deveria estar me tratando, e ache apenas que mantenho relações por meio desse aparelho tão comum que é o telefone móvel, olha só.
Não sei porque as pessoas ficam tão espantadas. Acho supernormal falar sozinha.
Hoje eu ouvi uma moça andando de bicicleta, que estava vindo em minha direção, dizer assim ‘é metade’, daí eu abri aquele sorrisão pra ela do tipo conversamos com nós mesmas, podemos ser amigas, somos quase cúmplices, hein?, mas aí quando ela foi se aproximando eu ouvi um outro ‘metaaaaaade?’ todo empolgado da menininha, de cabelos lisos amarrados naquele rabo de cavalo alto, que se encontrava na garupa.
Nada de cúmplices para você, pequena Laura, apenas mãe e filha (imagino) conversando felizes. Continuei sorrindo, é claro, porque a tal metade que elas falaram foi um motivo e tanto pra menina soltar um daqueles sorrisos gigantes e empolgados de criança empolgada sorrindo, sabe como é?
Bom, essas coisas são a respeito de conversas comigo, quando estamos eu e eu andando pelas ruas ou num local mais solitário, porque tem também os comentários infames de meio de aula, diálogo de filme, trecho de livro e...
Bom... Aí já é outro tópico que eu vou discutir comigo se vale a pena escrever mais muitas linhas a respeito.
Um grande abraço de cada um dos meus eus pra vocês e uma linda sexta-feira 13!
LaurinhaReis.
Ps.: Bonequinha de luxo é a coisa mais linda e eu também NÃO achei que ela tivesse alguma coisa a ver com isso aqui, ok?
Ai, Laurinha, cê é muito engraçada. Eu também converso comigo e já fui rotulada de louca, no internato, mas nunca fiz essas reflexões que cê faz.
ResponderExcluirAchooo isso sim, um diferencial.
Diz o Jô Soares que também conversa muito sozinho que faz assim: se alguém olhar muito pra ele ele disfarça e meio que "continua" a cantar uma música, entende? Parece que pra ele, cantar uma música sem ninguém por perto não é tão maluco...
ResponderExcluirhahahaha
Tudo é maluquice.
Volto mais tarde pra dar suporto à minha filha, já que nessa semana o guaraná ficou sem gás.
ResponderExcluirInda bem que hoje eu tô melhor, moçada... inda bem.
beijossssss pra todos
Rosanita que me desculpe, mas a partir deste texto tenho certeza que sou a fã nº1 da Laurinha. Mesmo a Marinete tendo falado maravilhas dos textos da Laura, hoje no almoço (almoçamos juntasss!), e dizendo adorá-los, ainda assim me autointitulo fã nº 1 da mais nova Guaranete. Bjs
ResponderExcluirAi, Helô... cê pode ser a fã nº 1a, tá bom assim? ADOUUURO.
ResponderExcluirMorro de orgulho da minha escritora preferida e da Nina que é irmã dela e que almoçou concê hoje.
hummptt!!
Rafaaaaaaaa, viu só? Elas almoçaram juntas e eu falei com a Nina nessa hora e ouvi voz de Helô.
ResponderExcluiraiai.
Eu almoçou com a Laurinha também, e foi frango surpresa.
Voltando ao post. Laurinha, quando cê ouviu a moça dizer "é metade" e você sentiu que ela poderia ser sua cúmplice, rolou aquela piscadinha? hahahaa
ResponderExcluirE como se não bastasse ela (a pessoa do post) ainda escolhe umas imagens de matar a gente de 'ímpio'!!!
ResponderExcluirmamãe bonbando sozinha nos comentários.
ResponderExcluirhahaha
não mãe... nem rolou piscadinha dessa vez.
hahahahaha eu converso muito comigo quase sempre, será que sou maluco? O.o
ResponderExcluirAcho que nãooo!
abraçonocêstudinho.
A Bonequinha de Luxo é linda siiim!
ResponderExcluirIsso de conversar consigo mesmo é tão normal!
ResponderExcluirPrincipalmente diante de um espelho, no banho, fazendo a barba.
Eu só não achei um super amigo ainda pra partilhar isso.
Ah, vc não vale, Laura!
A gente já é irmão!
Será que aquela admiradora secreta sobre a qual lhes falei na segunda me viu conversando sozinho algum dia e apaixonou???
ResponderExcluirEu também converso sozinha. Muitas vezes, até discuto comigo mesma.
ResponderExcluir.e se alguém olha pra mim com cara de (essa menina é louca), ou canto uma música ou pego o celular e disfarço.
Agora foda, é conversar olhando pro espelho do elevador e ao sair, dá de cara com a câmera. Nessa hora só me passa a cena, dos seguranças rindo da minha cara.
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Laurinhavocêédez.
beijocas.