Tema livre
Por Laura Reis
Não me lembro da época em que fiz do maternal até a 4ª série, mas não devia ser muito diferente dos outros anos.
Lembro que por volta da 5ª e 8ª série esse dia era o mais aguardado porque era na tarde desse dia que os meninos bonitos e mais velhos iam fazer provas que os levariam as recuperações ou as certezas de já poder escolher uma universidade pra estudar. Era dia de frequentar a biblioteca apenas pra ler revista Capricho, conversar e rir da bibliotecária que, coitada, era um pouco surda.
Depois de ver, pelas janelas da biblioteca, aquele lindo time passar pelos corredores de parede marrom, ia ao banheiro e ficava desfilando pelos mesmos corredores que eles passavam e, por sorte, aparecia numa fresta de alguma sala que ficara com a porta aberta.. Voltava a biblioteca ou dava uma volta no barzinho da escola e esperava ansiosamente, na pracinha de frente, que todos terminassem as provas, cumprimentassem e fossem embora. Depois rolava um sorvete ou filme e pronto, dia realizado. Claro, com as anotações de tudo detalhado no diário.
Quando mudei de colégio, o dia era diferente, a idade era diferente e os amigos, principalmente, eram muito diferentes. Talves porque aqui eles existiam. Dia de respirar aliviado pelos dias de descanso que viriam e planejar a saída da noite que duraria até o outro dia, às vezes de manhã e renderia muitas fotos, muitos casos e muita história pra contar. As fotos são as que mais lembro pelo fato de serem fotos, é claro.
Ultimamente, agora na Faculdade e trabalhando, também, esse tem sido um dia estranho: cheio de coisa pra fazer, mas cheio de cansaço dos dias anteriores e, portanto, pouco produtivo. Não tem sido um dia de saídas para bares, como no colegial, nem de paqueras em boates e casas noturnas porque quem me interessa não está presente ou porque não há esses lugares e, por fim, não tenho mais amigos como antes. [sem drama, só verdade]. Então nem sempre respiro aliviada pela sua chegada. Talvez prefira dois dias depois, também conhecido mundialmente como o dia do tédio.
Bem, além de poder relacionar com os momentos vividos por mim, pessoais e intransferíveis, esse é um dia que, reza a astrologia é o meu dia mesmo, desde sempre para sempre, assim como terra está para touro e touro está para mim, pessoa de maio.
Enfim, essa é a
sexta-feira em minha pequena vida.
Um grande abraço aos outros dias da semana. Prometo falar um pouco sobre vocês num dia que não tiver mais o que fazer.
Beijos me liga.
;)