Tema: Uma foto, um conto
Por Rafael Freitas
Tinha sempre um livro consigo. Nenhuma companhia poderia ser melhor que um bom livro enquanto esperava um ônibus chegar, enquanto viajava de uma cidade para outra ou esperava sua vez no consultório médico.
Não seria diferente quando
começou a trabalhar na escola de um bairro afastado: aqueles quarenta minutos
até a chegada seriam bem aproveitados. Reparou na colega que também tirava, todos
os dias, um livro da bolsa e ia lendo pelo caminho. Porém, com a sutil
diferença de que a cada encontro era um livro novo. E ele na meta de um por
mês.
Ali na esquina onde esperavam o ônibus, foi se estabelecendo uma rotina: o beijo carinhoso quando se encontravam seguido por atualizações literárias. Começaram as indicações de leitura, os resumos, os livros preferidos... Mas apenas nos dez primeiros minutos de viagem, porque ambos já estavam inquietos, de livros nas mãos.
Passaram até a emprestar livros um para o outro. Eles que amavam seus livros, que amavam o cheiro de livro novo, que julgavam possuir tesouros organizados nas estantes. Ele apresentou para ela seu escritor preferido. Ela apresentou para ele seu escritor preferido. Que acabou se tornando o escritor preferido dele também. Era ou não era uma bela amizade começando?
Quando ouviu boatos de que a editora responsável por alguns dos livros daquele seu novo escritor preferido iria fechar e andava recolhendo os exemplares das lojas, correu para garantir os seus. Mais algumas joias para seu baú de tesouros.
Ali na esquina onde esperavam o ônibus, foi se estabelecendo uma rotina: o beijo carinhoso quando se encontravam seguido por atualizações literárias. Começaram as indicações de leitura, os resumos, os livros preferidos... Mas apenas nos dez primeiros minutos de viagem, porque ambos já estavam inquietos, de livros nas mãos.
Passaram até a emprestar livros um para o outro. Eles que amavam seus livros, que amavam o cheiro de livro novo, que julgavam possuir tesouros organizados nas estantes. Ele apresentou para ela seu escritor preferido. Ela apresentou para ele seu escritor preferido. Que acabou se tornando o escritor preferido dele também. Era ou não era uma bela amizade começando?
Quando ouviu boatos de que a editora responsável por alguns dos livros daquele seu novo escritor preferido iria fechar e andava recolhendo os exemplares das lojas, correu para garantir os seus. Mais algumas joias para seu baú de tesouros.
Seguiu assim: livros novos na estante, amizade nova para a vida. Ouvi dizer que já marcaram até um café. A receita foi preparada por ela.
* Título do livro que aparece aberto na foto, com textos de Valter Hugo Mãe.
Não deixa de ser um conto nessa página aberta da foto. Indico a leitura, gente!
ResponderExcluirA vida nos prepara surpresas lindas. Em meio a rotina diária de esperar o ônibus para o trabalho eis que surge um amigo! Amigo de papo bom, de posse de bons livros e de alegrias para transmitir!!! Amo você meu amigo, bjss!!!
ResponderExcluirQue delícia de post, me deu vontade de ler de novo, como antes. Me senti bem inculta não conhecendo esses dois autores, só pelo nome, claro. Nem tão inculta assim. Já li alguma coisas de Llosainha, não me recordo o quê.
ResponderExcluirLargando as redes sociais e as séries em 5 segundos: 5, 4. 3, 2, 1 0
Que bom que a Rosi veio aqui, né gente?! É ela a amiga citada no post, e é ela ali no Só mais uma página!
ResponderExcluirA sra inculta, mainha? haha
ResponderExcluirVamos dar um passeio pelas suas estantes de livros??? rs
Achei fofo sua amiga aparecer e a história.
ResponderExcluirE sim, cê que me ama e vê além da conta.
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