Tema: me lembra algo bom
Por Ulisses Simões
De fato, foi muito bom ter assistido a esse filme. A indústria cinematográfica já tinha esgotado todas as ideias para novas produções.
Lembro de como o celular que tocou durante a exibição do filme explodiu e matou o seu dono carbonizado, de acordo com a punição prevista na legislação atual. E como é bom lembrar que ninguém conversou, comeu, gritou, ou de qualquer forma atrapalhou a exibição do filme. Realmente a educação teve avanços consideráveis.
Naquela época, as rádios tocavam nas ruas sem qualquer tipo de fiação ou alto-falantes, e me lembro bem daquela música que os Rolling Stones fizeram para comemorar mais um século do Keith Richards, que pelo 50º ano consecutivo ganhava o título de homem mais velho da Terra, Lua e Marte ao mesmo tempo.
Esse filme me faz lembrar também que saímos do cinema abraçados, quase que correndo da chuva ácida, mas ao mesmo tempo sem pressa porque a cobertura automática do céu já havia sido acionada. Você tinha tantos planos e ainda não sabia se iria estudar arquitetura espacial em Portugal, na França ou naquele novo país que surgiu no meio do Oceano Pacífico, cujo nome ainda seria decidido em plebiscito.
E mesmo com tantas dúvidas, lembro que ainda queríamos burlar a lei e termos mais um filho, além do único permitido por casal. Essa subversão foi a mesma que eliminou os cães da face da Terra e os mandou para Marte. Seria muito caro termos que visitar o nosso filho lá.
Rimos bastante de tudo isso, você me beijou e não fomos multados por isso. Voltamos para casa e continuamos a brincar de decorar o nosso corredor vertical, outrora chamado de apartamento. Eu fingi que fui cozinhar, mas imprimi a comida mais uma vez. Como sempre, não consegui esconder, você riu de novo e disse, como sempre: “ei, eu te amo, seu idiota”.
Que saudades do futuro.
Genteeeeee, que delícia de post!.
ResponderExcluirUma abordagem inesperada...
ResponderExcluirGrande Ulisses!!
Nunca tive umas ideias assim... estrambóticas
ResponderExcluirMinha mãe falava estrambóticas. E num é que a palavra existe? confirmei com o houaiss hehe
ResponderExcluirAnotem, crianças.
Seria o Ulisses a Aninha de mim?
ResponderExcluirPedaço de mim, metade afastada de mim. =)
ResponderExcluirAcho tudo de bom isso de textos que retratam cotidianos futuristas. (Acho que é porque tem a ver com a minha pesquisa do mestrado, então é paixão de tempos)
ResponderExcluirmais interessante ainda é perceber que esse futuro distante não é tão distante e, de fato, já faz parte do nosso presente, mesmo que uma minúscula fatia.
ResponderExcluiradorei.....
ResponderExcluirpor exemplo, ele escreve mió que eu.
ResponderExcluire ainda dá lição de moral no final.]
ok, nesse texto não tem MAS NA VIDA REAL
MUITA SAUDADE
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