Tema Livre
Por Taffa
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Debaixo d’água, o mundo parecia melhor. Lá era silencioso, ameno, em câmera lenta. Ela podia parar de se preocupar com os problemas que lhe tiravam o fôlego no dia a dia – como aquelas contas atrasadas e as outras ainda por vir, os estudos acadêmicos espremidos entre os horários de trabalho e um velho namoro insistente que teimava em se arrastar –, podendo dar atenção somente para o exercício de segurar sua respiração.
A poucos palmos da superfície ela ouvia os ruídos externos, mas pareciam tão distantes e remotos que tornavam-se irrelevantes. Podia ver também os raios do sol: difusos e fazendo desenhos na água enquanto desciam pro fundo até perderem a força. Lá embaixo era um lugar que ela não conhecia, não por terem-na proibido de ir, mas porque nunca se arriscava e preferia ficar ali, onde podia voltar à tona quando precisasse de ar e mergulhar novamente para sentir-se em paz.
Numa tarde dessas, ela mergulhou outra vez. Não com o intuito de sentir o que já conhecia, pois havia largado lá fora tudo o que lhe valia alguma coisa: seus estudos, contas, trabalho e o tal do romance antigo, jogando-se de uma vez por todas sobre a superfície e indo de encontro ao seu reflexo no espelho d’água: afundando, submergindo, descendo de encontro ao fundo, rumo ao desconhecido.
Oi pessoas.
ResponderExcluireu to viajando... assumo...
ResponderExcluirmas a imagem é bonita viu
ResponderExcluirUi!!!!
ResponderExcluirE nas quintas há algo diferente no ar, minhas gentes.
ResponderExcluirOu na água...
Ai, se eu não entendi, me desculpe Brant.
ResponderExcluirEssa semana foi meio pesada...
Mas a imagem é, de fato, bem bonita!
ResponderExcluirTaffa,
ResponderExcluirLindo texto... tem horas que tenho vontade de fazer isso.
A imagem é excepcional. Linda mesmo!
Boa sexta para todos!
Bjos
Que coisa linda.
ResponderExcluirA imagem e o texto me fizeram lembrar de Virginia Woolf
Nossa, Marina, é verdade.
ResponderExcluirO suicídio da Virgínia muito se assimila ao texto e a imagem.
Boa colocação.
MÓ RREU!
ResponderExcluirsei que não separei a palavra direito. mas é a ocasião.
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