Tema livre
Por LauraReis
Sexta-feira estava eu passeando pelo Twitter e olhando os Trending Topics
(TT’s, para os íntimos) e me deparei com o CALA A BOCA CAPRICHO assim, em caixa alta, algo não muito estranho por ali, de uns tempos pra cá.
Eu já to p* da vida com essas histórias de
Cala boca que tem tido por lá ultimamente, porque acho mesmo que já deu o que tinha que dar e continuar pisando na mesma bola é desnecessário e uma hora todo mundo escorrega.
Considero muito bizarro e oportuno pessoas se juntarem contra alguma coisa e virar todo aquele fuzuê só porque ali é um lugar aberto e não é proibido fumar nem utilizar palavrão ou, ainda e enfim, falar mal de tudo e todos.
Com esse esquema de ser possível emitir opinião própria e nem sempre fundamentada, iniciam-se pequenas discussões, nas quais míseros seguidores achados e perdidos começam a concordar e de repente um leve motim se transforma na mais nova revolução do mundo com seus quinze minutos de fama no topo dos TT’s
(sou intima!). Ufa!
Bom, depois de toda essa barraca armada
(não vou colocar marcador sexo aqui não, RELAXA!) é difícil ouvir o outro lado da questão se é que este que foi
imposto é realmente um lado né?
Mas bom.. voltando aos
Cala boca, discorro sobre alguns:
O primeiro
(e mega criativo, confesso) foi o do Galvão, quando se percebeu o real poder do Twitter na vida de todo
(o) mundo. Considero este um caso a parte, porque toda aquela mentira incrível que inventaram pros estrangeiros fez parecer que brasileiros são os mais inteligentes
(e passadores de perna) do mundo.
Apesar disso, o motivo pelo qual ele apareceu naquele lugar é o que me deixa grilada, porque, na boa, pra mim narração de futebol é sinônimo de Galvão Bueno, minha gente.
Quem no mundo não conhece essa figura?
E um grandessíssimo detalhe: pra que reclamar do Galvão se é possível mudar de canal, Brasil? Não entendo. Tudo bem que ri muito, pra não chorar, quando ele disse “é só futebol, gente” assim que Brasil perdeu pra Holanda, mas são coisas da vida e a gente se perde até quando alguém pergunta se está tudo bem...
Falando ainda em mudar de canal, existiu também, certo dia aí
(pra não considerar todos os tweets da minha timeline no domingo) que rolou o Cala boca Faustão. Vocês sabem que existem outros canais, até mesmo aqui em casa onde não tem TV por assinatura nem a cabo nem o caramba.
Além dos outros canais existem DVDs musicais, filmes, CDs, páginas curiosas na internet, livros interessantes, revistas ótimas e, olha que incrível: a possibilidade de dormir e sonhar.. Então, me pergunto: por que a pessoa continua vendo Domingão? Por quêeeeeeee?
Bom, eu assisto porque morro de rir do Faustão, das piadinhas infames dele e das tiradas e cortadas com a galera da Globo ou os convidados. Adoro muito Faustão, sim..
E VOCÊ QUE É FEIO!?Eu ia citar mais uns
Cala boca, mas vou parar por aqui
(porque não me lembro de outro) e voltar ao meu assunto inicial e principal:
Cala boca Capricho.
Esse Cala boca começou por isso
http://migre.me/13jR6 e terminou com todo mundo que esqueceu que já foi adolescente criticando a revista que eu mais amei em toda a minha vida.
Entendem que isso tomou proporções individuais dentro da minha pessoa né? Porque é claro que faz alguns anos que parei de ler Capricho, mas meus queridos, minha mãe assinou pra mim por muitos anos e não tinha nada melhor que essa revista. Sempre achei tão bem escrita, informativa, fazia todos os testes e tudo mais.
Hoje em dia é claro que me interesso por outras coisas, mas lembro como adorava esse meu universo adolescente sofredor de testes de amor e dicas de moda ou entrevistas com os famosos lindos.
E agora lanço a pergunta: quem aqui passou direto dos 11 para os 18 anos? Hm? Quem quem? Levante a mão ou assovie?!
Hm... Ninguém? Ahhhh não é possível. Porque a impressão que tenho quando leio não apenas comentários pela internet, mas também pessoas ao vivo, assim, que convivem comigo criticando Luan Santana, Restart, Cine, Eclipse e mil etcéteras desses eu fico bastante indignada, sabe... Parece que a pessoa nunca gostou de coisas... adolescentes
(?).
Na minha época se cantava “Ela fez a cobra subir” e eu imaginava a cobrinha lá dentro do cesto subindo enquanto a galera dançava É o Tchan.
Na minha época se amava Spice Girls e sabia as coreografias mesmo não entendendo patalhufas das letras. Amava-se Hansons, KLB, Pedro e Thiago e, oh, Harry Potter! E ainda existia caderno de perguntas e MILHARES de erros de português.
E talvez não tivesse toda essa repercussão porque não havia essa tal de inclusão de digital, mídias sociais e tudo isso que eu e o Brasil amamos.
Enfim, não quero pedir pra ninguém que CALE A BOCA, até porque iria contra meus princípios construídos aqui nessas (quase infinitas) linhas, só queria que todos fossem conscientes do seu passado e compreensivos com a galerinha colorida, emuxa,
eclipsemaníaca ou o caramba que tem aparecido por aí.
Eles são gente como a gente, Brasil.
Ps.: voltando de férias com tudo e todas as linhas que não usei durante esse período de tempo... Obrigada pela atenção. E um beijo pra quem leu tudo.