sábado, 8 de maio de 2010

Imitação

Tema: livre
Por: Camila de Souza

Quem nunca imitou que atire a primeira pedra. Pode ser gente, animal, objeto ou sei lá-mais-o-que.
É natural. Quando alguém faz algo engraçado, principalmente. Mas pode ser algo bizarro também. Ou algo bem feito. O negócio é que imitação faz quase que parte do nosso dia a dia. No entanto, ser imitado já não é tão natural assim. Sobretudo, quando não é algo que você fez bem feito para ser alvo de tamanha amolação.
Nunca fui de chamar atenção. Nunca fui aluna brilhante, tampouco popular. E aí é que mora o perigo: o rótulo que recebi foi “estranha”. Sim, estou imitando o tema de Laura e Rosana.
Quando eu era pequena, estava atravessando a rua e um moleque proferiu: “Parece que você está cantando o hino, andando assim”. Não me conhecia. Mas percebeu que não sou muito de mexer os braços enquanto ando. E continuou andando atrás de mim, me imitando. Claro que estava com colegas, que riam.
Trauma superado. Mas os braços continuam firmes.
Anos depois, semana passada para ser exata, um informante da sala ao lado noticiou-me: “Estavam te imitando na sala, usaram a última aula para isso.”
Com exceção do informante, não conheço mais ninguém daquela turma, que é nova. Tem quase quarenta alunos. A minha tem vinte e três e ainda não conversei com todo mundo direito.
É claro que perguntei o que foi que imitaram. E claro que foi meu jeito de andar. “Assim ó. E com esse sorriso no rosto. Te chamaram de estranha.”
Não que isso tenha mudado a minha vida ou despertado o velho trauma. O que despertou mesmo foi a velha, atual e eterna curiosidade.
A cena havia se repetido. Eram moleques, protegidos pelo grupo. Que deixaram de assistir uma aula inteira para me imitarem.
A conclusão para todo esse empenho depositado em minha pessoa não demorou a chegar. Se esses moleques deixaram de assistir a uma aula inteirinha por minha peculiaridade, eu devo é ser muito boUUa nisso.

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21 comentários:

  1. Camilaaaaa, seja bem-vinda como nossa mais nova convidete.

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  2. É, perder uma aula inteirinha pra imitar alguém é o fim do mundo, né? Em que pé tá nosso ensino, num falo.

    Ou você é muito boUUUa messssss...
    hehehe

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  3. Eu não tenho nenhuma esportiva pra ser imitada, sabia? Eu apelo, ou apelava, quando mais nova.

    Será QUE os famosos se sentem mesmo honrados com imitação?
    Tenho minhas dúvidas.

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  4. Camilaaaaa, quantos anos você tem e que série cursa?
    Curiosidade, mandou lembranças.

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  5. Ahh, desculpe-me pela hora da postagem, não tive como parar a senzala intelectual (SI).
    lê rê lê rê lê rê lê rê lê rê.

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  6. Obrigaaaada mais uma vez pelo convite bacanérrimo.

    Eu também não sei levar muito na esportiva. Até tentei identificar os indivíduos para bater um papo reto. Mas todo mundo é igual naquela sala e não rolou.

    Tenho quinze e estudo no segundo ano do ensino médio.

    Beijossss!

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  7. Ah, acrescentar um babadinho.
    Eu adoro ser imitada no que escrever e nas "piadinhas" que faço. Não gosto é de imitação de gestos, de jeito de andar, jeito de falar; coisas que penso serem mais críticas que imitação.
    Agora um boUUUa eu adoUUUUro, tá Camilinhaaaa?

    hehehe

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  8. Também já sofri o rótulo de "estranho", mas nunca fui mal-quisto na turma... Eu era diferente e isso por si só já é suficiente para chamar a atenção. Mas isso não me incomoda mais, ficou para trás, assim como um monte de coisas. A vida muda e a gente muda com ela. Nunca devemos perder a noção de que somos seres singulares e seu andar deve ser ÚNICO, tão bom que mereceu até um bis....

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  9. pessoas que escrevem boUUa.

    gente, vocês são bregas, não vou mentir.

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  10. mas hein.. tá vendo camila?
    as pessoas te amam.
    só se imita ou se perde uma aula inteira por quem se ama.
    tô mentindo?

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  11. mas deve ser engraçado seu jeito de andar.

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  12. reza a lenda que eu ando de nariz empinado e pareço metida/autista. mas.. mas..

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  13. metida/autista, demais para minha capacidade de imaginação

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  14. Me imitaram no final de semana :(

    Sei como você se sente!

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  15. Camila, pior é ser uma pessoa apagada, sem sal, que ninguém nota e nem sabe que existe. Talvez até notem a existência do apagado ao olharem uma foto e perceberem que ele estava presente na hora. A turma da sala ao lado é de bobões, não liga, não.
    Bjos, da não menos estranha.

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