Tema: E se...
Por Rafael Freitas
Não
gosto muito dessa brincadeira de "e se"... Penso que qualquer coisa
que eu fizesse diferente, em qualquer tempo e espaço, interferiria em uma série
de outras coisas.
Sabe
aquela história de sermos frutos das nossas escolhas? Tipo isso. Até porque
decidir é algo que fazemos o dia todo, muitas vezes mecanicamente. Aí entra o
lado bom da rotina, das responsabilidades e planejamentos: já foi tudo
decidido, não há gasto de energia, sigamos o roteiro.
Mas
ainda é preciso decidir o que comer no café da manhã, que roupa usar, que
ônibus pegar, como conduzir as relações interpessoais, se começa uma dieta na
próxima segunda, se pinta a parede do quarto de branco ou cinza, se liga para
aquele amigo do qual tem sentido saudade, qual livro ler, qual música ouvir, quantos
episódios de série assistir antes de ir para a cama até ter que acordar de novo
e... o café, claro, pão com manteiga de novo?
E
se pegasse o ônibus em outro horário? Se mudasse o caminho ao ir para o
trabalho? Se desse ouvido à saudade e ligasse para aquele amigo, aquela amiga? O
resultado final do meu dia seria muito diferente: encontraria outras pessoas, veria
outras coisas, teria outros pensamentos e ideias. Poderia interferir na vida dessas
pessoas, que também estariam decidindo quais caminhos, o que comer, que horas
sair, ou isto ou aquilo, e que se tivessem escolhido outra rua não me veriam
ali naquele dia que mudei minha rotina.
E
é por isso que não brinco de "e se": são muitas as variáveis que se
alterariam de tantas maneiras inimagináveis.
Mas
sei que é tentador. Tanto que não resisto ao seguinte pensamento: e se não
houvesse tanto preconceito? E se todos se respeitassem mais? E se sempre
interferíssemos positivamente na vida do outro? Porque a vida é essa engrenagem
louca que não para de funcionar, e cada um é uma peça se movendo, fazendo
outras peças se moverem, e a máquina vai funcionando e a vida não para.
* Da canção Se tudo pode acontecer, Adriana Calcanhotto.
E se... Quanta coisa teria mudado, porém não tive coragem!
ResponderExcluirE se eu tiver coragem?
Te adoro meu amigo!Saudades, precisamos marcar aquele café com pão caseiro hem!Bjsss!
E se tivéssemos marcado nosso café no sábado passado, né... hehe
ExcluirSaudades tbm, minha amiga!
sobre isso de de branco ou cinza. Cinza, por favor!!!!
ResponderExcluirVai ser cinza mesmo, mainha!!! Um dia. rs
Excluirpela resposta vi que sou uma mainha que não MANDO NADA!!! deserdado. há livros do monteiro lobato por aqui...
ExcluirNossa, entendi que a sua preferência é o cinza, mainha! hahahaha
Excluirnão gosto de se também não porque quando ele vem é muito mais pra detonar do que pra nos fazer bem...
ResponderExcluirte achei muito reflexivo.
ResponderExcluirReflexivo e confuso, né? rs
Excluireu amo essa música
ResponderExcluir"como conduzir as relações interpessoais..." achei artigo, achei sério
ResponderExcluirpensei mesma coisa, bem linguagem científica. mas me contive... rs
Excluirolha, só devo lhe dizer que as escolhas do futuro dependem da gente sim. nem é "e se.." e penso que é aí que está o "problema".
ResponderExcluirmuitas vezes a gente não quer essa responsabilidade toda, então é muito mais fácil fazer suposições com o que já passou.
difícil, né? na verdade.
Pensando o quê? viver não é fácil não, pergunte pro meu coraçãooooooo.
ExcluirSei perder na valentia, sei amar o meu amôÔÔô
Ahhhhhhh morenoooooooooooooo