Tema: Um episódio da infância
Por Rafael Freitas
Não, não é mentira.
Quando criança, meu melhor
amigo era um primo chamado João Paulo, cinco meses mais novo que eu. Morávamos
na mesma rua, a Francisco Fagundes, a poucas casas de distância.
Além de frequentarmos a casa
um do outro, brincávamos muito na rua com a molecada. Pique-esconde, queimada,
bandeira, bete. Possivelmente aprontávamos uma ou outras travessuras (risos!). Como
o dia em que subimos no telhado da casa da Cleusinha para apanhar um chinelo dele
que, ao ser chutado para cima numa disputa de quem chutava mais alto, caiu nas
telhas da beirada e ficou lá. Coisas da falta de juízo da pouca idade.
Esse episódio é sempre lembrado
nos almoços de família, bem como o dia em que fui atropelado por uma bicicleta.
Eu tinha uns sete, oito
anos. Fui encontrar o João, que estava em frente à sua casa. Morávamos em
quadras diferentes. A rua que separava uma quadra da outra, Padre José Oriolo, era
um morro onde morava Juliana, irmã da Adriana professora e filha da Cida do
Levi. Juliana descia o morro em sua bicicleta rosa enquanto eu corria, pelo
meio da rua, para ir brincar com o João. Ouvi gritos: Não tem freio! Não tem
freio! E de repente eu estava no chão. Nada mais me lembro.
Quando raspo ou corto o cabelo
mais curto, uma cicatriz de oito pontos aparece para quem me vê de costas, na
lateral esquerda da cachola. As perguntas sobre sua causa são frequentes. Como
são frequentes os olhares indignados quando digo que fui atropelado por uma
bicicleta.
E ele que o diga porque não sei andar de bicicleta.
Percebo mais olhares indignados.
PS. João Paulo e eu ainda somos melhores amigos.
PS. João Paulo e eu ainda somos melhores amigos.
* Da canção Lanterna dos Afogados, Paralamas do Sucesso.
Vamo lá: todo mundo postando foto de cabelo (o do que sobrou dele rs) nessa semana!
ResponderExcluirhahahaah tendeu tendeu
ExcluirHaha... ADOREI!!!
ExcluirJá ouvi algumas vezes essas histórias...mas não me canso pois são sempre muito boas...eu me divirto quando vcs contam.
...só não entenderei jamais o porquê de vc e a Mariana não saberem andar de bicicleta... haha
...me recuso a acreditar nisso!kkk
não posso postar meus cabelos, desculpa. nada a ver com os de minha infância.
ExcluirTá vendo como a afilhada puxou mesmo pro padrinho, Simoninha???
Excluirhaha
Muito bom! Dei risada aqui. O João Paulo só pode ser o João.... Eu não tenho muitas cicatrizes, acho que uma no joelho de um tombo besta em um escadão de cimento da escola.
ResponderExcluirSim, Lu! É o João!
ExcluirCerteza que sua cicatriz no joelho não chega nem perto da cicatriz dele! haha
ai que susto
ResponderExcluir(quando vi esse cabeção)
É porque vc não viu a versão "cicatriz com olhinhos e boca" dessa foto, Laurinha. haha
ExcluirSim: eu fiz isso.
Rafinha, sensacional sua maneira de compartilhar algumas de nossas memórias.
ResponderExcluirEu assisti o atropelamento de camarote no alpendre da casa amarela. Foi assustador!
Tempos depois, em outra de nossas brincaderas, derrubamos uma lata de vinte litros de óleo em sua cabeça e a cortamos novamente. Acho que brincar era prejudicial à saúde na nossa infância.
Mas eram brincadeiras tão inocentes, né João... rs
ExcluirQuem nunca derrubou a prima mais nova sentada numa roseira?
A pessoa não aprendeu a dirigir ooopppss a andar de bicicleta. Até eu aprendi, pô!!
ResponderExcluirMais duas coisas zoandinho do post porque SOU DESSAS:
ResponderExcluir1) isso de quadra em vez de quarteirão é coisa da Cordinha ou cê deu uma de cara da capital?
2) saudade Leila Lopes com esse "Nada mais me lembro"... seguraaaaaaa Berenice.
Mainha, que bom que a sra sacou a referência à Leila Lopes!!! A intenção era essa, juro. haha
ExcluirE é quarteirão, sempre foi quarteirão! De onde eu tirei quadra, gente???
eu sabia desse caso má ri do mesmo jeitim...
ResponderExcluirmaldosa
Excluireu não ri hein rafa não ri hein
ResponderExcluirse eu já tivesse sido atropelada por uma bikes aí é que não iria querer saber de andar de bikes
Eu já fui atropelado por uma brasília amarela, Lau!
ExcluirE brasílias amarelas nem eram famosas na época... rs
Não sei andar de bicicleta. E não sei que brincadeira é essa que atende pelo nome de bete.
ResponderExcluirTambém é conhecido como "taco", Helô. Conhece?
ExcluirNunca tinha visto esse corte na sua cabeça .. e acho que não sabia dessa história também.
ResponderExcluirVai ver logo, Nina. Ainda mais agora que tô careca!
ExcluirA natureza é implacável. rs