Tema: casos de família
Por: Rosana Tibúrcio
Eu me recordo que na minha adolescência, no internato, eu era tipo manicure e fazia não só minhas unhas como as das colegas; nessa época meu esmalte preferido era sangue areia; vermelho, claro. Sempre preferi esmaltes vermelhos a qualquer outra cor. Sangue areia era meu amor eterno. Fiquei sem amor, não há mais essa cor e nenhuma outra veio para tomar seu lugar.
Depois, mais jovem e já trabalhando fora, fazia unhas todos as semanas. Dinheiro contado pra tudo, mas o da manicure tava ali: guardadinho. Me lembro que quando foi para eu me casar gastei meses testando que esmalte usar e, então, virei a dona dos rosinhas e beges porque àquela época, mocinhas virginais não se casavam de vermelho. Elegi um tal areia e me casei para a vida eternazzzzzfudeu!.
Em meu tempo de casada e bancária fazia unhas todas as semanas e amava. O vermelho predominando. Tive várias manicures e a mais famosa e maravilhosa delas, a Fatinha vinha aqui em casa toda semana e era uma maravilha. Eu ia à Belo Horizonte quando fazia cursos para o Banco e comprava monte de esmalte pra ela e trocávamos com as feituras das unhas. Fase feliz!
Depois que eu me separei e sai do banco, minha vida ficou uma boxxta e uma das primeiras coisas que abandonei foi a feitura de unha semanal. Que fase de merda, minhas gentes. Fazia unhas só de vez em quando, ao viajar ou ir pra alguma festa maior. Nubinha, amiga da casa vinha e fazia minhas unhas e eu ficava namorando-as por uma vida. E me dava uma saudade de um tempo feliz, despreocupado.
Assim que Laurinha foi para Uberlândia eu me senti mais manca do que estava sem passar meus esmaltes e resolvi resgatar coisas que mais gostava na vida e que havia deixado de lado: comprar livros, ler sem me preocupar com hora e lugar, fazer as unhas.
E então voltei a viver essa felicidade semanal. E agora, com a segunda manicure pós-libertação fico maravilhosa a cada quinta-feira, tiro fotos junto às minhas marias-sem-vergonha e posto no twitter, instagram e facebook mesmo. E você que é feio? Ah, faço snapchat dazunhas também porque sou linda, maravilhosa, deslumbrante e gosto mesmo de mostrar tamanha belezura.
E o que esse nhe-nhe-nhem de unhas lindas tem a ver com o tema da semana?
Ó só, sempre que me lembro de minha vó Marica e de minha mãe eu me lembro das unhas lindas e arrumadinhas que elas tinham. As duas. A vida toda. Gostar de unhas lindas, vermelhas e bem feitas é mesmo um caso de família...
Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há saudosismo e determinação.
Gostoso de ler. Bem que fez de voltar a fazer o que lhe dá prazer.
ResponderExcluirSuaszúnhas são lindas e suas fotos são as melhores.
ResponderExcluirQuando for velhinha assim, também quero fazer unha todo dia
hahahahhahahahahahaha
não lembro das unhas da vó Marica
ResponderExcluirmas as da vovó me lembro muito bem, lindas que só :)
velha assim você sabe quem é, né? hahahah
ResponderExcluirEu adorei quando a sra voltou a fazer as unhas.
ResponderExcluirLiteralmente, muita beleza nesse caso de família!
ResponderExcluirimagina eu, filhote. o tanto que amei voltar a fazer.
ResponderExcluire por que casos de família ruim, né??? só amô...
adoro esse caso (seu, de amor com suas unhas principalmente)
ResponderExcluirQuando for velhinha assim, também quero fazer unha todo dia
ResponderExcluirhahahahhahahahahahaha
hahahahahaha não consegui nem ficar irritada
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