segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

E foram felizes para sempre?

Tema: Livro
Por Laura Reis

Era uma vez uma princesa que conheceu um príncipe que conheceu uma plebeia que era amante de um anão. Ninguém foi feliz.

Apenas fazendo o favor de resumir a vida de muitos de nós, antes que voltemos a acreditar em "felizes para sempre" e levemos adiante essa necessidade de escrever mais livros a esse respeito.

Adeus, fevereiro.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A pensadora

Tema: uma foto (autorretrato)
Por: Rosana Tibúrcio


O que mais faço na vida é pensar, porque sou bem diferentona, sacumé? Sou a Rosana Lispector Foucault James Adorno Russeff Assis Popozuda Freire Gimenez Rousseau Tibúrcio.
Penso de um tudo: o que não presta, o que quase presta e o que presta muito. Penso tanto, mas tanto que cabelo ficou branquinho comigo novinha novinha; lindo, mas branco. Penso tanto que ao olhar pra essas fotos, fico tão cansada... que num quero pensar mais nada...


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há mil coisas passando pela minha cabeça de melão melão...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Baixinha, eu?

Tema: Uma foto (autorretrato)
Por Laura Reis


Eu, na minha época de modelo com celular que tinha timer, lá em 2011 (ou qualquer outro ano, por aí).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A minha é assim

Tema: uma boa semana
Por: Nina Reis






Começa com um café da manhã maravilhoso na segunda, se tiver acompanhada, melhor ainda.
Com muitos atendimentos, histórias, desabafos e muitas risadas com todos os pacientes.
Caminhada, dança, corda e quando for preciso descansar, basta abrir a porta para ver o por do sol ou dar de cara com a lua quase entrando em casa.
Poder em menos de quatro minutos chegar no comércio local e gastar menos de doze reais em um almoço delicioso.
Chegar a tão esperada quarta-feira e fazer aquela comidinha especial ou ir a um restaurante bem bacana, porque dia de quarta é assim, cheio de surpresas boas. 
No decorrer da semana, enviar áudios para as pessoas queridas, fazer ligações e ficar horas e horas sem pressa para encerrar seja qual for o assunto.
Receber mimos e ter a certeza que muitas pessoas te querem bem. 
Ganhar chocolates e ter a certeza que muitas pessoas sabem da sua TPM, brincadeirinha, sabem do seu vício rsrsrs
Uma semana boa é aquela que quando a música do Fantástico toca, chega a dar uma dorzinha no coração.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dias melhores pra sempre ♪

Tema: Uma boa semana
Por Rafael Freitas

O carnaval acabou. Nos primeiros minutos da quarta-feira de cinzas, eu estava com o rosto borrado de preto e coberto de faíscas douradas da purpurina que fora jogada em mim enquanto o bloco subia a avenida. Eu sentia calor, cansaço, um pouco de fome e ansiedade por tudo o que estava por vir, mas tudo sob o manto de confetes e serpentinas (alegria?) do carnaval.

Os dias seguintes foram de palavras soltas: cama, sofá, tesão, filmes, expectativas, tesão, auto-análise, carinho, tesão. E já era sexta-feira, família, e o fim de semana todo para se jogar nos amigos e episódios de séries.

Aí veio a segunda-feira. Ócio, mais séries, aquele papo bom de ter com os amigos e uma notícia de morte daquelas que doem, dão saudade e causam pensamentos inevitáveis e clichês: eita vida frágil, o que estou fazendo contigo? e agora que não vai dar tempo mais de consertar as coisas, ou pelo menos tentar?

Tudo sugere uma boa dose de melancolia, que nem sempre é bem-vinda. Hospedá-la pode ser uma tarefa bastante cansativa... e já estou farto. Falei isso pra ela, xô, some, me deixa porque vou fazer uma faxina! Estou esperando a chegada de dias melhores: melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. Dias, semanas, meses, anos melhores!

E pra sempre.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Éfi ah êmi ih éli ih ah

Tema: Uma boa semana
Por Laura Reis

Minha última semana, iniciada na última segunda-feira de Carnaval, começou com uma viagem de volta pra minha terra (atual), essa metrópole maravilhosa chamada Uberlândia. Um lugar pro qual gosto de voltar porque é onde tenho uma casinha minha: pobre, mas arrumadinha, cheia de coisinhas inúteis e que me fazem sorrir quando olho. Porque é um lugar em que sei que posso comer bem, em que posso encontrar pelo menos a grande maioria de qualquer coisa que eu estiver precisando e em que me sinto em casa, sim. Sem contar que essa volta foi em uma segunda-feira de feriado e, imagina só se todas pudessem sê-lo!
Foi no início da semana que também terminei House of Cards, uma série que tenho gostado bastante de ver, mesmo sendo política um assunto pelo qual raramente tenho interesse. Acabar uma temporada é sempre uma sensação de dever cumprido, assim como é gostosa a sensação de ir trabalhar com a empresa praticamente vazia e nenhum ruído não solicitado, apenas a música que você quiser ouvir ou o batuque que você quiser fazer e o ventilador que você quiser ligar.
Foram também dias de repensar em coisas do passado, sensação que gosto muito e que remete a essa palavra que acho linda chamada nostalgia, junto de gratidão. Coisa que também tentei (e acredito, soube) demostrar mesmo ao fazer uma recusa.
Não planejar as coisas não faz parte de minha rotina, mas uma boa oportunidade surgindo na sua frente só merece que você concorde e, em menos de uma semana, estava eu de novo batendo na porta da mãe pra passar uma manhã rápida e diferente indo a lugares variados e necessários, com gente que amo demais, e visitando as belas histórias do avô – por aí registradas com suas pinturas, filhos, netos e bisnetos.
Se sentir bem é fundamental e fazer uma maquiagem básica e ok é sempre um motivo pra se sentir melhor ainda. Principalmente se for pra se reencontrar com peças raras, antigas e bem conservadas, como uma Remington 25. O jogo da imitação foi o filme que fez parte dessa semana, acompanhado de sorvete bom e família ê, família ah.

Ainda (e sempre!) sobre família, domingo terminou por ser um dia em que se selou um compromisso que muitos tiveram por meio de um diploma muito merecido. Família é coisa linda e uma semana recheada por ela não tem como não ser boa, vai..

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Mais que um, mais que mil e mil e um

Tema: um plano para 2016

Por: Nina Reis





Mais organização, menos bagunça. Mais caminhada, menos correria. Mais silêncio, menos zoeira. Mais faxina, menos poeira. Mais desapego, verdade, metas. Menos tralha, esconderijos, preguiça. Menos lentidão e muito mais ação. É isso, quero um ano totalmente ativo. Quero pular corda, dançar, fotografar, beijar, posar, doar e me alimentar melhor. Ficar parada, somente quando for preciso descansar. Quero dizer mais nãos, aliás, muito mais nãos.
Quero meus cofres cumprindo seu verdadeiro papel e terminando o ano cheio. 
Quero reclamar menos e quero gritar se for preciso. Quero escrever mais, pensar menos e quero, quero muito que esse ano seja maravilhosamente bom.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mas é carnaval ♪

Tema: Um plano para 2016
Por Rafael Freitas

Na virada do ano, no momento em que aquela retrospectiva relâmpago de erros e acertos e alegrias e dramas passa pela nossa cabeça, eu agradeci e decidi que 2016 seria um ano de leveza. Eu, que já usei tanto essa palavra há algum tempo, na época de crisezinhas e coraçõezinhos, recorri a ela por um motivo simples: necessidade.

Não me parece uma boa ideia tentar planejar que tudo seja leve, já que não temos controle sobre tudo o que nos acontece. Mas é bom manter o foco: nas situações pesadas demais para se evitar, que venha a leveza nos julgamentos, decisões e resoluções.

Vou deixar a vida me levar, sem sofrer com o amanhã, mesmo estando (temporariamente, espero!) desempregado. Ler mais, ouvir mais das minhas músicas preferidas, assistir mil séries, conversar e rir muito com os amigos, fechar ciclos, me amar mais.

Mas tudo isso é drama quando, na verdade, meu único plano para 2016 é usar o Instagram! Tirar fotos lindas, interessantes, que sejam muito curtidas e escolher bem as legendas e hashtags (me ajudem nessa parte, por favor! haha).




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

De unhas lindas etc. e tal

Tema: casos de família
Por: Rosana Tibúrcio

Eu me recordo que na minha adolescência, no internato, eu era tipo manicure e fazia não só minhas unhas como as das colegas; nessa época meu esmalte preferido era sangue areia; vermelho, claro. Sempre preferi esmaltes vermelhos a qualquer outra cor. Sangue areia era meu amor eterno. Fiquei sem amor, não há mais essa cor e nenhuma outra veio para tomar seu lugar.

Depois, mais jovem e já trabalhando fora, fazia unhas todos as semanas. Dinheiro contado pra tudo, mas o da manicure tava ali: guardadinho. Me lembro que quando foi para eu me casar gastei meses testando que esmalte usar e, então, virei a dona dos rosinhas e beges porque àquela época, mocinhas virginais não se casavam de vermelho. Elegi um tal areia e me casei para a vida eternazzzzzfudeu!.

Em meu tempo de casada e bancária fazia unhas todas as semanas e amava. O vermelho predominando. Tive várias manicures e a mais famosa e maravilhosa delas, a Fatinha vinha aqui em casa toda semana e era uma maravilha. Eu ia à Belo Horizonte quando fazia cursos para o Banco e comprava monte de esmalte pra ela e trocávamos com as feituras das unhas. Fase feliz!

Depois que eu me separei e sai do banco, minha vida ficou uma boxxta e uma das primeiras coisas que abandonei foi a feitura de unha semanal. Que fase de merda, minhas gentes. Fazia unhas só de vez em quando, ao viajar ou ir pra alguma festa maior. Nubinha, amiga da casa vinha e fazia minhas unhas e eu ficava namorando-as por uma vida. E me dava uma saudade de um tempo feliz, despreocupado. 

Assim que Laurinha foi para Uberlândia eu me senti mais manca do que estava sem passar meus esmaltes e resolvi resgatar coisas que mais gostava na vida e que havia deixado de lado: comprar livros, ler sem me preocupar com hora e lugar, fazer as unhas.

E então voltei a viver essa felicidade semanal. E agora, com a segunda manicure pós-libertação fico maravilhosa a cada quinta-feira, tiro fotos junto às minhas marias-sem-vergonha e posto no twitter, instagram e facebook mesmo. E você que é feio? Ah, faço snapchat dazunhas também porque sou linda, maravilhosa, deslumbrante e gosto mesmo de mostrar tamanha belezura.

E o que esse nhe-nhe-nhem de unhas lindas tem a ver com o tema da semana?

Ó só, sempre que me lembro de minha vó Marica e de minha mãe eu me lembro das unhas lindas e arrumadinhas que elas tinham. As duas. A vida toda. Gostar de unhas lindas, vermelhas e bem feitas é mesmo um caso de família...


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há saudosismo e determinação.  

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Só os fortes entenderão

Tema: Casos de família
Por: Nina Reis



 
Estão elas, mãe e filha, sentadas para tomar o café da manhã.
Quase 10minutos de silêncio e ...
- Passa a manteiga
- Oi?
- Passa a manteiga
- Oi?
- PÁÇA A MÃNTÊIGÁ
- Está louca? Alôô
- Alô Christina .. ahhh desculpa. Por favor mãe, passa a manteiga.
- Agora sim.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Só a bailarina que não tem

Tema: Casos de Família
Por Laura Reis

Irmão caçula novo que causa intriga entre os demais. Irmão mais velho que acha que pode sair distribuindo conselho. Marido que deixa toalha em cima da cama e minutos depois reclama que esposa deixa os saltos no meio da sala. Filho que usa o pano de prato para enxugar as mãos. Todos que deixam a louça para depois. Comida com cebola que um não gosta. Bacon no feijão do que quer ser vegetariano. Irmão que come o pão integral da irmã que começou a sétima dieta do mês. O esquecimento da compra do leite integral para a vó. O vô que dorme enquanto todos gritam à mesa. O tio inconveniente que dá notícias sem o tom correto. O sobrinho que bebe pela primeira vez e dá vexame. Os primos que trocam beijinhos antes da puberdade. A mãe que liga insistentemente quando passa da meia noite. O discurso do pai sobre a saia curta. O silêncio pesado no café da manhã. A conversa fiada que resulta em grito e algum choro, no domingo. Os elogios ao almoço da vó que não chegam perto de qualquer arrumação da mesa ou limpeza da louça. A birra para não tomar banho. A birra pra não comer verduras. A foto completa e oficial da família em que um sai de olhos fechados e outro falando. A má resposta da prima pequena. O chute da bola que acerta o primo mais quieto. O “tô de mal” que um dia esquece ter existido. O Natal em que todos se isolam. O aniversário que, se esquecido, ganha em troca um ano em silêncio. As roupas iguais que só mudam a cor, para as primas de mesma idade. A tia que manda bom dia com imagens bonitinhas, todos os dias, e nunca perguntou se você está bem. A vó que acha que engordar é ficar saudável. O tio que aponta um defeito novo a cada dia (ou o mesmo, sempre). Um irmão postiço. Os comentários maldosos da prima. A necessidade de estar namorando, noivando, casando, tendo filhos e dando irmãos pros filhos. O par de meias ganhado de Natal, tal qual do ano anterior. A fase da rebeldia: fugir de casa, namorar escondido, bater portas. A mãe repressora que era livre na juventude. A mãe que era reprimida na juventude e liberta suas crias. E continua. Afinal, problema na família: quem não tem?