quinta-feira, 30 de abril de 2015

Com cheiro, gosto e clima...

Tema: recordar é viver
Por: Rosana Tibúrcio


Esse ditado "recordar é viver" é tantim ridículo, mas tá valendo porque meio que representa, a meu ver, coisas boas. Afinal, quem quer recordar algo ruim e viver? Já que recordar é viver. Só por isso tá valendo, mas é um ditado que merecia uma análise detalhadíssima para que pudéssemos eliminá-lo de vez. Aposentá-lo.

Mas não é disso que eu quero falar. Eu busco por recordações e sempre as boas, claro, porque as lembranças são as que veem sem nossa autorização e são, habitualmente, ruins. Pelo menos pra mim. Recordar está para saudade, assim como lembrança está para nostalgia. Anotem isso porque é uma afirmação bastante interessante. Recordação e saudade = coisa boa, feliz; lembrança e nostalgia = coisa ruim, triste.

As minhas recordações têm cheiro, gosto e, por vezes, temperatura. Quando me recordo de alguém ou de algo bom eu sinto aquele cheiro, gosto, calor, frio, vento, noite, dia, nascer do sol, pôr do sol. Sou desse jeitinho.

As minhas recordações são como a sequência de um filme: encarreiradinha, cena por cena. Eu me recordo, por exemplo, o dia, hora, minuto em que a Marininha nasceu. E olha que lá se vão cinquentaetantosanoseelavaimemandarpraputaquepariu vários anos. Não me recordo do meu primeiro beijo, mas me recordo de vários primeiros beijos. Nem tão vários porque eu sempre fui uma mulher pudica e tal.

Super me recordo da minha primeira noite de bebedeira (ãhãnnn tavam achando que ia falar de sexo e rock and roll, né seus safados?), no caso tarde, coloquei noite só para fazer vocês se recordarem dos trem bão da vida, eu lembro da chuva fininha e do namoradinho da vez que "cuidava" para que eu não fizesse um estrago maior do que as risadas absurdas que dava.

Atualmente o que eu mais me recordo é do cheiro do meu café quiçá e de alguns vários cafés que dei aqui na minha casa para os amigos e daqueles que tomei com alguns amorzinhos. Vários desses cafés foram com um desses amores. Os melhores que tomei.

Eu me recordo de várias canções, do dia em que eu ouvi, onde estava, com quem estava. A música "Escrito nas estrelas", em sua primeira versão, a mais bonita, a versão recordação, ouvi noutra cidade onde morei. Anos mais tarde eu tive um namorado que cantava essa música pra mim - entra aqui a segunda versão de "Escrito..." e ó fi... achava um saquim, porque eu ficava bem pensando no passado. Essa segunda versão de Escritos é a lembrança, a lembrança chatinha. Vejam vocês que para uma mesma coisa/situação eu posso ter recordação e lembrança. Opto sempre pela recordação. Ela vence.

Falando em recordação - e muito talvez porque Laurinha tenha falado do blog dela no post sobre esse tema - tô me recordando aqui do tempo em que eu escrevia mais: aqui e no meu Dona da Banca. Precisando voltar a fazer isso com mais constância porque a maioria das coisas que escrevo me provoca recordações. E quanto mais recordações eu tenho, menos lembranças virão para me perturbar; mais feliz eu sou. Quem não quer?


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um misto labirintite textual e recordação do cheirinho do meu café quiçá. 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Bobagens

Tema: Recordar é viver
Por Laura Reis

Lembro quando eu escrevia escondido e depois, quando comecei a publicar escondido. Não tinha coragem (nunca!) de ouvir alguém dizer "Nossa, li seu texto que ... (legal, merda, fofo, bem escrito, o que seja)". Ainda não tenho muita, mas a gente vai se adaptando.
E eu me adaptei ao publicar. Comecei com um tal de A vida é estranha, justificadíssimo pelos meus lindos 15 anos e toda uma vontade de viver (tadinha..).
Depois (e só) eu trouxe as Bobagens Importantes pras webs, porque ainda gostava de escrever por entrelinhas e não contar absolutamente tudo. Só o básico pra que quem já sabia, saber mais uma vezes. Ainda tenho essa ilusão de que funciona - com legendas ou em conversas no MSN (risos).
Dia desses reli o livro da Tati Bernardi que me ajudou aos 20 anos a entender que vacas como a Claudinha só aparecia porque eu deixei ou quis, vai saber. E então a lindafofajuraski do Coisa Errada me faz o favor de retornar e me lembrar o tipo de coisa que eu ainda gosto de ler e eu volto a pensar, mais uma vez, em mais um ano que se passa: cadê toda aquela fome que eu tinha de digitar meus acontecimentos por aí?
Enquanto não retomo essa fase bonita da vida, trago as memórias que mais gostei (de escrever e reler):
Não mais
Sobre perdas e tamanhos
Um par de luvas e suas tramas
A melhor do mundo
Espero
Claro... o tempo!
Melhor amigo
Pesadelo
Surpresa
Deu velha
Sobre eles e todo o resto
Analisando

terça-feira, 21 de abril de 2015

Assim caminha a humanidade

Tema: Wi-fi
Por Rafael Freitas

Nunca fora contra os avanços tecnológicos. Ao contrário: acompanhava-os e beneficiava-se deles. Sentiu apenas quando perdeu seu amor para aquela bendita senha: quando ele se conectava ao wi-fi desconectava-se dela. E não há amor que resista quando se está distante estando bem ao lado.


sábado, 18 de abril de 2015

As minhas cores

Tema: jardim secreto
Por: Jéss Amorim


Gente...que honra ser convidada aqui! Obrigada guaramados.

As pessoas da minha família gostam muito de atividades manuais desenhar/pintar/bordar/costurar e eu não sai diferente.

Eu fui uma criança que adorava cores. Pintar, desenhar, canetinhas, lápis de cor, carimbos, guache...sempre tive e passava horas quieta, no meu mundinho "filha única", envolvida nas cores.

E falando em mundinho filha única, também sempre fui muito individualista. Lembro-me de quando estava no prezinho, tinha uma garotinha, a Silvia, que queria mandar nas minhas pinturas, eu só podia colorir da cor que ela ia colorir aquela mesma parte do desenho. Tadinha...uma vez, eu já de saco cheio, fingi concordar e era só ela encostar o lápis no desenho dela que eu ia lá e pegava da cor que eu queria. Silvia abriu o bocão chorando e nunca mais me atazanou. Foi mal se gerei algum trauma, migs.

Cresci e os cadernos de colorir não tinham mais graça com seus desenhos tão infantis até que...abro meu facebook esses dias e vejo o tal Jardim Secreto. Associei primeiro ao filme (lindo, assistam) depois vi que era muito mais melhor de bom! Bastou eu dizer que queria e uma amiga que estava numa livraria comprou o meu. Pirei nos desenhos e cores, comprei lápis de cor novo e logo não resisti e comprei o Floresta Encantada.

Também entrei num grupo do facebook e ao me deparar com uma legião de Silvias parei de seguir. Queriam pular para um grupo no whatsapp. Não quero grupo pra falar de cor de canetinha, nem mimimi de "bom dia jardineiras". Parem!

Eu não sei se é antinada... só sei que eu tenho vontade de largar tudo e ficar infinitas horas enchendo as folhinhas de cores. Minha avó amaria este livro; muito do que faço ali me remete a ela.

Não consigo fazer só uma página até o fim e por isso prevejo levar 83749302 dias para acabar um desenho inteiro; não sigo regras nem padrões estéticos; minhas folhas e flores são encantadas como o título; no meu jardim ficam secretos os pensamentos que acompanham os traços.

E as cores? Bom, tem folha azul, flor dourada e coruja rosa. Por quê? Porque as cores vem do coração e voam livres como a alma de quem está por trás dos lápis e do desenho ali.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

De mudanças coloridas

Tema: Jardim Secreto
Por Clarissa Patrício



OI GENT, fui convidada pela Laurinha pra vir aqui no Guaraná pela primeira vez e falar com vocês sobre... o Jardim mais maravilhoso de todos os jardins do mundo!

Meu nome é Clarissa, e o meu Jardim Secreto foi presente de Rosaninha por ideia de Laurinha, então aproveito o ensejo para agradecer publicamente esse agrado. Sem dúvidas foi um dos presentes mais lindos e legais que eu ganhei em muito tempo.

Sim, o intuito desse livro é fazer a gente se livrar do estresse diário, usar a criatividade, se distrair, brincar...! Das maiores lembranças que eu tenho de infância, com certeza sentar ao lado da minha mãe para colorir desenhos em dias de chuva é uma das mais gostosas.

Mas hoje, eu já aqui com meus vinte e duzentos anos, vejo essa atividade como uma maneira de me ajudar a ser mais ousada. Isso mesmo! Eu sou dessas que tem TOC: o tronco tem que ser marrom, a folha tem que ser verde, a estrela tem que ser amarela (mesmo que ela seja branca (?) na vida real) e assim por diante.

Pois bem, depois de colorir um desenho todo tradicionalmente, comprei novos lápis de cor e decidi que VOU MUDAR PRA MELHOR. As folhas serão roxas, os troncos serão azuis e os telhados serão vermelhos. Quero ousar! E deixar sempre bem claro, através de muita cor em detalhes inusitados, o que sempre prego que acredito: tudo é possível. :)

Beijos!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Só vale se for leve

Tema: jardim secreto
Por: Rosana Tibúrcio

Por volta de 1992, 93, sei lá mais quando, comprei uns livros de mandala do, parece extinto, Círculo do Livro (eu era sócia, eu era chique, bênhê). Não comprei vários livros porque havia variedade deles; existia apenas um "modelo", os "vários" eram para presentear a quem eu queria muiiiito bem. Sempre gostei de dar (ui!!!) Às vezes comprava, também, umas caixas de lápis de cor para acompanhar os mimos. 

Não havia, naquela época, nenhuma preocupação ou curiosidade em olhar os coloridos alheios. Eu, por exemplo, queria apenas que um querido meu passasse horas se distraindo da vida, se concentrando nos coloridos; sendo feliz...

Muitos anos se passaram...

Se não me engano quem me falou primeiro do Jardim Secreto foi a Laurinha. Inclusive ela "PEDIU" um. Como boa mãe que sou, comprei. Mais de um. Inclusive, de novo, fui eu que dei TODOS OS LIVROS desse povo do Guaraná, minhas gentes. Palmas pra mim!!! Eu sou bem humilde e não gosto de expor minha bondade.

Bom, eu estou apaixonada pelo Jardim, principalmente porque ele me faz recordar o tempo e as sensações daquela época dos livros do Círculo. Os nossos "castelos" ainda não chegaram. Mas teremos. Todos nós teremos, minhas gentes. Quem quiser que venha buscar.

Mas não é disso que eu quero falar. Quero dizer da importância que a leveza tem, para mim, em relação ao Jardim e suas cores. Sei que não sei colorir bem e quer saber? Foda-se!! Não tenho inveja de quem sabe, adoUUUro ver os desenhos lindos, amo, amo, amo, ver a criatividade alheia e sou feliz ao colorir e ao apreciar os coloridos alheios. Mas Marininha, te odeio!!

Por gostar tanto de apreciar os coloridos lindos acompanho dois instagrans destinados a esse fim: os livros de colorir antiestresse. E fazia parte, até hoje de manhã, de um grupo no facebook. Sai exatamente porque o grupo deixou de ser leve e virou um campo de competição, de busca de elogios, e de falsa humildade: "ah, meu colorido não está bom"; '"aceito sugestões para melhorar meu colorido" e mimimi e mimimi. Os adultos deixaram de brincar de colorir e passaram a ser chatos, chatos e a participarem de um campeonato de egos. Ficou pesado! Tô fora! 

Tenho consciência de meus coloridos mais feios e destaco alguns que considero melhorzinhos, como este da foto. Não passo muito disso. Mas tudo é leve e me faz feliz. Claro que minha leveza vem com um TOC: só sei colorir na ordem das folhas do livro. Dizem que toc é pesado, o meu não é... gosto, amo o jeito de minha leveza ordenada. Ainda mais num jardim cheio de flores e cores. 

Adendo: "A felicidade é fácil. Basta uma folha de papel e uma caixa de lápis de cor..." (Edney Silvestre em A felicidade é fácil, p. 13).


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há uma leveza quase inexplicável. Venha curti-la comigo?   

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Eu cuido, tu cuidas, nós cuidamos

Tema: Jardim Secreto
Por: Nina Reis 



Estou cada dia mais encantada com o livro e assim como a Laurinha, não sigo ordem alguma e regra nenhuma de cores também. Gosto de saber que ainda irei pintar folhas de rosa e flores de verde.
Enfatizo também o título do Rafa porque eu, sinceramente, vou cuidar do meu jardim, aliás, esse da foto cuidei com muito zelo, dedicação diária e muita expectativa. Também cuidaria do jardim dos outros, lembrando que presenteei duas pessoas queridas e deixei uma flor pintada para cada uma delas. Se for para entrar na brincadeira por que não personalizar ainda mais o presente, não é mesmo?

Sei bem que o término dele não será tão rápido assim, pois existem muitos detalhes e muitas ideias dentro dessa cachola aqui.
O curioso é que desde quando ganhei o livro, só penso em adquirir outros seguindo mais ou menos a mesma linha, não somente a de colorir, a de ter livros mais dinâmicos e interativos.

Rosaninha, muito obrigada pelo presente!!!

Segue a lista dos outros livros que QUERO GANHAR (indireta para geral) hahhaha


- Livro do Bem
- 1 página de cada vez
- Listografia
- Construa seu diário
- T rmine  est li RO
- Eu+você Nós

terça-feira, 14 de abril de 2015

Eu vou cuidar do meu jardim

Tema: Jardim Secreto
Por Rafael Freitas


Primeiro foi ver o livro, lindo, na livraria, linda. Gostei assim, de cara. E ele lá, na seção infantil. Depois, a propaganda sobre ele num site que gosto. Depois as muitas imagens pipocando de desenhos prontos ou daqueles em construção.

Não aguentei: pedi, reclamei meus direitos de filhote. Aí, cês sabem, quem não chora não mama. Nem ganha. Nem colore.

E desde que esse presente chegou, com outros agrados, só faço pensar em começar. Igual criança que ganhou brinquedo novo, folheio toda vez que passo em frente a ele. Quero ter todos os tipos de lápis de cor do mundo (já comprei duas caixas!), entro em todas as papelarias, saber todas as técnicas, arriscar passar o pincel molhado pra conseguir o efeito aquarelado. Eu sei, eu sei que não rola. Fiquem tranquilos.

Ando correndo tanto... Mas, comecei. Já pude perceber que vicia. E pelo menos sei que tenho uma boa terapia me esperando depois da loucura prevista para as próximas semana. E quando acabar, quero ganhar outro presente: Floresta Encantada. Cês sabem, quem não chora não mama de novo. Nem ganha e nem colore... De novo!


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Pelas beiradas

Tema: Jardim Secreto
Por Laura Reis


Pra que começar do começo se posso ir no desenho mais fácil?
Quem decretou que só se pode usar verde pra folha, marrom pra tronco e rosa e vermelho pra flores?
Por que não posso achar que desenhos sem muito padrão, mas com algum bom gosto (será? rs), não podem sair de canetas guiadas pelas minhas mãos?
E todo o sentimento gostoso que tínhamos com os materiais novinhos, no início do ano - por que não revivê-lo a cada nova caixa de lápis ou caneta encontrado, mesmo depois de crescido?
Qual o problema em invejar o colorido do amiguinho e querer fazer igual?

São essas as perguntas que respondo ao entrar em contradição com os meus próprios valores (leia-se medo/nojinho de inseto), adorando começar um colorido assim, pelas beiradas, baratas e besouros.
Na verdade, é tudo feeling e eu nunca tinha pensado em muito disso. Enfim.




(Já que estamos toooodos nessa onda louca, por que não uma semana toda dedicada à nossa nova amiga Johanna Basford e seu livro delícia? Pois bem.)

quinta-feira, 9 de abril de 2015

De laços afetivos



Tema: Conto continuado
Por: Rosana Tibúrcio e (Laura Reis, Rafael Freitas, Nina Reis)


Cansados, foram dormir e... e dormiram tanto que quase perderam a hora do café da manhã. Gabriel estava bastante ansioso porque era seu aniversário, poderia abrir seu presente e tomaria o café da pousada que, segundo Dona Ana, era o melhor café da vida. Dona Ana conhecia muito bem João Pessoa, aquele lugar e sua proprietária; foi ela quem fez as reservas da pousada, garantiu que não teriam nenhuma despesa e que seriam muito felizes naquela cidade. E não só pelas praias.

Assim que chegou ao restaurante da pousada Gabriel viu que havia muitos balões e enfeites de aniversário, um bolo gigante na mesa central e muitos, muitos pãezinhos, frutas, salgados, sucos, guaranás e canudinhos. Nervoso, chamou seu pai e perguntou se podia abrir o presente. O pai pediu que esperasse mais um pouco.

Foi então que Gabriel avistou uma moça bonita que não lhe parecia estranha, logo viu que era o mesmo rosto que havia nos inúmeros porta-retratos da casa de Dona Ana e disse isso para o Seu Marco. Em seguida viu Dona Ana e todos os amiguinhos do colégio. Ficou sem entender nada, mas muito feliz

Quando percebeu Gabriel ficou frente ao bolo, ouviu “parabéns para você”,  recebeu beijos e abraços de todos, incluindo da moça bonita que estava chorando.

Seu Marco autorizou Gabriel a abrir seu presente. Era um álbum com uma capa linda e, na primeira página, havia uma dedicatória de seu pai dizendo que ali dentro Gabriel encontraria toda a história de sua vida e mais um motivo para conservar os laços com Dona Ana.

A primeira foto do álbum era da moça bonita que agora chorava, mas que, na foto, estava sorrindo. Triste, mas sorrindo. Abaixo da foto, Gabriel leu: "meu filho, essa é a sua verdadeira mãe e este presente conta o princípio de sua vida e por que te amamos tanto. Beijos de seu pai, suas mães, suas irmãs e sua Vovó Ana. 


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há laços de afeto em forma de um conto continuado. 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Ansiedade, mistério e muita felicidade ...

Tema: Conto Continuado
Por: (Laura Reis), (Rafael Freitas), Nina Reis (e mais...)

_ Este é pra você!

_ Pra você Gabriel, que é nosso filho de coração e mesmo tão novinho já entende que Deus não o colocou em nossas vidas por acaso. 
_ Quero que guarde esse embrulho, segure a curiosidade e abra somente na quinta-feira, depois de amanhã, dia 9 de abril, dia do seu aniversário.

Todos na casa estavam extremamente agitados,  principalmente as gêmeas, Júlia e Mariana, que tinham 12 anos e idade suficiente para entender que o amor supera todas as dificuldades. Mal sabia Seu Marco que elas estavam tão por dentro do que havia naquele embrulho, quanto ele e Marta, que preparavam um lindo cenário para entregar a Gabriel algo tão importante e inesquecível para toda família.
Eis que a quarta tão esperada chegou e lá se foram eles, enfrentar um dia inteiro de viagem.

Chegaram a João Pessoa, quase onze da noite e mesmo assim, exaustos, não deixaram de colocar, ao mesmo tempo, os pés no mar pela primeira vez.

Era tudo tão encantador, tão maravilhoso.

Cansados, foram dormir e... 

terça-feira, 7 de abril de 2015

Pra encher o universo

Tema: Conto continuado
Por (Laura Reis), Rafael Freitas (e mais...)

Seu Marco não via a hora de ser "dono do mar azul/ de todo azul do mar", como naquela canção de que tanto gostava que, certeza, era pela cor dos olhos de Marta.

Além da ansiedade para conhecer a praia, comemorariam o sétimo aniversário de Gabriel, o caçula, um garotinho inteligente, espevitado, que gostava de livros, lápis de cor, guaraná com canudinho e chocolate.

Na terça-feira, Seu Marco foi com as meninas comprar maiôs, biquínis, protetor solar. Gabriel passava o dia com a mãe, na casa de Dona Ana. Seu Marco iria levá-los na quarta-feira à tarde, dia em que começavam as férias de Marta.

Quando chegaram das compras, Marta e Gabriel já estavam em casa. As meninas foram correndo mostrar suas coisas novas para a mãe. Seu Marco chamou Gabriel num canto, pedindo silêncio numa careta engraçada que pedia cumplicidade. O menino sorriu, retribuindo. O pai puxou de uma sacola um embrulho brilhante, que para Gabriel parecia o presente mais bonito do mundo. E o pai disse:

_ Este é pra você!


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Férias: aí vamos nós!

Tema: Conto continuado
Por Laura Reis (e mais)

Mais uma semana começa pro Seu Marco, como é conhecido na vizinhança. Toda semana é a mesma coisa: cuida das filhas, limpa a casa e espera a Marta voltar do trabalho na Dona Ana.
Marta foi criada pela família da Dona Ana, então sua família também sempre fora acolhida por ela. Enquanto pagavam os estudos das meninas, Marta trabalhava o dia todo na casa onde também cresceu, cuidando exatamente como se fosse seu próprio lar: uma relação bonita dessa família cheia de laços.
Acontece que naquele fim de semana, Marta receberia uma folguinha maior junto do valor referente às suas férias que, pela primeira vez, fora obrigada a tirar com passagem de ida comprada: a família toda veria a praia pela primeira vez. Seu Marco estava empolgadíssimo.

(Continua...)