quarta-feira, 13 de julho de 2016

Não custa ajudar

Tema: Voluntariado
Por: Nina Reis





Para ser voluntário
basta ter disposição
ajuda é bem-vinda
igual aperto de mão

Se tem ou não grana
o que vale é intenção
ajuda é bem-vinda
quando é de coração

Não precisa ser muito
Mas não vale ignorar
ajuda é bem-vinda
do Sul ou do Pará

Religião, idade, cor
basta se conscientizar
ajuda é bem-vinda
nem precisar rimar

Vale olhar o próximo
e pensar no amanhã
ajuda é bem-vinda
um dia você pode precisar

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Por que não mais?

Tema: voluntariado
Por: Rosana Tibúrcio

Cuidar de animais abandonados ou maltratados; pentear cabelos das idosinhas do asilo; recolher cobertores e distribuir com os moradores de rua; fazer sopão e alimentar quem tiver fome; fazer companhia aos que estão em tratamento quimioterápico ou hemodialítico; distribuir brinquedos em orfanatos; apadrinhar estudos de uma criança/adolescente/jovem; plantar árvores. 

Histórias sobre essas e quaisquer outras ações junto a quem precisa me comovem demasiadamente e fico me imaginando no lugar dessas pessoas sábias, que vivem a felicidade da doação, e pensando o quanto agir igual me faria bem. Só que não faço nada. E tenho certeza que se fizesse seria uma emoção sem medida... pois me lembro muito bem do que senti quando vi Dona Maria chorando e seguindo a missa de domingo com aquele folheto nas mãos, sabendo o significado exato de cada uma daquelas letrinhas juntas e realizando seu maior sonho.  

E sim, realizei o sonho dessa senhora, ensinei o abc pra ela, no nada, com meu jeito, meus materiais, na minha casa. Todo dia eu ouvia aquele mantra: quero mesmo é acompanhar a missa, Rosana

O meu único trabalho voluntário foi dar luz a quem tinha sede de aprender.  A cada letra e palavra apreendida... uma frase todinha lida, o nome dela, do marido, filhos e netos escritos, lidos e entendidos, o primeiro ditado correto, tudo isso era motivo de festa para nós duas. 

E né? vai entender por que nunca mais fiz algo parecido. Alguém me ajuda? Obrigada! De nada!


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há vontade de fazer algo bom pra mim, porque se voluntariar faz bem pra quem dá e quem recebe.  

terça-feira, 5 de julho de 2016

E eu apenas sou um a mais a falar dessa dor*

Tema: Voluntariado
Por Rafael Freitas

_ Onde você se imagina daqui a dez anos? O que estará fazendo? Quais são os planos?

Se você ainda não parou para pensar nas respostas, eu já. E sempre tenho o mesmo desejo, superior a bens materiais ou à ideia de felicidade enquanto uma meta a ser alcançada: quero ser bom.

O bom que quero ser implica ter um coração leve e limpo de mágoas passadas, calmo e que saiba olhar para o outro. Não o outro amigo, conhecido. Aí fica fácil; é o mínimo que podemos fazer. Difícil é ter bondade e compaixão pelo irmão anônimo.

Qual foi a última vez que você visitou um doente ou os velhinhos no asilo? Candidatou-se como voluntário na APAE ou em outro projeto social? Separou umas roupas e doou naquela campanha do agasalho? Pois é. Faz tempo.

E olha que tenho um bom exemplo para seguir: Marcelo. Meu irmão mais velho não era do tipo que só ficou bom porque morreu, sabem? Ele era bom mesmo. Do tipo que dava dinheiro para o bêbado que pede uns trocados para comprar um pão sem se importar se ele saciaria a fome ou outro vício. No seu velório, um desses parou do meu lado e disse que o Marcelo sempre lhe dava comida, dinheiro, até um cachorro quente. Teve gente que disse que era mentira. Penso que não: era a cara do Marcelo fazer isso.

Depois de tudo, fiquei pensando que não dá para passar por essa perda sem mudar pelo menos um pouquinho, talvez um bocadinho mais tolerante, ser um pouco parecido com ele.

Na correria dos nossos dias, no aperto das contas no final do mês, na pirraça que a gente faz quando alguém nos chateia, acabamos esquecendo dessa coisa toda que parece autoajuda. A intenção não é o drama, gente. Juro. É um lembrete, um post-it que esquecemos de colocar no monitor ou na geladeira.


Porque o tempo passa e tenho que dar conta das respostas para aquelas perguntas ali em cima. Não que eu queira ser santo. Só quero ser bom.


* "E eu apenas sou um a mais, um a mais, a falar dessa dor, a nossa dor" - Trecho da canção Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento e Fernando Brant

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Devolve, moço.

Tema: Voluntariado
Por Laura Reis

Há quem ofereça tempo, dinheiro, companhia, sem cobrar nada por isso.
Eu tô aqui, pronta e muito disposta a entregar meu coração e um monte de amor.


Só peço que devolva depois, por favor.