quinta-feira, 28 de março de 2013

Dos jogos de amor...


Tema: uma letra por frase
Por: Rosana Tibúrcio


Às vezes, no meio da tarde, eu me recordo a menina que fui um dia. Bonecas, petecas, piões... e, também, bolinhas de gude, por que não? Cabe à menina decidir desde pequena com o quê quer brincar. Dominós, pega-varetas, iôiô... eu escolhia o que me permitisse vencer. Escolhia a dedo os jogos e os companheiros para não perder sempre. Fazia dessas escolhas motivos para me destacar, quiçá ser a escolhida também...

Graça nenhuma havia em perder para aqueles meninos, ahhh os meninos... Hominhos já se achando adultos dominadores nos jogos. Inquietos, traiçoeiros, machões, agressivos e insanos.

Jamais acreditei encontrar um menino ou homem sem uma dessas “qualidades”. Kant, o filósofo, diria que eu, ainda menina, não tinha experiência para essa crença. Ledo engano... pois a vida me provou, mais tarde, que eu sabia quase tudo deles.

Muitos jovens – tempos depois – mentirosos e rebeldes cruzaram meu caminho. Nunca houve um que fosse predominantemente bom, belo, sábio ou rico. Olha que procurei bastante, vasculhei entre colegas e amigos de colegas.

Paqueras, namoros, flertes, transas... foi assim que eu, bem jovem, comecei outros jogos. Querendo ganhar carícias, presentes, músicas, braços, corações só meus e bem mais... Risadas soltas, olhares profundos, toques lascivos, silêncio afetuoso...

Saudade do meu tempo de jovem... eu me recordo jovem à noitinha... Tantos foram os homens jovens e igualmente maus que encontrei na arte de jogar. Ufanos bem mais que os hominhos meninos; bem menos que os maduros... ah os homens maduros.

Voyeur, na maturidade e, nas madrugadas, eu me recordo adulta: “Arder, no poro, no pelo, na pele” Xeque-mate foi o que me restou... sem possibilidade de fuga. Yes, , oui, ja, aquele sim do adeus, do fim de jogo, em todas as línguas... ahh aquela língua... Zarpando ferina e traiçoeira no último jogo do amor...


Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há um quê de insanidade rondando... rondando... 

27 comentários:

  1. Nossa Tia Rosana, você tá muito indecente. Sexo nos marcadores não é uma coisa de família.
    Ou você acha que eu não entendi nada do que escreveu aqui?
    Sou boba não, Tia.
    Aninha

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  2. Aproveitando que a Tia foi ao banheiro e deixando recadinho aqui. Tadinha dela, tá gagá..

    Aninha.

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  3. Eu tentando ser séria é muito engraçado, né minhas gentes?

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  4. Kant, o filósofo, diria que eu, ainda menina, não tinha experiência para essa crença.

    Isso ficou lindo. Lindo mesmo. O post todo, aliás.

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  5. "aquela língua...
    Zarpando ferina e traiçoeira no último jogo do amor..."

    Olha isso!

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  6. 'Ledo engado' é praticamente sua assinatura, né mainha?
    E eu adoro.

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  7. a passagem de tempo deste texto ficou digna de novela das oito do manuel carlos

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  8. "aquela língua...
    Zarpando ferina e traiçoeira no último jogo do amor..."

    rolou uma identificação
    aqui

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  9. Oi meninosss lindos. Obrigada por me apoiarem.

    Mas algo nesse texto tá estranho, travado. Parece que é a formatação. Vou arrumar isso agora. Tá estilo texto do carpinejar (falo do lado mais negativo dos textos dele: os pulos sem coesão e não do que ele escreve de interessante, bom explicar).

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  10. Hummm, parece que agora ficou melhor. Sem os pulinhos.


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  11. Quase criei uma outra "eu" mais adulta e série. Uma Rosa, talvez...

    Imaginem a Rosa fazendo textos mais estilo sensual/feminino/mulherzinha??


    Porque gente, euzinha mesmo não consigo.

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  12. E querem saber? Adorei meu post.

    Parabéns pra mim: clap clap clap...

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  13. As duas viadinhas das minhas filhas não compareceram, né? Laurinha tá viajada para São Paulo. Marina pra Três Marias.

    Marina sem micro, pode ser que não poste de novo, minhas gentes.

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  14. Zarpando a língua tá bem estilo 50 tons de cinza, né não?? Só agora percebi esse trem... hahahahahahah

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  15. não era você que teria superrrr dificuldade desse tema?
    PASSOU NO TESTE

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  16. transas..

    tomara que essa história seja ficção. minha mãe, afinal

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  17. " olhares profundos, toques lascivos, silêncio afetuoso..."

    texto do limão, acho

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  18. hahahah rindo muito do seu comentário, aninha. gostei do que disse. eu diria igual. obrigada.

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  19. Nunca que roubei texto do limão. Lascivo é coisa do Rafa, inclusive. Mas conheço a "lascividade" antes dele nascer.

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  20. Passei no teste rosanaseriaala50tonsdecinza.
    Só faltaram o chicote e o dinheiro do Christian Grey.

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  21. A Aninha é abelhuda demais... Ela teve que aparecer, né? Senão ficava tudo muito sério.

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  22. Sim, eu tenho dificuldade de tema assim.

    Enfim, passei no teste.

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