Tema: aniversário de minzinha
Por: Rosana Tibúrcio
Eu amo fazer aniversário, amo receber parabéns e, neste ano,
fiz diferente dos outros em relação ao facebook: deixei meu aniversário marcadinho lá pro
povo ver. Meu objetivo é fazer uma análise dos cumprimentos recebidos no meu
dia. Quais os padronizados? Tipo: fiz minha obrigação. Quais os verdadeiros,
porque únicos?
Quem me conhece bem sabe que amo observar pessoas, porque
sei que muitos comportamentos refletem o que sou e o que, muitas vezes, não
gosto de ser. E é aí que tento ser melhor para os outros e, muito
principalmente, para mim. Não tenho pressa para essa análise. Há possibilidade
deu trabalhar esse tema com um cliente, só não definimos, ainda, para quando.
ACOMPANHEMOS!
Por conta desses parabéns que amo demasiadamente, vem na
frente e a galope o envelhecimento, um trem que não presta não, meu irmão. Há
cobranças pra todo lado e o que é pior, há uma cobrança do "envelhecedor". Pelo menos
comigo é assim: com tantos anos de vida como não sei lidar com isso e aquilo?
Por que não acerto sempre? E minhas gentes, o erro não escolhe idade, nem cor,
nem sexo, nem nada. Ele é. Pra todos.
Apesar dos meus sessentas, completados nesta segunda-feira,
há em mim uma juventude gritante. Tenho sede de vida! Sede de aprender mais, de
amar mais – todos os tipos de amores – e se você aí tá velho e não sabe nem
mais beijar na boca, problema seu, eu tô que tô: goxxxtosa!! (desculpaêê, me empolguei hihihi)
Não sei se tenho tempo e sabedoria pra viver tudo que quero,
fico meio assim como Belchior, “meu coração selvagem tem essa pressa de viver”.
Só que né? me cabe viver de um jeito exemplar porque sou mãe de duas moças e de um filho postiço. Além do que há uma turminha boa que confia em minhas experiências,
jeito de pensar a vida atual e o futuro, e em como lidar com as frustrações.
Fórmula para esse viver correto? Não tenho, pois se tivesse
aplicaria a dita cuja nesses meus três amores de segunda, terça e quarta do
Guaraná e não só, aplicaria em todos que quero bem.
Diante do exposto (ahahahha adoUUUro teor acadêmico #sqn), me
sinto no dever de repassar cinco (toc e tal) conselhinhos razoáveis que aprendi com
meus sessentinhas:
1) Não transforme o desabafo do outro no seu desabafo. Mas
você tem passe livre para citar um exemplinho que caiba na dor/preocupação do
outro. Procure ser compassivo.
2) Tudo não é você. Nem o motivo da alegria, nem da decepção,
nem do desabafo, nem da comemoração, nem da dor, nem do prazer, nada, nada do
outro é tudo você. Ou seja: você não é o
centro da vida de ninguém. Absolutamente ninguém: nem pai, nem mãe, nem filho,
nem filha, nem cônjuge, nem amante, nem amigo. A pessoa mais importante para
o outro é ele mesmo. Ninguém mais! Veja bem: não estou falando dos santos e santas.
Porque creio na existência deles. Má não conheço nenhum por perto.
3) Seja muito ou pouco. O mundo não é nada para os
medíocres. Preguiça eu tenho de gente média, morna. Seja então muito
desorganizado, muito estabanado, muito engraçado, muito equilibrado, muito
fofo, muito competente, muito inteligente. Exceções para babaquice desenfreada,
desonestidade e afins.
4) Tenha manias, jeito único de ser, gostos peculiares e
apaixonantes. Tenha registros fortes que possam ser citados depois que você
bater as botas. Seja tema divertido no seu velório, amigo. Quer coisa pior do
que: fulano era um pouco isso, meio assim, era educadinho, né? Maravilhoso será:
Rosana era apaixonada com o pôr do sol, era convencida de sua competência, era
cheia de manias, era chata pra caralho, era diferente. Seja diferente. Tenha
identidade.
5) Procure ser meio Laurinha: introspectiva e criativa; ou Filhote
Rafa: diplomata e artista; ou Marina: solar e mãos de fada; ou Rosaninha:
competente, maravilhosa, boa ouvinte, alto astral, boUUUa de serviço,
organizada (oopps, me empolguei, desculpaêê, quando vi, foi), que sua
autoestima melhorará consideravelmente te deixando bem mais realizado nessa vida; vida que não é fácil de viver, meu irmão...
É isso!
Uma linda quinta-feira para todos vocês, meus amores, pois
nas quintas há sempre algo diferente no ar e hoje há textão com cheiro de
autoajuda, porque posso e porque – em meio há tantos conselhos, reflexões e
parabéns – eu, tema da semana, só quero ser feliz.
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