Carta pra quem não me lê

Tema: não postado

Por: Rosana Tibúrcio

Daqui

Olha, meu caro, você sabe pouco desse blog ou nada. Então será como se eu estivesse conversando comigo mesma, com os guaranetes e visitetes costumeiros, tá bom assim?

Como já disse inúmeras vezes, eu sou uma das que menos deixei de postar aqui no Guaraná com Canudinho. Afinal, sou uma pessoa bastante folgada, sem nada mesmo pra fazer. Sou sim, preguiçosa e ryyyca, e você que é sorrateiramente mau?? Esses trabalhos que eu faço da senzala intelectual são apenas exercícios para a minha mente. Os da senzala doméstica, para meu corpo. Eu preciso exercitar corpo e alma. Aí eu trabalho, sacumé? Mas nunca precisei porque eu sempre tive quem me sustentasse e mantivesse meus luxos. Sou uma "aproveitadora", vamos dizer assim.

Eu sabia que no ano passado eu havia deixado de postar por duas vezes aqui no Guaraná. Aí eu comecei uma pesquisa do fim para o começo e me deparei com a semana do dia 20 a 26 de novembro. Num é que nessa semana eu não postei? E mais, na minha quinta-feira, tem um post do Taffa. Doce mistério. Não sei exatamente o que houve. O tema daquela semana? Tema livre. Só assim posso despejar essa merreca...

A minha vontade é, muito mais que ser irônica, ser irônica inteligente e dizer das coisas pelas quais estou passando sem comprometer ninguém e sem revelar muito. Como não tenho esse poder, uso parte do primeiro parágrafo pra expor parte de minha revolta. E usarei o resto do meu post, para também. Ou seja, o post é meu, o tema é livre e eu faço o que quiser com ele.

Sabe, meu caro amigo, tenho pensado seriamente naquelas duas expressões que usam por aí: "são coisas da vida" e "o que se faz aqui, aqui se paga." Ao mesmo tempo em que penso que a segunda expressão é verdadeira, analiso minha vida toda - essa de agora - e não vejo motivo para tanta paulada na moleira. Aí eu passo pra primeira expressão e  reflito sobre os maldosos que deveriam pagar aqui, o que fizeram aqui. E sabe? Eu, seguramente, não me incluo nessa categoria dos maldosos. E aí eu fico muito cAnfusa!!

Sei que na vida de agora - se é que há outras vidas - eu não fiz nada muito forte pra tanta rasteira. Então, meio que chego à seguinte conclusão: noutra vida eu joguei pedras nas cruzes. Sim, nas três cruzes e aquele ladrãozinho do mau (não havia um muito ruim?), então... ele resolveu tirar meu sossego.

O que mais sei, de verdade, é que nem antes, nem depois dessa última rasteira que tomei na vida (perdão aos outros possíveis leitores que não entenderão essa "piada" interna) eu fiz nada de muito grave para quem "me rasteirou", digamos assim.

Nunca direi que você está totalmente errado, nunca. Você tem suas razões. Compreendo. Mas afirmarei até o fim da vida que a arma utilizada por você e a forma como ela foi usada, refletiu uma maldade incomensurável, ainda mais que respingou, e feio, nas minhas filhas.

E olha, eu sei sim, que sou uma pessoa bastante confiável. Até demais. Por muitas e muitas vezes eu deixei de fazer algo que pudesse me beneficiar, sabendo que prejudicaria alguém. Inclusive você.
Mas eu sei, principalmente, meu caro, que sou merecedora de muito mais carinho, muito mais atenção, muito mais admiração e muito, mas muito mais respeito de sua parte. A sua falta de cuidado para comigo foi pior que o ato em si.

Há coisas que só se faz com inimigos (não entro nessa de: "não faço isso nem com meu inimigo" - cascata da grossa. Pra inimigo? tudo de ruim) mas não se faz nem com clientes, nem com fornecedores e muito menos com quem te foi sempre fiel e correta e... muito menos com quem é capaz de amar e zelar pelos seus filhos. Por todos eles. Sem distinção.

Até breve!!!


Uma linda quinta-feira pra todos vocês, minhas gentes, pois nas quintas há algo diferente no ar e hoje há o Guaraná só pra mim, e isso é um perigo, viu? TOMA!!!